O artigo compara alguns aspectos da refutação do ceticismo nos Princípios e nos Três diálogos. Embora normalmente não se veja nenhuma diferença importante entre essas obras, duas hipóteses são defendidas aqui: de um lado, Berkeley desloca o foco de sua crítica das idéias abstratas para a noção de matéria e, de outro, muda sua estratégia de combate, da enunciação imediata da verdade para a lenta elaboração das consequências céticas da noção de matéria. Berkeley’s answers to skepticism Abstract The topic of (...) this paper is a comparison between Berkeley´s refutation of skepticism in the Principles and in the Three Dialogues. It is usually held that there is no philosophical difference between these two works. However, I suggest that not only Berkeley´s diagnosis of the causes of skepticism changes from his criticism of abstract ideas to the notion of matter, but also that he changes his strategy of refutation: from a direct statement of the truth of immaterialism to an examination of the consequences of the notion of matter. (shrink)

O artigo compara alguns aspectos da refutação do ceticismo nos Princípios e nos Três diálogos. Embora normalmente não se veja nenhuma diferença importante entre essas obras, duas hipóteses são defendidas aqui: de um lado, Berkeley desloca o foco de sua crítica das idéias abstratas para a noção de matéria e, de outro, muda sua estratégia de combate, da enunciação imediata da verdade para a lenta elaboração das consequências céticas da noção de matéria. Berkeley’s answers to skepticismThe topic of this paper (...) is a comparison between Berkeley´s refutation of skepticism in the Principles and in the Three Dialogues. It is usually held that there is no philosophical difference between these two works. However, I suggest that not only Berkeley´s diagnosis of the causes of skepticism changes from his criticism of abstract ideas to the notion of matter, but also that he changes his strategy of refutation: from a direct statement of the truth of immaterialism to an examination of the consequences of the notion of matter. (shrink)

Resumo: O presente artigo discute a questão do percurso plástico do pintor Paul Cézanne e a influência direta vivida por Merleau-Ponty nas fases da fenomenologia e da ontologia selvagem. Para tanto, o referido percurso é sustentado pelo tema da organização estruturante das obras de arte que “lançam” os sujeitos da percepção ao mundo vivido. Na fase fenomenológica mostramos o problema da percepção das imagens a partir das criações romântica e impressionista de Cézanne, pintor moderno, que critica a produção clássica pelo (...) poder de representação da natureza em suas formas “nítidas” e delimitadas, por exemplo, pelas linhas e pelos desenhos, estabelecendo-se, a partir dessa questão, a ultrapassagem do mundo determinado. Em seguida, pretendemos mostrar como a pintura do último Cézanne encontra-se aberta, enquanto pintura “selvagem”, ao sujeito e ao mundo, na condição de envolvimento carnal. Desse modo, passamos a compreender questões fundamentais como: o olhar e a experiência perceptiva; o processo de criação pictórica; a constância e os instantes do mundo; a profundidade, a visão radical e a ontologia selvagem. (shrink)

Si de verdad somos una cultura heredera de los griegos, entonces Diego Quintana de Uña sería el Pitias moderno, donde su libro “El Síndrome de Epimeteo, Occidente la cultura del olvido” podría interpretarse como una suerte de oráculo de Delfos contemporáneo. Es fascinante e inquietante al mismo tiempo, la maestría con que el autor elabora una secuencia teorética a partir de lo que él denomina el “pensamiento único”, evidenciando en el trayecto, la recurrencia permanente de las crisis económic..

My intention, in this paper, is to elaborate a conception of colors as part of a skeptical view of the world. In order to do that, I examine how some of the major skeptics throughout the history of philosophy conceived colors, in relation both to other sensible qualities and to the physical object. Next, in the light of the exchange between Barry Stroud and John McDowell, I describe what seems to me to be the common conception of color, which the (...) skeptic not only accepts, but goes even further claiming that he may know the color of objects through sense-perception. (shrink)

Il s’agit de revenir maintenant sur la portée historico-politique de l’Analytique du sentiment esthétique sublime. L’enjeu n’est pas exclusivement exégétique, mais vise notamment à évaluer ce qu’il en est du « progrès vers le mieux » dans le temps présent. L’essence de l’affect esthétique sublime réside dans un retournement : la défaillance des formes sensibles de présentation, par leur défaut même, présente, négativement, une Idée de la raison (l’infini, la liberté), dont le sentiment est universellement partageable en principe. S’y révèle (...) ainsi « notre destination supra-sensible » : témoigner de l’inconditionné, cultiver la « susceptibilité » aux Idées. Et cela à l’occasion des séquences historico-politiques tout aussi bien, y compris les conjonctures les plus « désolantes ». La désolation elle-même, si elle relève de cette esthétique de la présentation négative de l’Idée, peut faire « signe d’histoire », c’est-à-dire : être un indice probant que les humains dans leur histoire progressent dans la capacité au mieux. Tel fut le cas de l’affect d’ enthousiasme qui gagna les peuples européens lors de la Révolution en 1789. Mais il peut en aller de même pour le chagrin, voire pour le désespoir (en tout cas le « désespoir révolté », die entrüstete Verzweiflung ). 2. Il reste que le retournement de la défaillance des formes en sentiment sublime ne va pas sans quelques difficultés intrinsèques, liées à sa différence d’avec le beau : cette défaillance annonce un certain retrait de l’Idée de sens communis (gage, pourtant, de l’universalité sans concept à laquelle prétend le sentiment esthétique) ; et sa conversion en affection sublime exige la médiation d’une culture rendant les esprits plus sensibles aux Idées. Ne faut-il pas en conclure que, avec ce retrait du sens communautaire et le déclin de la culture (à l’ère de l’industrie culturelle multi-médiatique), il ne peut pas y avoir d’affection sublime, partageable publiquement et faisant « signe d’histoire », attestant qu’il y a progrès? 3. Ce manque de signe esthétique, affectif, éclairerait comment une crise de l’histoire et du politique est-elle possible. Cette crise, n’est-elle pas ce qui s’installe désormais comme le trait constitutif fondamental de notre sort à présent? En proie aux menaces de catastrophe globale qui pèsent aujourd’hui sur la planète et sur l’humanité, ce qui nous reste encore de « résistance » n’est-il pas dû davantage à l’angoisse de la survie, plutôt que tiré par le sens d’une Idée incommensurable qui, témoignant de notre destination supra-sensible, attesterait toujours que nous sommes en progrès vers le mieux? (shrink)

Quentin Meillassoux es un joven filósofo al que ya algunos consideran una estrella en el firmamento del pensamiento contemporáneo. Es el cabeza de fila de una nueva concepción filosófica, el “Realismo Especulativo”, que se pretende una revolución respecto de toda o prácticamente toda la filosofía habida desde Kant. Su obra principal, hasta ahora, es el libro Après la finitude, lo que podríamos traducir por “Después de la finitud”, y que lleva por subtítulo “Ensayo acerca de la necesidad de la contingencia”. (...) Ha escrito, también, varios artículos, un libro sobre Mallarmé, en el que sostiene haber hallado la codificación numérica de un poema del críptico poeta francés, y un libro aún no publicado, pero que circula por ahí, titulado L’inexistence divine. Se le augura una obra futura de gran relevancia. Meillassoux tiene un estilo bastante sobrio, contundente, “cartesiano”, pero con pasajes, también, de gran belleza concentrada. Se respira en sus escritos una calurosa frialdad, un apasionado antidramatismo, una muy racionalizada prédica de la falta de razón de todas las cosas, una profunda intuición de la superficie. (shrink)

Oswaldo Porchat (1933-2017) foi um dos filósofos brasileiros mais importantes. Professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e fundador do Centro de Lógica e Epistemologia (CLE-Unicamp), foi um pensador profundo e irrequieto: adaptou o estruturalismo francês a nosso contexto, mergulhou no silêncio da não filosofia, aderiu à filosofia da visão comum do mundo e, finalmente, rendeu-se ao ceticismo, pelo qual se sentira atraído e ao qual tinha resistido por longo tempo. Explica essa fecundidade (...) o fato de que, a seu ver, filosofia e espírito crítico não se dissociam, não havendo verdadeiro espírito crítico se este não for aplicado às próprias ideias. Quando se pensam dessa maneira os temas da verdade, do conhecimento e da razão, difícil é não terminar como cético. Quais ideias resistem ao poder corrosivo da razão crítica? O ceticismo de Porchat, entretanto, está muito distante da imagem desoladora que usualmente se tem dessa corrente filosófica. É antes uma original e refinada atualização do pirronismo antigo à luz da filosofia contemporânea, ousadamente propondo a elaboração de uma visão cética do mundo. Organizado em duas partes, este livro retoma todas essas mudanças pelas quais passou o pensamento de Porchat, ao traçar um quadro detalhado das suas diferentes fases e examinar suas opiniões sobre temas centrais da filosofia. Uma das originalidades desta obra é interpretar o pensamento de Oswaldo Porchat com a mesma atenção e o mesmo cuidado com que outros livros se dedicam a filósofos de outros países, contribuindo para aprofundar o debate filosófico no Brasil, sem perder de vista o estudante que se inicia na leitura da obra desse notável pensador. (shrink)

O artigo traça, em primeiro lugar, uma distinção entre dois tipos de ceticismo, o terapêutico, em que a cura do dogmatismo é a idéia motriz, e o fenomenista, cuja preocupação central é a descrição da vida comum. Em seguida, examinam-se as noções de terapia e de vida comum, na tentativa de depurar ou aperfeiçoar o ceticismo, chegando-se a conclusão de que a terapia cética mais coerente deve restringir-se ao próprio caso e de que a descrição da vida mais conforme à (...) atitude cética confina-se à experiência pessoal. Por fim, formula-se uma posição cética, na qual predominam os aspectos terapêutico e autobiográfico. (shrink)

RÉSUMÉ : Afin de circonscrire lescepticisme qui lui paraît miner l'entreprise métaphysique des Lumières, il est apparu nécessaire au Kant de la période critique de répondre à trois formes de scepticisme : au scepticisme baylien, qui s'interroge sur la capacité de la raison à parvenir à définir une vérité en rapport avec les idées de cette même raison; au scepticisme humien, ce qui le conduit à distinguer la question soulevée par Hume de son scepticisme pour parvenir à dégager la possibilité (...) de jugements synthétiques a priori; et au scepticisme cartésien, qui met en jeu le lien entre concepts empiriques et choses du monde extérieur. L,'analyse du traitement qu'il en propose montre que le scepticisme joue un rôle fondamental au sein de l'entreprise critique si bien qu'il peut être considéré comme un allié possible afin de rabattre les prétentions du dogmatisme idéaliste.ABSTRACT: In his critical period, Kant thought that scepticism was a threat to the metaphysical enterprise of Enlightenment. He consequently tried to tackle three of its species: Baylean scepticism, which doubts that reason could establish any truth concerning its ideas; Humean scepticism, which must be distinguished from Hume's formulation of the problem if we want to show that synthetic a priori judgements are possible; and Cartesian scepticism, which puts in doubt the reference of empirical concepts to things in the external world. Kant's treatment reveals the fundamental role played by scepticism in his critical enterprise not only as a tripIe challenge to the critical project, but also as an ally against idealist dogmatism. (shrink)

Los intérpretes han dividido la filosofía de Hume, su “lógica”, en dos partes: la destructiva, compuesta por sus análisis filosóficos, su crítica del racionalismo y sus momentos escépticos; la constructiva, que contiene su asociacionismo psicológico, su ciencia empírica de la naturaleza humana y sus momentos naturalistas o realistas. Mi intención es cuestionar cualquier interpretación que suponga esa dicotomía, y mostrar que Hume realiza ambas tareas al mismo tiempo, en etapas sucesivas. Muestro la unidad de su filosofía en tres tópicos: un (...) examen de la articulación entre el principio de la copia y los principios de asociación; un análisis de la estructura de los argumentos de Hume una crítica de los supuestos momentos escéptico y naturalista. (shrink)

This paper presents and argues for a contemporary version of skepticism: neo-Pyrrhonism. Interest in the history of skepticism engendered a new, more complex and attractive conception of skepticism. Accordingly, many philosophers now claim they are skeptics. In line with what they say, I develop neo-Pyrrhonism as I see it. It has a negative part, in which dogmas are criticized, and a positive one: first, the neo-Pyrrhonist lives his life according to his skeptical principles and following everyday life, and, second, he (...) is able to describe philosophically his skeptical view of the world, thereby offering possible solutions to philosophical problems empirically conceived. (shrink)

O artigo responde a duas perguntas: o que Montaigne entende por experiência? Como ele constrói sua ciência de si mesmo com base na experiência? Há diversos tipos de experiência e é preciso compreender como cada tipo permite a construção de sua ciência. Aprende-se da experiência coletiva da prática jurídica pelo contraexemplo; da experiência interna da alma pelo exemplo tomado a contrapelo; e, por fim, pelo exemplo da experiência pura, aprendem-se as regras para a saúde corporal.

Propongo una comparación entre David Hume y las formas antiguas del escepticismo. Un molde histórico adecuado para comprender el escepticismo de Hume es la filosofía escéptica académica. Un análisis histórico revela que, de hecho, se encuentran algunas semejanzas importantes entre Hume y Carneades. ..

For the past forty years, philosophers and critical theorists around the world have been fascinated by Clarice Lispector’s writing; her work, however, carries its own, unique theoretical dimension,...

Latin American religious political thought includes colonial Spanish and Portuguese ideologies that preceded independence but have survived into the post-independence era, authoritarian ideologies supportive of military governments in the twentieth century, and progressive liberation theologies. In this article, I present a distinct tradition: a version of classical liberal thought. This tradition is skeptical of big government, opposed to caste systems, supportive of a high degree of federalism, uneasy with militarism, and supportive of democratic institutions while affirming religious social norms. This (...) ideology was developed in northeastern Brazil in the early nineteenth century by a Carmelite activist named Frei Caneca (Brother Mug), who published a newspaper titled the Typhis Pernambucano (Tiphys of the State of Pernambuco). (shrink)

Negrete brings together women writers and artists known for their formal experimentation to show that "the aesthetic experiences afforded by their work are underwritten by a tenacious and uniquely feminine ethics of desire."-- taken from back cover.

Interview with Juan. A. Negrete, annual prize 2014 to the promotion of the philosophy and the culture in Málaga. The award is extended to the network of blogs: Cavernisofía, Cavernética and Cavernisofíasegundaplanta.

This text gives an account of the experience of reading Clarice Lispector’s Água Viva in the form of a brief dialogue with the text. It foregrounds the writing voice’s address of a second person and the attention this address brings to the acts of writing and reading that hold the two pronouns in relation, producing at once an infinite and nonexistent distance from being to being. The dialogue observes Lispector’s insistent return to the formulation “atrás do pensamento,” which has been (...) translated into English as “beyond thought” and can also be translated as “behind-thought” or as the background of thought, in a more spatial sense. Nancy reads the translation into French, where this spatial nuance is preserved, in consultation with Lusophone interlocutors about the specificities of the Portuguese original. The dialogue interrogates the link across this dimension, the recurrence of the pronoun it in the original Portuguese version of Água Viva, and the acts of writing and reading a text that brings awareness to a living, pulsing, ongoing, and escaping instant beyond meaning that is nonetheless the cause of the address in the first place. The dialogue follows the thread of this movement as it slips out behind thought, where Água Viva meets other books attuned to the instant and in which the dialogue’s “I” feels their vitalizing effects. (shrink)

Olexandr Lukovyna’s interview with Professor Plínio Junqueira Smith is devoted to skeptic research in Brazilian philosophy, the beginning of skeptic studies in Brazil, Oswaldo Porchat’s and Ezequiel de Olaso’s roles in establishing the tradition of skeptic studies, contemporary studies in skepticism, and the global state of affairs in skeptic research.