O que colocou o funcionalismo no centro do debate em torno do problema mente-corpo nos últimos trinta anos parece ter sido a sua capacidade de conciliar intuições fisicalistas com uma espécie de não-reducionismo: se por um lado postula-se a existência de entes físicos somente, distribuídos em uma ontologia estratificada, por outro não se falha em explicitar uma distinção real entre as propriedades de entes capacitados a sentir e representar. A superveniência mente-corpo aparentava esclarecer essas intuições dos fisicalistas não-redutivos. Vários dos (...) trabalhos de Kim em torno dessa relação, em especial aqueles publicados antes do fim da década de oitenta, sugeriram a superveniência como uma possível, e promissora, elucidação do estado de coisas em torno do problema da relação entre a mentalidade e o físico. Nos últimos anos, contudo, Kim apresentou um dilema, expressando com bastante pungência que a causação mental revela-se ininte-ligível, valendo ou não valendo a superveniência mente-corpo. Por conseguinte, a superve-niência deixa de compor uma possível solução para o problema, passando a constituí-lo. Como tal conceito de superveniência mente-corpo estende-se naturalmente a uma região de intersecção entre todas as posturas não-reducionistas minimamente fisicalistas, as preo-cupações de Kim, se de fato justificadas, sugerem algo de bastante grave com o fisicalismo não-reducionista. Defenderemos neste trabalho que, apesar do problema da exclusão causal ser genuíno, ainda é cedo para concluirmos a falsidade do fisicalismo não-redutivo. (shrink)

O debate internalismo versus externalismo é freqüentemente construído na forma de uma oposição direta entre conteúdo mental e causação mental. Tal oposição reforça uma tendência a se tomar partido no debate. Alguns sustentam que o fisicalismo falhou, uma vez que não existe uma explicação sobre o papel do conteúdo mental externo na causação interna do comportamento. Outros tomam o partido do fisicalismo e argumentam que ele não deixa lugar para um papel causal do conteúdo (...) class='Hi'>mental . Defendemos aqui a hipótese de que o debate internalismo versus externalismo não necessita de um vencedor e propomos a dissolução de tal oposição. Indicaremos uma saída para essa disputa focalizando a suposição fisicalista segundo a qual o conteúdo mental não pode desempenhar um papel causal genuíno na produção do comportamento. De acordo com Kim, o fisicalismo nos coloca diante de um dilema: o mental pode ser reduzido ao físico ou, alternativamente, o mental não pode ser reduzido ao físico. No primeiro caso, o conteúdo mental torna-se um mero epifenômeno. No segundo, a irredutibilidade do mental deixa inexplicado, e portanto misterioso, o seu poder causal. Diferentemente de Kim, procuraremos escapar do dilema sugerido, ao mesmo tempo em que preservaremos o fisicalismo. Procuraremos mostrar que o dilema “epifenomenalize ou mistifique” é falso, uma vez que ele pressupõe uma concepção de explicação e de redução que, embora seja predominante na ciência cognitiva, não leva em consideração a natureza dinâmica da cognição. Uma análise cuidadosa da estratégia explanatória cognitivista – i.e redução via análise funcional – revela que ela é válida apenas para sistemas nos quais a interação entre os seus componentes internos é mínima. Tal análise coincide com a visão cognitivista da mente entendida como um sistema composto por representações mentais. Sustentaremos que a mente é um sistema incorporado e situado, cuja natureza dinâmica não pode ser explicada pela estratégia cognitivista tradicional. Como ocorre freqüentemente com os sistemas dinâmicos, a causalidade circular se faz presente, o que significa dizer que variáveis de ordem superior, no plano macroscópico, restringem o comportamento dos componentes de ordem inferior, no plano microscópico. Esta noção de causalidade circular indica a importância de variáveis no plano macroscópico para os processos que operam no plano microscópico. Forneceremos exemplos de aplicação da causalidade circular na cognição para ilustrar a inadequação das estratégias explanatórias reducionistas tradicionais. Concluiremos, então, que o dilema proposto por Kim pressupõe um modelo de explicação reducionista que é inapropriado para abordar os aspectos dinâmicos da cognição. Mais especificamente, argumentaremos que o fisicalismo não conduz ao epifenomenalismo nem ao mistério.De modo geral, sustentamos que uma compreensão apropriada da natureza dinâmica da cognição pode fornecer uma saída para a oposição perene entre externalismo e internalismo. (shrink)

Exatamente como Descartes, Searle concebe a consciência como essencial aos fenômenos mentais. Para compatibilizar essa concepção cartesiana da consciência com a aceitação da existência do inconsciente, ele defende uma teoria disposicional: estados inconscientes existem como disposições para a produção de estados conscientes. Entretanto, seu argumento para a conexão entre o mental e a consciência se baseia na tese de que a forma aspectual não existe em fenômenos objetivos, o que é incompatível com a causação mental inconsciente. Para (...) ser causalmente eficaz, um estado inconsciente precisa ter uma forma aspectual ocorrente, o que contradiz a teoria disposicional, e precisa existir de modo independente da consciência, indo de encontro à visão cartesiana. Palavras-chave: Inconsciente, Teoria disposicional, Causação mental, forma aspectual. (shrink)

O artigo trata da discussão travada entre Donald Davidson e os defensores do materialismo redutivo em torno da alegada “ineficácia causal” do mental que a doutrina da superveniência implica. Para defender sua posição, a da eficiência causal particular do mental, Davidson lançará mão da distinção entre “relações causais” e “explicações causais” . Sem ela Davidson seria obrigado a aceitar “o princípio da exclusão causal-explanatória” introduzido por Kim e, consequentemente, abandonar o não-reducionismo característico de seu monismo anômalo e da (...) tese da superveniência do mental em relação ao físico. (shrink)

: Interpreting results of contemporary neuroscientif studies, I present a non-reductive physicalist account of mind-brain relationship from which the criticism of unintelligibility ascribed to the notion of mental causation is considered. Assuming that a paradigmatic criticism addressed to the notion of mental causation is that presented by Jaegwon Kim’s analysis on the theory of mind-body supervenience, I present his argument arguing that it encompasses a formulation of the problem of mental causation, which leads to difficulties by him (...) pointed. To ask "how mental events, being a non-physical property of the brain, could act causally on brain structure and functioning?", is not to treat the mind as a property of the brain, but as a Cartesian substance. I argue that, rather than asking "how does mind could act causally on the brain?", as if the mind were something apart and independent of the brain, it would be more in line with a non-reductive physicalist view to ask "how the brain, guided by its mind, could act causally on itself?". To justify this last formulation of the problem of mental causation, I propose a "double face view", which consists in considering the consciousness as the essential property of the mind, and mind and brain as inseparable, dependent and irreducible faces. It means, in general terms, that the conscious mind is the result of brain structure and activity - "conscious mind as brain" - and that the brain, using its conscious mind as a guide to its actions, interacts with its body, and with the physical and sociocultural environment, constructing and being constructed by both - "brain as conscious mind". Resumo: Interpretando resultados de estudos neurocientíficos contemporâneos, apresento, em linhas gerais, uma abordagem fisicalista não-reducionista da relação mente-cérebro, a partir da qual a crítica de ininteligibilidade atribuída à noção de causação mental é considerada. Assumindo que uma crítica paradigmática à noção de causação mental é aquela apresentada por Jaegwon Kim, em suas reflexões sobre a teoria da superveniência mente-corpo, considero criticamente o seu argumento, oferecendo uma concepção geral a respeito da relação mente-cérebro, a qual acredito tornar a noção de causação mental inteligível. Penso que o principal problema do argumento de Kim se relaciona à formulação da questão da causação mental por ele aceita. Por exemplo, ao perguntar "como os eventos mentais, sendo propriedades não-físicas do cérebro, podem agir causalmente sobre a estrutura e funcionamento do cérebro?" a mente está sendo considerada não como uma propriedade do cérebro, mas como uma substância cartesiana. Entendo que, em vez de perguntar "como a mente age causalmente sobre o cérebro?", como se a mente fosse algo dele separada e independente, seria mais conforme a uma concepção fisicalista não-reducionista perguntar "como o cérebro, guiado por sua mente, pode agir causalmente sobre si mesmo?" Para justificar essa formulação do problema da causação mental, proponho uma "abordagem dupla face" da relação mente-cérebro, segundo a qual a consciência é a propriedade essencial da mente, sendo a mente inseparável do cérebro, embora a ele irredutível, e a estrutura e funcionamento do cérebro dependente numa certa medida da existência da mente. Isso significa, em termos gerais, que a mente consciente resulta da estrutura e funcionamento do cérebro - "mente consciente como cérebro" -, e que o cérebro, usando a mente consciente como um guia para sua ação, interage com seu corpo e com o ambiente físico e sociocultural circundante, construindo e sendo construído por ambos - "cérebro como mente consciente". (shrink)

O artigo defende a tese de que a irredutibilidade ontológica que Searle atribui à consciência envolve o naturalismo biológico (proposto por ele como uma solução para a parte conceitual do problema mente-corpo) em diversas incoerências, especialmente no que diz respeito ao tema da causação mental. Após uma apresentação das teses básicas da teoria (seção 2), são discutidos os problemas que a tese da irredutibilidade ontológica gera para a visão de Searle sobre a causação mental (seção 3), (...) e as incoerências decorrentes dessa tese (seção 4). A conclusão é que o modo como Searle concebe a irredutibilidade ontológica da consciência é uma fonte de problemas para o naturalismo biológico. (shrink)

De acordo com a concepção dominante de causação, eventos espácio-temporalmente localizáveis que podem ser designados por termos singulares e descrições definidas são os únicos relata genuínos da relação causal. Isto dá apoio e é apoiado pela dicotomia aceita entre a explicação causal, concebida como uma relação intensional entre fatos ou verdades, e a relação natural e extensional da causação. O ensaio questiona este modo de ver e argumenta pela legitimidade da noção de causação por fatos: os relata (...) de muitas relações expressas pelo conector sentencial ‘(O fato) C causa (o fato) E’ podem ser causas e efeitos genuínos (I). Esta visão expandida da causação é então aplicada ao problema da causação mental. Assumindo a verdade do realizacionismo físico, o ensaio explora a conexão entre eficácia causal e relevância contrafactual de propriedades. Mostra-se que, pelo menos em muitos casos, as ligações contrafactuais corretas, requeridas pela causação, podem ser encontradas somente no nível dos fatos realizados, não no nível mais básico dos fatos realizadores (II). Finalmente, dadas as similaridades entre a defesa do fisicismo não-reducionista esboçada aqui e as tentativas menos modestas de justificação científica das pretensões do materialismo metafísico, justamente criticadas por van Fraassen como manifestações da ‘falsa consciência’, considera-se se e como a argumento principal do ensaio pode evitar o juízo crítico de van Fraassen (III). (shrink)

O problema da causa mental é uma das questões filosóficas mais fascinantes na obra de Freud. A releitura neo-pragmática que Cláudia Passos-Ferreira faz sobre o tema se insere no interior de profícuos debates no campo da Psicanálise, Filosofia da Psicanálise e da Filosofia da Mente que têm contribuído para a inovação do pensamento nas teorizações psicanalíticas. Em A maquina semântica de Freud, Cláudia aborda a teoria causal do mental de Freud e seu uso na explicação do conflito psíquico. (...) Diante dos impasses do problema, Freud criou uma dupla dimensão da causalidade psíquica, que oscila da causa mecanicista à causa intencional. A hipótese de Cláudia é que a forma mais coerente de defender a tese da causalidade psíquica é descrevê-la como ‘causa intencional’, usando o vocabulário psicológico. Para dar suporte a essa ideia, a concepção estrita da causalidade sustentada por Wittgenstein é dispensada, e a ideia de causa mental em Davidson é endossada como aquela que pode ser mais facilmente articulável às hipóteses freudianas. Em Wittgenstein, busca-se, sobretudo, o apoio teórico para analisar os pontos fracos das teses causais freudianas; em Davidson, o suporte necessário a explicitação e validação lógicas do que Freud afirma sobre o tema. Claudia analisa três momentos da obra freudiana. Na primeira tópica, Freud usa um vocabulário híbrido, descrevendo o psiquismo tanto em termos de causas a-racionais quanto em termos intencionais. Na segunda tópica, o psiquismo assume, cada vez mais, uma descrição intencional, e a causa a-racional da energia pulsional, inicialmente apresentada como um motor do psiquismo, dá lugar a angústia como um afeto intencional que obriga o eu a encontrar uma solução para os conflitos psíquicos. Esse livro reúne tanto o interesse filosófico pelos problemas da causação mental e da relação mente-corpo quanto o refinamento do arcabouço teórico que guia a prática clínica. (shrink)

Kim recomenda uma forma de fisicalismo que seria, segundo ele, a única alternativa fisicalista para evitar o epifenomenalismo. Neste trabalho, mostro que esta alternativa não é viável: o fisicalismo de Kim também não consegue lidar de maneira satisfatória com o problema da causação mental. Considerando algumas características da simulação de estados mentais e a motivação para entendermos as propriedades mentais como separáveis das físicas, esboço uma maneira de pensar nos estados mentais que evita tanto o fisicalismo quanto o (...) epifenomenalismo. (shrink)

Este artigo pretende analisar como a hipótese da mente estendida, por um lado, redesenha o conceito de processos cognitivos a partir de uma crítica ao paralelismo físico/mental e, por outro, se ampara em argumentos funcionalistas para considerar outros níveis do organismo e do ambiente. Para tanto, inicialmente, mostramos como a dicotomia físico/mental constrói uma imagem epistemologicamente confusa, especialmente quando se considera o argumento da causação mental. A tese de que os processos mentais interfiram nos fenômenos físicos, (...) ou vice-versa, é um legado da tradição cartesiana. Posteriormente, argumentamos que o conceito de mente estendida não explica adequadamente o uso dos artefatos, inferindo um prognóstico evolutivo na espécie humana. Por fim, identificamos alguns dilemas – epistemológicos e morais – entre os processos cognitivos e propostas da Inteligências Artificial. (shrink)

Resumo: John R. Searle articulou uma filosofia da mente de acordo com a qual a consciência é o mais importante dos fenômenos mentais, sendo essencialmente caracterizada por uma subjetividade de seu modo de existência. O problema é que a existência de fenômenos mentais inconscientes coloca essa concepção em dificuldades, pois fenômenos inconscientes existem sem serem vivenciados, ou seja, existem de forma objetiva. Para escapar desse problema, Searle propõe uma teoria disposicional do inconsciente, mas a tese do presente trabalho é que, (...) ao aceitar a possibilidade de causação mental inconsciente, Searle está comprometido com a existência de propriedades mentais genuínas, mas independentes da consciência, de modo que sua tese da subjetividade ontológica da mente desmorona. (shrink)

The paper aims at giving a general exposition of John Searle’s solution of the mind-body problem – biological naturalism – and examines its fundamental theses, and some of its consequences. The exam of such theses – which delineates the characteristics of Searle's theory – shows that the theory has three main difficulties, since it holds some assertions which at first sight seem to be incompatible.

O artigo examina a concepção de Searle sobre a redução da consciência (em especial a sua teoria acerca de seus poderes causais), que se mostra obscura e incoerente. Porém, essa incoerência não é inevitável, pois o naturalismo biológico possui elementos que permitiriam a articulação de uma teoria mais clara a respeito das capacidades causais. O exame da teoria de Pereboom e Kornblith possibilita entender por que a afirmação de identidade das capacidades causais leva a um reducionismo. Essa teoria aponta um (...) caminho promissor para que se possa aprimorar o naturalismo biológico. (shrink)

This paper deals with the questions of emergence and complex (mental and social) systems and with downward determination from the viewpoint of perspectival realism. These are issues concerning the foundations of the human sciences, generally speaking, and particularly psychology and sociology. A criterion is put forward, which distinguish metaphysicalfrom ontological (conceptual) problems, and the notions of complex, hierarchic system and causation that would be suitable for those that defend emergence and perspectivist foundations of the human sciences are discussed. Este (...) artigo trata das questões da emergência de sistemas complexos (mentais e sociais) e da determinação descendente do ponto de vista do realismo perspectivista. Essas são questões sobre os fundamentos das ciências humanas em geral e, em particular, da psicologia e da sociologia. É proposto um critério para distinguir problemas metafísicos de problemas ontológicos (ou conceituais), e são discutidas as noções de sistema complexo hierárquico e de causação que seriam adequadas para uma fundamentação emergentista e perspectivista das ciências humanas. (shrink)

This paper deals with the questions of emergence and complex (mental and social) systems and with downward determination from the viewpoint of perspectival realism. These are issues concerning the foundations of the human sciences, generally speaking, and particularly psychology and sociology. A criterion is put forward, which distinguish metaphysicalfrom ontological (conceptual) problems, and the notions of complex, hierarchic system and causation that would be suitable for those that defend emergence and perspectivist foundations of the human sciences are discussed. Este (...) artigo trata das questões da emergência de sistemas complexos (mentais e sociais) e da determinação descendente do ponto de vista do realismo perspectivista. Essas são questões sobre os fundamentos das ciências humanas em geral e, em particular, da psicologia e da sociologia. É proposto um critério para distinguir problemas metafísicos de problemas ontológicos (ou conceituais), e são discutidas as noções de sistema complexo hierárquico e de causação que seriam adequadas para uma fundamentação emergentista e perspectivista das ciências humanas. (shrink)

This paper deals with the questions of emergence and complex (mental and social) systems and with downward determination from the viewpoint of perspectival realism. These are issues concerning the foundations of the human sciences, generally speaking, and particularly psychology and sociology. A criterion is put forward, which distinguish metaphysicalfrom ontological (conceptual) problems, and the notions of complex, hierarchic system and causation that would be suitable for those that defend emergence and perspectivist foundations of the human sciences are discussed. Este (...) artigo trata das questões da emergência de sistemas complexos (mentais e sociais) e da determinação descendente do ponto de vista do realismo perspectivista. Essas são questões sobre os fundamentos das ciências humanas em geral e, em particular, da psicologia e da sociologia. É proposto um critério para distinguir problemas metafísicos de problemas ontológicos (ou conceituais), e são discutidas as noções de sistema complexo hierárquico e de causação que seriam adequadas para uma fundamentação emergentista e perspectivista das ciências humanas. (shrink)

This paper deals with the questions of emergence and complex (mental and social) systems and with downward determination from the viewpoint of perspectival realism. These are issues concerning the foundations of the human sciences, generally speaking, and particularly psychology and sociology. A criterion is put forward, which distinguish metaphysicalfrom ontological (conceptual) problems, and the notions of complex, hierarchic system and causation that would be suitable for those that defend emergence and perspectivist foundations of the human sciences are discussed. Este (...) artigo trata das questões da emergência de sistemas complexos (mentais e sociais) e da determinação descendente do ponto de vista do realismo perspectivista. Essas são questões sobre os fundamentos das ciências humanas em geral e, em particular, da psicologia e da sociologia. É proposto um critério para distinguir problemas metafísicos de problemas ontológicos (ou conceituais), e são discutidas as noções de sistema complexo hierárquico e de causação que seriam adequadas para uma fundamentação emergentista e perspectivista das ciências humanas. (shrink)

This paper deals with the questions of emergence and complex (mental and social) systems and with downward determination from the viewpoint of perspectival realism. These are issues concerning the foundations of the human sciences, generally speaking, and particularly psychology and sociology. A criterion is put forward, which distinguish metaphysicalfrom ontological (conceptual) problems, and the notions of complex, hierarchic system and causation that would be suitable for those that defend emergence and perspectivist foundations of the human sciences are discussed. Este (...) artigo trata das questões da emergência de sistemas complexos (mentais e sociais) e da determinação descendente do ponto de vista do realismo perspectivista. Essas são questões sobre os fundamentos das ciências humanas em geral e, em particular, da psicologia e da sociologia. É proposto um critério para distinguir problemas metafísicos de problemas ontológicos (ou conceituais), e são discutidas as noções de sistema complexo hierárquico e de causação que seriam adequadas para uma fundamentação emergentista e perspectivista das ciências humanas. (shrink)

Searle defende a perspectiva – historicamente associada a Descartes – segundo a qual a consciência é a essência da mente. Isso gera complicações para que ele possa explicar a existência de fenômenos mentais inconscientes – existência que o próprio Searle aceita. Sua estratégia para conciliar a essencialidade da consciência com a existência de fenômenos mentais inconscientes é recorrer a uma teoria disposicional: estados inconscientes existem na forma de disposições para a causação de estados conscientes. O presente artigo se concentra (...) em uma dificuldade enfrentada por essa teoria, dificuldade decorrente da eficácia causal que o próprio Searle atribui aos fenômenos mentais inconscientes. Se um fenômeno inconsciente causa uma determinada ação, então ele o faz em virtude de suas propriedades mentais aspecto qualitativo de sensações, ou o conteúdo representativo de desejos), mas se estas propriedades mentais desempenham um papel essencial na causação, então elas existem efetivamente, o que significa que o fenômeno inconsciente possui uma existência mental independente da consciência, o que contradiz a visão cartesiana da consciência como a essência do mental. (shrink)

O problema da causação descendente é um ponto central na formulação do fisicalismo não-redutivo e na compreensão da emergência de propriedades. Duas interpretações possíveis da causação descendente, nas quais a contribuição do pensamento aristotélico é importante, são examinadas. Os requisitos do programa de matematização da natureza na mecanica clássica, que levaram ao abandono de três dos modos causais aristotélicos, nao parecem igualmente importantes nas ciencias especiais. Isto sugere que a contribuição de Aristóteles pode ser, de certa maneira, retomada. (...) Uma definição de propriedade emergente é apresentada, sendo a causação descendente interprerada de acordo com os modos causais formal e funcional.The problem of downward causation is a key subject in the formulation of nonreductive physicalism as well as in the understanding of property emergence. Two possible interpretations of downward causation, to which Aristotelian thought is relevant, are examined. In the mathematical understanding of nature in classical mechanics, the principle of causality should meet requirements that entailed the rejection of three among the four Aristotelian causal modes. Those requirements do not seem equally important in the special sciences and one may suggest, then, that Aristotle’s contribution may be taken into account. A definition of an emergent property is proposed, in which downward causation is interpreted according to the formal and functional causal modes. (shrink)

In this work, I analyze our concept of cause in the face of criticism of Bertrand Russell in his article “On the Notion of Cause”. For Russell, there is an estrangement between the notion of cause and mature science of physics. The word cause (and its correlates) would not be used in physics, thus eliminating the main justification of philosophy for his job—the foundation of science. Thus, the various causal notions and the principle of causality should be abandoned by philosophers (...) as something outdated. The aim of this study is to assess the extent to which our notion of cause, with its asymmetric nature, can be explained by physics and investigate the question of the existence of causes in our world. (shrink)

O problema da causação descendente é um ponto central na formulação do fisicalismo não-redutivo e na compreensão da emergência de propriedades. Duas interpretações possíveis da causação descendente, nas quais a contribuição do pensamento aristotélico é importante, são examinadas. Os requisitos do programa de matematização da natureza na mecanica clássica, que levaram ao abandono de três dos modos causais aristotélicos, nao parecem igualmente importantes nas ciencias especiais. Isto sugere que a contribuição de Aristóteles pode ser, de certa maneira, retomada. (...) Uma definição de propriedade emergente é apresentada, sendo a causação descendente interprerada de acordo com os modos causais formal e funcional.The problem of downward causation is a key subject in the formulation of nonreductive physicalism as well as in the understanding of property emergence. Two possible interpretations of downward causation, to which Aristotelian thought is relevant, are examined. In the mathematical understanding of nature in classical mechanics, the principle of causality should meet requirements that entailed the rejection of three among the four Aristotelian causal modes. Those requirements do not seem equally important in the special sciences and one may suggest, then, that Aristotle’s contribution may be taken into account. A definition of an emergent property is proposed, in which downward causation is interpreted according to the formal and functional causal modes. (shrink)

During the last decade, children have shown an increasing need for mental wellbeing interventions due to their anxiety and depression issues, which the COVID-19 pandemic has exacerbated. Socially Assistive Robotics have been shown to have a great potential to support children with mental wellbeing-related issues. However, understanding how robots can be used to aid the measurement of these issues is still an open challenge. This paper presents a narrative review of child-robot interaction (cHRI) papers (IEEE ROMAN proceedings from (...) 2016–2021 and keyword-based article search using Google Scholar) to investigate the open challenges and potential knowledge gaps in the evaluation of mental wellbeing or the assessment of factors affecting mental wellbeing in children. We exploited the SPIDER framework to search for the key elements for the inclusion of relevant studies. Findings from this work (10 screened papers in total) investigate the challenges in cHRI studies about mental wellbeing by categorising the current research in terms of robot-related factors (robot autonomy and type of robot), protocol-related factors (experiment purpose, tasks, participants and user sensing) and data related factors (analysis and findings). The main contribution of this work is to highlight the potential opportunities for cHRI researchers to carry out measurements concerning children’s mental wellbeing. (shrink)

Just as bodily actions are things you do with your body, mental actions are things you do with your mind. Both are different from things that merely happen to you. Where does the idea of mental action come from? What are mental actions? And why do they matter in philosophy? These are the three main questions answered in this paper. Section 1 introduces mental action through a brief history of the topic in philosophy. Section 2 explains (...) what it is to be a mental action in terms of intentional action. Section 3 argues that the fact that we can perform mental actions has some striking consequences concerning mental content. Section 4 shows how mental action helps to explain some important facts about self-knowledge and the normativity of thought. The conclusion mentions two further fruitful avenues for philosophical research on mental action. (shrink)

This paper considers the connection between automaticity, control and agency. Indeed, recent philosophical and psychological works play up the incompatibility of automaticity and agency. Specifically, there is a threat of automaticity, for automaticity eliminates agency. Such conclusions stem from a tension between two thoughts: that automaticity pervades agency and yet automaticity rules out control. I provide an analysis of the notions of automaticity and control that maintains a simple connection: automaticity entails the absence of control. An appropriate analysis, however, shows (...) that actions are forms of control and pervasively automatic even if automaticity implies the absence of control. Consequences are drawn for the theory of mental agency and the psychological concepts of automaticity and control. (shrink)

Many philosophers and psychologists argue that out everyday ability to predict and explain the actions and mental states of others is grounded in out possession of a primitive 'folk' psychological theory. Recently however, this theory has come under challenge from the simulation alternative. This alternative view says that human beings are able to predict and explain each other's actions by using the resources of their own minds to simulate the psychological aetiology of the actions of the others. This book (...) and the companion volume Folk Psychology: The Theory of Mind Debate together offer a richly woven fabric of philosophical and psychological theory, which promises to yield real insights into the nature of our mental lives. (shrink)

Mental and behavioral disorders represent a significant portion of the public health burden in all countries. The human cost of these disorders is immense, yet treatment options for sufferers are currently limited, with many patients failing to respond sufficiently to available interventions and drugs. High quality ontologies facilitate data aggregation and comparison across different disciplines, and may therefore speed up the translation of primary research into novel therapeutics. Realism-based ontologies describe entities in reality and the relationships between them in (...) such a way that – once formulated in a suitable formal language – the ontologies can be used for sophisticated automated reasoning applications. Reference ontologies can be applied across different contexts in which different, and often mutually incompatible, domain-specific vocabularies have traditionally been used. In this contribution we describe the Mental Functioning Ontology (MF) and Mental Disease Ontology (MD), two realism-based ontologies currently under development for the description of humanmental functioning and disease. We describe the structure and upper levels of the ontologies and preliminary application scenarios, and identify some open questions. (shrink)

Bringing research on collective memory together with research on episodic future thought, Szpunar and Szpunar :376–389, 2016) have recently developed the concept of collective future thought. Individual memory and individual future thought are increasingly seen as two forms of individual mental time travel, and it is natural to see collective memory and collective future thought as forms of collective mental time travel. But how seriously should the notion of collective mental time travel be taken? This article argues (...) that, while collective mental time travel is disanalogous in important respects to individual mental time travel, the concept of collective mental time travel nevertheless provides a useful means of organizing existing findings, while also suggesting promising directions for future research. (shrink)

In this surprising book, Allan V. Horwitz argues that our current conceptions of mental illness as a disease fit only a small number of serious psychological conditions and that most conditions currently regarded as mental illness are cultural constructions, normal reactions to stressful social circumstances, or simply forms of deviant behavior.

Nonreductive physicalism states that actions have sufficient physical causes and distinct mental causes. Nonreductive physicalism has recently faced the exclusion problem, according to which the single sufficient physical cause excludes the mental causes from causal efficacy. Autonomists respond by stating that while mental-to-physical causation fails, mental-to-mental causation persists. Several recent philosophers establish this autonomy result via similar models of causation :1031–1049, 2016; Zhong, J Philos 111:341–360, 2014). In this paper I argue that both of these (...) autonomist models fail on account of the problem of Edwards’s Dictum. However, I appeal to foundational principles of action theory to resuscitate mental-to-mental causation in a manner that is consistent with the models of causation endorsed by these autonomists. (shrink)

Episodic memory (memories of the personal past) and prospecting the future (anticipating events) are often described as mental time travel (MTT). While most use this description metaphorically, we argue that episodic memory may allow for MTT in at least some robust sense. While episodic memory experiences may not allow us to literally travel through time, they do afford genuine awareness of past-perceived events. This is in contrast to an alternative view on which episodic memory experiences present past-perceived events as (...) mere intentional contents. Hence, episodic memory is a way of coming into experiential contact with, or being again aware of, what happened in the past. We argue that episodic memory experiences depend on a causal-informational link with the past events being remembered, and that, assuming direct realism about episodic memory experiences, this link suffices for genuine awareness. Since there is no such link in future prospection, a similar argument cannot be used to show that it also affords genuine awareness of future events. Constructivist views of memory might challenge the idea of memory as genuine awareness of remembered events. We explain how our view is consistent with both constructivist and anti-causalist conceptions of memory. There is still room for an interpretation of episodic memory as enabling genuine awareness of past events, even if it involves reconstruction. (shrink)

Our successful engagement with the world is plausibly underwritten by our sensitivity to affordances in our immediate environment. The considerable literature on affordances focuses almost exclusively on affordances for bodily actions such as gripping, walking or eating. I propose that we are also sensitive to affordances for mental actions such as attending, imagining and counting. My case for this ‘Mental Affordance Hypothesis’ is motivated by a series of examples in which our sensitivity to mental affordances mirrors our (...) sensitivity to bodily affordances. Specifically, subjects perceive opportunities to perform a mental action and their doing so leads, under the right conditions, to the automatic preparation of that action. I conclude by sketching a mental affordance research program that would reinforce my case for the Mental Affordance Hypothesis and establish its ramifications for a number of debates across philosophy and psychology. (shrink)

Mental (or semantic) holism is the doctrine that the identity of a belief content (or the meaning of a sentence that expresses it) is determined by its place in the web of beliefs or sentences comprising a whole theory or group of theories. It can be contrasted with two other views: atomism and molecularism. Molecularism characterizes meaning and content in terms of relatively small parts of the web in a way that allows many different theories to share those parts. (...) For example, the meaning of 'chase' might be said by a molecularist to be try to catch. Atomism characterizes meaning and content in terms of none of the web; it says that sentences and beliefs have meaning or content independently of their relations to other sentences or beliefs. One major motivation for holism has come from reflections on the natures of confirmation and learning. As Quine (1953) observed, claims about the world are confirmed not individually, but only in conjunction with theories of which they are a part. And typically, one cannot come to understand scientific claims without understanding a significant chunk of the theory of which they are a part. For example, in learning the Newtonian concepts of 'force', 'mass', kinetic energy' and 'momentum', one doesn't learn any definitions of these terms in terms that are understood beforehand, for there are no such definitions. Rather, these theoretical terms were all learned together in conjunction with procedures for solving problems. The major problem with holism is that it threatens to make generalization in psychology virtually impossible. If the content of any state depends on all others, it would be extremely unlikely that any two believers would ever share a state with the same content. Moreover, holism would appear to conflict with our ordinary conception of reasoning. What sentences one accepts influence what one infers. if i accept a sentence and then later reject it, i thereby change the inferential role of that sentence, so the meaning of what i accept wouldn't be the same as what i later reject. but then it would be difficult to understand on this view how one could rationally --or even irrationally!-- change one's mind. and agreement and translation are also problematic for much the same reason. holists have responded (1) by proposing that we should think not in terms of "same/different" meaning but in terms of a gradient of similarity of meaning, (2) by proposing "two factor" theories or (3) by simply accepting the consequence that there is no real difference between changing meanings and changing beliefs. (shrink)

We cannot assert the existence of a real world subsisting in and by itself, independently of our cognitive construction. There are several contemporary variants of the Kantian negation of the possibility to know things as they are in themselves. We are unable to apprehend the world as it is, for the world is a construction by the knowing subject, not a set of autonomous objects. But at least one aspect of the causal properties of objects cannot be viewed in terms (...) of a radical constructivism, or perspectivism. It would be senseless to attribute to the subject alone the construction of causal constraints from which depends her own survival. The sensible properties of objects, or their positions in space and time, depend from a given perspective. But if their causal properties had he same dependence, the subject herself, who is supposed to be a living being, would establish the causal conditions of her own survival. From this would follow an absurdity: the lethal properties of things would act or not act on living beings depending from the way they themselves construct those properties. The simple possibility of death should prevent us from considering causal connections as appearances, although causal inferences are obviously part of our acts of construction. (shrink)

Two thousand years ago, Lucretius said that everything is atoms in the void; it's physics all the way down. Contemporary physicalism agrees. But if that's so how can we—how can our thoughts, emotions, our values—make anything happen in the physical world? This conceptual knot, the mental causation problem, is the core of the mind-body problem, closely connected to the problems of free will, consciousness, and intentionality. Anthony Dardis shows how to unravel the knot. He traces its early appearance in (...) the history of philosophical inquiry, specifically in the work of Plato, Aristotle, Descartes, and T. H. Huxley. He then develops a metaphysical framework for a theory of causation, laws of nature, and the causal relevance of properties. Using this framework, Dardis explains how macro, or higher level, properties can be causally relevant in the same way that microphysical properties are causally relevant: by their relationship with the laws of nature. Smelling an orange, choosing the orange rather than the cheesecake, reaching for the one on the left instead of the one on the right-mental properties such as these take their place alongside the physical "motor of the world" in making things happen. (shrink)

A variety of scientific disciplines have set as their task explaining mental activities, recognizing that in some way these activities depend upon our brain. But, until recently, the opportunities to conduct experiments directly on our brains were limited. As a result, research efforts were split between disciplines such as cognitive psychology, linguistics, and artificial intelligence that investigated behavior, while disciplines such as neuroanatomy, neurophysiology, and genetics experimented on the brains of non-human animals. In recent decades these disciplines integrated, and (...) with the advent of techniques for imaging activity in human brains, the term cognitive neuroscience has been applied to the integrated investigations of mind and brain. This book is a philosophical examination of how these disciplines continue in the mission of explaining our mental capacities. (shrink)

This article argues that existing approaches to programming ethical AI fail to resolve a serious moral-semantic trilemma, generating interpretations of ethical requirements that are either too semantically strict, too semantically flexible, or overly unpredictable. This paper then illustrates the trilemma utilizing a recently proposed ‘general ethical dilemma analyzer,’ GenEth. Finally, it uses empirical evidence to argue that human beings resolve the semantic trilemma using general cognitive and motivational processes involving ‘mental time-travel,’ whereby we simulate different possible pasts and futures. (...) I demonstrate how mental time-travel psychology leads us to resolve the semantic trilemma through a six-step process of interpersonal negotiation and renegotiation, and then conclude by showing how comparative advantages in processing power would plausibly cause AI to use similar processes to solve the semantic trilemma more reliably than we do, leading AI to make better moral-semantic choices than humans do by our very own lights. (shrink)

The twelve specially written essays in this volume investigate the neglected topic of mental action, and show its importance for the metaphysics, epistemology, and phenomenology of mind. The essays investigate what mental actions are, how we are aware of them, and what is the relationship between mental and physical action.

The problem of amodal perception is the problem of how we represent features of perceived objects that are occluded or otherwise hidden from us. Bence Nanay (2010) has recently proposed that we amodally perceive an object's occluded features by imaginatively projecting them into the relevant regions of visual egocentric space. In this paper, I argue that amodal perception is not a single, unitary capacity. Drawing appropriate distinctions reveals amodal perception to be characterized not only by mental imagery, as Nanay (...) suggests, but also by genuinely visual representations as well as beliefs. I conclude with some brief remarks on the role of object-directed bodily action in conferring a sense of unseen presence on an object's occluded features. (shrink)

This study investigates the relationship between mental health and emotional intelligence among senior high school students in a public school. Thus, the study employed a correlational design to measure the relationship between mental health and emotional intelligence among 152 Grade 12 senior high school students in a public school. Hence, to measure the study’s variables - Mental Health Inventory and Emotional Intelligence Scale (EIS) were utilized. Based on the inferential statistics, the r coefficient of 0.32 indicates a (...) low positive correlation between the variables and a p-value of 0.00, indicating a significant relationship between the respondents' mental health and emotional intelligence. Implications and recommendations were discussed in the study. (shrink)

Common sense and philosophical tradition agree that mind makes a difference. What we do depends not only on how our bodies are put together, but also on what we think. Explaining how mind can make a difference has proved challenging, however. Some have urged that the project faces an insurmountable dilemma: either we concede that mentalistic explanations of behavior have only a pragmatic standing or we abandon our conception of the physical domain as causally autonomous. Although each option has its (...) advocates, most theorists have sought a middle way that accommodates both the common-sense view of mind and the metaphysical conviction about the physical world. This volume presents a collection of new, specially written essays by a diverse group of philosophers, each of whom is widely known for defending a particular conception of minds and their place in nature. Contributors include Robert Audi, Lynne Rudder Baker, Tyler Burge, Donald Davidson, Fred Dretske, Ted Honderich, Jennifer Hornsby, Frank Jackson, Jaegwon Kim, Brian P. McLaughlin, Ruth Garrett Millikan, H. W. Noonan, Philip Pettit, Ernest Sosa, and Robert Van Gulick. (shrink)

This paper is about a puzzle which lies at the heart of contemporary physicalist theories of mind. On the one hand, the original motivation for physicalism was the need to explain the place of mental causation in the physical world. On the other hand, physicalists have recently come to see the explanation of mental causation as one of their major problems. But how can this be? How can it be that physicalist theories still have a problem explaining something (...) which their physicalism was intended to explain in the first place? If physicalism is meant to be an explanation of mental causation, then why should it still face the problem of mental causation? (shrink)

Mental time travel is defined as projecting the self into the past and the future. Despite growing evidence of the similarities of remembering past and imagining future events, dominant theories conceive of these as distinct capacities. I propose that memory and imagination are fundamentally the same process – constructive episodic simulation – and demonstrate that the ‘simulation system’ meets the three criteria of a neurocognitive system. Irrespective of whether one is remembering or imagining, the simulation system: acts on the (...) same information, drawing on elements of experience ranging from fine-grained perceptual details to coarser-grained conceptual information and schemas about the world; is governed by the same rules of operation, including associative processes that facilitate construction of a schematic scaffold, the event representation itself, and the dynamic interplay between the two ; and is subserved by the same brain system. I also propose that by forming associations between schemas, the simulation system constructs multi-dimensional cognitive spaces, within which any given simulation is mapped by the hippocampus. Finally, I suggest that simulation is a general capacity that underpins other domains of cognition, such as the perception of ongoing experience. This proposal has some important implications for the construct of ‘MTT’, suggesting that ‘time’ and ‘travel’ may not be defining, or even essential, features. Rather, it is the ‘mental’ rendering of experience that is the most fundamental function of this domain-general simulation system enabling humans to re-experience the past, pre-experience the future, and also comprehend the complexities of the present. (shrink)

Over the past fifty years the philosophy of language and mind has been dominated by a nondescriptivist approach to content and reference. This book attempts to recast and systematize that approach by offering an indexical model in terms of mental files. According to Recanati, we refer through mental files, the function of which is to store information derived through certain types of contextual relation the subject bears to objects in his or her environment. The reference of a file (...) is determined relationally, not satisfactionally, so a file is not to be equated to the body of (mis-)information it contains. Mental files are the mental equivalent of singular terms, and the reference of linguistic expressions is inherited from that of the files we associate with them. On this approach, mental files, the vehicles of singular thought, do all the work of so-called 'modes of presentation' in Fregean and neo-Russellian theories. (shrink)

As the science and technology of the brain and mind develop, so do the ways in which brains and minds may be surveilled and manipulated. Some cognitive libertarians worry that these developments undermine cognitive liberty, or “freedom of thought.” I argue that protecting an individual’s cognitive liberty undermines others’ ability to use their own cognitive liberty. Given that the threatening devices and processes are not relevantly different from ordinary and frequent intrusions upon one’s brain and mind, strong protections of cognitive (...) liberty may proscribe neurotechnological intrusions, but also ordinary intrusions. Thus, the cognitive libertarian position “hog-ties” others’ use of their own liberties. This problem for the cognitive libertarian is the same problem that ordinary libertarianism faces in protecting individual rights to property and person. But the libertarian strategies for resolving the problem don’t work for the cognitive libertarian. I conclude that the right to mental privacy is weaker than what cognitive libertarians want it to be. (shrink)