PurposeTo explore the mindfulness practice, its long-term effects, facilitators and barriers, in clinical clerkship students 2 years after participation in an 8-week mindfulness-based stress reduction training.MethodA qualitative study was performed by semi-structured in-depth interviews with 16 clinical clerkship students selected by purposive sampling. Students had participated in a MBSR training 2 years before and were asked about their current mindfulness practice, and the long-term effects of the MBSR training. Thematic analysis was conducted using the constant comparison method. Data saturation was (...) reached after 16 interviews.ResultsMost interviewees were still engaged in regular, predominantly informal, mindfulness practice, although some discontinued mindfulness practice and reported an “unchanged lifestyle.” Three main themes came forward; “focused attention and open awareness” during daily activities as core elements of long-term mindfulness practice; “changes in behavior and coping” that resulted from taking a pause, reflecting, recognizing automatic behavioral patterns and making space for a conscious response; “integration in personal and professional life” by enhanced enjoyment of daily activities, improved work-life-balance and making different career choices. Barriers and facilitators in starting and maintaining mindfulness practice were understanding and intention as “pre-conditions”; practical, personal, and professional factors of students in maintaining practice.ConclusionTwo years after participation in a MBSR training, many interviewees were still engaged in mindfulness practice contributing to both personal and professional changes. In light of the high clerkship demands, MBSR training could be a valuable addition to medical curricula, supporting medical students in developing necessary competencies to become well-balanced professionals. (shrink)

Os sentidos da paixão foram originalmente um curso livre que o Núcleo de Estudos e Pesquisas da Fundação Nacional de Arte (Funarte) promoveu no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba e que atraiu cerca de setecentas a mil pessoas em cada cidade. Prova da fertilidade do curso é este livro apaixonado. Nele, alguns dos mais brilhantes intelectuais brasileiros discutem desde o amor em Platão até a paixão em Pasolini, passando por Freud, Walter Benjamin e Clarice Lispector, o (...) que só comprova a riqueza de um tema que até então não havia sido objeto de um debate como este.ÍndiceApresentaçãoPor que tanta paixão? Adauto NovaesOS SENTIDOS DA PAIXÃOO conceito de paixão - Gérard LebrunSobre o medo - Marilena ChauiPlatão: as várias faces do amor - José Américo Motta PessanhaO CANTO DAS PAIXÕESA glória - Renato Janine RibeiroA inveja - Renato MezanA melancolia de Ulisses - Olgária MatosPaixão da igualdade, paixão da liberdade: a amizade em Montaigne - Sérgio CardosoA paixão dionisíaca em Tristão e Isolda - José Miguel WisnikO lenço e o caos - Jorge ColiPasolini: paixão e ideologia - Michel LahudA paixão de Clarice Lispector - Benedito NunesPoesia: a paixão da linguagem - Paulo LeminskiÉdipo e a paixão - Hélio PellegrinoO Dom de Édipo - Luiz Renato MartinsLou Andreas-Salomé: a paixão viva - Luzilá Gonçalves FerreiraA PAIXÃO REVOLUCIONÁRIAA alegoria da liberdade - Jorge ColiA paixão revolucionária e a paixão amorosa em Stendhal - Renato Janine RibeiroA PAIXÃO SILENCIOSARazão e paixão - Sérgio Paulo RouanetA psicanálise e o domínio das paixões - Maria Rita KehlBenjamin: política e paixão - Katia Muricy. (shrink)

Nos últimos anos se observa uma crescente instrumentalização do ensino, que pode ser percebida na busca desenfreada dos professores por novos métodos e técnicas de ensino, produzidos pelo mercado editorial ou instituídos pelas políticas oficiais. Pode ser observada também na matriz curricular dos cursos de formação de professores que, pelo menos no Brasil, privilegia o técnico em detrimento das disciplinas relacionadas às Ciências Humanas e à Filosofia. Tentando contribuir para a reflexão acerca dessas questões este artigo se propõe a discutir (...) possibilidades de conceber a educação como uma arte e compreender a poética como uma das dimensões do ensino, contrapondo-se à tendência de cientifização da educação e de instrumentalização do ensino observada no presente. Particularmente, este artigo interroga o lugar ou não-lugar da filosofia e do filosofar nessa arte da educação e nessa poética do ensino, tendo em vista a forma como ela é concebida no e pelo pensamento filosófico contemporâneo. E, com isso, saber quais seriam os principais problemas e temas dessa filosofia e desse filosofar, e como poderiam ser oferecidos não apenas um conjunto de questões para refletir, como também abrir algumas perspectivas para que os educadores possam enfrentar os desafios dessa atividade, reconhecendo os seus limites e as suas possibilidades atuais. Escolheu-se recobrar neste artigo, para tanto, o pensamento dos frankfurtianos e, particularmente, o de Adorno. Mesmo que haja divergências entre o pensamento de Adorno e o de Lyotard – a começar por não terem vivido em um mesmo contexto histórico–, ele elucidará algumas afinidades sobre o tema em foco, isto é, sobre as possibilidades da educação ser concebida como arte e da constituição de uma poética no ensino, vislumbrando a postulação de ambos por uma política da resistência por intermédio dessa atividade. (shrink)

La tensión entre las letras y las armas, la teoría y la práctica, la experiencia técnica y el saber erudito y humanista, las tendencias medievalizantes y las modernas han movilizado buena parte de las interpretaciones del Arte de la guerra de Maquiavelo. Escrito en un momento de fuertes transiciones, en los albores de lo que se ha venido llamando la revolución militar moderna, la noción de “humanismo militar” parecía un razonable punto de partida para comprender un texto que, en (...) efecto, sale a la luz en un momento histórico de transición, que desarrollaba una cierta complejidad literaria y que contenía evidentes trazos clasicistas, pero que buscaba poner en orden la experiencia de las “cosas modernas”. (shrink)

This paper examines explanations for human artistic behavior in two reductionist research programs, cognitive neuroscience and evolutionary psychology. Despite their different methodological outlooks, both approaches converge on an explanation of art production and appreciation as byproducts of normal perceptual and motivational cognitive skills that evolved in response to problems originally not related to art, such as the discrimination of salient visual stimuli and speech sounds. The explanatory power of this reductionist framework does not obviate the need for higher-level accounts of (...) art from the humanities, such as aesthetics, art history or anthropology of art. (shrink)

This volume has 41 chapters written to honor the 100th birthday of Mario Bunge. It celebrates the work of this influential Argentine/Canadian physicist and philosopher. Contributions show the value of Bunge’s science-informed philosophy and his systematic approach to philosophical problems. The chapters explore the exceptionally wide spectrum of Bunge’s contributions to: metaphysics, methodology and philosophy of science, philosophy of mathematics, philosophy of physics, philosophy of psychology, philosophy of social science, philosophy of biology, philosophy of technology, moral philosophy, social and political (...) philosophy, medical philosophy, and education. The contributors include scholars from 16 countries. Bunge combines ontological realism with epistemological fallibilism. He believes that science provides the best and most warranted knowledge of the natural and social world, and that such knowledge is the only sound basis for moral decision making and social and political reform. Bunge argues for the unity of knowledge. In his eyes, science and philosophy constitute a fruitful and necessary partnership. Readers will discover the wisdom of this approach and will gain insight into the utility of cross-disciplinary scholarship. This anthology will appeal to researchers, students, and teachers in philosophy of science, social science, and liberal education programmes. 1. Introduction Section I. An Academic Vocation Section II. Philosophy Section III. Physics and Philosophy of Physics Section IV. Cognitive Science and Philosophy of Mind Section V. Sociology and Social Theory Section VI. Ethics and Political Philosophy Section VII. Biology and Philosophy of Biology Section VIII. Mathematics Section IX. Education Section X. Varia Section XI. Bibliography. (shrink)

O presente artigo tem por objetivo compreender a discussão entre a alternativa entre uma arte autônoma e uma arte política/de tendência. A partir do referencial teórico do marxista húngaro György Lukács, o texto busca criticar o caráter enrijecido do debate devido à limitação da concepção de sujeito e sociedade inerente à ideologia burguesa, assim como sua tentativa de produzir uma filosofia da arte desvinculada das questões histórico-sociais de seu tempo.

Our think tank tasked by the Dutch Health Council, consisting of Radboud University Nijmegen Honours Academy students with various backgrounds, investigated the implications of Deep Brain Stimulation for psychiatric patients. During this investigation, a number of methodological, ethical and societal difficulties were identified. We consider these difficulties to be a reflection of a still fragmented field of research that can be overcome with improved organization and communication. To this effect, we suggest that it would be useful to found a centralized (...) DBS organization. Such an organization makes it possible to 1) set up and maintain a repository, 2) facilitate DBS studies with a larger sample size, 3) improve communication amongst researchers, clinicians and ethical committees, and 4) improve communication between DBS experts and the public at large. (shrink)

This paper intends to show how Schopenhauer‟s „eristic dialectics‟, defined by him as „the art of being right‟, arise from the combination of two lines of thought on dialectics: the Aristotelian tradition, in which dialects are understood as an argumentative discourse based on generally accepted notions; and the tradition set in motion by Kant, which understands dialectics as a logic of appearances or of illusion. The interpretation we favor, and which we intend to argue in this work, is the following: (...) while attempting to assimilate and to go beyond the teachings of both traditions, Schopenhauer sets forth the basic elements of a kind of communicative rationality in which the polemical functioning of language, understood as the effective instrument of a certain „will of power‟, becomes the sole factor which determines the consolidation of social beliefs and values. (shrink)

Nietzsche identificó la filosofía como _arte de la transfiguración _en la edición de _La gaya ciencia_ de 1887. Esta expresión tiene un fuerte vínculo con la última obra de Rafael Sanzio, _La trasfigurazione_, comentada en _El nacimiento de la tragedia_, en donde el arte es considerado como transfigurador. Tanto la filosofía como el arte se relacionan con el acto de transfigurar y ambas deben ponerse en relación con la vida; la cual ha de ser transfigurada por el amor.

Una crisis de sentido parece estar afectando importantes instituciones artísticascomo las bienales (empezando por las más emblemáticas, la de Veneciay la de San Pablo), después de haber impactado en las propias obras de artea lo largo del siglo XX y en especial en los años 1960. Explorando estastransformaciones, este artículo advierte una especie de “giro teórico” queemerge en el mundo del arte como respuesta a la crisis y busca caracterizarloa partir de una comparación con algunas tendencias de la tradición (...) moderna,política y cultural, del siglo XIX. (shrink)

Un verbe exprime en français l'un des secrets de notre être et l'une des clés de notre époque maniaco-dépressive : ce verbe, c'est revivre. Il a deux sens que tout paraît opposer. Revivre, c'est en effet renaître, retrouver le sentiment d'être vivant et relié à autrui. Mais c'est aussi se laisser rattraper par "un passé qui ne passe pas » et se replier sur soi-même. Chacun de nous fait cette double expérience, souvent sans le savoir. Il faut pourtant la penser, (...) l'affronter, résister à ce qui nous enferme, accéder à ce qui nous délivre. Inventaire de nos blessures et de nos ressources, diagnostic du moment présent, parcours dans les idées et les oeuvres, ces propos renouent avec les actes les plus intenses de notre vie. Un art de vivre, c'est-à-dire de revivre, qui pourrait bien être le seul possible aujourd'hui. (4e de couv.). (shrink)

Quando assisti pela primeira vez a “Sociedade dos Poetas Mortos”, em 1989 (ano de lançamento no cinema), a história protagonizada pelo saudoso Robin Williams me comoveu profundamente. Naquela época eu caminhava rumo aos meus 20 anos, quando a vida ainda parece uma areia movediça e o futuro, uma eternidade. Eu ainda estava na Faculdade de Filosofia da UFBA, em Salvador, preparando-me para ser professor.

DIREITO E TEATRO: PROPOSTA DE INSERÇÃO DA ARTE DRAMÁTICA COMO MEIO TRANSFORMADOR DA EDUCAÇÃO JURÍDICA.

A humanidade tem sido tomada por angústias tão sutis que, aos poucos, vai se dissolvendo – física e psicologicamente – como se estivesse sendo consumida de dentro para fora. Neste sentido a saída – ainda que imediata e provisória – é propor um jogo de Xadrez com a morte. Não à toa Ingmar Bergman escolhe o Xadrez como a forma da sua personagem desafiar “alguém” tão poderoso. O jogo é um chamamento à razão, à luz capaz de organizar as ideias (...) e dar um rumo à vida. (shrink)

Mais de duas décadas após o seu lançamento, em 1999, o primeiro filme da trilogia Matrix tem neste segundo ano da pandemia do coronavírus uma atualidade atordoante. Em muitos aspectos, a humanidade vive dias muito próximos do enredo surreal descrito nos três filmes, que revi recentemente provavelmente pela décima vez. A diferença é que a realidade sombria vivida por bilhões de pessoas nos quatro cantos da Terra desde março de 2020 não tem uma versão amena como a existente dentro da (...) Matrix. (shrink)

Em 2022 teremos uma celebração muito especial para a Música Popular Brasileira. O icônico disco “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento e Lô Borges, completará 50 anos de lançado. O álbum apresentou ao mundo mais do que o resultado de uma parceria musical de rara beleza; ele foi uma espécie de marco zero de um movimento artístico e existencial nascido na bucólica Belo Horizonte da segunda metade da década de 1960, envolvendo amigos, música, cinema e literatura.

Ainda que possa ser visto como clichê sob diversos aspectos, o filme “O Céu da Meia-Noite” (dirigido e protagonizado por George Clooney para a Netflix) traz temas reflexivos na perspectiva existencial. Lançado em dezembro de um ano doloroso para a humanidade, ele teve as suas gravações encerradas pouco antes do início da pandemia, ainda que traga uma atmosfera tão soturna quanto a deste momento histórico.

O início da terceira década do século 21, tão marcado pela globalização tecnológica e virtualização das relações humanas, ainda mantém fortes laços com o obscurantismo religioso da Idade Média. Com outra roupagem, o fanatismo de muitos cristãos das mais variadas igrejas eterniza sentimentos e ações que acreditávamos superados há séculos. A intolerância religiosa, normalmente carregada de outras tantas intolerâncias na pauta moral, revela com clareza que a caça às bruxas nos tempos da chamada Santa Inquisição foi atualizada com sucesso. O (...) Brasil, por exemplo, vive um de seus piores momentos históricos neste sentido, principalmente pelos recorrentes ataques furiosos às religiões de matriz africana e crimes de agressão e morte contra as chamadas minorias sociais. (shrink)

Revendo recentemente o ótimo filme “A Vila”, do diretor indiano M. Night Shyamalan (o mesmo diretor de “O Sexto Sentido”, “Corpo Fechado” e “Sinais”), é possível entender os motivos que levaram os fundadores do vilarejo fictício a criar um mundo à parte para as futuras gerações. O filme, de 2004, é inserido no gênero “suspense” por conta de sua história central em torno de uma lenda sobre criaturas aterradoras que vivem na floresta. Estas são o empecilho para que os moradores (...) cultivem o desejo de deixar o único lugar que conhecem. (shrink)

Desde que foram criados pelos sumérios há mais de 5 mil anos, os livros sempre aterrorizaram os ocupantes do topo de quaisquer formas de poder. Neles estiveram e continuam sendo guardados os sonhos, as ideias, os projetos e as ações da humanidade em todas as vertentes possíveis, sejam eles libertadores e instigantes para as transformações positivas do mundo e do próprio ser humano, sejam eles os caminhos opostos da destruição e da opressão. [...].

“Não existe ninguém que não esteja mais próximo da morte depois de um ano que antes dele, amanhã mais do que hoje, hoje mais do que ontem, pouco depois mais do que agora e agora pouco mais do que antes”. Neste trecho do livro “Cidade de Deus”, um dos mais importantes filósofos da Idade Média – Santo Agostinho (354-430) – enfatiza uma velha constatação da humanidade, mas que a angustia em qualquer época.

Este artigo propõe uma reflexão sobre arte, filosofia, cultura e educação balizada pelos pensamentos de Friedrich Nietzsche e Vilém Flusser. Avesso à erudição acadêmica e profissionalizante, o jovem professor Nietzsche criticava a cultura histórica que segregou o pensamento e a maneira de viver. A essa tendência, o autor opunha uma educação artística, ou seja, uma formação para o pensamento livre e para a criatividade. Este conceito é basilar no pensamento de Flusser e deve ser entendido em consonância com (...) o termo grego poiesis, isto é, instauração de elementos novos na realidade, passagem do não-ser ao ser, abertura de novos caminhos. Trata-se de uma caracterização complexa e extremamente inspiradora para uma reflexão sobre processos educativos que valorizam aquilo que ambos os autores consideram ser o mais próprio do homem: a capacidade de criar.: This paper establishes a reflection about art, philosophy, culture and education inspired by the thoughts of Friedrich Nietzsche and Vilém Flusser. Disinclined to academic and specialised learning, the young teacher Nietzsche criticized the historical culture that had created a separation between the ability of thinking and the ways of life. To this tendency, the author opposed an artistic education, that is, an education towards free thought and creativity. This concept is fundamental in Flusser`s philosophy and must be understood in accordance with the Greek word poiesis, which means the introduction of new elements in reality, the passage from not-being to being, the opening of new routes. This is a complex conceptualization and yet extremely inspiring to a reflection about educational processes that accentuate what both authors consider the most essential human feature: the capacity to create. Keywords: education, art, philosophy, learning, culture. (shrink)