The subject of this book is the thought of the American pragmatist and founder of semiotics, Charles Sanders Peirce. The book collects the papers presented to the International Conference Semiotics and Philosophy in C.S. Peirce (Milan, April 2005), together with some additional new contributions by well-known Peirce scholars, bearing witness to the vigour of Peircean scholarship in Italy and also hosting some of the most significant international voices on this topic. The book is introduced by the two editors and is (...) divided into three sections, corresponding to the three main areas of the most interesting contemporary reflection on Peirce. Namely, Semiotics and the Logic of Inquiry (part I); Abduction and Philosophy of Mathematics (part II); Peirce and the Western Tradition. (part III). The analysis is carried out from a semiotic perspective, in which semiotics should not be understood as a specific doctrine but rather as the philosophical core of Peirce’s system. As we read in the introduction: “it is semiotics and philosophy or, rather, semiotics as philosophy and philosophy as semiotics, which emerge from a reading of these papers”. (shrink)

Peirce considera a matemática uma ciência informativa realmente capaz de aumentar nosso conhecimento. Isso significa que a matemática não é limitada à análise conceitual, mas possui um objeto real de investigação. O coração da visão peirciana da matemática é que o raciocínio matemático não é desenvolvido somente por meio de conceitos gerais, mas lida com um inevitável elemento de individualidade. A conclusão de uma inferência indutiva pode conter informação que não está absolutamente presente nas suas premissas, podendo vir a ser (...) somente por meio de trabalho concreto por parte do matemático. Peirce descreve esse trabalho como observação e experimentação sobre diagramas individuais. Enquanto a idéia de um elemento individual na matemática já está presente em Kant (e pode também ser traçada até Aristóteles), a sua base está na diferença entre Kant e Peirce acerca da análise categorial. A abordagem semiótica peirciana da matemática implica uma mudança, do plano do objeto denotado para o do próprio signo. Isso vale tanto para as inferências geométricas como para as inferências algébricas, que Peirce pode igualar nesse aspecto. Em ambos os casos, o elemento individual da matemática deve ser encontrado dentro do próprio diagrama, sem referência ao objeto denotado. Enquanto o diagrama é em todo caso um token, isso não pode explicar sua individualidade essencial, para cujo fim a justaposição indicial de suas partes deve ser examinada. (shrink)