Este artigo pretende apresentar uma discussão sobre a possibilidade de identificarmos as possíveis contribuições das viagens de descobrimento, enfatizando as navegações portuguesas, para a construção do pensamento científico moderno. Por um lado, é analisado o valor da experiência direta valorizada pelos portugueses como critério de certeza acerca das afirmações sobre o mundo geográfico que acabaram por colocar em questão a concepção de mundo difundida a partir dos clássicos antigos – os gregos – e, por outro lado, é apresentado (...) uma concepção de ciência moderna que comporta as contribuições dos chamados homens práticos, como os navegadores, cuja atividade marítima promove um debate, no campo da geografia e cartografia sobre a própria constituição do mundo, sem, contudo, romper definitivamente com a tradição cosmológica. A nossa análise é realizada por meio de uma discussão crítica com a historiografia existente. (shrink)

A Igreja Católica, ao propagar a fé cristã e a conversão das populações indígenas e ribeirinhas da região amazônica, produziu suas ideologias na forma de escritos, as quais também estão presentes nas narrativas orais. Neste artigo, cujo aporte teórico está vinculado aos estudos Pós-coloniais e ao pensamento Decolonial, a partir da articulação das diferenças entre o real e o imaginário, salvação e pecado, deseja-se responder a seguinte questão: a que formação ideológica e formas de educar estaria ligado o “Mito da (...) Capela de Ouro”, na região do médio amazonas paraense? Para tanto, nesta pesquisa baseada em fontes bibliográficas e documentais, foram investigados diários de viagens de missionários à região Amazônica, especialmente à região do rio Trombetas, impressos e manuscritos publicados por igrejas e pelo Conselho Nacional de Proteção ao índio, no século XX. Os dados apontam que o “Mito da Capela de Ouro” decorre de uma tentativa de colonização do imaginário das populações nativas da região, tendo em vista que o mundo sobrenatural cristão era inteiramente oposto ao mundo sobrenatural indígena e ribeirinho, relacionado naquele contexto à demonização. (shrink)

O presente trabalho tem por finalidade analisar alguns aspectos relacionados à técnica e ao estilo que foram utilizados por Longo Sofista para compor a sua obra prima intitulada Dáfnis e Cloé. Para tal análise serão utilizados alguns excertos do Livro I da obra.

No cenário literário brasileiro do início da década de 1950, chama a atenção a publicação quase simultânea de O mundo da paz e Os subterrâneos da liberdade de Jorge Amado, e Viagem e Memórias do cárcere de Graciliano Ramos. Romancistas brasileiros já consagrados pela crítica e pelo público, ambos revelam nessas publicações a radicalidade com a qual se identificam com o comunismo e com a experiência soviética. Ao mesmo tempo, os relatos de viagem e os livros de memória, se vistos (...) em conjunto, evidenciam a presença de duas tradições narrativas: a literária propriamente dita e a do engajamento político dos intelectuais. Assim, o que se pretende aqui é apresentar como essas duas tradições aparecem na obra dos dois escritores, em especial, em seus relatos de viagem à URSS. Do ponto de vista da militância política e dos recursos literários, ambos escritores se utilizaram, nesses títulos, do “gênero de fronteira” para partilhar com seus leitores algum tipo de comprometimento com a história da política nacional recente, com o comunismo e para avalizar a experiência soviética. (shrink)

Por que a experiência visionária perturba a filosofia (crítica)? Experimentando uma anarqueologia como procedimento de leitura, argumento que a relação entre filosofia e magia no curso da história ocidental pode ser encenada como uma peça paradoxal. Da mesma maneira que a filosofia racionalista conjura a magia, simultaneamente, tais saberes estiveram presentes de modo polifônico nos bastidores da encenação ilustrada. Para conjurar o demônio é necessário antes evocá-lo. Evoco, assim, o itinerário das viagens aos infernos ao qual certa visão xamanística (...) de alma grega fecunda possibilidades para ensaiarmos um tipo de filosofia pré e pós crítica, onde a experiência visionária aparece posteriormente como pedra no sapato ao pensamento ilustrado, científico e humano. Exemplifico tal questão recorrendo à visão paradoxal de Immanuel Kant quando analisa as experiências visionárias de Emmanuel Swedenborg. Ao reconhecer contemporaneamente a nossa herança legítima como filhos da razão, será preciso reencarnar o lugar bastardo dos sonhos e da mediunidade exorcizada. (shrink)

The purpose of this paper is to analyse a particularly influential case of memory continuity in Portugal, that of _Padrão dos Descobrimentos_. Spaces of collective memory (such as public monuments) raise questions about what we celebrate, remember or rescue from oblivion, providing an opportunity to rethink the trauma. As such, care for public spaces is associated with ethical and cultural values. One of the difficulties with certain monuments has to do with the fact that they recall actions that today we (...) see as traumatic acts. Thus, it is important to reflect on a critical use of memory. On August 8, 2021, _Padrão dos Descobrimentos_ was the subject of a graffiti. One of the sides of the monument could read: “Blindly sailing for money, humanity is drowning in a scarlet sea”. A great controversy immediately arose around the meaning of this gesture, as well as the role played by a monument that, after being temporarily built in 1940 for the Portuguese World Exhibition, was, in its current version, inaugurated in 1960, on the occasion of the fifth centenary of the death of Infante D. Henrique. This episode reignited a deeper cleavage around the uses of history and memory, the Portuguese colonial past, and the role of the _Padrão dos Descobrimentos_ as an instrument for the reproduction of nationalism. In this sense, and with the authors proposing a new theoretical frame of reference based on the thought of Arendt and Ricoeur, its critical reading becomes relevant. (shrink)

Apesar das grandes transformações do conhecimento, o século XVI conservou numerosos produtos de fantasia que desempenharam uma influência considerável sobre os viajantes e navegadores. O encontro com mundos desconhecidos ou pouco conhecidos fez-se muitas vezes através de categorias mentais anteriormente estabelecidas. A lenda do Paraíso Terreal continuava activa na literatura cristã e teve grande popularidade nessa época. Como figura de estilo ou como firme convicção, os navegadores e os autores descreveram mundos como se fossem jardins edénicos. As imagens transmitidas reflectem (...) o modo como a estrutura mental e cultural dos viajantes filtrava as informações recolhidas. Fruto da «utensilagem mental» dos narradores, o Paraíso surge como um conceito nostálgico, revelando-se, nas suas diversas representações, como um local privilegiado, aprazível, provido de todas as riquezas da criação, de clima ameno e terra fértil, sem enfermidades nem tristezas, repleto de aromas, cores e melodias de encantar, onde tudo se harmonizava na felicidade e imortalidade dos seres. É a criação de uma maravilha, construída fora da realidade que existe «para além das palavras» que lhe dão vida e revelam as ansiedades, e as várias maneiras de ver o possível e o impossível. (shrink)

SOUZA, E.. Catábases: estudos sobre as viagens aos infernos na antiguidade. São Paulo. Annablume Clássica.

Este trabalho trata do conceito Exu Diaspórico, o qual foi forjado para lidar com as pesquisas empíricas situadas dentro do quadro teórico da vaga decolonial. Sua concepção está ligada às tradições iorubanas diaspóricas nessa parte do Atlântico Sul onde emergiram outros sistemas resultantes, quer seja de fragmentos e vestígios de narrativas em gestos de memória e resistência, quer seja da tradução realizada pelo outro, muitas vezes, por meio de um processo de carnavalização cultural, que, por sua vez, se deu pela (...) convivência com os bantu, com os povos autóctones e com o colonizador europeu. Este conceito se articula com o conceito de língua-linguagem como encruzilhada apresentado por Araújo (2021a), mas pode ser tomado, ainda, de forma independente. Portanto, trata-se de uma discussão conceitual que visa contribuir com as reflexões e pesquisas decoloniais. O conceito também está a cargo de noções como negritude e Baianidade. Contudo, ele aparece para reunir todas as representações de Exu que resultaram da diáspora negra em meio a um processo de carnavalização das tradições iorubanas em contato com outras culturas e cosmologias. (shrink)

Este trabalho trata do conceito Exu Diaspórico, o qual foi forjado para lidar com as pesquisas empíricas situadas dentro do quadro teórico da vaga decolonial. Sua concepção está ligada às tradições iorubanas diaspóricas nessa parte do Atlântico Sul onde emergiram outros sistemas resultantes, quer seja de fragmentos e vestígios de narrativas em gestos de memória e resistência, quer seja da tradução realizada pelo outro, muitas vezes, por meio de um processo de carnavalização cultural, que, por sua vez, se deu pela (...) convivência com os bantu, com os povos autóctones e com o colonizador europeu. Este conceito se articula com o conceito de língua-linguagem como encruzilhada apresentado por Araújo (2021a), mas pode ser tomado, ainda, de forma independente. Portanto, trata-se de uma discussão conceitual que visa contribuir com as reflexões e pesquisas decoloniais. O conceito também está a cargo de noções como negritude e Baianidade. Contudo, ele aparece para reunir todas as representações de Exu que resultaram da diáspora negra em meio a um processo de carnavalização das tradições iorubanas em contato com outras culturas e cosmologias. (shrink)

This special issue aims to explore and investigate a new subfield, namely experimental philosophy of medicine. Whereas experimental philosophy is relatively new on the philosophical block, some of its takes and findings have already shaped central debates in ethics, philosophy of action, philosophy of language, and epistemology. Interestingly, the approach of this program was for a long time almost wholly ignored within bioethics and philosophy of medicine—although this seems to have changed somewhat recently. In this introduction, we briefly sketch the (...) program of experimental philosophy and how it can be used to shed philosophical light on issues in the philosophy of medicine. (shrink)

Normal 0 21 false false false MicrosoftInternetExplorer4 Para o filósofo inglês William Whewell, a multiplicidade de observações e o refinamento dos resultados alcançados no decorrer dos séculos, através de uma forma elaborada de indutivismo, nos permitem compreender a ciência progredindo rumo às verdades necessárias e universais, além dos limites do psicologismo e do ponto de vista particular. A intuiçáo ocupa nesse processo um papel crucial, o qual vem recebendo dos comentadores diferentes interpretações. O estatuto epistemológico da intuiçáo e em que (...) medida ela se insere no processo de descobrimento de verdades sáo questões que analisaremos neste artigo. (shrink)

O presente trabalho busca refletir, no sentido derridiano, sobre o ensino do Português Língua Estrangeira (PLE) à luz do Quadro Europeu Comum de Referência para a aprendizagem, ensino e avaliação de línguas (QECR). Tal documento, juntamente com o Portfólio Europeu das Línguas, se apresenta como um instrumento essencialmente linguístico para a harmonização do ensino de línguas vivas europeias e com uma perspectiva intercultural. Dessa forma, o QECR advoga que o ensino de língua deve promover o desenvolvimento do aprendiz, da sua (...) identidade em resposta à experiência enriquecedora da diferença na língua e na cultura. Exige-se do aluno muito mais do que simplesmente imitar ou memorizar. O QECR busca descrever exaustivamente aquilo que o aprendiz de uma língua, no nosso caso o PLE, tem que aprender para ser capaz de comunicar, interagir e quais os conhecimentos e habilidades ele tem de desenvolver para serem eficazes na sua atuação. A descrição abrange também o contexto cultural dessa língua. Sendo assim, o QECR é mais uma alternativa para aqueles que trabalham com o português na modalidade de língua 2 (PLE) no sentido da compreensão das alteridades, da cidadania e da democracia num mundo sem fronteiras em que “Navegar é preciso”, i.e., interagir, dialogar. (shrink)

Entendendo a identidade como construção ideológica, esta pesquisa busca refletir sobre a identidade dos professores de língua portuguesa construída nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Orientações Curriculares Nacionais para o ensino de língua portuguesa, os quais impõem uma nova postura teórica e prática a estes profissionais. Dito de outra forma, pretende-se apresentar e discutir os resultados de uma análise discursiva das representações da (s) identidade (s) e competências atribuídas aos professores, enfatizando as representações sociais da profissão do professor na sociedade (...) contemporânea brasileira, abrindo a possibilidade para questionarmos a identidade unificada e transparente que os documentos oficiais desenham para os professores. (shrink)

Tendo em vista que “todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo”, nossa pesquisa visa refletir sobre a nova identidade docente materializada no discurso dos PCNs de língua Portuguesa. Trata-se de traduzir a política oficial de formação de professor e/ou desconstruí-la (Derrida, 1998), analisando e discutindo a(s) identidade(s) e competências atribuídas aos professores, abrindo a possibilidade para questionarmos a identidade unificada e (...) transparente que os documentos oficiais desenham para os professores em serviço. Esperamos, com esse trabalho, contribuir para a construção de uma política de formação de professores sensível à subjetividade heterogênea dos professores no Brasil. (shrink)

Utilizando a abordagem discursivo-desconstrutiva, este trabalho busca refletir sobre a política linguística nacional veiculada nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Português (ensino fundamental) cujo discurso se traduz em um método sofisticado de controle e em uma forma eficaz de gerir a mudança (LAWN, 2001, p. 117) para impor uma nova identidade ao professor. Através dessa abordagem, pretende-se apresentar e discutir os resultados analisados, cujo foco recai sobre as representações da (s) identidade (s) e competências construídas para os professores neste discurso, representações (...) sociais da profissão do professor na sociedade contemporânea brasileira, marcada pelos acontecimentos que sucederam ao período ditatorial, portanto, a fase de redemocratização do país e de modernização do Estado frente às exigências da mundialização. Nessa perspectiva, pensamos em e com Foucault (1996, p. 45) quando afirma que “todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo”. (shrink)

What do players of videogames mean when they say they want to shoot zombies? Surely they know that the zombies are not real, and that they cannot really shoot them, but only control a fictional character who does so. Some philosophers of fiction argue that we need the concept of imaginative desires to explain situations in which people feel desires towards fictional characters or desires that motivate pretend actions. Others claim that we can explain these situations without complicating human psychology (...) with a novel mental state. Within their debates, however, these scholars exclusively focus on non-interactive fictions and children’s games of make-believe. In this paper, I argue that our experience of immersive, interactive fictions like videogames gives us cause to reappraise the concept of imaginative desires. Moreover, I describe how i-desires are a useful conceptual tool within videogame development and can shed new light on apparently immoral in-game actions. (shrink)

The Description for this book, Machiavelli in Hell, will be forthcoming.

In recent years there has been an explosion of interest by companies in developing approaches to instill values in their decision‐making processes and to manage and report on their social performance. The emerging field of social and ethical accounting, auditing and reporting (SEAAR) is characterised by considerable differentiation not only in terminology, but also in methodology and focus. This article aims to analyse the key conceptual and methodological differences between internally focussed approaches to SEAAR, dealing with ethics (behavioural) issues, and (...) externally focussed approaches to SEAAR, dealing with social (stakeholder) issues. In their discussion of the benefits and potential pitfalls of exclusively internally or externally focussed approaches the authors suggest two organisational metaphors as heuristics – the Cultish and the Chameleon organisation. The authors then propose an integrative approach to SEAAR which will overcome this dissonance and initiate a mutually reinforcing process that, in the long‐term, can build both internal trust and cohesiveness and external credibility. The suggested approach is characterised as social and ethical alchemy since the aim is to achieve more than the sum of the two separate parts – a business ethics programme and a social reporting process – by creating leverage and synergy between the key components. (shrink)

This paper examines explanations for human artistic behavior in two reductionist research programs, cognitive neuroscience and evolutionary psychology. Despite their different methodological outlooks, both approaches converge on an explanation of art production and appreciation as byproducts of normal perceptual and motivational cognitive skills that evolved in response to problems originally not related to art, such as the discrimination of salient visual stimuli and speech sounds. The explanatory power of this reductionist framework does not obviate the need for higher-level accounts of (...) art from the humanities, such as aesthetics, art history or anthropology of art. (shrink)

Propose une hypothèse originale sur les sources de la pensée de Bergson et sa portée profonde, sur le mouvement de son oeuvre et la méthode qui s'impose pour la lire, sur la place de sa philosophie dans l'histoire.

It is argued that John Bickle’s Ruthless Reductionism is flawed as an account of the practice of neuroscience. Examples from genetics and linguistics suggest, first, that not every mind-brain link or gene-phenotype link qualifies as a reduction or as a complete explanation, and, second, that the higher (psychological) level of analysis is not likely to disappear as neuroscience progresses. The most plausible picture of the evolving sciences of the mind-brain seems a patchwork of multiple connections and partial explanations, linking anatomy, (...) mechanisms and functions across different domains, levels, and grain sizes. Bickle’s claim that only the molecular level provides genuine explanations, and higher level concepts are just heuristics that will soon be redundant, is thus rejected. In addition, it is argued that Bickle’s recasting of philosophy of science as metascience explicating empirical practices, ignores an essential role for philosophy in reflecting upon criteria for reduction and explanation. Many interesting and complex issues remain to be investigated for the philosophy of science, and in particular the nature of interlevel links found in empirical research requires sophisticated philosophical analysis. (shrink)

The paper provides a reconstruction of the notion of material Apriori while exhibiting the anti-Kantian inspiration and factual grounding thereof. The attempt is made to show that a non-formal Apriori obtains because the sensuous has a normative character; further, that the difference between material and formal eidetic laws is rooted in the difference between sensuous contents, given in experience, and intellectual contents, originating in activities of judgement. The material Apriori is not independent of all experience, since it is grounded on (...) sensuous eidetic contents and thus depends on the latter’s givenness and characteristics. It is thanks precisely to this ,contingency‘ that it has an ontological significance. (shrink)

El libro que estableció la teoría de la separación de poderes -afirmando la independencia del poder judicial con respecto al ejecutivo y el legislativo, para asegurar la libertad del pueblo- es una de las obras clave del pensamiento político, jurídico, sociológico e histórico de todos los tiempos.Aquella teoría enunciada por Charles-Louis de Secondat, barón de La Brède y de Montesquieu -"No hay libertad si el poder judicial no está separado del legislativo y executivo"- es tan sólo uno de los momentos (...) cumbres de este libro{ probablemente, el más importante de todo el siglo XVIII y un verdadero clásico desde que se publicó en Ginebra en 1748.Montesquieu tardó cerca de viente años en escribir "Del espíritu de las leyes"{ obra ingente que "empecé y dejé" en numerosas ocasiones, entregando "mil veces á los vientos las hojas que había escrito" y que, finalmente, concluyó, con más de 1.000 páginas -hojas perennes- que le ofrecen una lectura imprescindible.Lex Nova pone ahora a su disposición, por primera vez, este cuidado facsímil que reproduce, en tres tomos, la edición que publicó el anónimo licenciado M.V.M. en Madrid, París y Londres -respectivamente- en 1821, traduciendo aquella obra "libremente al español".Un verdadero lujo a su alcance. (shrink)

During the first half of the twentieth century, many philosophers of memory opposed the postulation of memory traces based on the claim that a satisfactory account of remembering need not include references to causal processes involved in recollection. However, in 1966, an influential paper by Martin and Deutscher showed that causal claims are indeed necessary for a proper account of remembering. This, however, did not settle the issue, as in 1977 Malcolm argued that even if one were to buy Martin (...) and Deutscher’s argument for causal claims, we still don’t need to postulate the existence of memory traces. This paper reconstructs the dialectic between realists and anti-realists about memory traces, suggesting that ultimately realists’ arguments amount to inferences to the best explanation. I then argue that Malcolm’s anti-realist strategy consists in the suggestion that causal explanations that do not invoke memory traces are at least as good as those that do. But then, Malcolm, I argue that there are a large number of memory phenomena for which explanations that do not postulate the existence of memory traces are definitively worse than explanations that do postulate them. Next, I offer a causal model based on an interventionist framework to illustrate when memory traces can help to explain memory phenomena and proceed to substantiate the model with details coming from extant findings in the neuroscience of memory. (shrink)

Sobre a política linguística nacional veiculada nas Orientações Curriculares Nacionais de Português no ensino médio, cujo discurso se traduz em um método sofisticado de controle e em uma forma eficaz de gerir a mudança, é o que buscamos refletir neste trabalho. Nesse sentido, podemos dizer que" todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo"(FOUCAULT, 1996, p. 45). Com base na abordagem discursivo-desconstrutiva (...) (CORACINI, 2003a), pretendemos apresentar e discutir os resultados analisados, cujo foco recai sobre as representações da (s) identidade (s) e das competências construídas para os professores neste discurso, representações sociais da profissão do professor na sociedade contemporânea brasileira, marcada pelos acontecimentos que sucederam o período ditatorial, portanto, a fase de redemocratização do país e de modernização do Estado frente à s exigências da mundialização. (shrink)

Razón, poesía, historia.--La cuestión del estoicismo español.--El querer.

Business ethics, which grew out of religion's interest in ethics in business and management education's concern with social issues, has become an interdisciplinary academic field. Thus far it has centered on teaching undergraduates. The easy work has now been done and the field has reached a plateau. To develop further it requires development on the MBA level, high quality research on new questions, positive models, better interdisciplinary integration, and attention to international business. Ultimately the field will stand or fall on (...) the quality of research those in it produce. (shrink)

The notion of cognitive system is widely used in explanations in cognitive psychology and neuroscience. Traditional approaches define cognitive systems in an agent-relative way, that is, via top-down functional decomposition that assumes a cognitive agent as starting point. The extended cognition movement challenged that approach by questioning the primacy of the notion of cognitive agent. In response, [Adams, F., and K. Aizawa. 2001. The Bounds of Cognition. Oxford, UK: Wiley-Blackwell.] suggested that to have a clear understanding of what a cognitive (...) system is we may need to solve “the demarcation challenge”: the problem of identifying a reliable way to determine which mechanisms that are causally responsible for the production of a certain cognitive process constitute a cognitive system responsible for such process and which ones do not. Recently, [Rupert, R. 2009. Cognitive Systems and the Extended Mind. Oxford: Oxford University Press.] offered a solution based on the idea that the mechanisms that constitute a cognitive system are integrated in a particular sense. In this paper I critically review Rupert’s solution and argue against it. Additionally, I argue that a successful account of cognitive system must accommodate the fact that the neural mechanisms causally responsible for the production of a cognitive process are diachronically dynamic and yet functionally stable. At the end, I offer a suggestion as to how to accommodate this diachronic dynamicity without losing functional stability. I conclude by drawing some implications for the discussion on cognitive ontologies. (shrink)

We consider some modal languages with a modal operator $D$ whose semantics is based on the relation of inequality. Basic logical properties such as definability, expressive power and completeness are studied. Also, some connections with a number of other recent proposals to extend the standard modal language are pointed at.

Hegel is most famous for his view that conflicts between contrary positions are necessarily resolved. Whereas this optimism, inherent in modernity as such, has been challenged from Kierkegaard onward, many critics have misconstrued Hegel's own intentions. Focusing on the Science of Logic, this transformative reading of Hegel on the one hand exposes the immense force of Hegel's conception of tragedy, logic, nature, history, time, language, spirit, politics, and philosophy itself. Drawing out the implications of Hegel's insight into tragic conflicts, on (...) the other hand, De Boer brings into play a form of negativity that allows us to understand why the entanglement of complementary positions always tends to turn into their conflict, but not necessarily into its resolution. (shrink)

A exortação de Rousseau, feita dois séculos antes de Lévi-Strauss, de levar a vista ao longe, observar as diferenças entre os homens para conhecer o homem em sua especificidade e propriedade dá o tom do que se poderia chamar de antropologia rousseauísta. O conhecimento sobre o homem não é obtido ao olhar para o lado e tomar como referência um tipo qualquer imediatamente disponível. Ao contrário, é preciso de viagens bem regradas, de uma educação do olhar e da organização (...) dos dados colhidos pela observação. (shrink)