En este trabajo analizamos la reivindicación gadameriana del valor cognitivo de arte como un ejemplo de un modo de conocimiento que permite concebir de mejor manera la comprensión que tiene lugar en las ciencias del espíritu. Dicha reivindicación presupone el desconocimiento del valor cognitivo del arte operado por la subjetivización de la estética con Kant y una vuelta a los presupuestos de la tradición humanista. Por ello en la introducción presentamos en esquema los conceptos humanistas de (...) tacto, gusto, sentido común y juicio y comparamos el concepto de experiencia que corresponde a los mismos con la noción de experiencia modelada por la ciencia moderna. En la primera parte del trabajo examinamos en detalle la subjetivización de la estética que comienza con Kant y culmina con la “conciencia estética”. En la segunda parte examinamos cómo la reivindicación del valor cognitivo del arte corre pareja con el desarrollo de una ontología de la obra de arte. Concluimos señalando cómo el recorrido realizado facilita la comprensión de la especificidad de las ciencias del espíritu (humanidades). (shrink)

Fin dall’antichità esiste una tensione tra filosofia e letteratura, a cui David Hume ha dato voce dicendo che i poeti sono «mentitori per professione»: i testi letterari, in quanto opere di finzione che parlano di persone che non sono mai esistite e di eventi che non sono mai accaduti, non contengono proposizioni vere. Ciò implica, però, che essi sono privi di qualsiasi valore cognitivo. Questo articolo cerca di mostrare che tale atteggiamento anticognitivista si basa su una concezione errata del (...) progresso cognitivo, che lo riduce a un accumulo di dati. Quando apprendiamo da un testo letterario, invece, è perché esso ci offre nuove prospettive, approfondisce la nostra comprensione o ci invita a riflettere e ad arrivare a conclusioni nostre.There is an old tension between philosophy and literature that has been brought to the point by David Hume who stated that poets are «liars by profession». Literary texts, as works of fiction that talk about people who have never lived and events that have never taken place, do not contain true propositions and hence do not have any cognitive value. This article aims to show that the anticognitivistic argument is based on a false conception of cognitive progress, which reduces learning to the acquisition of information. We can learn from literary texts, however, because they offer new perspectives, deepen our understanding and invite us to reflect and arrive at our own conclusions. (shrink)

No decorrer dos últimos três séculos desenvolveu-se em ética uma dicotomia entre fatos e valores cuja influência ainda hoje gera discussões. Nesse ensejo, a intenção deste artigo é propor, a partir do realismo-cognitivo de Scanlon, uma leitura alternativa a respeito dessa dicotomia estabelecida entre fatos e valores. Em geral, boa parte desse problema deve-se ao motivo de que as reivindicações do domínio normativo são muitas vezes avaliadas a partir da ótica da ciência, isto é, da visão científica de mundo. (...) Mas conforme buscarei sustentar, é preciso que o domínio normativo seja avaliado a partir dos padrões de seu próprio domínio cujo elemento básico é a relação ser uma razão para. Verdades normativas são irredutíveis na medida em que são determinadas por certos padrões de resposta dentro de um domínio específico em si mesmo, o que no campo normativo é realizado pela ideia de reivindicações normativas puras. Assim, partindo-se do pressuposto de que verdades normativas são irredutíveis e que, nesse caso, podem ser verdadeiras ou falsas, o melhor modo de compreendê-las é a partir da relação R, sendo p um fato, x um agente, c um conjunto de condições e circunstâncias e a uma ação ou atitude. A partir desse padrão constituído no interior do domínio normativo, a relação R estabelece que p é uma razão para um agente x realizar uma ação ou atitude a no conjunto de condições e circunstâncias c. se isto estiver certo, então, ao menos em termos normativos, o hiato entre fato/valor parece ser transponível. (shrink)

A ideia de que a ciência — ou ao menos as atividades científicas que são consideradas as mais essenciais para a ciência — deve ser livre de valores é bastante difundida. Neste capítulo, vou discutir essa tese, normalmente entendida como um ideal de ciência. Na primeira seção, introduzo alguns conceitos e distinções que são importantes para entender essa tese, como a diferença entre valores cognitivos e não-cognitivos. Na segunda seção, discuto o papel dos valores na seleção de problemas e na (...) metodologia científica. Na terceira seção, apresento dois argumentos canônicos contra o ideal da ciência como livre de valores: o argumento da lacuna explicativa, de Helen Longino (1990), e o argumento do risco indutivo, de Heather Douglas (2009). Na quarta seção, discuto algumas respostas a esses argumentos. Por fim, na última seção, a partir da abordagem ecológica, exploro e sustendo a ideia de que a reconcepção da ciência como uma atividade social situada e adaptativa supera a dicotomia entre fato e valor que subjaz a discussão. Essa nova concepção de ciência nos permite acomodar melhor os resultados dos argumentos apresentados na terceira seção. (shrink)

O artigo parte do consenso sobre a facto de que a arte tem valor para a exploração dos vários problemas sobre esse valor cujas soluções dividem os filósofos da arte. O enfoque é especialmente sobre a dimensão mais actual do debate em torno do tema, que se debruça não tanto sobre questões como o realismo quanto aos valores estéticos e a objectividade e justificação dos juízos de valor estético, mas acima de tudo sobre a natureza do (...) class='Hi'>valor artístico – que tipo de valor é e em que propriedades da arte (se nalguma) reside. (shrink)

Para Max Weber, a sociedade não pode ser compreendida em sua totalidade. Max Weber tem como referência uma realidade infinita e complexa, analisada a partir de um determinado ponto de vista. O problema da seleção da realidade nas ciências histórico-sociais, abordado por Max Weber no início da segunda seção dos Estudos críticos sobre a lógica das ciências da cultura, é fundamental para a estrutura de sua metodologia científica. Este momento pré-científico da metodologia é que permitirá a construção de uma possível (...) constelação causal. É o investigador que, dotado de interesse, seleciona a realidade e dá sentido a ela. Demonstra, agindo desta maneira, o que merece ser para ele conhecido no fluxo infinito da realidade. Argumenta Max Weber que a “relação com os valores” permite ao cientista o recorte e ordenação do objeto, conferindo sentido a esta parte da realidade que detém significação geral para o pesquisador. Assim, o argumento principal aqui exposto estabelece a importância do interesse cognitivo para Max Weber, já que em sua metodologia o conhecimento seria sempre fruto de um recorte particular, da seleção de um conjunto específico de problemas. Essa seleção ou recorte particular seria, necessariamente, feito a partir das referências do cientista. (shrink)

En su conferencia “Valores y normas”, Hilary Putnam critica la ética discursiva de Habermas desde la evidencia de la necesidad de un sustrato cognitivo del valor, elemento que según la óptica putnamiana Habermas no aceptaría, para poder fundamentar cabalmente el estatuto universal de las normas morales. Aunque Habermas no responde directamente las preocupaciones de Putnam, da a entender que no piensa que los valores son ajenos a la discusión racional, solo que esta racionalidad estaría limitada por un marco (...) de asuntos particulares y, por lo tanto, por un plano práctico extraño a la perspectiva universal. En nuestro trabajo nos plantearemos una reconstrucción rigurosa de las objeciones de Putnam para luego desafiar su interpretación escéptica del valor en la obra de Habermas a partir de algunas consideraciones expuestas por el propio autor alemán, y, sobre esta base, criticar el abordaje habermasiano de la racionalidad axiológica por considerarlo poco exhaustivo y problemático. (shrink)

En la Poética, Aristóteles define la metáfora como la transferencia de un nombre de un dominio extraño a otro. Si, como en la doctrina clásica de los tropos, vemos en ella un término figurado, que sustituye al término propio, la metáfora reviste un valor puramente ornamental y el discurso podría en principio prescindir de ella. La metáfora moderna, en cambio, tiene la ambición de ofrecer una redescripción del mundo, es una metáfora viva, y por tanto cognitiva. La cuestión es (...) saber en qué medida esa concepción cognitiva de la metáfora puede apoyarse en el análisis de Aristóteles, como Ricœur lo hace. La respuesta es sí, pero no, dado que la cognición de la cuál Aristóteles habla con relación a la metáfora es una cognición de tipo especial, una “cuasi-cognición”. (shrink)

En la República Platón parece romper con el intelectualismo socrático al aceptar deseos independientes del bien. Sin embargo, esto no le impide seguir afirmando que el alma hace todo lo que hace en virtud del bien. Para resolver esta aparente contradicción en el presente artículo se insiste en la distinción entre deseos y valores. Los deseos, generados en las partes del alma, están apegados a sus objetos propios, pero los valores revisten estos deseos de imágenes del bien y otros elementos (...) cognitivos que los convierten en móviles aceptables de la acción en la unidad del alma, por lo que hay que distinguir una volición independiente del bien en las partes del alma y una volición que actúa sub specie boni en el contexto de un alma unitaria que ha de decidir entre deseos opuestos entre sí. (shrink)

Especialistas em desenvolvimento de Inteligência Artificial prevêem que o avanço no desenvolvimento de sistemas e agentes inteligentes irá remodelar áreas vitais em nossa sociedade. Contudo, se tal avanço não for realizado de maneira prudente e crítico-reflexiva, pode resultar em desfechos negativos para a humanidade. Por este motivo, diversos pesquisadores na área têm desenvolvido uma concepção de IA robusta, benéfica e segura para a preservação da humanidade e do meio-ambiente. Atualmente, diversos dos problemas em aberto no campo de pesquisa em IA (...) advêm da dificuldade de evitar comportamentos indesejados de agentes e sistemas inteligentes, e ao mesmo tempo especificar o que realmente queremos que tais sistemas façam, especialmente quando prospectamos a possibilidade de agentes inteligentes atuarem em vários domínios ao longo prazo. É de suma importância que agentes inteligentes artificiais tenham seus valores alinhados com os valores humanos, dado ao fato de que não podemos esperar que uma IA desenvolva valores morais humanos por conta de sua inteligência, conforme é discutido na Tese da Ortogonalidade. Talvez tal dificuldade venha da maneira que estamos abordando o problema de expressar objetivos, valores e metas, utilizando de métodos cognitivos representacionais. Uma solução para este problema seria a abordagem dinâmica proposta por Dreyfus, que com base na filosofia fenomenológica mostra que a experiência humana do ser-no-mundo em diversos aspectos não é bem representada pelo método cognitivo simbólico ou conexionista, especialmente na questão de aprendizagem de valores. Uma possível abordagem para esse problema seria a utilização de modelos téoricos como SED para abordar o porblema de aprendizagem de valores em IA. (shrink)

“¿Valoramos porque existen los valores o existen los valores porque valoramos?” En la búsqueda de respuesta para esta controversia, se aborda el problema axiológico sin descuidar el nexo entre el campo cognitivo y el desiderativo. Uno de los pensadores que guían la reflexión, Salazar Bondy, deja en claro que una cosa es el orden de lo deseado, cuestión que atañe al campo psicológico y otra es el orden de lo deseable correspondiente, éste sí, al ámbito de las valoraciones.

A questão do relacionamento entre a normatividade e valoração e sua incorporação no discurso racional é um dos problemas mais relevantes na filosofia contemporânea e é claramente desdobrada em todas as suas complexidades no debate paradigmático mantido entre Hilary Putnam e Jürgen Habermas durante a primeira década do século XXI. A partir dessas posições que reivindicam a tradição do pragmatismo americano, os filósofos discutem a objetividade dos juízos de valor e normativos defendendo, com diferenças significativas, uma posição cognitivista. A (...) presente contribuição aborda essa discussão com o propósito de apresentar o pragmatismo conceitualista de Clarence Irving Lewis como uma alternativa e posição profícua com os recursos para interagir com algumas das principais questões discutidas por Putnam e Habermas. Meu propósito é mostrar o modo como Lewis explica o caráter cognitivo das normas e valores enquanto sustenta, simultaneamente, uma demarcação significativa entre ambos os conceitos. Argumentarei que essa distinção é pragmática – não epistêmica –, e que isso permite ao pragmatista defender um cognitivismo que pode articular um naturalismo não reducionista referente aos valores com um conceito racionalista de normas, uma posição que pode evitar algumas das objeções que enfrentam Putnam e Habermas. (shrink)

El trasfondo de este trabajo es la conexión entre conocimiento y acción a través de los valores. Los valores contribuyen a diseñar ciertas líneas programáticas de esa conexión. En este trabajo defenderé una concepción general sobre los valores que permite comprender las relaciones entre hechos y valores y superar las restricciones de la dicotomía hecho-valor. Se parte de la distinción entre la identificación de un valor y la evaluación del mismo. Los valores son concebidos como realizaciones de los (...) hechos que pueden ser reconstruidos como propiedades teóricas de los mismos usando los recursos cognitivos con los que manejamos usualmente las propiedades teóricas que asignamos al mundo. Se trata de una concepción semántica de los valores en la que se asume una configuración reticular de las interrelaciones entre valores y sus realizaciones. Creemos que dicha concepción, aunque posee sustentos propios, encuentra apoyos en algunos desarrollos de la filosofía de la ciencia contemporánea. En particular, para defender esta idea, mostraremos cómo la metateoría estructural, el principal desarrollo de los enfoques semánticos de la actual filosofía de la ciencia, posee recursos para expresar ciertos aspectos de la esa concepción sobre los valores. Este resultado de nuestra discusión tiene una consecuencia de largo alcance, pues apoyaría la idea de que la filosofía de la ciencia es una materia relevante para la configuración de la axiología. (shrink)

In this introduction, I consider different problems posed by the use of singular terms in fiction (section 1), paying especial attention to proper names and, in particular, to names of real people, places, etc. As we will see (section 2), descriptivist and Millian theories of reference face different kinds of problems in explaining the use of fictional names in fiction-related contexts. Moreover, the task of advancing a uniform account of names in these contexts—an account which deals not only with fictional (...) names but also with “real” names—will prove to be very hard no matter whether we favour realist or antirealist intuitions about fictional discourse (section 3). Section 4 offers an overview of the content of this volume, with emphasis on the discussion between Manuel García-Carpintero and Stacie Friend about the meaning of “real” names in fiction-related contexts, the main topic of the Third Blasco Disputatio. (shrink)

Scientific literature on particular themes in ontology is extremely abundant, but it is often very hard for freshmen or sophomores to find a red thread between the various proposals. This text is an opinionated introduction, a preliminary text to research in ontology from the so called standard approach to ontological commitment, that is from the particular point of view that connects ontological questions to quantificational questions. It offers a survey of this viewpoint in ontology together with their possible applications through (...) a broad array of examples and open problems and, at the same time, essential references to the classics of philosophy, so as to allow non-specialists to understand the terms and analysis procedures characterizing the discipline. Its result is a wide-ranging overview of the issued tackled by ontology, with a particular focus on the most relevant problems of contemporary debate. (shrink)

One of the complications of a clear evaluation of different positions called “realism” in metaphysics and ontology is discrepancy in terminology and variance of basic intuitions inherent this notion. I recommend a taxonomy that distinguishes three kinds of variance: variance in the sets of conditions for a philosophical position to be acknowledged as actual realism, variance in strength and variance in conceptual frameworks. Within this last case, I propose to differentiate realism in epistemology, in ontology, and in metaphysics, intersecting these (...) three variants with the local/global realism dichotomy. The taxonomy here provided aims at being meta-philosophical; expressive enough for a fine-grained articulation of different philosophical positions in the recent debate, including the question of metaphysical grounding; and impartial, with no need to be connected to the defense of one form or another of the philosophical positions called “realism.”. (shrink)

According to the quantificational Quinean model in meta-ontology, the question of ontology boils down to the question of whether a sortal property is exemplified. I address some complications that arise when we try to build a philosophical reconstruction of the link between individuals and kinds displayed in the exemplification relation from the point of view of conceptualism about kinds and having in mind this stand in ontology. I distinguish two notions of resemblance, object-to- object and object-to- kind, and show the (...) problems with both of them. Finally, I argue for a better awareness of the implicit "bias" involved in the very notion of "resemblance," without indulging in Quine's veto toward this notion. (shrink)

Sustainable labels are considered the best way for consumers to identify brands with environmental or social attributes on the shelves, and therefore promoted as a means to develop the so-called “ethical markets”. However, little is known about how consumers use these brands. This paper tries to offer complementary theoretical insights on the determinants of sustainable label use by drawing on the economic model of information search; in particular, it examines the influence of two factors on the purchase of such labels: (...) motivation and knowledge. Information was gathered through a structured questionnaire in personal interviews with 289 primary buyers. The study found that education influences directly knowledge, while Motivation influences Label use both directly and indirectly, via Label knowledge. This study concludes that Motivation is the most powerful factor to explain Label use; knowledge is a necessary but not sufficient condition. Even more, consumers may not have a good understanding of sustainable labels and still use them in their purchasing decisions. This suggests that there is a dual processing mode of sustainable labels, both systematic and heuristic. (shrink)

Neste artigo, apresento e discuto a solução oferecida por John Perry para o Problema de Frege em termos do conteúdo reflexivo de elocuções. Em primeiro lugar, discuto sua solução para a versão indexical do Problema de Frege, e argumento que o conteúdo reflexivo não pode explicar a trivialidade de certas e locuções. Se isso está correto, então o conteúdo reflexivo não é o tipo de coisa que explica adequadamente o valor cognitivo. Depois, discuto a solução de Perry para (...) o Problema de Frege envolvendo nomes próprios. Argumento que, mesmo que esse conteúdo explique o valor cognitivo, ele não o faz em termos do significado das expressões, como Perry pretendia originalmente. (shrink)

Managing the relationship with nongovernmental organizations (NGOs) is a key capability for most companies, because dialogue with stakeholders is a requested feature of Corporate Social Responsibility (CSR). This paper analyses the relationship between businesses and NGOs in Spain. By applying grounded theory, the authors summarize this relationship in the dynamics of conflict and cooperation. NGOs' strategies vis-à-vis companies are categorized and the variables explaining different approaches on both companies' and NGOs' side are examined. The paper concludes by placing the private (...) relationship with NGOs in a wider context (the public arena), dominated by the approach-withdrawal dynamics between firms and NGOs. Finally, this paper presents the theory that results from this research. (shrink)

Managing the relationship with nongovernmental organizations (NGOs) is a key capability for most companies, because dialogue with stakeholders is a requested feature of Corporate Social Responsibility (CSR). This paper analyses the relationship between businesses and NGOs in Spain. By applying grounded theory, the authors summarize this relationship in the dynamics of conflict and cooperation. NGOs' strategies vis‐à‐vis companies are categorized and the variables explaining different approaches on both companies' and NGOs' side are examined. The paper concludes by placing the private (...) relationship with NGOs in a wider context (the public arena), dominated by the approach‐withdrawal dynamics between firms and NGOs. Finally, this paper presents the theory that results from this research. (shrink)

This article introduces a novel theoretical framework for addressing epistemic injustice—a phenomenon where certain groups or individuals are systematically excluded from knowledge creation and dissemination processes—by employing ontological relativity and conceptual analysis. “Ontological relativity” refers to a philosophical perspective that posits our understanding of reality as being shaped by our toolbox of concepts, categories, language, and social practices; “conceptual analysis” is a method of inquiry that involves the rigorous examination and deconstruction of a particular concept or set of concepts in (...) order to uncover their constituent elements, relationships, and underlying assumptions. To exemplify the effectiveness of the ontology‐based approach, two paradigmatic applications are explored: (a) educational practices and (b) clinical practice and access to health care. Through the presentation of these applications and the step‐by‐step illustration of the applied methodology, the aim of the article is to showcase the efficacy of ontology in tackling epistemic injustices, suggesting innovative paths for future research in this domain. (shrink)

General and Formal Ontology Paolo Valore The word ontology derives from tÕ Ôn ( tò òn), which is the neutral participle of e„m. ...