The paper seeks to show how Heidegger recasts the problem of reification in Being and Time, so as to address the methodological procedure of formal indication, outlined in his early writings, in order to carry out a deconstruction of ancient ontology. By revisiting Marx's and Lukács's critique of objectification in social relations, especially the former's critique of alienation, in light of Honneth's critical theory of recognition, it is shown how a Heideggerian-inspired phenomenology of sociality could be reconstructed out of the (...) semantic correlation between reification and formal indication. (shrink)
The hypothesis of this paper is that legal positivism depends on the non plausibility of strong moral cognitivism because of the non necessary connection thesis between law and morality that legal positivism is supposed to acknowledge. The paper concludes that only when based on strong moral cognitivism is it consistent to sustain the typical non-positivistic thesis of the necessary connection between law and morality. Habermas’s Philosophy of law is confronted with both positions.
O artigo esboça o desenvolvimento da hermenêutica filosófica de Paul Ricoeur a partir de sua fenomenologia da vontade em direção a uma hermenêutica da revelação, mostrando como o projeto radical de destranscendentalizar a subjetividade, subjacente à recepção francesa copntemporânea de uma hermenêutica da suspeita, terma por favorecer um retorno pós-hegeliano a Kant e reformula a filosofia transcendental numa correlação histórica e socialmente mediada entre linguagem e subjetividade, juntamente com uma dialética entre poesis e práxis.
Trata-se de revisitar o debate Rawls-Habermas,em particular, o problema da autonomia política à luz da apropriação que estes autores nos oferecem do procedimentalismo kantiano.Tanto John Rawls quanto Jürgen Habermas, em suas respectivas concepções de "cultura política" e "esfera pública," partem de uma equivocada atribuição de um fundacionalismo moral em Kant de forma a preservar o princípio normativo de universalizabilidade capaz de assegurar a estabilidade de uma "sociedade bem ordenada" e balizar o procedimentalismo democrático enquanto alternativa para os modelos liberais e (...) republicanos. (shrink)
Este artigo apresenta algumas reflexõesacerca da concepção habermasiana demundo da vida, seguindo sua apropriação críticados conceitos de Lebenswelt em Husserl e Lebensformem Wittgenstein, de forma a mostrarem que medida Habermas dá conta da fundamentaçãonormativa de uma teoria crítica da sociedade.
Trata-se de mostrar em que sentido a metaforicidade é inerente à desconstrução de Jacques Derrida e logra articular conceito e metáfora no discurso filosófico, sem reduzir um ao outro, viabilizando uma discursividade sobre a alteridade, como altemativa à dialética hegeliana e sua semiologia de Aufhebung. assim como à própria desconstrução heideggeriana. Mostra-se ainda, à luz da desmitologização empreendida por John Caputo, que a desconstrução derridiana na verdade radicaliza e efetiva a hermenêutica heideggeriana da facticidade.
In this paper, I argue that Augustine's conception of God as substance (substantia) has misleadingly been evoked by Martin Heidegger's deconstruction of onto-theological and substantialist variants of metaphysics as they mistook entities (Seienden, entia, beings) f r their very Being (Sein, ens, esse) which cannot be conceptualized or objectified by human thinking, but makes both their thought and reality possible. Even though Augustine sought somehow to reconcile a Neoplatonic, essentialist cosmology with a Judeo-Christian worldview of historical redemption, Heidegger not only (...) failed to properly recognize his indebtedness to Augustinian existential anthropology, but also the latter's contention that the actuality of beings and contingent history ultimately determines ontological concepts in their basic difference from their ontical counterparts, compromising thus Heidegger's intuitive criticisms against the confusion between God and Being (Sein). (shrink)
Experts in Artificial Intelligence (AI) development predict that advances in the development of intelligent systems and agents will reshape vital areas in our society. Nevertheless, if such an advance is not made prudently and critically-reflexively, it can result in negative outcomes for humanity. For this reason, several researchers in the area are trying to develop a robust, beneficial, and safe concept of AI for the preservation of humanity and the environment. Currently, several of the open problems in the field of (...) AI research arise from the difficulty of avoiding unwanted behaviors of intelligent agents and systems, and at the same time specifying what we want such systems to do, especially when we look for the possibility of intelligent agents acting in several domains over the long term. It is of utmost importance that artificial intelligent agents have their values aligned with human values, given the fact that we cannot expect an AI to develop human moral values simply because of its intelligence, as discussed in the Orthogonality Thesis. Perhaps this difficulty comes from the way we are addressing the problem of expressing objectives, values, and ends, using representational cognitive methods. A solution to this problem would be the dynamic approach proposed by Dreyfus, whose phenomenological philosophy shows that the human experience of being-in-the-world in several aspects is not well represented by the symbolic or connectionist cognitive method, especially in regards to the question of learning values. A possible approach to this problem would be to use theoretical models such as SED (situated embodied dynamics) to address the values learning problem in AI. (shrink)
Este artigo procura examinar em que medida a filosofia moral de Kierkegaard se apóia na crítica kantiana da razão dialética. Mostra-se que a rejeição kantiana da prova ontológica da existência de Deus significa um afastamento da incerteza objetiva em direção à certeza prática, enquanto a dialética kierkegaardiana da existência permite que a verdade seja tomada como sendo tanto pessoal quanto objetiva. Se a concepção kierkegaardiana de existência não pode ser separada do Paradoxo Absoluto ou se nem sequer pressupõe a revelação (...) divina parece guiar uma pré-compreensão da oposição luterana entre fé e razão que persiste nas concepções de natureza humana em Kant e Kierkegaard, com relação ao Todo-Outro. (shrink)
The basic assumption present in these articles is that naturalism is highly compatible with a wide range of relevant philosophical questions and that, regardless of the classical problems faced by the naturalist, the price paid in endorsing naturalism is lower than that paid by essentialist or supernaturalist theories. Yet, the reader will find a variety of approaches, from naturalism in Moral Philosophy and Epistemology to naturalism in the Philosophy of Language, Philosophy of Mind and of the Aesthetics.
A crescente conscientização ecológica e bioética frente às ameaças de destruição de ecossistemas e de manipulação de populações, em escala mundial, envolvendo não apenas os riscos de extinção de espécies vegetais e animais, ...
Trata-se de reexaminar a relação entre estética e ética na terceira Crítica, partindo de uma análise crítica do livro de Donald Crawford sobre a teoria estética de Kant, com O intuito de evitar o que seria uma “leitura reducionista” da filosofia kantiana. Assim como fora reduzida a uma Erkenntristheorie pelos adeptos da escola neokantiana de Marburg, parece-nos igualmente infundada uma leitura da filosofia prática de Kant que reduza o sistema do idealismo transcendental a um moralismo ou que venha a subvertê-lo (...) num esteticismo. Ao retomar a teoria kantiana das representações, procuro responder aos problemas levantados pela leitura esteticista da crítica do juízo, particularmente, a concepção do belo enquanto símbolo fundante da moralidade, à luz do debate entre Donald Crawford e Paul Guvyver, de forma a mostrar em que sentido a “estética” pode compreender um sentido “epistemológico” e “estético propriamente dito” sem incorrer numa forma de esteticismo. (shrink)
O artigo reexamina a teoria ideal e anão-ideal em Platão na perspectiva da filosofiapolitica, com referências ao pensamento de Kante de Rawis. Aborda questões como teoria eprática, conceito de justiça, o problema da igual-dade e outros aspectos.
Especialistas em desenvolvimento de Inteligência Artificial prevêem que o avanço no desenvolvimento de sistemas e agentes inteligentes irá remodelar áreas vitais em nossa sociedade. Contudo, se tal avanço não for realizado de maneira prudente e crítico-reflexiva, pode resultar em desfechos negativos para a humanidade. Por este motivo, diversos pesquisadores na área têm desenvolvido uma concepção de IA robusta, benéfica e segura para a preservação da humanidade e do meio-ambiente. Atualmente, diversos dos problemas em aberto no campo de pesquisa em IA (...) advêm da dificuldade de evitar comportamentos indesejados de agentes e sistemas inteligentes, e ao mesmo tempo especificar o que realmente queremos que tais sistemas façam, especialmente quando prospectamos a possibilidade de agentes inteligentes atuarem em vários domínios ao longo prazo. É de suma importância que agentes inteligentes artificiais tenham seus valores alinhados com os valores humanos, dado ao fato de que não podemos esperar que uma IA desenvolva valores morais humanos por conta de sua inteligência, conforme é discutido na Tese da Ortogonalidade. Talvez tal dificuldade venha da maneira que estamos abordando o problema de expressar objetivos, valores e metas, utilizando de métodos cognitivos representacionais. Uma solução para este problema seria a abordagem dinâmica proposta por Dreyfus, que com base na filosofia fenomenológica mostra que a experiência humana do ser-no-mundo em diversos aspectos não é bem representada pelo método cognitivo simbólico ou conexionista, especialmente na questão de aprendizagem de valores. Uma possível abordagem para esse problema seria a utilização de modelos téoricos como SED para abordar o porblema de aprendizagem de valores em IA. (shrink)
Trata-se de mostrar, à luz da teoria das emoções de António Damásio, em que sentido “o erro de Descartes” traduz um equívoco do racionalismo ético na medida em que despreza o papel do corpo, da matéria e das paixões para a aquisição e o florescer de uma vida virtuosa no campo da filosofia moral ou mesmo para um conhecimento indubitável no campo epistemológico.
Este artigo procura mostrar que,apesar de emergir de uma visão tradicional emetafísica da linguagem, a teoria husserliana dosignificado enquanto espécie ideal nas mvestigaçõesLógicas não é redutível a urna expressãolingüística de uma adequação essencialista erepresentacional, mas antes enfatiza o papel daintencionalidade, a idealidade da linguagem e ocaráter constitutivo da consciência no preenchimentoda "significação".
O artigo tenta mostrar como a dialética sartreana do ser e do nada se afasta da concepção fundamental heideggeriana do Dasein enquanto ser-no-mundo, na medida em que seu modo de ser e autocompreensão existenciais conduzem-no em última análise à sua práxis histórica de libertação.
Der Beitrag zeigt, wie die normative Kraft der Globalisierung den Demokratisierungsprozess in sich entwickelnden Gesellschafen insoweit begünstigt, als Zivilgesellschaft, Bürgerbewegungen und Nichtregierungsorganisationen durch Aktionen vor Ort zur Umsetzung universalisierbarer Rechtsstaatlichkeit beitragen. Unter Bezug auf liberalistische, an Kant orientierte Konzepte sozialer Demokratie, wie die von Rawls und Habermas, plädiere ich, allerdings ohne ein spezifisches linkes Votum, für die Neugestaltung deliberativer und partizipativer Demokratie zum Zwecke der Beförderung der Menschenrechte, die realisiert werden soll durch ein internationales Überlegungsgleichgewicht.
Kant’s dualism in anthropology and morality is said to be bridged only by means of a teleologywhich seems to betray the historical constitution of its subjectivity. And yet the Kantianarticulation of problems of theoretical and practical reason can be explored only insofar asthey help us understand the correlated problems of the unity of reason, the relation of aestheticsand ethics in the light of the three Critiques, and the teleological conception of history.In this paper, I argue for a teleological reading of (...) the systematic architectonic so as tomake sense of the concept of purposiveness as the a priori principle of judgment in its logical,aesthetic, and teleological reflection and of the unifying, a priori principles of each faculty–namely, conformity to law, final purpose, and conformity to purpose or purposiveness – respectively dealt with in the three Critiques. (shrink)