O presente artigo é uma reflexão sobre o envelhecimento hoje, entendendo que neste momento coincidem a maior longevidade da população e um contexto ideológico de busca da “juventude para sempre”. Tal contexto é caracteristicamente midiático, fortemente marcado pelo consumo e contribui decisivamente para a soberania da imagem a partir do imperativo da constante busca pela aparência de juventude, através de grande quantidade e diversidade de produtos a serem consumidos. Para trabalhar o tema, foram utilizados textos de alguns autores que tratam (...) sobre envelhecimento e corporeidade, destacando-se o autor Le Breton e sua percepção da incidência das transformações da técnica sobre o corpo. Dialogamos com os autores a partir do ponto de vista fenomenológico e hermenêutico do conceito Husserliano de “Corpo Próprio”. (shrink)

O presente artigo é uma reflexão sobre o envelhecimento hoje, entendendo que neste momento coincidem a maior longevidade da população e um contexto ideológico de busca da “juventude para sempre”. Tal contexto é caracteristicamente midiático, fortemente marcado pelo consumo e contribui decisivamente para a soberania da imagem a partir do imperativo da constante busca pela aparência de juventude, através de grande quantidade e diversidade de produtos a serem consumidos. Para trabalhar o tema, foram utilizados textos de alguns autores que tratam (...) sobre envelhecimento e corporeidade, destacando-se o autor Le Breton e sua percepção da incidência das transformações da técnica sobre o corpo. Dialogamos com os autores a partir do ponto de vista fenomenológico e hermenêutico do conceito Husserliano de “Corpo Próprio”. (shrink)

No debate teórico sobre a empatia, há uma recente renovação do interesse pelo modelo husserliano. Após uma análise prévia sobre o lugar da empatia na fenomenologia transcendental, propõe-se uma investigação sobre como Husserl desenvolveu sua perspectiva, a partir de dois textos, em especial, nas Ideias II (Hua 4) e na Fenomenologia da Intersubjetividade (Hua 13, 14 e 15). Avalia-se inicialmente, nas Ideias II, qual é o papel da empatia, na constituição da realidade anímica. Em seguida, propõe-se, a partir da (...) Fenomenologia da Intersubjetividade, uma análise sobre como Husserl desenvolveu os argumentos da apercepção analógica e do emparelhamento originário. A noção de emparelhamento surge por volta de 1927, em conexão com os estudos de Husserl sobre a síntese passiva e o aprofundamento sobre a fenomenologia genética. A fenomenologia da empatia torna-se, para Husserl, o fundamento de uma monadologia “com janelas”. (shrink)

Il saggio muove da una ricostruzione storico-concettuale dell’interpretazione merleau-pontyana del manoscritto di Husserl Rovesciamento della dottrina copernicana nell’interpretazione della corrente visione del mondo, con cui Merleau-Ponty è in dialogo sin dalla Fenomenologia della percezione, per ripercorrere gli sviluppi del tema della Terra nell’avanzare della riflessione merleau-pontyana sul corpo-proprio, sull’organismo vivente, sulla dimensione carnale dell’essere. La proposta di un ritorno alla Terra, intesa come Boden irriducibile dell’esperienza, trova infatti il suo risvolto ontologico nell’idea di Spielraum, che già Husserl (...) definiva come “ambito di possibilità”, e che in Merleau-Ponty assume il senso di un margine di gioco sempre aperto nella carne. Boden e Spielraum, non a caso tematizzati da Merleau-Ponty in due corsi paralleli tenuti al Collège de France nell’anno 1959-1960, permettono una rivalutazione del vivente secondo un modello che, contro il riduzionismo meccanicista, privilegi la spontaneità e la contingenza, e aprono allo sviluppo dell’ontologia porosa che il filosofo andrà proponendo negli ultimi anni. Ricostruendo la funzione della riflessione sulla corporeità e sul rapporto del vivente al mondo-ambiente in questa maturazione, si argomenterà che la critica che Merleau-Ponty muove al dualismo empirismo-idealismo trovi nell’idea di Terra un momento chiave, che contribuisce ad orientarla in direzione di una filosofia della carne. Questo passaggio riconfigura la Natura stessa, pensata non già come un originario, ma in quanto ambito di possibilità processuale e transindividuale, come quel quasi-oggetto, come lo definiva, ancora, Husserl, che presenta un’irriducibile resistenza ad un pensiero di sorvolo, proprio in quanto è condizione del pensiero stesso e ancoraggio della vita tutta.This essay begins with a historico-conceptual reconstruction of the Merleau-Pontian interpretation of Husserl’s manuscript, “Foundational Investigations of the Phenomenological Origin of the Spatiality of Nature,” with which Merleau-Ponty is in dialogue from Phenomenology of Perception onward, and revisits the development of the theme of the Earth in the progression of Merleau-Ponty’s reflection on le corps propre, the living organism, and the carnal dimension of being. The proposal for a return to the Earth, taken as irreducible Boden of experience, indeed finds its ontological reverse side in the idea of Spielraum, which Husserl already defined as a “milieu of possibilities,” and which in Merleau-Ponty takes on the sense of a margin of play always open in the flesh. Boden and Spielraum, two notions that Merleau-Ponty does not thematize by chance in the two parallel courses given at the Collège de France over the years 1959-1960, enable a reassessment of the living being according to a model that, against mechanistic reductionism, privileges spontaneity and contingency, and opens to the development of the porous ontology that the philosopher would propose in his final years. Reconstructing the function of reflection on corporeality, and on the relationship of the living being with its milieu in the process, it will be argued that the criticism directed by Merleau-Ponty against the dualism of empiricism-idealism finds in the idea of the Earth a key moment that contributes to orienting him in the direction of a philosophy of the flesh. This passage reconfigures Nature itself, no longer conceived of as an originating, but as a milieu of processual and transindividual possibilities, like that quasi-object, as Husserl again defined it, that presents an irreducible resistance against high-altitude thinking, precisely as the condition of thought itself and the anchorage of all life.Cet essai commence avec une reconstruction historico-conceptuelle de l’interprétation merleau-pontienne du manuscrit de Husserl, Renversement de la doctrine copernicienne, avec lequel Merleau-Ponty est en dialogue depuis la Phénoménologie de la perception, et revisite les développement du thème de la Terre dans la progression de la réflexion merleau-pontienne sur le corps propre, sur l’organisme vivant, sur la dimension charnelle de l’être. La proposition d’un retour à la Terre, prise comme Boden irréductible de l’expérience, trouve en effet son envers ontologique dans l’idée de Spielraum, que Husserl déjà définissait comme « milieu de possibilités » et qui chez Merleau-Ponty prend le sens d’une marge de jeu toujours ouverte dans la chair. Boden et Spielraum, deux notions que Merleau-Ponty ne thématise pas par hasard dans les deux cours parallèles donnés au Collège de France au cours de l’année 1959-1960, permettent une réévaluation du vivant selon un modèle qui, contre le réductionnisme mécaniste, privilégie la spontanéité et la contingence, et ouvrent au développement de l’ontologie poreuse que le philosophe allait proposer dans les dernières années. Reconstruisant la fonction de la réflexion sur la corporéité et sur le rapport du vivant avec son milieu dans ce processus, on argumentera que la critique dirigée par Merleau-Ponty contre le dualisme empirisme-idéalisme trouve dans l’idée de la Terre un moment clé qui contribue à l’orienter en direction d’une philosophie de la chair. Ce passage reconfigure la Nature elle-même, pensée non pas déjà comme un originaire, mais en tant que milieu de possibilités processuelles et transindividuelles, en tant que quasi-objet, comme le définissait, encore, Husserl qui offrait une résistance irréductible contre une pensée de survol, précisément en tant que condition de la pensée elle-même et ancrage de toute la vie. (shrink)

Ao contrário do que as diversas aproximações entre Husserl e Descartes podem sugerir, Husserl foi um severo crítico do dualismo mente-corpo. Esse texto tem por objetivo explicar o conceito husserliano de corporeidade para assim expor como o autor defende uma concepção não dualista da corporeidade. Para Husserl não se trata de propor ‘eu tenho um corpo’ – o que pressupõe um componente anímico possuidor –, mas sim ‘eu sou um corpo’.

O presente artigo tem por objetivo mostrar, desde a psicanálise freudiana, um caminho possível que a leva ao encontro da filosofia de orientação fenomenológica. Em O eu e o isso, de 1923, Sigmund Freud emprega uma nova noção pouco explorada na literatura psicanalítica: o eu-corpo. O escopo de nossa análise delimita-se à interpretação e à explicitação da noção de eu-corpo tal como esta foi apresentada por Freud, confrontando-a com a fenomenologia em Merleau-Ponty e Michel Henry. Para tanto, propomos (...) uma análise em quatro tempos. Inicialmente, evidenciaremos o entendimento de Freud sobre o modelo de psicologia originada em Brentano que tem como um de seus desdobramentos a fenomenologia. Depois, mostraremos como a concepção do isso, segundo o próprio texto de Freud, foi determinante para que ele formulasse uma revisão da primeira tópica e a incorporasse em uma segunda tópica. Por fim, nas últimas duas partes, examinaremos o tratamento dado por Merleau-Ponty e Michel Henry à questão do corpo. Concluímos que é possível o encontro entre a psicanálise e a fenomenologia via a noção de eu-corpo freudiano; contudo, tal condução implicará reformulações em teses centrais da psicanálise. (shrink)

O objetivo deste texto é apresentar o movimento que vai de Totalité et Infini à Autrement qu’être au-delà de l’essence, ou seja, da diferença vista como separação absoluta entre Eu e o Outro para uma diferença que atravessa a própria Subjetividade, uma diferença que passa a compor o tecido mesmo desta Subjetividade e, por sua vez, o tecido mesmo do próprio texto. O dizer não se apresenta aqui como um movimento verbal, mas é passividade extrema de exposição ao Outro. (...) Podemos dizer que o Outro é anterior a mim, é ele que me chama a existência, não sendo então signo verbal, nem modalidade de conhecimento. Seu sentido está no fato de expor uma subjetividade ferida, desde sua origem pelo outro. O estrangeiro não é mais o Outro, mas sua condição de estrangeiro pertence a subjetividade, fazendo com que o sujeito deixe de ser contemporâneo de si mesmo. PALAVRAS-CHAVE – Subjetividade. Diferença. Alteridade. Corpo. Dizer. Linguagem. (shrink)

A partir da crítica a um modelo de mobilidade, próprio ao modo de vida nas sociedades capitalistas contemporâneas, baseado na ideia de avanço contínuo, autoengendrado e objetivamente orientado, propomos a reflexão a respeito de uma forma alternativa de expressão do movimento e, consequentemente, de construção de subjetividades. Através da análise da técnica de dança Contato Improvisação, buscamos identificar e analisar os elementos que contribuem para a experiência concreta de uma mobilidade sem metas, que também leva a outra maneira de (...) nos entendermos como sujeito e nos relacionarmos com o mundo e as coisas a nossa volta. O improviso nos coloca diante de uma mobilidade sem orientação, que abre espaço para a imprevisibilidade. Já o contato nos estimula a mobilizar uma relação com o mundo que enfatiza a aproximação e vulnerabilidade no lugar do distanciamento e da autonomia individual. (shrink)

Este livro apresenta a antropofagia como uma noção teórico-experiencial, uma atitude do corpo que reabilita o sensível e desperta o mundo percebido. A argumentação ressalta a dimensão sensível do corpo e do conhecimento, considerando sua sensibilidade e motricidade, corpo que não se separa da natureza e da história, atuando no mundo como presença viva, originária, em movimento, supondo um sujeito que, ao mesmo tempo em que constrói seus próprios sentidos, é dependente da experiência do outro no mundo, (...) criando e recriando a cultura, ampliando o processo de conhecer, sentir, pensar, agir, ser, transformar-se. Essa atitude anuncia um conhecimento sensível e um corpo que é capaz de sensação, mas também de expressão, de comunicação, de criação, aspectos indispensáveis para se pensar a educação como um espaço sensível, de aprendizagem e ressignificação da cultura. (shrink)

O artigo investiga o modo pelo qual Merleau-Ponty compreende a experiência do imaginário ao longo de sua obra. Buscamos analisar dois momentos decisivos. No primeiro, enfatizamos a proximidade com a filosofia de Sartre – a despeito das diferenças que os separam, por conta da centralidade do corpo próprio na Fenomenologia da Percepção –, a qual nos convida a pensar a imaginação enquanto exercício da liberdade da consciência. Num segundo momento, Merleau-Ponty se dá conta do idealismo inerente à proposta (...) sartreana e abre campo a uma nova abordagem do imaginário: o filósofo analisa o caráter corpóreo e passivo das produções imaginárias, tendo por referência a psicanálise freudiana e a abordagem do simbólico empreendida por esta. (shrink)

Ao tomar como referência o projeto de formação Direitos Humanos e diversidade afetivo-sexual na escola: homofobia, trabalho docente e cotidiano escolar, o texto busca sistematizar aspectos relacionados ao referido projeto, tendo em vista possibilitar que os professores em processo de formação construam novos modos de intervenção e práticas no seu cotidiano, capazes de combater o preconceito e promover a igualdade, no que concerne à homofobia no cotidiano social e escolar. É importante salientar que as questões especificamente sobre orientação sexual, homossexualidade (...) e homofobia devem estar situadas no âmbito de discussão dos Direitos Humanos e devem, necessariamente, partir de uma compreensão sócio-histórica e cultural dessas questões, objetivando a incorporação, por parte do corpo docente, da transversalidade deste tema quando na construção do projeto político-pedagógico da Unidade Escolar, enfatizando o respeito às diferenças com o fito de promover a construção de alternativas práticas de trabalho. O texto organiza-se a partir de duas entradas sobre narrativas biográficas e fabricação de identidades, especialmente no que se refere aos dispositivos e às práticas disciplinares construídas no cotidiano escolar, no tocante à homossexualidade. A primeira entrada centra-se na discussão dos conceitos de biografização, identidade e formação como modos de narração constituídos de discursos da memória, a partir da centralidade do sujeito que narra, na perspectiva de analisar modos próprios vividos pelos professores sobre a homofobia na escola. A segunda entrada analisa questões concernentes à fabricação da igualdade, à estruturação de dispositivos pedagógicos engendrados no cotidiano escolar, no tocante à homossexualidade, no que se refere à construção de um projeto de homogeneização e negação das diferenças. Assim, tenciono discutir conceitos de igualdade e de diferença e de que forma escamoteia-se, a partir do “micropoder”, do “disciplinamento” – “poder disciplinar” – e do “dispositivo de sexualidade”, mecanismos tácitos e silenciosos inerentes à educação sexual com base nas relações entre corpo-poder-saber e suas correlações com o disciplinamento, o qual demarca papéis sociais e sexuais do processo identitário do adolescente e da polifonia de expressões da homossexualidade e de experiências homofóbicas na cultura social e escolar. Palavras-chave: Direitos humanos. Diversidade sexual. Homofobia. Trabalho docente. Cotidiano escolar. (shrink)

Neste artigo pretendo evidenciar como a relação entre sujeito anímico e sujeito espiritual é fundamental para a compreensão da intersubjetividade e do mundo da vida (Lebenswelt). Em Ideias II, Husserl explica como, a partir do eu, sujeito e objeto são constituídos no mundo: natureza, alma e espírito. Estes três estratos do sendo são conhecidos a partir da atitude teorética e da atitude espiritual e, no processo, se dá a explicitação do eu. Numa atitude teorética, temos constituição da natureza, para (...) o que o corpo (Körper/Leib) é fundamental. Em seguida, a constituição de objetos de natureza anímica, humana ou animal, incluindo a autopercepção. Assumindo a atitude espiritual, o outro é percebido (Urpräsenz), inicialmente, como corpo junto às coisas e, ao lado desta percepção, há uma apercepção (Appräsenz) dos horizontes co-dados. Há uma identidade entre o corpo alheio e o meu, é o momento da empatia (Einfühlung). O mundo constituído a partir de uma atitude naturalista ou teórica é uma redução do mundo circundante (Umwelt), mas o mundo cotidiano da atitude personalista ou espiritual lhe antecede, o mundo vital (Lebenswelt). É, portanto, através da atitude personalista ou espiritual, que se constitui uma comunidade de sujeitos espirituais. (shrink)

O artigo analisa a importância da leitura da obra de Merleau-Ponty no interior da construção da filosofia de Barbaras. Por um lado, trata-se de compreender os limites do corpo próprio para dar conta do a priori correlacional exigido pela fenomenologia. Por outro lado, buscamos desvelar, nos desdobramentos da filosofia da vida proposta pelo filósofo, um horizonte de novos problemas, referidos especialmente à descrição da peculiaridade do desejo humano frente à vida entendida num sentido mais geral.

Esiste un confine certo tra vita e morte? Il volume ripercorre, con un approccio transculturale, la storia della definizione di morte e le vicende connesse alle tecniche di accertamento del decesso dall'antichità ai giorni nostri. Da sempre, infatti, medici, filosofi e teologi si sono sforzati di individuare il momento preciso dell'exitus, l'istante in cui, secondo la tradizione, l'anima avrebbe lasciato il corpo. Nondimeno, soglie e parametri stabiliti da una generazione furono spesso posti in discussione e ridisegnati dalla successiva. Alimentato (...) dai successi conseguiti nelle tecniche rianimative e nella trapiantologia, il dibattito ha conosciuto una fase di grande vivacità proprio negli ultimi decenni, tanto che, pur avendo in genere abbandonato - o, perlomeno, ridimensionato - considerazioni su principi metafisici, la definizione di morte appare ancor oggi come un oggetto di negoziazione scientifica e bioetica. (shrink)

O texto a seguir corresponde ao §3, pp. 705–718, do livro “Die apriorischen Grundlagen des bürgerlichen Rechts” (“Os Fundamentos a priori do Direito Civil”), originalmente publicado em 1913 no Jahrbuch für Philosophie und phänomenologische Forschung, pp. 685–847. A numeração inserida entre colchetes no corpo do texto, destacada em negrito, refere-se à paginação desta edição. As palavras destacadas em negrito pelos tradutores remetem a um glossário que acompanha a presente tradução. Os itálicos, porém, são do próprio Reinach. A marca (...) de intercalação “ ” foi usada para introduzir expressões que estão apenas implícitas no texto original. Existem ainda as seguintes reedições desse livro: 1921 Gesammelte Schriften. Halle, Niemeyer, pp. 166–350. 1953 Zur Phänomenologie des Rechts. Munich: Kose t, 215 pp. 1989 Sämtliche Werke, vol. 1: Die Werke. Munique: Philosophia, 1989, pp. 141–278. (shrink)

Traz os resultados das investigações levadas a efeito em função de alguns problemas centrais no campo da Bioética e Biodireito: clonagem, patenteamento genético, eutanásia, reprodução assistida e disposição do próprio corpo.

Este ensaio tem como objectivo apresentar, num primeiro momento, os resultados da análise intencional do processo de constituição dos objectos físicos, do corpo somático e da psique, tal como ela foi levada a cabo por Edmund Husserl. Na base desses resultados, será possível elaborar uma teoria da afecção que permitirá, num segundo momento, algumas aproximações com a Psicanálise de Freud e a teoria freudiana das pulsões. A especificidade do corpo somático relativamente a qualquer objecto físico – apesar (...) de algumas semelhanças no seu modo de doação – revela-se, acima de tudo, na experiência do corpo próprio e nas modalidades de vivência das afecções. Em particular, o enfraquecimento ou obscurecimento destas últimas colocam a questão da existência de um «inconsciente fenomenológico», cujas relações com o inconsciente de Freud, num terceiro e último momento do ensaio, se tentarão pôr em evidência. (shrink)

In seiner letzten Schrift unternimmt Husserl den Versuch, auf dem Wege einer teleologisch-historischen Besinnung auf die Ursprünge unserer kritischen wissenschaftlichen und philosophischen Situation die Notwendigkeit einer transzendentalphänomenologischen Umwendung der Philosophie zu begründen. Er geht von seinem Begriff der "Lebenswelt" aus und entwickelt eine auf diesen Zentralbegriff seiner Spätphilosophie gegründete eigenständige Einleitung in die transzendentale Phänomenologie.

Au début du mois d'août 1934, Husserl fut invité par Emanuel Radl à prendre part au huitième Congrès international de philosophie qui devait se tenir à Prague du 2 au 7 septembre de la même année. La situation politique allemande interdisait que Husserl et d'autres philosophes se rendissent à l'étranger, aussi Radl demanda-t-il à Husserl de lui envoyer une communication épistolaire destinée à être lue lors des débats. Husserl rédigea donc une lettre, la « Lettre pragoise (...) » — qu'on lut en séance et qui fut publiée d'abord dans le quotidien Prager Tageblatt, puis dans les Actes du colloque² —, mais, outre cela, un texte plus long consacré au même thème : la tâche actuelle de la philosophie. C'est ce texte dont on lira ici la traduction. De multiples péripéties et des circonstances diverses ont empêché que Husserl envoie à temps ce texte plus achevé; quelques indications données par lui-même dans sa correspondance³, avec Patocka notamment, montreni qu'il n'en était pas entièrement satisfait et qu'il souhaitait revoir au moins le début. Ces remaniements vont peu à peu déboucher sur la célèbre conférence de 1935 (Vienne) sur la crise des sciences européennes, qui est fort proche du présent texte bien que le point de départ n 'en soit plus désormais l'interrogation sur le rôle de la philosophie, mais la critique des sciences. Quoi qu'il en soit, la « conférence de Prague » inaugure la série des textes qui aboutiront à la dernière grande œuvre de Husserl, La Crise des sciences européennes et la phénoménologie transcendantale dont l'essai qu'on va lire est, en quelque sorte, la toute première esquisse. (shrink)

Au début du mois d'août 1934, Husserl fut invité par Emanuel Radl à prendre part au huitième Congrès international de philosophie qui devait se tenir à Prague du 2 au 7 septembre de la même année. La situation politique allemande interdisait que Husserl et d'autres philosophes se rendissent à l'étranger, aussi Radl demanda-t-il à Husserl de lui envoyer une communication épistolaire destinée à être lue lors des débats. Husserl rédigea donc une lettre, la « Lettre pragoise (...) » — qu'on lut en séance et qui fut publiée d'abord dans le quotidien Prager Tageblatt, puis dans les Actes du colloque² —, mais, outre cela, un texte plus long consacré au même thème : la tâche actuelle de la philosophie. C'est ce texte dont on lira ici la traduction. De multiples péripéties et des circonstances diverses ont empêché que Husserl envoie à temps ce texte plus achevé; quelques indications données par lui-même dans sa correspondance³, avec Patocka notamment, montreni qu'il n'en était pas entièrement satisfait et qu'il souhaitait revoir au moins le début. Ces remaniements vont peu à peu déboucher sur la célèbre conférence de 1935 sur la crise des sciences européennes, qui est fort proche du présent texte bien que le point de départ n 'en soit plus désormais l'interrogation sur le rôle de la philosophie, mais la critique des sciences. Quoi qu'il en soit, la « conférence de Prague » inaugure la série des textes qui aboutiront à la dernière grande œuvre de Husserl, La Crise des sciences européennes et la phénoménologie transcendantale dont l'essai qu'on va lire est, en quelque sorte, la toute première esquisse. (shrink)

O presente artigo aborda as concessões feitas por Husserl no texto de Prolegômenos, na segunda edição de Investigações Lógicas. O artigo mostra que a concessão mais difícil estaria exatamente na manutenção da ideia de “verdade em si”. Por um lado, Husserl afirma que a “verdade em si” não poderia depender da constituição da natureza humana, pois tal dependência abalaria o próprio sentido da ideia de “verdade”. Por outro lado, não deixaria de reconhecer a insuficiência da ideia de (...) “verdade em si”, na medida em que tal ideia encobriria o importante problema da relação entre o real e o ideal. (shrink)

an der Universität Göttingen gehaltenen Vcwlesung über Hauptstücke aus der Phänomenologie und Theorie der Erkenntnis,l ist annähernd voll­ ständig erhalten; die Blätter des V cwlesungsmanuskripts zur Phänomenologie des inneren Zeitbewußtseins liegen verstreut in den Konvoluten F I 6 und 2 F I 8 des Husserl-Archivs zu Löwen. Allerdings fußt der Erste Teil des Erstdrucks, dessen Bezeichnung als Die Vorlesungen über das innere Zeit­ bewußtsein aus dem Jahre 1905 gleichwohl auch in vcwliegender Neuausgabe beibehalten wurde, nur zum Teil noch, und (...) auch in diesem Teil mit be­ trächtlichen Abweichungen, auf dem Text des ursprünglichen Vcwlesungs­ manuskripts des Jahres I905; und umgekehrt hat nur ein Teil des Textes des ursprünglichen Vcwlesungs-Manuskripts - mit den erwähnten Abwand­ lungen - Eingang in den Ersten Teil des Erstdrucks gefunden. Wo der Text dieses Ersten Teils des Erstdrucks dem des ursprünglichen Vcwlesungs­ manuskripts entspricht, wurde er er mit diesem verglichen, und ollensicht­ liche Irrtümer im Erstdruck wurden berichtigt; in den Textkritischen Anmer­ kungen ist dann mit dem Vermerk nach dem Ms. verbessert die Text­ fassung des Erstdrucks wiedergegeben. Ferner wurde in den Textkritischen Anmerkungen vcwliegender Neuausgabe überall der ursprüngliche und voll­ ständige· Text des Vorlesungsmanuskripts von I905 wiedergegeben, auf dessen Zusammenhang die entsprechenden Teile des Erstdrucks zurückgehen, wo dieser von ienem abweicht. Einige zum V cwlesungsmanuskript gehörige Blätter, deren Text sich iedoch nicht zusammenhängend dem übrigen einfügt, wurden im vcwliegenden Band unter B (S. 135-382) mit abgedruckt. Die 1 Vgl. oben die "Einleitung des Herausgebers", S. XIV-XVII. (shrink)

Le 27 avril 1938, Edmund HUSSERL, l'initiateur et principal representant du courant phenomenologique dans la philosophie contemporaine, mourut a Fribourg en Brisgau, age de pres de quatre-vingts ans. Depuis la parution de ses Logische Untersuchungen en 190~ 1901, le monde philosophique international avait suivi, avec UD interet toujours croissant, les exposes successifs et de plus en plus approfondis, que le maUre fribourgeois publiait sur les prin~ cipes de sa methode, dite pMnomenologique, sur les applications concretes de celle-ci aux problemes (...) philosophiques les plus divers, ainsi que sur la phenomenologie comme systeme philo­ sophique autonome et pour ainsi dire "autarchique". Ces publi­ cations, relativement peu nombreuses, mais fort remarquees des leur parution, furent etudiees avec le plus grand soin par les representants les plus autorises des differents courants de la pensee contemporaine. Les critiques, il va sans dire, ne manquerent point. On attira l'attention sur le caractere plutöt programmatique de ces etudes, sur la terminologie fort neuve, quelque peu arbitraire, parfois meme deroutante, dont se servait l'auteur, sur son pen­ chant prononce pour des distinctions subtiles et pour des defini­ tions minutieuses a l'exces, sur la difficulte de son style et les complications parfois inutiles de son expose, enfin et surtout -­ au moins depuis 1913 - sur le caractere audacieux de sa theorie de la reduction, presentee par lui avec une insistance toute par­ ticuliere comme le fondement dernier et indispensable de toute phenomenologie presente ou future. (shrink)

6 werden kann, mußte die Einsicht erwecken, daß das Quantitative gar nicht zum allgemeinsten Wesen des Mathematischen oder "Formalen" und der in ihm gründenden kalkulatorischen Me­ thode gehöre. Als ich dann in der "mathematisierenden Logik" 5 eine in der Tat quantitätslose Mathematik kennenlemte, und zwar als eine unanfechtbare Disziplin von mathematischer Form und Methode, welche teils die alten Syllogismen, teils neue, der Überlieferung fremd gebliebene Schlußformen behandelte, gestalteten sich mir die wichtigen Probleme nach dem allgemei- 10 nen Wesen des Mathematischen (...) überhaupt, nach den natürlichen Zusammenhängen oder etwaigen Grenzen zwischen den Systemen der quantitativen und nichtquantitativen Mathematik, und spe­ ziell z. B. nach dem Verhältnis zwischen dem Formalen der Arithmetik und dem Formalen der Logik. Naturgemäß mußte 15 ich von hier aus weiter fortschreiten zu den fundamentaleren Fragen nach dem Wesen der Erkenntnisform im Unterschiede von der Erkenntnismaterie und nach dem Sinn des Unter­ schiedes zwischen formalen (reinen) und materialen Bestimmun­ gen, Wahrheiten, Gesetzen. 20 Aber noch in einer ganz anderen Richtung fand ich mich in Probleme der allgemeinen Logik und Erkenntnistheorie ver­ wickelt. Ich war von der herrschenden Überzeugung ausgegangen, daß es die Psychologie sei, von der, wie die Logik überhaupt, so die Logik der deduktiven Wissenschaften ihre philosophische 25 Aufklärung erhoffen müsse. Demgemäß nehmen psychologische Untersuchungen in dem ersten (und allein veröffentlichten) B- de meiner Philosophie der Arithmetik einen sehr breiten Raum ein. {[A VII] Diese psychologische Fundierung wollte 11 mir in gewissen Zu- [B VII] sammenhängen nie recht genügen. (shrink)

RESUMO: O presente artigo aborda um tema específico da fenomenologia de Husserl: o problema da autoconstituição do eu transcendental. O artigo se encontra dividido em duas partes. Inicialmente, investiga o eu como polo idêntico que acompanha todos os vividos. Em seguida, introduz o problema da autoconstituição: ao constituir seus objetos, o eu transcendental se autoconstitui. Por fim, retoma o referido problema, para investigar a gênese temporal da vida subjetiva e a autoconstituição do ego por meio dos seus próprios habitus. (...) ABSTRACT: The present paper approaches a specific topic in Husserl's phenomenology: the problem of the self-constitution of the transcendental ego. The article is divided into two parts. First, the ego as an identical pole that accompanies every experience is investigated. Next the problem of self-constitution is introduced: in constituting the object, the transcendental ego constitutes itself. Finally, the temporal genesis of subjective life and the self-constitution of the ego through its own habitus is discussed. (shrink)

Husserls »Logische Untersuchungen« sind eines der folgenreichsten Werke der neueren Philosophiegeschichte. Mit dem ersten Erscheinen in den Jahren 1900 und 1901 (Max Niemeyer Verlag, Halle/Saale) nimmt jene Schule ihren Anfang, deren Name im Untertitel des zweiten Bandes zum ersten Mal sinnfällig wird: die Phänomenologie. Husserl sah damals in diesem Werk »Versuche zur Neubegründung der reinen Logik und Erkenntnistheorie«, die den Grund zu einem größeren Gedankengebäude zu legen imstande waren. Sie wollten freilich kein bloßes Programm sein, sondern »Fundamentalarbeit an den (...) unmittelbar erschauten und ergriffenen Sachen« darstellen. Die weitere Arbeit an der Ausprägung der phänomenologischen Philosophie führte schon nach wenigen Jahren zu neuen Problemen, zu vertieften Erkenntnissen und zu schärferen Formulierungen. Ihnen trägt die zweite, zum Teil tiefgreifend umgearbeitete Auflage Rechnung, deren Text seither in unveränderter Form immer wieder nachgedruckt wurde. (shrink)

5 sehr merkwürdiger Tatsachen zutage gefördert, die vordem verborgen waren, und wirklich psychologische Tatsachen, wenn auch die Physiologen manche große Gruppen von ihnen ihrer eigenen Wissenschaft mit zurechnen. Mag die Einstimmigkeit 5 in der theoretischen Interpretation dieser Tatsachen auch sehr weit zurückstehen hinter derjenigen der exakten naturwissen­ schaftlichen Disziplinen, so ist sie in gewisser Hinsicht doch wieder eine vollkommene, nämlich was den methodischen Stil der gesuchten Theorien anlangt. Jedenfalls ist man in den inter- 10 nationalen Forscherkreisen der neuen Psychologie der (...) festen Überzeugung, einer bis vor kurzem ungebrochenen Überzeugung, daß nun endlich die allein wahre und echte Psychologie in den Gang gebracht sei, als eine strenge Wissenschaft, auf deren Wegen die Gesamtheit aller psychologischen Probleme, aller 15 zur individuellen und Kulturgeistigkeit gehörigen, liegen müssen. Es bedürfe nur, wie in jeder auf elementaren Aufbau und auf die Erklärung aus elementaren Gesetzen bedachten Erfahrungs­ wissenschaft, geduldiger Zurückhaltung und eines ganz vor­ sichtigen Emporschreitens ; man dürfe nur nicht voreilig nach 20 Problemen greifen, die noch nicht zu wissenschaftlicher Be­ arbeitung reif, für die noch nicht die Tatsachenunterlage bereit­ gestellt und die nötigen Erfahrungsbegriffe geschaffen sind. Einen nicht geringen Zuwachs an innerer Sicherheit hat die neue Psychologie durch die gelingende Schöpfung einer Psycho- 25 technik erhalten. Nun schien diese Psychologie wirklich der exakten Physik gleichzustehen. Sie war nun sogar so weit, um ihre psychologische Erkenntnis, ganz so wie physikalische und chemische, technisch nutzbar zu machen. (shrink)

Husserl (1859-1938) hatte sich in seinem Werk "Formale und transzendentale Logik" das Ziel gesetzt, den inneren Sinn, die Gliederung und Zusammengehörigkeit all dessen nachzuweisen, was bislang an logischen Problemen behandelt worden war, und die Notwendigkeit einer phänomenologischen Durchleuchtung der gesamten logischen Problematik darzutun. Ein Hauptstück der analytisch-deskriptiven Untersuchungen, die einer solchen phänomenologischen Begründung der Logik dienen, ist "Erfahrung und Urteil". Das Buch entstand in Zusammenarbeit mit Schülern und Mitarbeitern.

O trabalho consiste no relatório, acabado de elaborar, de uma leitura da seção dedicada à vida afetiva e avaliativa dos Estudos sobre a estrutura da consciência, de Husserl, orientada pelo tema do corpo e da corporalidade. Trata-‑se de encontrar, nesses escritos que constituem a primeira abordagem fenomenológica de Husserl à consciência emocional após alusões e abordagens subdesenvolvidas às investigações lógicas, as primeiras descobertas do lugar do corpo nos diferentes níveis da Vida afetiva.

Husserl (1859-1938) hatte sich in seinem Werk "Formale und transzendentale Logik" das Ziel gesetzt, den inneren Sinn, die Gliederung und Zusammengehörigkeit all dessen nachzuweisen, was bislang an logischen Problemen behandelt worden war, und die Notwendigkeit einer phänomenologischen Durchleuchtung der gesamten logischen Problematik darzutun. Ein Hauptstück der analytisch-deskriptiven Untersuchungen, die einer solchen phänomenologischen Begründung der Logik dienen, ist "Erfahrung und Urteil". Das Buch entstand in Zusammenarbeit mit Schülern und Mitarbeitern.

Husserls Briefwechsel is von entscheidender Bedeutung für das Verständnis seiner philosophischen Entwicklung, seiner wissenschaftlichen Arbeit und Publikationsvorhaben. Er nimmt darin Stellung zu den politischen Entwicklungen in Deutschland und spricht sich aus über weltanschaulich-religiöse Fragen. Außerdem bestimmt er sein Verhältnis zu anderen Philosophen und Schulen. Die vorliegende, textkritisch konstituierte und reich kommentierte Gesamtausgabe ist nicht nur für Philosophen, Wissenschaftshistoriker und Zeitgeschichtlicher von hohem Interesse. Die Ausgabe umfaßt in sachlicher Gliederung Husserls Korrespondenz (ca. 1300 Einzelstücke) mit über 250 Personen und Instanzen, wobei (...) neben den Briefen Husserls - und, in großzügiger Auswahl, seiner Frau Malvine - auch alle erhaltenen Briefe an Husserl aufgenommen sind (ca. 700 Einzelstücke). Die Bände I--IV orientieren sich an der chronologischen Entwicklung der Husserlschen Philosophie, die Bände V--IX an der sachlichen Nähe der Korrespondenzpartner zu Husserls Philosophie. Band X enthält neben der Einführung in die Ausgabe verschiedene Register zur differenzierten Aufschlüsselung der Ausgabe. Edmund Husserl's correspondence is of eminent importance for a clear understanding of his philosophical development, his scientific work, and his publications. In his letters, he reacts on the political developments in Germany and ponders on the philosophy of life and on religious questions. He also clearly defines his relationships with other philosophers and schools of philosophy. This annotated and richly commented correspondence edition is of vital interest to philosophers, researchers and historians. The ten volumes consist of Husserl's correspondence (about 1300 letters) with more than 250 institutes and persons, and in addition to his letters, the letters of his wife Malvine and those received by both (about 700) are also included. Volumes I--IV present a chronological development of Husserl's philosophical system, Volumes V--IX are devoted to the correspondence partners in philosophy. The last volume consists of an extensive Introduction and a variety of indexes to all volumes in the set. (shrink)

In seinen ALogischen UntersuchungenA (1900/01) hatte Husserl die EigenstAndigkeit und IdealitAt logischer Gebilde gegenA1/4ber einem falschen Subjektivismus und Psychologismus geltend gemacht. Es ging ihm dabei nicht um die formale Logik selbst als solche, sondern um die BegrA1/4ndungsfunktion der Logik fA1/4r eine apriorische Wissenschaftslehre. Diese in den AIdeenA (1913) weitergefA1/4hrte Konstitutionsproblematik wird nun in dem Werk A1/4ber AFormale und transzendentale LogikA im Sinne einer AKritik der logischen VernunftA vertieft und durch den Aoebergang von der formalen zur transzendentalen Logik begrifflich entschiedener (...) gefaAt. (shrink)

Mit den "Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie" von 1913, von ihm selbst nur als eine "Allgemeine Einführung in die reine Phänomenologie" angezeigt, zog Edmund Husserl die Konsequenz aus seinen Logischen Untersuchungen (PhB 601), die ihn 1900/01 berühmt gemacht hatten: Ausgehend von der dort entwickelten Phänomenologie der intentionalen Erlebnisse sieht er jetzt in der Aufdeckung der Leistungen des "reinen Bewußtseins", dem die uns bekannte natürliche Welt nur als "Bewußtseinskorrelat" gegeben ist, den eigentlichen Gegenstand philosophischer Erkenntnis und in (...) den von ihm eingeführten methodologischen Begriffen der "Reduk tion" und der "Epoché" den Weg, sich über die Beschaffenheit dieses "reinen Bewußtseins", aus dem alle Erkenntnis entspringt, Klarheit zu verschaffen. Die Ausgabe bietet Husserls Schrift text- und seitengleich nach Band III/1 der Husserliana, herausgegeben von Karl Schuhmann; beigegeben sind Husserls Nachwort zu den Ideen von 1930 aus Band V der Husserliana, herausgegeben von Marly Biemel, sowie ein umfangreiches Namen- und Sachregister von Elisabeth Ströker. (shrink)

-Das durchgehende Thema der vorliegenden Untersuchung ist die zeitliche Konstitution eines reinen Empfindungsdatums und die einer solchen Konstitution zugrunde liegende Selbstkonstitution der 'phanomenologischen Zeit'.- Martin Heidegger, 1928".

A hipótese que procuro defender neste ensaio é a seguinte: a famosa expressão " Am Leitfaden des Leibes", que surge nos póstumos de 1884 e desaparece um ano depois, contabilizando pouco mais de dez ocorrências no conjunto dos fragmentos póstumos e nenhuma na obra publicada, é uma expressão cujo sentido e intenção devem ser desvendados tendo como pano de fundo o crescente interesse de Nietzsche, na virada da primeira para a segunda metade dos anos oitenta, na reabilitação da atividade especulativa. (...) Minha segunda hipótese é que, ao cunhar esta expressão, Nietzsche se inspira na reivindicação metodológica de Schopenhauer, segundo a qual o corpo é o único fio condutor que nos resta se queremos nos mover com alguma segurança pelo labirinto da especulação. Por "corpo próprio‘" (Leib), Schopenhauer designa um tipo específico de experiência intuitiva que teria sido negligenciada por Kant: a experiência do conjunto de nossa vida afetiva. Segundo a minha hipótese, a partir da segunda metade dos anos oitenta Nietzsche estaria disposto a reconhecer que a intuição metodológica de Schopenhauer estava correta. O erro de Schopenhauer teria consistido simplesmente em partir de uma concepção equivocada do corpo e do tipo de acesso que temos a ele. A divergência, portanto, não incidiria sobre o método próprio à especulação, mas sobre o conteúdo ao qual o método se aplicaria, ou seja, sobre a representação do corpo próprio e dos traços que lhe seriam essenciais. Persistem as divergências quanto ao que implica seguir este preceito metódico (por exemplo, sobre o que deve e o que não deve ser evitado no antropomorfismo subjacente ao método de projeção analógica), ou quanto ao meio mais apropriado de se obter uma representação do corpo próprio. Segundo Schopenhauer, nós teríamos uma intuição do que é essencial no corpo mediante a experiência imediata do querer. Segundo Nietzsche, somente após um longo e penoso processo que envolve tanto a investigação empírica quanto a reflexão conceitual chegamos a alguns resultados tímidos. Portanto, mesmo a especulação que se serve do corpo como fio condutor representa uma extrapolação em relação ao que estaríamos autorizados a inferir em um ambiente epistemicamente mais rigoroso. E isso não apenas pela razão de que a inferência analógica é por si mesma uma inferência logicamente abusiva (mas tolerável, na ausência de outro recurso), mas também pelo fato de que aquilo que serve de base para a inferência analógica é uma imagem seletiva e arbitrariamente construída, cuja legitimidade epistêmica, mesmo quando restrita ao domínio da fisiologia humana, é apenas relativa. Estas considerações fornecem parte das razões (as de ordem epistêmica) de porque Nietzsche nunca conseguiu se persuadir inteiramente de que o seu projeto de reabilitação da filosofia especulativa era legítimo. Esta indecisão o levou a postergar e, segundo alguns intérpretes, a finalmente abandonar a sua execução, ou pelo menos a sua tradução em uma obra literária sistemática. (shrink)

In this book, generally held to be the key to his view of an academic approach to phenomenology, Edmund Husserl (1859-1938) sets out his ideas on the subject of 'pure' phenomenology, taking account of the idealist agnosticism he was inspired by throughout his life and which prevented him from ever crossing the threshold to the object world, a threshold considered 'out of bounds' by Kant and all other German philosophers. According to the German idealist view still upheld today, there (...) can be only limited knowledge about the nature of the world and the internal impressions it leaves on us. (shrink)

Dieser Band enthält Husserls letzte grosse Arbeit, an der er von 1934 bis 1937 arbeitete. Husserl weist darin die Probleme auf, die seiner Ansicht nach zu der Krise geführt haben, in der die Menschheit der Gegenwart sich befindet. Er verfolgt den Ursprung dieser Krise zurück bis zur Entstehung der neuzeitlichen mathematischen Naturwissenschaften bei Galilei, um aufzuweisen, wie es zu der verhängnisvollen Spaltung des physikalistischen Objektivismus und des transzendentalen Subjektivismus gekommen ist. Die Geschichte der neuzeitlichen Philosophie wird von Descartes über (...) Locke - Berkeley - Hume bis zu Kant verfolgt. Husserl stellt dar, wie es das eigentliche Anliegen der Phänomenologie ist den verhängnisvollen Riss zu überwinden, indem sie den Rückgang zu dem Sinnesfundament vollzieht, das in den Wissenschaften selbst und für diese verborgen bleibt. In diesem Zusammenhang kommt gerade der Wissenschaft vom Menschen, der Psychologie, eine fundamentale Bedeutung zu, allerdings einer Psychologie, die auf der Phänomenologie gründet und von ihren Erkenntnissen ausgeht. Ausser dem erhaltenen Haupttext befinden sich im Husserl-Archiv noch zahlreiche "Forschungsmanuskripte", die im Zusammenhang mit der Krisis-Problematik entstanden sind. Um auch in sie Einblick zu geben wurde eine umfassende Auswahl in Form von Beilagen veröffentlicht, sowie noch einige selbständige Abhandlungen die die Entstehungsgeschichte des Werkes erhellen. (shrink)

Die Cartesianischen Meditationen sind aus Vorträgen hervorgegangen, die Edmund Husserl Mitte Februar 1929 an der Sorbonne gehalten hat. Bei der Grundfragestellung Descartes’ einsetzend, entfaltet Husserl die transzendentale Phänomenologie als »Umbildung und Neu­bildung« des Cartesischen Programms der prima philosophia im Sinne einer Reform der Philosophie zu einer absoluten Wissenschaft aus absoluter Begründung. Eine französische Ausgabe, in der Übersetzung von Emmanuel Levinas und Gabrielle Pfeiffer, erschien 1931 bei A. Colin in Paris. Husserls Arbeiten an dem Manuskript für die deutsche Ausgabe, (...) die gegenüber der französischen erheblich erweitert werden sollte, blieben, nicht zuletzt wegen der 1933 veränderten politischen Situation, unvollendet. So erschien die erste deutschsprachige Ausgabe der Cartesianischen Meditationen erst postum in dem von Stephan Strasser herausgegebenen Band 1 der Husserliana , Den Haag 1950.Die Studienausgabe basiert auf dem Text der zweiten Auflage des Bandes in den Husserliana von 1963, hg. von Rudolf Boehm. (shrink)

The paper provides a reconstruction of the notion of material Apriori while exhibiting the anti-Kantian inspiration and factual grounding thereof. The attempt is made to show that a non-formal Apriori obtains because the sensuous has a normative character; further, that the difference between material and formal eidetic laws is rooted in the difference between sensuous contents, given in experience, and intellectual contents, originating in activities of judgement. The material Apriori is not independent of all experience, since it is grounded on (...) sensuous eidetic contents and thus depends on the latter’s givenness and characteristics. It is thanks precisely to this ,contingency‘ that it has an ontological significance. (shrink)

Der Herausgeber dieses Jahrbuchs hat geglaubt, mit derVerof- 5 fentlichung der seit dem Erscheinen des ersten Bandes eingelaufenen und zum Teil schon im Herbst 1913 in den Druck gegebenen Arbei­ ten nieht Hinger zogern zu diirfen. So viele geistige Krafte dieser unheilvolle Krieg fesselt und leider auch zerstort, wirklich unterbin­ den kann und wird er das deutsche Geistesleben nieht. Nach wie vor 10 ist es beseelt von der ererbten Liebe zu den Ewigkeitswerten der Kultur, und immerfort wirkt es sich aus (...) in treuer Arbeit an ihren groBen Aufgaben. 1m besonderen unsere phanomenologische Philo­ sophie hat nicht geruht, auch ist ihr unverkennbar das warme Inter­ esse wissenschaftlicher Kreise erhalten geblieben. So diirften die bei- 15 den Bande, in die wir die bereitliegenden Arbeiten verteilt haben, nieht unwillkommen geheiBen werden. Die neuen Jahrbuchsarbeiten unterscheiden sieh ganz so wie die des ersten Bandes nieht nur durch ihre Themen, sondern auch durch die merklich nuancierten Auffas­ sungen, die sieh ihre Verfasser iiber Ziele, Methoden und mancherlei 20 Einzelfragen der phlinomenologisehen Forsehung gebildet haben. Es brauchte eigentlich nieht gesagt zu werden und muG es doeh ange­ siehts vorgekommener MiBverstlindnisse, daB der Herausgeber nur fiir seine eigenen Arbeiten die Verantwortung iibernimmt so wie jeder Mitarbeiter fiir die seinen. Sieherlieh ist die innere Gemein- 25 samkeit der "Phanomenologen" darum doch keine geringere, ja eher eine groBere als innerlhalb irgendwelcher sonstigen Forschungs- [VI] gemeinschaften, z. B. der der Experimental-Psychologen. (shrink)