O artigo visa abordar o meio fundamental de como o Estado deve-ser para ser a substancialidade ética, conforme o pensamento do filósofo alemão G. W. F. Hegel. A partir da análise de algumas passagens das obras hegelianas Princípios da Filosofia do Direito e Lições sobre a Filosofia da História Universal, juntamente com o auxílio de alguns comentadores, tentar-se-á primeiramente identificar a vinculação do conceito de Estado com o conceito de História, acompanhando alguns dos movimentos fundamentais e analisando, em seguida, o (...) que é, qual sua origem e o que representa o momento da Constituição apresentado na abordagem ético-política hegeliana. Devidamente compreendida, a Constituição em Hegel possui uma fundamentação ética e não abstrata. Hegel não trata da Constituição escrita, mas da Constituição que é a própria organização do Estado. A base ética que sustenta a Constituição é o “espírito do povo”, que é constituído pelo ethos, origem, história, costumes e hábitos de um povo. A constituição é a melhor expressão daquilo que é o povo, quando este se reconhece nela. Tratar da Constituição hegeliana, é tratar, portanto, do Estado, é tratar da conciliação da liberdade e da necessidade, da organização do todo diante da desorganização do Estado político histórico. Palavras-chave: Substancialidade ética. Constituição-Estado hegeliana. Liberdade. (shrink)

Kant’s critique/doctrine distinction tracks the difference between a canon for the understanding’s proper use and an organon for its dialectical misuse. The latter reflects the dogmatic use of reason to attain a doctrine of knowledge with no antecedent critique. In the 1790s, Fichte collapses Kant’s distinction and redefines dogmatism. He argues that deriving a canon is essentially dialectical and thus yields an organon: critical idealism is properly a doctrine of science or Wissenschaftslehre. Criticism is furthermore said to refute dogmatism, by (...) which Fichte means Spinozism. Schelling repudiates Fichte’s position in his Philosophical Letters by reviving Kant’s distinction. First, ‘critique’ for Schelling names a canon that is valid for all systems—including Spinozism—and thus favours none—not even the Wissenschaftslehre. Second, Schelling coins ‘dogmaticism’ to refer to what Kant calls ‘dogmatism’: reason’s uncritical claim to doctrine. Hence, he says all systems—even Fichte’s—are susceptible to the ‘enthusiasm’ of mistaking themselves for doctrines or ‘objects of knowledge’, instead of subjectively valid ‘objects of freedom’. I reconstruct Schelling’s argument for reviving Kant’s distinction, while noting two consequences for German idealism. First, if criticism favours no system, a system’s origin cannot be an act of knowledge, e.g., intellectual intuition, but only an act of endorsement. Second, if dogmaticism entails enthusiasm, a system’s goal cannot be absolute knowledge, but only infinite striving. Hence, by retrieving Schelling’s notion of dogmaticism, we can both gain a better understanding of the Letters and register the impact of a core Kantian distinction on the German idealist project. (shrink)

O escopo deste artigo é apresentar a Doutrina do Direito de Kant, demonstrando os problemas que o formalismo gera. Será visto que o critério de justiça kantiano é a coexistência de liberdades com leis universais e que a injustiça caracteriza-se quando isso for impedido. Kant propõe princípios metafísicos ao direito, buscando assim realizar uma fundamentação moral do jurídico. Ele distingue as leis éticas das leis jurídicas e estabelece um fundamento comum para ambas: as leis morais. Assim, o direito possui uma (...) fundamentação moral. Todavia, isso é ignorado quando Kant trata do direito de necessidade e do direito de equidade. Segundo o autor, a coerção é necessária para o direito. Porém, há dois casos em que isso não ocorre: no direito de equidade e no direito de necessidade. Por que Kant não resolve o problema desses dois direitos a partir da fundamentação metafísica do direito? É possível uma teoria da justiça estritamente formal, nos moldes kantianos? O presente artigo defende que uma teoria da justiça formal é insuficiente. (shrink)

Meillassoux seeks knowledge of transcendental reality, blaming Kant for the ‘correlationist’ proscription of independent access to either thought or being. For Meillassoux, correlationism blocks an account of the meaning of ‘ancestral statements’ regarding reality prior to humans. I examine three charges on which Meillassoux’s argument depends: (1) Kant distorts ancestral statements’ meaning; (2) Kant fallaciously infers causality’s necessity; (3) Kant’s transcendental idealism cannot grasp ‘the great outdoors’. I reject these charges: (1) imposes a Cartesian misreading, hence Meillassoux’s false assumption that, (...) for Kant, objects don’t exist without subjects; (2) misreads Kant, who infers causality’s necessity from the possibility of experience; (3) casts Kant’s idealism as subjective, ignoring his perspectival portrayal of it. (shrink)

This compelling book contains a comprehensive analytical treatment of the theory of production in a long-period framework. Although the authors take a 'Classical' approach to their subject, the scope of investigation and methods employed should interest all economic theorists. Professors Kurz and Salvadori explore economic systems that are characterised by a particular kind of primary input in the production process, such as different kinds of labour and natural resources. These systems and the corresponding prices can be understood to reflect (...) characteristic features of a capitalist market economy in an ideal way: they express the pure logic of the relationship between value and distribution in an economic system. Specific chapters deal with prices and income distribution, economic growth, joint production, fixed capital, scarce natural resources, and heterogeneous labour. The historical origins of the concepts used are also discussed in considerable detail. (shrink)

A teoria da justiça proposta por John Rawls investiga a estrutura básica da sociedade, tendo como base a justiça política, a justiça pública e a justiça distributiva. Rawls propõe uma teoria que representa uma alternativa ao utilitarismo, pois para o autor os direitos não deverão estar sujeitos à negociações políticas ou sujeitos ao cálculo de interesses sociais. É através do contrato social que Rawls busca apresentar a relação entre justiça, equidade e liberalismo político.: The theory of justice proposed by John (...) Rawls investigates the basic structure of society, based on political justice, public justice and distributive justice. Rawls proposed a theory that is an alternative to utilitarianism, in which rights should not be subject to political negotiations or subject to calculation of social interests. It is through the social contract that Rawls seeks to present the relationship between justice, equity and political liberalism. Keywords : Rawls, liberty, equality, reasonable pluralism, comprehensive doctrines. (shrink)

Heinz Kurz is recognised internationally as a leading economic theorist and a foremost historian of economic thought. This book pays tribute to his outstanding contributions on the occasion of his 65 th birthday by bringing together a unique collection of new essays by distinguished economists from around the world. Keynes, Sraffa, and the Criticism of Neoclassical Theory comprises twenty-three essays, covering themes in Keynesian economic theory, in the development of the modern classical approach to economic theory, linear production models, and (...) the critique of neoclassical theory. The essays in this book will be an invaluable source of inspiration for economists interested in economic theory and in the evolution of economic thought. They will also be of interest to postgraduate and research students specialising in economic theory and in the history of economic thought. (shrink)

In this thought-provoking book, well known economists Kurz and Salvadori cover original findings and new vistas on old problems. They cover: alternative interpretations of classical economists new growth theory the relationship between Sraffian theory and Von Neumann the treatment of capital in neoclassical long-period theory. Incorporating cutting-edge research and new work, this book will be of great interest to those working in the field of the history of economic thought.