A tradição filosófica das abordagens da moral tem predominantemente como base conceitos e teorias metafísicas e teológicas. Entre os conceitos tradicionais de ética, o mais proeminente é a Teoria do Comando Divino (TCD). De acordo com a TCD, Deus dá fundamentos morais à humanidade desde sua criação e por meio de revelações. Assim, moralidade e divindade seriam inseparáveis desde a civilização mais remota. Esses conceitos submergem em uma estrutura teológica e são principalmente aceitos pela maioria dos seguidores das três tradições (...) Abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo, abrangendo a parte mais considerável da população humana. Mantendo a fé e a Revelação como seus fundamentos, as Teorias do Comando Divino não estão estritamente sujeitas a qualquer tipo de demonstração. Os oponentes da concepção moral do Comando Divino, fundamentados na impossibilidade de demonstrar suas suposições metafísicas e religiosas, tentam há muitos séculos (embora sem sucesso) desvalorizar sua importância. Eles sustentam o argumento de que a teoria não mostra evidências materiais e coerência lógica e, por esse motivo, não pode ser levada em consideração para fins científicos ou filosóficos. É apenas uma crença e, como tal, deve ser entendida. Além dessas oposições extremas, muitos outros conceitos atacam as teorias do Comando Divino, de uma ou de outra maneira, em parte ou na totalidade. Muitos filósofos e cientistas sociais, da clássica filosofia grega até a presente data, por exemplo, sustentam que a moralidade é apenas uma construção e, portanto, culturalmente relativa e culturalmente determinada. No entanto, isso traz muitas outras discussões e impõe o desafio de determinar qual é o significado da cultura, quais elementos da cultura são moralmente determinantes e, finalmente, quais são os limites dessa relatividade. Os deterministas morais, por sua vez, afirmam que tudo relacionado ao comportamento humano, incluindo a moralidade, é determinado em suas causas, uma vez que o livre-arbítrio não existe. Mais recentemente, os pensadores modernos argumentaram que existe uma rigorosa ciência da moralidade. No entanto, o método científico por si só, apesar de explicar vários fatos e evidências, não pode esclarecer todo o conteúdo e todo o significado da ética. A compreensão moral exige uma percepção mais ampla e um acordo entre os filósofos, que eles nunca alcançaram. Todas essas perguntas têm muitas configurações diferentes, dependendo de cada linha filosófica, e iniciam análises complexas e debates intermináveis, uma vez que muitas delas são reciprocamente conflitantes. O universo e a atmosfera envolvendo esta estudo são os domínios de todos esses conflitos conceptuais, observados de um ponto de vista objetivo e evolutivo. Independentemente dessa circunstância e de sua importância intrínseca, essas questões estão muito distantes da abordagem metodológica de uma discussão analítica sobre a moral objetiva, a qual é, de fato, o objetivo e o escopo deste trabalho. Devemos revisitar brevemente essas importantes teorias tradicionais, porque esta pesquisa abriga um estudo comparativo, e suas suposições pelo menos diferem profundamente de todas as teorias tradicionais. Portanto, torna-se necessário oferecer ao leitor, neste texto, elementos diretos e específicos de comparação para críticas válidas, dispensando pesquisas interruptivas. No entanto, mesmo revisitando as teorias tradicionais, para esse objetivo de exposição comparativa e crítica, elas serão mantidas ao lado de nossas principais preocupações, como " aliena materia ". Independentemente da validade de qualquer um ou de todos os elementos dessa discussão e de seu significado como universo filosófico deste trabalho, o objetivo do nosso estudo é demonstrar e justificar a existência e o significado de arquétipos morais pré-históricos surgidos diretamente dos princípios fundamentais, necessidades sociais e esforços para a sobrevivência. Esses arquétipos são a definição do fundamento essencial da ética, sua agregação ao inconsciente coletivo e organização lógica correspondente e transmissão aos estágios evolutivos do genoma humano e às diferentes relações espaço-tempo, independentemente de qualquer experiência contemporânea dos indivíduos. O sistema definido por esses arquétipos compõe um modelo social humano evolutivo. Esta é uma posição metaética? Sim, ela é. Além disso, como em qualquer raciocínio metaético, devemos procurar cuidadosamente as melhores e coerentes rotas, como a Filosofia Analítica lhes oferece. Desta forma, este trabalho deve demonstrar razoavelmente que a moral não é um produto cultural dos homens civilizados ou das sociedades modernas e que, apesar de estar sujeito a várias agregações e subtrações culturais relativas, seus fundamentos essenciais são arquetípicos e nunca mudaram estruturalmente. Esse raciocínio induz que a moralidade é um atributo primal do "homo sapiens"; não é uma propriedade e nem um acidente: integra a essência humana e pertence ao reino da identidade ontológica humana. -/- O fenômeno humano é um processo contínuo, desempenhando seu papel entre determinação aleatória e livre-arbítrio, e precisamos questionar como a moralidade começou e como chegou a nós no presente. (shrink)

La presente obra constituye el esfuerzo por rastrear la historia del pensamiento cosmovisional y filosófico latinoamericano, desde las cosmovisiones pre-colombinas hasta las corrientes filosóficas más actuales: las filosofías de la liberación, la postmodernidad y la postcolonialidad. Aunque el autor ha procurado en su voluminosa obra hacer referencia a todas las numerosas corrientes de pensamiento que se han ido dando en el amplio panorama cultural latinoamericano, se ha centrado sobre todo en rastrear la denominada filosofía americanista.

Como um preâmbulo à leitura de O poder psiquiátrico, o artigo discute como a questão da antipsiquiatria deve ser a chave de leitura do curso dado por Foucault entre 1973-1974 no Collège de France. A antipsiquiatria está associada ao paradoxo que constituiu o saber psiquiátrico segundo o qual, ao procurar determinar a doença mental, o poder psiquiátrico eliminou o sofrimento real do indivíduo adoecido. O poder psiquiátrico teria como sua tese mais básica a proposta de que sobre o campo psiquiátrico (...) é necessário fazer a genealogia desta forma de a-historicidade. Para tanto recorremos a textos, de certo modo, externos ao curso nos quais o tema se apresenta mais especificamente desenvolvido: a conferência História da loucura e antipsiquiatria e o resumo do curso. (shrink)

Both Heraclitus and Democritus, as the philosophers of historia peri phuseôs, consider nature and human character, habit, law and soul as interrelated emphasizing the links between phusis, kinesis, ethos, logos, kresis, nomos and daimon. On the one hand, Heraclitus’s principle of change (panta rhei) and his emphasis on the element of fire and cosmic motion ultimately dominate his ethics reinforcing his ideas of change, moderation, balance and justice, on the other, Democritus’s atomist description of phusis and motion underlies his (...) principle of moderation and his ideas of health and measured life. In this series, particularly referring to the main principles of motion, moderation and justice, I attempt to describe a coherent pre-Socratic ethical perspective based on the Heraclitean and Democritean fragments. I explore the connections between their physics and ethics also borrowing from Nietzsche’s lectures and writings on the Pre-Socratics. I redefine such Heraclitean and Democritean concepts as harmony, order, perfection, health, self-control, contentment, cheerfulness, concord, sound judgment, wisdom, measure and balance and discuss them under the principles of motion (phusis), moderation (sophrosyne) and justice. In doing so, I also expose the relevance of the Heraclitean notion of logos (interpreting it as the underlying categorical principle of transition between phusis and ethos) in bringing together these ideas and principles. Finally, based on this pre-Socratic Weltanschauung, I assess the possibility of a coherent picture of humanity, its nature and conduct as extending from or fitting into or extending-from-when-fitting-into the cosmos of moving forces and atoms. (shrink)

This study resumes the discussion undertaken by Ulpiano Bezerra de Menezes, historian, archaeologist and museologist at the University of São Paulo, the first to “decolonize the history of Art in the Americas”. At the same time, this resumption is in charge of paying homage to this researcher who found the mistakes and gaps left by European scholars who were at the service of Eurocentric colonialism and its Eurocentric culture. However, the central objective of this text is to contribute to this (...) process of decolonization, expanding the discussion that began in the 1980s. To this end, here, the chapter that opens the work História geral da arte no Brasil, edited by Walter Zanini, whose title is Art in the pre-colonial period, and which completes decades. (shrink)

An attempt is made to recognize the coherence of Suárez's political postulates and his anthropology. For this purpose I translate a selection of texts, mainly from the third Book of the De opere sex dierum, which gives testimony of the foundations that reveal not only indications of a thought pre-illustrated in Suárez, but the relevance of topics found in his writings that remain to be explored in any of its volumes. I have divided this work into two sections: The first (...) makes brief mention of the defense of the equality of the sexes in François Poullain de la Barre. Furthermore, it refers to the political virtue of Descartes and his defense of the difference of the sexes. The crucial section exhibits forgotten arguments from Suárez's treatise De opere sex dierum, where the question of the equality of the sexes is addressed. (shrink)

O estudo divulga pesquisa sobre o contexto histórico e as circunstâncias da criação e instalação do Parque Infantil "Antonio Carlos de Barros", o primeiro da cidade de Sorocaba/SP, no atendimento de pré-escolar municipal. Essa instituição surgiu pela necessidade de atender criança e família. Faz-se aqui, ainda, um breve histórico das primeiras instituições de atendimento infantil no Brasil e na cidade de São Paulo, observando-se que a preocupação era com a saúde, alimentação, higiene e sobrevivência, visto o precário saneamento e as (...) moléstias que afetavam a criança, acarretando altos índices de mortalidade. Tal atendimento teve impulso com a expansão no Brasil de uma nova concepção que, nas décadas de 20 e 30 (séc. XX), foi importante para a ação do Estado e da sociedade quanto à criação e à melhoria desse tipo de instituição que priorizava as necessidades da criança, incentivando-a à aprendizagem e ao desenvolvimento psicológico e social, até ali ausentes. Em setembro de 1954, o parque foi inaugurado, tornandose o pioneiro no atendimento infantil em Sorocaba, voltando-se à população menos favorecida pelas políticas públicas. A crescente intensificação do trabalho feminino foi um dos principais motivos que levaram a sociedade a pensar em um ambiente que contemplasse as carências específicas da criança. Isso ensejou movimentos por parte, notadamente, de um professor idealista, José Carlos de Almeida, que influenciou a sociedade civil e os órgãos governamentais, a fim de que o atendimento de pré-escolares em Sorocaba se tornasse realidade. (shrink)

RESUMENEl desarrollo embriológico es un fenómeno que ha inspirado la especulación filosófica desde temprano en la historia del pensamiento. Desde los tiempos de Aristóteles dos modelos conceptuales antitéticos se han utilizado tradicionalmente para comprender la embriogénesis: o el embrión posee ya una forma o estructura, o ésta se forma de nuevo en cada generación. Nuestro objetivo en este artículo es mostrar que el contraste entre la posición preformacionista y epigenética persiste a pesar de los formidables avances teóricos y experimentales (...) de la biología del desarrollo contemporánea. El preformacionismo y la epigénesis han perfeccionado constantemente sus posiciones en el curso de la historia con el fin de responder a los retos conceptuales de la época. Este continuo proceso de transformación ha dado lugar a una convergencia parcial entre las dos posiciones. Sin embargo, vamos a argumentar que, a pesar de los esfuerzos por conciliar ambas posturas, esta antinomia, que se erige como una de las más fundamentales de la biología, no será fácil de superar. ABSTRACTThe process of development of the embryo has inspired philosophical speculation since the advent of Western thought. Since the time of Aristotle two antithetical conceptual models have traditionally been used to understand embryogenesis: either form or structure is preformed in the embryo or it is newly formed with each generation. Our aim in this article is to show that the contrast between the pre-formationist and epigenetic positions persists despite the formidable theoretical and experimental advances of contemporary developmental biology. Pre-formationism and epigenesis have constantly refined their positions in the course of history in order to answer the conceptual challenges of each epoch. This process of continuous transformation has resulted in a partial convergence of the two positions. However, we shall argue that, despite the partial successes of this process of continuous convergence, one of the most fundamental antinomies in biology persists. (shrink)

Si bien mucho se ha escrito sobre la noción de lógos en Justino, hasta el momento no se la ha estudiado en relación con su concepción de la historia. Aquí nos proponemos poner de manifiesto esa relación descubriendo las premisas del “argumento supercesionista”. Por medio de éste, en efecto, es posible recuperar todas las verdades pre-cristianas, especialmente las de origen judaico, y aunarlas en una historia ininterrumpida desde el origen del mundo hasta la primera parousía. Nuestro trabajo se (...) divide, así, en tres partes. En la primera expondremos la noción de lógos, en la segunda examinaremos la reinterpretación de las relaciones entre Judaísmo y Cristianismo en la obra del mártir y en la tercera parte expondremos el argumento supercesionista dando cuenta de cómo opera en ésta la noción de lógos. (shrink)

The article recasts the pre-history of philosophy as it is understood by G. W. F. Hegel, so as to examine what a “Lyrical Presentation of History” might have been. The essay argues that Hegel’s treatment of history at the end of his Lectures on Aesthetics suffers from an inattention to the specific philosophical content of modern lyrical poetry, which can be located in his claim that lyrical poetry is primarily concerned with the subject. In contrast, the author argues that Hegel’s (...) account ought to have led him to hold that lyrical poetry is primarily concerned with subjective, alienated worlds, which he calls “counterworlds”. The essay ends with a brief treatment of three poems by Paul Celan to show how this shift in the meaning of lyrical poetry would have led Hegel to give greater weight to lyrical poetry in his theory of history. (shrink)

Começaremos com uma exposição (crítica) de um “suposto” processo de marginalização intelectual que Vilém Flusser sofreu na história da filosofia brasileira. Mas esta exposição será um “pré-texto” para aproximarmo-nos daquilo que chamaremos de “fulcro de todo o pensamento filosófico” flusseriano: a ideia de transcensão. Trataremos primeiro de demonstrar - numa conversa triangular entre Flusser, Benedito Nunes e Clarice Lispector - que “transcensão” é a “originalidade” com a qual esse filósofo de língua portuguesa buscou superar o modo de pensar do existencialismo (...) moderno - sobretudo o pensamento que culmina no “Nada”, como “revelado” pela experiência de “nojo do mundo” e pela “angústia existencial” como (supostamente) abordados por Sartre e Heidegger, respectivamente. Para ilustrar o lugar central que a ideia desempenha no pensamento deste filósofo, trataremos também de demonstrar que ela é o fundamento de uma “ética da alteridade” peculiarmente flusseriana. Depois de expor a ideia assim - nalgumas de suas linhas fundamentais, e de maneira sumaríssima - ousaremos chamar o pensamento de transcensão de Flusser de seu “único” pensamento. Importa-nos com isso dizer, claro, que “todos” os outros pensamentos filosóficos de Flusser são, essencialmente, alimentados pela sua ideia de transcensão. No processo, mostraremos - também de forma concisa -, como a ideia de “transcensão” parece levar Flusser curiosamente de volta a Hegel; esse “retorno” indica, entre outras coisas, que toda tentativa de filosofar sobre a experiência da alteridade parece dar sempre a “última palavra” a Hegel. Com essa conjetura, iniciamos nossa análise, conscientes de que há muito “pano para manga” imbricado na discussão. (shrink)

A comienzos de la década de los 80, el filósofo Gilles Deleuze aplicó la teoría de la imagen de Bergson expuesta en Materia y Memoria (1896) a la imagen cinematográfica con la intención de desarrollar nuevas herramientas conceptuales que, a través de un análisis de la historia del cine, permitieran poder delinear mejor tanto la relación cognoscitiva más allá de los presupuestos de sujeto-objeto, como una teoría de la comunicación pre-verbal no estructuralizada fonéticamente que superara definitivamente la concepción lacaniana (...) del lenguaje. Si bien dichos análisis pueden ser vistos también como el establecimiento de unos principios alternativos a las teorías del montaje tanto de Vertov como de Eizenshtéin, el interés primario de nuestro paper se centrará en la redefinición de las categorías espacio-temporales que conlleva esta nueva teoría del cine esgrimida por Deleuze. Concretamente analizaremos cómo la nueva tecnología cinematográfica, especialmente en su desarrollo europeo de la segunda postguerra (Godard, Fellini, Syberberg, Tarkovski) supone una comprensión temporal por completo ajena a cualquier comprensión de causalidad lineal, teleológica o no, de corte cronológico. En su lugar, el cine en tanto que medio de comunicación propio del mundo metropolitano contemporáneo emplea unas categorías temporales más cercanas a conceptos como “acontecimiento” o “haecceitas”, que en algunos puntos lo acercan a la concepción del tiempo desarrollada por Walter Benjamin, pero que por otro lo relacionan directamente con formas aiónicas del mismo ya estudiadas por Deleuze en la década de los 60, y aplicadas al estudio del dadaísmo en la de los 70. (shrink)

The following pages, which deal with the pre-history of the concept of history from Homer to Herodotus, first propose to decenter and historicize the Greek experience. After briefly presenting earlier and different experiences, they focus on three figures: the soothsayer, the bard, and the historian. Starting from a series of Mesopotamian oracles , they question the relations between divination and history, conceived as two, certainly different, sciences of the past, but which share the same intellectual space in the hands of (...) the same specialists. The Greek choices were different. Their historiography presupposes the epic, which played the role of a generative matrix. Herodotus wished to rival Homer; what he ultimately became was Herodotus. Writing dominates; prose replaces verse; the Muse, who sees and knows everything, is no longer around. So I would suggest understanding the emblematic word "historia" as a subsititute, which operates as an analogue of the omnivision of the Muse. But before that, Herodotean "invention"- the meeting of Odysseus and the bard Demodocus, where for the first time the fall of Troy is told-can be seen as the beginning, poetically speaking at least, of the category of history. (shrink)

As fontes sempre foram assunto válido para a Igreja Católica, de fato muitas vezes a Igreja se afastou do caminho das origens, porém pela ação do Espírito Santo sempre vai retomando o caminho correto após muitas reflexões sobre seu passado, presente e tomando iniciativas para o futuro. Mas como identificar uma fonte válida? O que é uma fonte afinal? A ciência história é fundamental para podermos identificar uma fonte verdadeira e confiável, desta maneira, a Igreja incentiva aos exegetas a terem (...) domínio bem aprofundado sobre todos os melhores métodos e abordagens possíveis para identificarmos com segurança no que podemos ou não confiar. A Igreja não teme a ciência, mas teme opiniões pré-concebidas que fazem a ciência sair de seu domínio. A Igreja precisa investigar a fundo e buscar sempre recorrer às fontes para evitar ao máximo se perder do caminho da evangelização. (shrink)

RESUMEN El propósito de este artículo es demostrar que Hegel, al cuestionar la idea de progreso e introducir la noción de Presente Absoluto en su introducción a las Lecciones sobre la Filosofía de la Historia Universal, propone una nueva forma de pensar el tiempo histórico gracias a una concepción de la eternidad entendida como reunión negativa de los momentos del tiempo. Esta concepción hace posible comprender el presente histórico en su apertura y fragilidad, encontrando sus raíces lógicas en el (...) conflicto de la Idea Absoluta consigo misma. ABSTRACT The aim of this article is to demonstrate that Hegel in his Introduction to the Lectures on the Philosophy of World History proposes a new way of thinking historical time thanks to a notion of eternity understood as the negative reunion of the moments of time by questioning the idea of progress and introducing the notion of absolute pre-sent. This notion makes possible comprehending the historical present in its openness and fragility finding its logical roots in the conflict of the Absolute Idea with itself. (shrink)

En el presente artículo se pretende realizar un análisis en términos prospectivos de las principales claves e interrogantes suscitados a propósito de una de las más enigmáticas fases de la historia de la filosofía clásica: la génesis de la moral cristiana pos-evangélica, en donde pueden hallarse vínculos indisolubles en la tradición iusnaturalista greco-romana.

: Jixia Academy is a general term for the Contending academic group in the Pre-Qin Period. The thought derived from Jixia Academy occupies an important part in the development of Chinese ancient ideological history. It has played an important role in regulating and enlightening the construction of the symbolic art of the social order at that time. And it is also of great value to the stability and orderly operation of today’s social order. This paper takes the thought of Jixia (...) Academy as the core. Firstly, it analyzes the general situation of Jixia Academy and its ideological connotation. Secondly, it explores the symbolic art of the Pre-Qin social order, including the characteristics of the Pre-Qin social order and the construction path of the Pre-Qin social order. On this basis, it elaborates the influence of the thought of Jixia Academy on the construction of social order in the Pre-Qin Period, in order to make more people to deeply understand the thought of Jixia Academy and its positive role in the construction of the Pre-Qin social order symbolic art. Resumo: Academia Jixia é um termo geral para o grupo acadêmico Contendo, no período da Dinastia Pré-Qin, e o pensamento derivado da Academia Jixia ocupa uma parte importante no desenvolvimento da história ideológica antiga chinesa. Esse pensamento desempenhou um papel importante na regulação e esclarecimento da construção da arte simbólica da ordem social da época, sendo também de grande valia para a estabilidade e o funcionamento ordenado da ordem social atual. Este artigo toma como núcleo o pensamento da Jixia Academy. Primeiramente, analisa a situação geral da Academia Jixia e sua conotação ideológica. Em segundo lugar, explora a arte simbólica da ordem social Pré-Qin, incluindo as características da ordem social Pré-Qin e o caminho de construção da ordem social pré-Qin. Com base nisso, interpreta a influência do pensamento da Academia Jixia, na construção da ordem social no período Pré-Qin, a fim de levar mais pessoas a compreenderem profundamente o pensamento da Academia Jixia e seu papel positivo, na construção da arte simbólica da ordem social |Pré-Qin. (shrink)

Por que a experiência visionária perturba a filosofia (crítica)? Experimentando uma anarqueologia como procedimento de leitura, argumento que a relação entre filosofia e magia no curso da história ocidental pode ser encenada como uma peça paradoxal. Da mesma maneira que a filosofia racionalista conjura a magia, simultaneamente, tais saberes estiveram presentes de modo polifônico nos bastidores da encenação ilustrada. Para conjurar o demônio é necessário antes evocá-lo. Evoco, assim, o itinerário das viagens aos infernos ao qual certa visão xamanística de (...) alma grega fecunda possibilidades para ensaiarmos um tipo de filosofia pré e pós crítica, onde a experiência visionária aparece posteriormente como pedra no sapato ao pensamento ilustrado, científico e humano. Exemplifico tal questão recorrendo à visão paradoxal de Immanuel Kant quando analisa as experiências visionárias de Emmanuel Swedenborg. Ao reconhecer contemporaneamente a nossa herança legítima como filhos da razão, será preciso reencarnar o lugar bastardo dos sonhos e da mediunidade exorcizada. (shrink)

On solipsism and the transmission of memories in the experience of history Resumen: Este artículo está dedicado a la problemática de la experiencia histórica y a varias de sus ramificaciones. De especial interés resulta aquí la cuestión de la preeminencia del testigo respecto a otras instancias en la construcción del relato. Una cuestión que está, sin duda, estrechamente vinculada a las diferentes concepciones del tiempo histórico y de su experiencia. A este respecto, merece especial atención la figura del historiador alemán (...) Reinhart Koselleck por el destacado papel que jugó en los debates en torno a los monumentos erigidos en conmemoración a las víctimas del Holocausto, pero también por las deficiencias teóricas de la historia conceptual koselleckiana a la hora de abordar el papel de las emociones que emanan de la experiencia histórica.: This article is about the problematic of historical experience and several of its ramifications. Of special interest here is the question of the pre-eminence of the witness in relation to other instances in the construction of the story. This question is undoubtedly closely linked to the different conceptions of historical time and its experiences. In this respect, the figure of the German historian Reinhart Koselleck deserves special attention for the prominent role he played in the debates concerning the memorials built in commemoration of the victims of the Holocaust, but also for the theoretical weaknesses of Koselleckian conceptual history in dealing with the role of emotions emanating from historical experience. Palabras clave: memoria, historia, experiencias primarias, testigo, víctima, espacio público. Keywords: memory, history, primary experiences, witness, victim, public sphere. (shrink)

Defende-se que a análise da produção do conhecimento orientada pela perspectiva da concepção materialista e dialética da história deve pautar-se: pela percepção da realidade como totalidade pré-existente e independente da sua fragmentação em disciplinas; pelo entendimento de que a produção do conhecimento expressa no plano das ideias o embate travado no âmbito das relações de produção, por forças que disputam o controle e a direção das forças produtivas. Defende-se que não é suficiente classificar a produção do conhecimento conforme as orientações (...) epistemológica mas necessário e urgente situar esta produção na realidade que a produz. (shrink)

v. 1. Los principios; pre-lecciones.--v. 2. Ley divina.

: La tarea se concentra en liberar una posibilidad prefigurada en el fenómeno del uno, a saber, la comprensión-interpretante impropia sobre el prójimo concreto. Esto requiere distinguir respecto al fenómeno del uno la doble direccionalidad de su sentido: se refiere tanto al quién impropio (uno-mismo) así como también a la pre-interpretación impropia en la que el dasein en-cada-caso-mío se interpreta a sí mismo y simultáneamente a sus prójimos. Junto con ello diferenciamos a los “otros” neutrales e indiferenciados en general, a (...) quienes el dasein en-cada-caso-mío también pertenece constitutivamente, del prójimo concreto. Sobre la base de esta doble diferenciación se logra el acceso teorético a la manera cómo el prójimo concreto es experimentado implícitamente a la luz de la pre-interpretación del uno-mismo, cuya exploración exegética se desenvuelve según el hilo conductor del fenómeno de la huida. (shrink)

In this volume, Lloyd Strickland makes the key philosophical writings of maverick Enlightenment philosopher André-Pierre Le Guay de Prémontval (1716-1764) available in English for the first time. His writings contain many provocative ideas and arguments, and anticipate modern developments such as open theism, process theology, and animal theodicy.

Ce qui frappe chez Spinoza, c'est une volonté constamment manifestée de se rendre maître de son destin. Fils de notable, ses qualités intellectuelles laissaient augurer d'un brillant avenir dans la communauté judéo-portugaise d'Amsterdam. Mais il éprouva le besoin d'élargir son horizon intellectuel. La preuve en est son désir d'apprendre le latin, langue savante de l'Europe chrétienne. Ce fut alors la rupture avec les siens. En 1656, après avoir échappé au poignard d'un fanatique, il fut excommunié par le conseil des rabbins (...) pour hérésie. Devenu polisseur de verres optiques, Spinoza mena dès lors une vie simple et retirée, tout en restant attentif aux événements de l'époque, entouré d'un petit groupe d'amis sûrs. Spinoza fut le premier à proposer une exégèse rationaliste de la Bible, qui l'amena à formuler la distinction entre le croire et le savoir : Dieu n'est pas extérieur au monde, mais immanent à la nature, il est la Nature. Il réfuta également toute supériorité de l'âme sur le corps et substitua ainsi une éthique à la morale : il n'y a pas de Bien ni de Mal, mais du bon et du mauvais. Du Court traité à l'Éthique, en passant par le Traité théologicopolitique, Jean Préposiet a choisi de donner une vue panoramique du projet philosophique de Spinoza. Il suit pas à pas l'élaboration d'un système qui fut en même temps, pour son auteur, une manière de vivre. D'où la part centrale que tient dans l'ouvrage l'élément historique et biographique. Connu pour sa contribution à l'historiographie spinoziste internationale - Spinoza et la liberté des hommes, Bibliographie spinoziste -, Jean Préposiet est également l'auteur chez Tallandier d'une Histoire de l'anarchisme, ouvrage traduit en plusieurs langues. (shrink)

The present article studies the epictetean philosophical use of some passages of the Greek and Roman history. The concepts of love-friendship (philía) and personal con- venience (sumphéron) second the philosopher to explain why happiness (eudaimonía) has not been reached by the human being in all history. All historical war or strife (pólemos), such as the Trojan, the Medics and the Peloponnesian wars, is provoked by epistemological-moral mistakes derived from the ignorance of which is the correct place to put the sumphéron; (...) such correct place is only the personal “rational capacity” ( proháiresis). This causal explanation of the incorrect and vicious human actions, of which history is full and which destroy the existent philía between nations and provoke pólemos, constitutes an authentic epictetean philosophy of history. Nevertheless, those vicious actions have a justification in a superior Cosmological level because they are pre-determined and ordered by the God-Providence. This leads us to the possibility of observing that the stoic philosophy of history, particularly the epictetean, is analogous to some modern speculative systems of history like the ones developed by Vico or Hegel. (shrink)

L'ordre juridique qui se met en place, en France, aux derniers siècles du Moyen Âge a encore tout récemment été l'objet de riches débats : l'auto-développement des coutumes, l'autorité des droits savants et l'interventionnisme du roi de France ont notamment été au cœur de vives controverses historiographiques. La lecture des sources est à l'origine de querelles interprétatives, auxquelles s'ajoutent des difficultés méthodologiques que rencontrent les historiens du droit. Tandis que l'historien n'a accès qu'à une proportion infime du concret, celui-ci s'efforce (...) de combler ces lacunes, parfois même à l'aide d'une projection des catégories juridiques contemporaines. Cet anachronisme des concepts – parfois couplé à un anachronisme des faits – ne constitue-t-il pas l'un des vices rédhibitoires de la discipline? Cette méthode ne présente-t-elle pas, à l'inverse, une indéniable vertu heuristique et disciplinaire? Certains estiment alors que la théorie du droit est anhistorique, quand d'autres critiquent l'emploi par les historiens des concepts contemporains, comme la hiérarchie des normes, la souveraineté ou encore l'État. Outre de telles projections, c'est le sens donné à certains signifiants médiévaux ou modernes qui peut être relativisé, comme c'est le cas notamment pour les notions de droit positif, de droit commun ou encore de loi. Ces difficultés révèlent aussi à certains égards l'ambivalence de l'histoire du droit, écartelée entre science historique et dogmatique juridique. Ce livre propose alors une réflexion épistémologique sur l'un des grands enjeux de l'historiographie juridique contemporaine : peut-on penser l'ordre juridique médiéval et moderne à partir des catégories juridiques contemporaines? (shrink)

On new world order, internationalism, politics, and economic integration.