Valores na ciência e a perspectiva ecológica do conhecimento científico

In César Meurer (ed.), Ciência: epistemologia e ensino. Rio de Janeiro: Editora do PPG Filosofia da UFRRJ. pp. 250-281 (2024)
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Abstract

A ideia de que a ciência — ou ao menos as atividades científicas que são consideradas as mais essenciais para a ciência — deve ser livre de valores é bastante difundida. Neste capítulo, vou discutir essa tese, normalmente entendida como um ideal de ciência. Na primeira seção, introduzo alguns conceitos e distinções que são importantes para entender essa tese, como a diferença entre valores cognitivos e não-cognitivos. Na segunda seção, discuto o papel dos valores na seleção de problemas e na metodologia científica. Na terceira seção, apresento dois argumentos canônicos contra o ideal da ciência como livre de valores: o argumento da lacuna explicativa, de Helen Longino (1990), e o argumento do risco indutivo, de Heather Douglas (2009). Na quarta seção, discuto algumas respostas a esses argumentos. Por fim, na última seção, a partir da abordagem ecológica, exploro e sustendo a ideia de que a reconcepção da ciência como uma atividade social situada e adaptativa supera a dicotomia entre fato e valor que subjaz a discussão. Essa nova concepção de ciência nos permite acomodar melhor os resultados dos argumentos apresentados na terceira seção.

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