No presente artigo, pretendemos oferecer uma análise da explication nominal de Leibniz do que é “ser uma substância individual” oferecida em Discurso de Metafísica §8, assim como uma concernindo o entendimento leibniziano do que sejam definições nominais em geral. O presente artigo será dividido em quatro partes: Em primeiro lugar, tentaremos argumentar contra uma interpretação tradicional e bem-estabelecida, embora não completamente incontroversa, da explication de Leibniz em Discurso de Metafísica §8. Em segundo lugar, tentaremos abordar o entendimento geral (...) de Leibniz de uma definição nominal, ao passo que argumentamos a favor da implicação mútua entre as duas definições disponíveis no corpus leibnitianum. Em terceiro lugar, pretendemos apresentar uma interpretação alternativa positiva da explication de Leibniz. Finalmente, tentaremos lidar com um aparente problema de tal interpretação concernindo ao comprometimento existencial presente na mesma por meio de uma análise do uso estrito por parte de Leibniz do termo “substância”. (shrink)

Resumo No segundo capítulo das Categorias, Aristóteles introduz um esquema conceptual de acordo com o qual, recorrendo a dois únicos critérios, “estar num sujeito” e “dizer-se de um sujeito”, é possível distribuir a realidade por quatro tipos de entes: as substâncias individuais, que nem estão num sujeito nem se dizem de um sujeito; as substâncias universais, que se dizem de um sujeito, mas não estão num sujeito; os acidentes individuais, que estão num sujeito, mas não se dizem de um sujeito; (...) e os acidentes universais, que estão num sujeito e se dizem de um sujeito. O problema coloca-se ao nível do terceiro tipo de entes, os acidentes individuais, em virtude, em particular, do modo como são definidos no texto, a saber, como algo que “não pode ser separadamente daquilo em que está”. Ora a importância desta cláusula, e, portanto, da sua correcta interpretação, vai muito para além de uma simples decisão em matéria textual ou mesmo doutrinária, se a restringirmos ao passo e à questão em apreço. Nela, joga-se todo o sentido que Aristóteles deseja atribuir à individualidade das inerências e, através dela, o modo como é por ele concebida a distinção ontológica entre substâncias e acidentes individuais, enquanto tipos diversos de itens individuais. Este, pois, o objecto do presente estudo: apreender o sentido e o fundamento da distinção entre substâncias e acidentes individuais em Aristóteles, a partir de uma análise do estatuto das inerências no segundo capítulo das Categorias. Palavras-chave : acidente, Aristóteles, Categorias, individual, inerências, substânciaIn the second chapter of Categories, Aristotle introduces a conceptual scheme in accordance to which, using only two criteria, “being in a subject” and “said of a subject”, it is possible to distribute reality over four types of beings: individual substances, which are neither in a subject nor are said of a subject; universal substances, which are said of a subject but are not in a subject; individual accidents, which are in a subject, but are not said of a subject; and universal accidents, which are in a subject and are said of a subject. The problem arises with the third type of entity, individual accidents, due to the way they are defined in the text, namely as something which “cannot exist separately from what it is in”. The importance of this clause, and therefore of its correct interpretation, goes far beyond the mere decision on textual or even doctrinal matters, if restricted to the passage and to the question under consideration. What is at stake here is the significance that Aristotle wishes to attribute to the individuality of inherences and, through that, the way in which the ontological distinction between individual substances and individual accidents – that is to say, between primary substances and their accidents as diverse types of individual items – is conceived by him. Here, then, is the scope of this paper: to grasp the meaning and the rationale of the distinction between individual substances and individual accidents in Aristotle, based on the analysis of the statute of inherences in the second chapter of the Categories. Keywords: accident, Aristotle, categories, individual, inherences, substance. (shrink)

A questão da união entre alma e corpo se apresenta na filosofia leibniziana de um modo único para a tradição da filosofia moderna. Ao invés de tentar entender como se dá essa relação, Leibniz busca explicar porque essa relação ocorre. Através da compreensão da substância individual ou Mônada como ao mesmo tempo sujeito lógico e centro expressivo ontológico será possível compreender porque a maneira como a alma e corpo se comunicam entre si se torna uma questão de pouca (...) ou nenhuma relevância. Através do entrelaçamento dos conceitos de harmonia preestabelecida e expressão o filósofo alemão elimina definitivamente a possibilidade de uma relação causal entre ambos e em seu lugar introduz uma relação analógica que coloca em conexão ambas as séries de predicados. (shrink)

Partimos da perspectiva que nos convida a observar que a leitura que Bergson faz sobre Leibniz tanto nos seus cursos, quanto em Possível e o Real e em A Evolução Criadora participam da construção de um modelo de individuação no âmbito filosofia bergsoniana. No curso sobre o opúsculo De rerum natura originatione, Bergson propõe uma avaliação sobre o finalismo metafísico leibniziano a partir da noção do possível e sua relação com o princípio da harmonia pré-estabelecida. Neste artigo, pretende-se mostrar que (...) as implicações decorrentes da leitura de Leibniz são conservadas até as proposições sobre o elã vital e as tendências. (shrink)

Pretende-se explicitar a emergência da noção de individualidade a partir de Homero e Hesíodo, noção que nos textos míticos é difícil captar em função de outra estrutura do pensamento apanhado nos textos. Posteriormente, será indicado que em Heráclito, Parmênides, Empédocles, tal noção se torna mais complexa e já em Platão e Aristóteles há uma polissemia do lógos que transgride em parte o mito, e tece o campo da metafísica, de modo a pensar-se em uma “substância individual” regida pela (...) ideia de “simplificação”. (shrink)

Neste texto, pretendemos fazer uma breve análise da metafísica leibniziana, tomando como fio condutor a noção de substância individual — que desembocará no conceito de mônada —, de sorte a tentar acentuar algumas de suas implicações e pressupostos. Passando pela criação e pelo sistema de determinação universal que ela acarreta, pretendemos mostrar de que maneira a substância é como que um espelho de todo o universo, a fim de mostrar sua relação com o restante das substâncias e, (...) particularmente, explicitar aquilo que Leibniz denominará “corpo orgânico”, tentando resolver o clássico problema da união da alma e do corpo. (shrink)

O percurso argumentativo do Discurso de Metafísica encontra um momento de tensão quando se atinge o artigo 13, pois, após abordar Deus e a substância individual com caracterizações que induzem ao fatalismo, Leibniz procura afirmar a contingência e a liberdade tanto divina quanto humana. O exame que se segue tem como objetivo a descrição dessa dificuldade, bem como a apresentação de tentativas de solucioná-la – articulando as noções e respostas dadas no Discurso de Metafísica e outros textos de (...) Leibniz, e buscando sempre manter uma coerência em relação à sua filosofia. (shrink)

Para construir seu próprio edifício filosófico em _Diferença e Repetição_, Deleuze dedicou-se no início de sua trajetória à pesquisa sistemática daquilo que chamou de “linhagem menor” em história da filosofia. Neste artigo buscamos explorar especificamente o embate deleuziano com o pensamento de Leibniz, situado no limiar dessa linhagem. Embora uma monografia mais extensiva tenha sido publicada por Deleuze apenas décadas mais tarde, seguimos a hipótese de que seus primeiros esboços críticos sobre o pensamento leibniziano aparecem já no seminário _O que (...) é fundar?_, endereçado ao problema do fundamento. À luz desse texto, abre-se uma perspectiva produtiva para a compreensão da relação entre as filosofias dos dois pensadores. (shrink)

A substância deste artigo consiste na leitura de alguns autores que tratam do mito e do imaginário sem acatar as propostas que se fundamentam no racionalismo cartesiano e no influente positivismo do século XIX. Tais autores, como Eliade e Durand, desenvolveram no século XX um estudo do mito e da imagem com a perspectiva de uma orientação epistemológica que surgira na intenção de se constituir como uma nova abordagem científica, levando o elemento imaginativo e mítico ao encontro da realidade (...) imediata. O argumento principal dessa nova abordagem, que aqui tentamos minimamente apresentar, em torno do mito e da imagem, opõe-se ao dualismo filosófico que coloca em extremos o materialismo e o subjetivismo; dessa forma, tais autores chegaram a uma conclusão que ratifica a retórica da imagem simbólica e reafirma a força diretiva dos mitos, deixando o ditame imaginário de ser uma simples abstração ou engano, uma vez que segue regras mais profundas e é significativamente responsável pela dinâmica social ou pelas produções individuais representativas da cultura, no tempo e no espaço. Palavras-chave: Mito; Imaginário; Nova epistemologia; Século XX. ABSTRACT This article resentats some authors who treat myth and the imaginary without taking into consideration the proposals based on Cartesian rationalism and on 19th-century influent positivism. Those authors, such as Eliade and Durand, developed a study of myth and image in the perspective of an epistemological orientation aimed at elaborating a new scientific approach, promoting the encounter between imaginative and mythical elements and immediate reality. The main point in this approach in terms of myth and image, which we attempt to briefly present here, is opposed to the philosophical dualism that sets materialism and subjectivism distantly apart. Thus, those authors eventually reached a conclusion that ratifies the rhetoric of symbolic image and reaffirms the guiding strength of myths, releasing the imaginary from the restriction of being just an abstraction or a mistake, once it follows much deeper rules and is significantly responsible for social dynamics or for the individual’s culturally representative prductions in time and space. Key words: Myth; The imaginary; New epistemology; 20th century. (shrink)

Este artigo apresentará a noção de “individual” de acordo com a filosofia de Tomás de Aquino buscando identificar os problemas que envolvem esta noção. Primeiro, como uma introdução, observamos esta noção de modo geral em algumas teorias filosóficas, mas depois adentramos propriamente na filosofia de Tomás de Aquino. Apenas a individuação da substância corpórea será apresentada, pois Tomás tem uma teoria diferente para a substância incorpórea, tal como os anjos, Deus e as almas separadas. Assim, a teoria de Tomás (...) afirma que o princípio de individuação é a matéria assinalada, mas tal matéria assinalada é aquela que é considerada como tendo dimensões determinadas. Nossa principal preocupação será identificar o que significa a expressão “dimensões determinadas”. Usaremos uma explicação pouco habitual para esclarecer este problema. Uma vez que Tomás afirma que, no hilemorfismo, a matéria recebe o ser da forma, defenderemos que existe um conjunto de propriedades da matéria que recebe o ser a partir da forma. (shrink)

Book Z of the Metaphysics of Aristotle focuses on the idea of the subject, which is one of the senses in which the term “substance” is used. Z is an important book, because it establishes how substance relates to change and matter. One school of interpretation of Z considers one sense of form to be prior to and more important than matter, and has proposed a different reading of the book. I will call this the “formalistic” approach to substance. Supporters (...) of this school hold that the form comprises itself as a whole individual which may be considered as independent of matter. This school focuses especially on Z 3, 1029a-b, where Aristotle seems to challenge the status of matter as an essential part of substance. This paper deals with two formalist approaches, and stresses some difficulties in understanding Z when following the ideas of D. W. Ross. (shrink)

Ao introduzir o estudo da substância em Metafísica Z1, Aristóteles apresenta um argumento cujo ponto inicial corresponde a uma questão acerca do estatuto ontológico de certos itens não-substanciais. Normalmente, entende-se que o objetivo desse argumento é estabelecer a compreensão da substância como ser primeiro. Pretende-se, aqui, propor uma interpretação alternativa para tal argumento. A questão acerca do estatuto ontológico de certos itens não-substanciais não teria o papel de estabelecer a compreensão da substância como ser primeiro, mas dirigir (...) a investigação para a razão pela qual a substância é tomada como ser primeiro. (shrink)

This paper examines Aristotle’s notion of priority with the specific aim of capturing the sort of priority that characterizes the primacy of substances in his metaphysics. I reject the traditional interpretation, which understands the ontological priority of substances in terms of independent existence. But there are rather two sorts of priority: the ontological priority of substances should be understood in terms of completeness, whereas the ontological priority of “substances-of-something” (the essences) is a causal-explanatory priority. Furthermore, an important piece of Aristotle’s (...) argument against Platonism is that these two sorts of priority – namely, the completeness priority and the causal-explanatory priority – should be kept distinct. (shrink)

A coletânea apresenta, sob a forma de artigos, problemas e soluções associados ao conceito e substância ao longo da história da filosofia. Sem pretender exaurir esse percurso, a coletânea contém 29 artigos redigidos por diversos especialistas brasileiros em Filosofia. Sua proposta é oferecer uma visão clara, acessível, precisa e atualizada desse recorte da história do conceito de filosofia, na expectativa de contribuir para o aperfeiçoamento do ensino e debate de filosofia no país. -/- The anthology presents, through a series (...) of articles, the intricacies of problems and solutions intertwined with the concept of substance across the annals of philosophical history. While not seeking to comprehensively cover this vast terrain, the collection comprises 29 articles penned by a diverse array of Brazilian specialists in Philosophy. Its overarching aim is to furnish a lucid, accessible, precise, and contemporaneous perspective on this facet of philosophical inquiry, with the aspiration of enriching the landscape of philosophical education and discourse in Brazil. (shrink)

This book discusses Aristotle’s notions of essence and substance as they are developed in Metaphysics ZH. I examine Aristotle's argument at length and defends an unorthodox interpretation according to which his motivation is to provide an answer against a conflation between criteria for existential priority (delivering substances as primary beings) and criteria for explanatory priority (delivering essences as primary principles).

This paper addresses a difficult passage from Aristotle’s Metaphysics (V. 4, 1015a11-13) in which he identifies a metaphorical use of the term “nature” (phusis) to refer to the entities which he calls “substances” (ousiai). I claim that the passage at stake deploys the very notion of metaphor on the basis of an analogy (as defined in the Poetics and in the Rhetorics), which is grounded on a weak (and, sometimes, very weak) similarity between two relations (each involving two relata). The (...) sentences found in 1015a11-13 belong to those kind of metalinguistic sentences which we usually employ to shed some light on the metaphorical use of a term. The similarity Aristotle is presupposing is this: both nature and substance are, in their respective fields, some kind of principle that guarantees (besides other things) certain persistence conditions for what they are the principles of. And this weak similarity is enough for the term “nature” to refer metaphorically to substances. (shrink)

While there are numerous doubts, controversies and lack of consensus on alternative definitions of human death, it is argued that it is more ethical to allow people to choose either cessation of cardio-respiratory function or loss of entire brain function as the definition of death based on their own views. This paper presents the law of organ transplantation in Japan, which allows people to decide whether brain death can be used to determine their death in agreement with their family. Arguably, (...) Japan could become a unique example of individual choice in the definition of death if the law is revised to allow individuals choose definition of death independently of their family. It suggests that such an approach is one of the reasonable policy options a country can adopt for legislation on issues related to the definition of death. (shrink)

Aristóteles parece negar el estatuto ontológico de los artefactos que no serían sustancias. Se analizan los textos básicos al respecto y sus principales interpretaciones. Se discute la opinión de R. Katayama, para mostrar que acierta en remarcar la importancia de la separabilidad de los compuestos, pero se equivoca en la noción de separación. Se sostiene que las formas no son separables de sus compuestos tanto naturales como artefactos, pero los primeros poseen un tipo de separación de otras formas o especies (...) que no poseen los segundos y, por ello, son substancias. Aristotle seems to deny the ontological status of artifacts which are not substances. In this paper I discuss the basic regarding this topic and its main intepretations. I discuss R. Katayama's opinion to show that he is right to underline the importance of the trait of separation, but he is wrong regarding the the notion of separation. My thesis is that neither the forms of natural things nor those of artifacts are separable from the composites, but the former possess a different kind of separation from other forms or species, which the latter do not possess. Hence, the former are substances. (shrink)

Francisco Suárez (1548-1617) publicou em 1597 sua obra-prima em metafísica, as Disputationes metaphysicae. Na trigésima terceira Disputa – o objeto deste artigo – Suárez defende primeiramente a substância sobtrês aspectos: como “ens per se” (uma entidade independente), como o que permanece no tempo, e como o suporte fundamental de acidentes. Secundariamente, ele utiliza três distinções com o objetivo de articular a noção de substância: substâncias completas e incompletas, substâncias perfeitas e imperfeitas, e a distinção entre substância primeira (...) e substância segunda. Uma gota d’água, por exemplo, é uma primeira substância completa, mas relativamente imperfeita. Em comparação com ela, a alma humana é uma primeira substância incompleta, mas mais perfeita. A regra é: quanto mais perfeita, tanto mais incompleta. Por trás dessas distinções, Suárez elabora um aspecto dinâmico da substância. A abordagem é aristotélica, sem incluir aspectos de filosofia social ou filosofia existencial. (shrink)

El presente trabajo se propone examinar la objeción de Leibniz a E1p2 y E1p5 y responder a ella. La objeción es conocida: es falso, según Leibniz, que dos substancias de atributos diversos no tengan nada en común (i. e., E1p2) y, por consiguiente, que en la naturaleza no puedan darse dos o más substancias de mismo atributo (i. e., E1p5). Defiendo que E1p2 y, por tanto, E1p5 resisten a la objeción de Leibniz. Para ello, abordo, primero, el sentido y la (...) función de E1p2 a fin de determinar dos posibles contextos en que la demostración es válida: el contexto delimitado por la doctrina cartesiana del atributo principal y el contexto escolástico de la doctrina lógica de la diversidad esencial. Segundo, examino la objeción de Leibniz, con lo que determino de manera más precisa el marco epistémico tanto de E1p2d como de la objeción de Leibniz. Tercero, propongo un análisis crítico de la objeción de Leibniz a fin de mostrar que, si bien esta objeción tiene cierta apariencia de validez, si consideramos únicamente lo enunciado por Spinoza en las definiciones y axiomas anteriores a E1p2, esta entraña una contradicción. Por último, indico el punto de mayor dificultad en la demostración de E1p2 para proponer una pequeña rectificación a fin de volverla inmune a la objeción de Leibniz. (shrink)

In a recent paper, Sun Demirli (2010) proposes an allegedly new way of conceiving of individuation in the context of the bundle theory of object constitution. He suggests that allowing for distance relations to individuate objects solves the problems with worlds containing indiscernible objects that would otherwise affect the theory. The aim of the present paper is i) To show that Demirli’s proposal falls short of achieving this goal and ii) To carry out a more general critical assessment of the (...) issue by appraising the costs and benefits of Demirli’s view as well as of existing alternatives. (shrink)

The impressive variation amongst biological individuals generates many complexities in addressing the simple-sounding question what is a biological individual? A distinction between evolutionary and physiological individuals is useful in thinking about biological individuals, as is attention to the kinds of groups, such as superorganisms and species, that have sometimes been thought of as biological individuals. More fully understanding the conceptual space that biological individuals occupy also involves considering a range of other concepts, such as life, reproduction, and agency. There (...) has been a focus in some recent discussions by both philosophers and biologists on how evolutionary individuals are created and regulated, as well as continuing work on the evolution of individuality. (shrink)

This paper explores nicknaming practices, focusing on their capacity to derogate and establish power differentials within a group. By examining ethnographic and psychological data, this paper contends that pejorative nicknames can contribute to unjust intra-group hierarchies and thus operate analogously to slurs within small social circles. Like expressions targeting social groups based on gender or ethnicity, pejorative nicknames can indeed elicit deep offence regardless of the speaker’s intentions or whether they occur within speech reports. Moreover, this paper advances a framework (...) suggesting i) that both forms of verbal aggression index multiple dimensional qualities such as “negative valence”, “neutral arousal,” and “high dominance” rather than discrete emotional categories such as “contempt” or “anger”, and ii) that the expression of high dominance in social interactions underlies their capacity to offend. Additionally, it translates this hypothesis into a Bayesian model of sociolinguistic variation inspired by Heather Burnett’s work on identity construction, thus integrating pragmatic reasoning into a psychologically informed framework for interpreting emotional cues. (shrink)

RESUMEN En este artículo trato de establecer que, según el Tractatus, la posibilidad de pensar que el espacio lógico fuera vacío es equivalente a la posibilidad de pensar que el mundo no hubiera existido. Tal representación viene dada por la última línea de una tabla de verdad que es una descripción completa del espacio lógico: es la línea en la que todas las proposiciones elementales son falsas. En primer lugar, argumentaré que una proposición elemental sería falsa -más que no tener (...) un valor de verdad- si fuera evaluada con respecto a un mundo posible en el que alguno de los objetos nombrados en esa proposición no existe. A continuación, tendré que mostrar que es posible que los objetos tractarianos no hubieran existido para poder concluir que es posible pensar que los objetos tractarianos no hubieran existido. Por último, estoy obligado a ofrecer una nueva interpretación del pasaje sobre la substancia.ABSTRACT In this paper I intend to establish that, according to the Tractatus, the possibility of thinking that the logical space were empty is equivalent to the possibility of thinking that the world had not existed. Such a representation is given by the bottom line of a truth-table which is a complete description of logical space: it is the line where all elementary propositions are false. Firstly, I will argue that an elementary proposition would be false -rather than lacking a truth-value- if it were evaluated with respect to a possible world in which some named object in that proposition does not exist. Then I will have to show that it is possible that the tractarian objects had not existed in order to conclude that it is possible to think that the tractarian objects had not existed. Finally, I am bound to offer a new interpretation of the substance passage. (shrink)

Human life in contemporary society is extremely complex and there are various external factors that directly affect the realization in the individual ends. In this work I analyze the effects of the global market economy, manifested by a mode of production and distribution of goods and services in the form of a global network of economic relations, which involve people, transnational corporations and political and social institutions in moral sphere of people, affecting their choices and the realization of these (...) choices. Individual freedom can be understand as a freedom to realize our choices in the environment of a global economic market, but it is still problematic in the sense that the choices of goods and services available in this market do not reflect individual choices, but a set of preferences standardized according to the market itself. In this paper I will reflect about the individual freedom in economic globalization pointing from the debate between Pettit and Berlin that social freedom advocated by Republican Petit can be satisfactory for a start. (shrink)

In this paper, I plan to show that the use of a specific population concept—Millstein’s Causal Interactionist Population Concept (CIPC)—has interesting and counter-intuitive ramifications for discussions of the reality of biological race in human beings. These peculiar ramifications apply to human beings writ large and to individuals. While this in and of itself may not be problematic, I plan to show that the ramifications that follow from applying Millstein’s CIPC to human beings complicates specific biological racial realist accounts—naïve or otherwise. (...) I conclude with the notion that even if biological races do exist—by fulfilling all of the criteria needed for Millstein’s population concept (which, given particular worries raised by Gannett (Synthese 177:363–385, 2010), and Winther and Kaplan (Theoria 60:54–80, 2013) may not)—the lower-bound limit for the scope of biological racial realism is at the level of populations, and as such they cannot say anything about whether or not individual organisms themselves have races. (shrink)

We are spurred into action by our troubles and fears; but all too often our action fails to address the true causes of our worries. When trying to make sense of our lives, we tend to blame our own failings and weaknesses for our discomforts and defeats. And in doing so, we make things worse rather than better. Reasonable beings that we are, how does this happen and why does it go on happening? These are the questions addressed in this (...) new book by Zygmunt Bauman - one of the most original and perceptive social thinkers writing today. For Bauman, the task of sociology is not to censor or correct the stories we tell of our lives, but to show that there are more ways in which our life stories can be told. By bringing into view the many complex dependencies invisible from the vantage point of private experience, sociology can help us to link our individual decisions and actions to the deeper causes of our troubles and fears - to the ways we live, to the conditions under which we act, to the socially drawn limits of our imagination and ambition. Sociology can help us to understand the processes that have shaped the society in which we live today, a society in which individualization has become our fate. And sociology can also help us to see that if our individual but shared anxieties are to be effectively tackled, they need to be addressed collectively, true to their social, not individual, nature. The Individualized Society will be of great interest to students of sociology, politics and the social sciences and humanities generally. It will also appeal to a broader range of readers who are interested in the changing nature of our social and political life today. (shrink)

Este artigo busca mapear as diferenças e transformações que marcam a trajetória da noção leibniziana de substância ao longo dos quase trinta anos que separam suas primeiras e últimas sínteses de ar sistemático; percurso que vai do _Discurso de Metafísica_ à _Monadologia_ e aos _Princípios da Natureza e da Graça _. Poderemos, deste modo, fornecer um quadro de mecanismos conceituais e doutrinários que nos permita melhor compreender o estatuto coesivo de sua obra filosófica, donde encontraremos uma noção ampla mas (...) singular de substância que se define, sobretudo, pela articulação reversiva entre unidade e ação. (shrink)

In this paper, I explore and defend the idea that musical works are historical individuals. Guy Rohrbaugh (2003) proposes this for works of art in general. Julian Dodd (2007) objects that the whole idea is outré metaphysics, that it is too far beyond the pale to be taken seriously. Their disagreement could be seen as a skirmish in the broader war between revisionists and reactionaries, a conflict about which of metaphysics and art should trump the other when there is a (...) conflict. That dispute is a matter of philosophical methodology as much as it is a dispute about art. I argue that the ontology of works as individuals need not be dunked in that morass. My primary strategy is to show, contra Dodd's accusation, that historical individuals are familiar parts of the world. Although the ontological details are open to debate, it is the standard opinion of biologists is that biological species are historical individuals. So there is no conflict here between fidelity to art and respectable metaphysics. What suits species will fit musical work as well. (shrink)

Climate change and other harmful large-scale processes challenge our understandings of individual responsibility. People throughout the world suffer harms—severe shortfalls in health, civic status, or standard of living relative to the vital needs of human beings—as a result of physical processes to which many people appear to contribute. Climate change, polluted air and water, and the erosion of grasslands, for example, occur because a great many people emit carbon and pollutants, build excessively, enable their flocks to overgraze, or otherwise (...) stress the environment. If a much smaller number of people engaged in these types of conduct, the harms in question would not occur, or would be substantially lessened. However, the conduct of any particular person (and, in the case of climate change, of even quite large numbers of people) could make no apparent difference to their occurrence. My carbon emissions (and quite possibly the carbon emissions of much larger groups of people dispersed throughout the world) may not make a difference to what happens to anyone. When the conduct of some agent does not make any apparent difference to the occurrence of harm, but this conduct is of a type that brings about harm because many people engage in it, we can call this agent an overdeterminer of that harm, and their conduct overdetermining conduct. In this essay we explore the moral status of overdetermining harm. (shrink)

We naturally think of the material world as being populated by a large number of individuals . These are things, such as my laptop and the particles that compose it, that we describe as being propertied and related in various ways when we describe the material world around us. In this paper I argue that, fundamentally speaking at least, there are no such things as material individuals. I then propose and defend an individual-less view of the material world I (...) call “generalism”. (shrink)