Les nouvelles technologies de l’information et de la communication (NTIC) se sont infiltrées dans notre vie quotidienne. Ces technologies, representées dans cet article par l‘internet et par le téléphone portable, devront montrer un potentiel encore plus remarcable dans le future, pouvant changer non seulement les structures économiques et industrielles, mais aussi la façon de penser et d’agir des êtres humains.

O avanço tecnológico envolve e faz parte do cotidiano de todas as pessoas, e a sua influência pode ser direta ou indireta. O que se faz são up-grades com o propósito de conseguir participar deste universo digital. As Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) tem provocado alterações na humanidade, no modo de viver, de se relacionar, aprender, pensar e ensinar. Propõe-se um estudo bibliográfico, baseado em duas grandes obras de Pierre Lévy, um dos grandes pensadores da era da informação: O (...) que é virtual? (2011) e Cibercultura (2010). O artigo está estruturado do seguinte modo: discute a definição de virtual segundo o ponto de vista de Lévy; apresenta a inteligência coletiva e sua influência na sociedade; e enfoca uma nova proposta de aprendizagem, que possibilita o aprendizado por intermédio das atividades sociais e profissionais dos indivíduos. Portanto, a virtualização, além de ser a base de dados e informações, quebra as barreiras do tempo e do espaço, aproxima professores e alunos e lhes fornece ferramentas para a construção do conhecimento, colocando-os nesse produtivo processo de ensino e aprendizagem. (shrink)

Este artigo discute o papel das imagens e das novas tecnologias da informação e comunicação no ensino de filosofia. Primeiramente o artigo desenvolve uma abordagem teórica, apontando de que modo imagem e tecnologia podem contribuir para o ensino de filosofia. Num segundo momento apresentamos alguns relatos de nossa prática docente no ensino de filosofia utilizando essas ferramentas.

O presente estudo tem como tema o surveillance e a sociedade do controle biopolítico, sendo dada ênfase à conexão com o sistema penal e as tecnologias dispostas nas práticas de segurança. Tem-se como problema de pesquisa como e de que forma operam os “novos” mecanismos de surveillance em prol da segurança no modelo biopolítico do Estado penal? Conclui-se que o modelo de controle atual baseado em riscos e algoritmos emprega o surveillance em uma atuação securitária seletiva, adotando o discurso (...) “científico/tecnológico” como escusa para manutenção discriminatória de uma biopolítica da atuação penal voltada para morte de sujeitos e grupos sociais específicos. Por fim, a metodologia empregada compreende uma abordagem fenomenológico-hermenêutica, um método de procedimento monográfico e técnica de pesquisa por documentação indireta. (shrink)

Resumo: Nas últimas décadas, a transformação da economia e do mercado de trabalho tem despertado questionamentos éticos relacionados ao advento e à prevalência das novas tecnologias. Neste cenário, destaca-se a emergência do "infoproletariado", uma classe trabalhadora cada vez mais subjugada à lógica do trabalho digital e da economia do conhecimento. Paralelamente, essa transformação se dá em um contexto de "sociedade do cansaço", onde o ritmo acelerado e incessante das atividades produtivas impõe um esgotamento físico e mental às pessoas. (...) Este artigo pretende explorar a interseção desses três conceitos: o infoproletariado, a sociedade do cansaço e a ética das novas tecnologias. Discutiremos as implicações da crescente digitalização do trabalho, a sobrecarga cognitiva e emocional dos trabalhadores, e as questões éticas decorrentes da automação e da exploração da força de trabalho neste contexto. Compreender essa complexa rede de relações é crucial para repensar práticas de trabalho mais justas e sustentáveis na era digital. Palavras-chave: Trabalho; Infoproletariado; Inteligência Artificial; Ética; Sociedade do Cansaço; Capitalismo; Economia. (shrink)

Este artigo analisa o desafio de se compatibilizar a promoção da inovação tecnológica com uma eficiente regulação das novas tecnologias, sob uma análise econômica do direito. Por meio de pesquisa bibliográfica e revisão da literatura adequada, pretende-se justificar a necessidade de regulação das novas tecnologias para sanar as falhas de mercado. Essa ação regulatória deverá ser norteada pelo princípio da eficiência. A busca pela maximização da eficiência na regulação das novas tecnologias permitirá equilibrar os (...) vários interesses envolvidos (sociais, econômicos, políticos, estatais etc.) no processo inerente à inovação tecnológica de modo a se alcançar um ponto ótimo regulatório. (shrink)

Resumo : O presente artigo objetiva investigar o tema cultura da paz no contexto das novas tecnologias. Não obstante os meios de comunicação exponham as diversas faces da violência, o fato é que se está vivendo, em todos os cantos do mundo, um período de muito interesse, criatividade e empenho na luta pela paz. Para explicitar isso, o texto buscará articular quatro pontos: 1) estabelecer a questão fundamental da educação e da cultura da paz , discernindo seu objetivo (...) e escopo fundamental; 2) delinear a habilidade fundamental a ser desenvolvida no processo de educação para a paz, a formação da competência comunicativa; 3) descrever as características fundamentais da metodologia da educação para a paz: a formação de comunidade, o espaço do debate e a ação para a paz; 4) relacionar, finalmente, esses aspectos da educação para a paz com as novas tecnologias. Palavras-chave : Educação. Paz. Tecnologias. Justiça. Direitos humanos.: The present paper aims to research into the theme of the culture of peace in the context of the new technologies. Although the means of communication expose the several faces of violence, the fact is that we are living everywhere in the world a period of great interest, creativity and commitment to the struggle for peace. In order to demonstrate this the text will try to articulate four points: 1) to establish the fundamental question of education and the culture of peace distinguishing its objective and fundamental scope; 2) to delineate the fundamental ability to be developed in the process of education for peace, the formation of communicative competence; 3) to describe the fundamental charac-teristics of the methodology of education for peace: the formation of community, the place of the debate and the action for peace; 4) finally, to link these aspects of education for peace to the new technologies. Keywords : Education. Peace. Technologies. Justice. Human rights. (shrink)

Os textos enfocam questoes relativas ao acesso da populacao aos bens e servicos de saude, as interfaces da bioetica com o direito e com a psicologia, a reflexao etica sobre a questao ambiental, os desafios da deontologia medica e do patenteamento de material genetico humano (AU).

This article contemplates a reflexive approach about technological Christianity, emphasizing the technological growth in the XXI century, evangelical churches and their relationships with technology, and the problems that arise from this relationship. It is known that technology advances very quickly, invading more and more all sectors of society, and that it is indispensable in the globalized world. The computer, the TV, the cell phone, the notebook, the internet, the smartphone, the tablet, etc., are new things in constant evolution. This work (...) points to the internet as a resource that can provide content that qualifies the relationship of the individual with God, which has become an extremely useful and necessary tool for the articulation of sectors of the evangelical church, since it dynamizes time and information and, above all, updates and broadens horizons. It is concluded, therefore, that the internet, doubtless, is a field of Christian action. In the case of the digital age, it is possible to affirm that the current Christian context demands a modernity of the languages and the multimedia interactions. However, faith can be affected by the many offers of distraction from technological resources when the central content is not communicated in a proper language to time and environment. (shrink)

O presente artigo objetiva investigar o tema cultura da paz no contexto das novas tecnologias. Não obstante os meios de comunicação exponham as diversas faces da violência, o fato é que se está vivendo, em todos os cantos do mundo, um período de muito interesse, criatividade e empenho na luta pela paz.Para explicitar isso, o texto buscará articular quatro pontos: 1) estabelecer a questão fundamental da educação e da cultura da paz, discernindo seu objetivo e escopo fundamental; 2) (...) delinear a habilidade fundamental a ser desenvolvida no processo de educação para a paz, a formação da competência comunicativa; 3) descrever as características fundamentais da metodologia da educação para a paz: a formação de comunidade, o espaço do debate e a ação para a paz; 4) relacionar, finalmente, esses aspectos da educação para a paz com as novas tecnologias.The present paper aims to research into the theme of the culture of peace in the context of the new technologies. Although the means of communication expose the several faces of violence, the fact is that we are living everywhere in the world a period of great interest, creativity and commitment to the struggle for peace. In order to demonstrate this the text will try to articulate four points: 1) to establish the fundamental question of education and the culture of peace distinguishing its objective and fundamental scope; 2) to delineate the fundamental ability to be developed in the process of education for peace, the formation of communicative competence; 3) to describe the fundamental charac-teristics of the methodology of education for peace: the formation of community, the place of the debate and the action for peace; 4) finally, to link these aspects of education for peace to the new technologies. (shrink)

O presente artigo toma como base o conceito da Sociedade do Cansaço de Byung Chul Han para tratar das novas síndromes do século XXI. A abordagem buscará problematizar as novas tecnologias e relaciona-las com o diagnóstico de Zigmunt Bauman sobre nossos tempos, de modo a analisar as variáveis técnicas introduzidas pelas novas tecnologias a partir da popularização da internet. O objetivo deste trabalho é demonstrar que os avanços conquistados pela indústria tecnológica e suas técnicas aplicadas (...) ao uso de seus produtos, produziu uma sociedade mais conectada, porém, mais individualizada, onde as relações se tornaram frágeis e novas síndromes passaram a acometer este novo mundo. Deste modo entenderemos os mecanismos de controle e os efeitos desta cultura massificada, onde as fronteiras se estreitaram, as diferenças se achataram e os vínculos e autonomia se perderam. (shrink)

Este artigo, realizado por meio de estudo bibliográfico, pretende abordar a respeito dos desafios do uso de tecnologias na sala de aula para a educação no século XXI. A cultura analógica na escola com práticas tradicionais seculares é conflitante com a cultura digital provocando dissonâncias entre o mundo dos estudantes e o mundo da escola. A pandemia provocou catalisação no uso das tecnologias devido ao ensino remoto. Os avanços e a propagação do uso das tecnologias digitais de (...) informação e comunicação na educação têm ampliado as possibilidades de melhorar a aprendizagem de forma atraente, significativa e personalizada. A escola tem a responsabilidade de formar cidadãos críticos e criativos para solucionar os problemas antigos e novos da sociedade. Porém, os desafios são grandes e provocados por desigualdades de acesso e pela necessidade de revisão na formação inicial e continuada de educadores. (shrink)

O presente artigo procura refletir como elementos das tecnologias da informação e comunicação na educação se localizam na epistemologia hermenêutica. Essa realidade acaba gerando um enorme desafio à educação no sentido de encontrar “razões” que justifiquem, não só metodologias, mas o seu sentido de ser no mundo conectado. Partindo da “compreensão” como modo de ser do indivíduo humano e, consequentemente, lócus apropriado para a reflexão e o fazer pedagógico pretende-se apresentar uma abordagem viável da TIC no processo educativo a (...) partir da epistemologia hermenêutica. O trabalho pretende apresentar a racionalidade hermenêutica como uma epistemologia totalmente viável para promover a compreensão teórica-conceitual da utilização das novas tecnologias da comunicação e informação no âmbito dos processos educativos contemporâneos, para tanto se ancora nas noções de compreensão e de linguagem, bem como nas noções de ciberespaço e hipertexto. Resultado de uma pesquisa bibliográfica nos autores já mencionados, bem como seus comentadores, na primeira parte procura apresentar a hermenêutica como alternativa epistemológica em face da crise da razão metafísica e científica, e na segunda parte, busca-se apresentar a relação entre as novas tecnologias da informação e comunicação e a racionalidade hermenêutica. Ao romper com a racionalidade técnico-científica da modernidade, compreende a hermenêutica como um paradigma epistemológico viável com vista à compreensão das tecnologias da informação e comunicação na educação, uma vez que, em função de tais tecnologias, a capacidade do homem contemporâneo de refletir e dizer a realidade requer bases teóricas e metodológicas que preservem as dimensões históricas e culturais nas quais o homem contemporâneo está inserido. Palavras-chave: Filosofia. Educação. Tecnologia. Hermenêutica. (shrink)

Neste trabalho nos ocupamos centralmente em compreender a proposta ética de Hans Jonas e como ele apresenta o Princípio Responsabilidade como uma categoria ética a ser norteadora das ações humanas. Apresentamos um breve histórico do desenvolvimento da Filosofia da Tecnologia enquanto uma disciplina filosófica específica e, então, discutimos as principais considerações de Jonas sobre a necessidade de uma ética inteiramente nova que tome a técnica como objeto e a proposta que este apresente de uma ética do futuro pautada na responsabi (...) lidade enquanto princípio. (shrink)

O objetivo deste artigo é apresentar os elementos da relação entre Filosofia da Tecnologia e Ética Contemporânea a partir do pensamento de Hans Jonas, bem como sua aplicação ao problema ecológico que enfrentamos em nossos dias. Destacamos como Hans Jonas desenvolve uma consistente argumentação a respeito do avanço tecnológico, do decorrente aumento do poder de nossas ações e, consequentemente, da necessidade de uma nova ética voltada para o futuro capaz de lidar com essa inédita conjuntura. Também fazemos explanação das noções (...) estruturais da Ética da Responsabilidade proposta por Jonas e suas implicações diretas no tema ambiental. (shrink)

Razão e liberdade são tidas como os princípios fundadores da sociedade industrial e tecnológica do capitalismo avançado. Para garantir a validação de seu discurso, a tecnologia dispõe de sofisticadas formas de controle, que atuam na consolidação da unidimensionalidade como elemento garantidor da coesão social e da manutenção do status quo. Para isso, o “ordenamento tecnológico” recebe o apoio de uma “coordenação política e intelectual”, que garantem a eficiência processual e a eficácia teleológica das diversas formas de controle da civilização industrial (...) avançada. Este artigo tem como objetivo compreender e expor como para Marcuse, a sociedade do capitalismo afluente, com suas novas formas de controle, protagoniza a formação e consolidação da cultura da unidimensionalidade. Para tanto, a partir do método dialético do filósofo frankfurtiano, debateremos temas como, a contenção do pensamento crítico, condicionamento das necessidades humanas e a racionalidade tecnológica. No intercurso de nossa exposição mostraremos que por trás do discurso da liberdade, a nova sociedade industrial tecnológica, impõe suas formas específicas de controle sobre os indivíduos tendo como resultado a formação de um sistema social unidimensional, onde não há lugar para o pensamento crítico, tido como supérfluo. Pois, não só ameaça a atual compreensão de progresso tecnológico da sociedade unidimensional, como também é capaz de inverter a ordem do discurso estabelecido e desmontar toda e qualquer convivência social do atual status quo. (shrink)

A presente entrevista serve como complemento ao artigo submetido com mesmo nome nesta edição. Ela trata de uma exposição da influencia tecnologica na vida das pessoas, e como essas ferramentas estão ligadas as novas sindromes.

Este trabalho tem o intuito de discutir a relação entre capitalismo e subjetividade na atualidade. Assim, a proposta é realizar um percurso marcado por dois grandes momentos do capitalismo observando a relação retroalimentar que este teceu com os processos de subjetivação. De início, caberia explorar as análises de Michel Foucault no que diz respeito ao momento de consolidação do capitalismo, isto é, sua necessidade de se constituir como uma “sociedade disciplinar” e de funcionar hegemonicamente a partir de uma nova tecnologia (...) de poder designada como “biopoder”. Num segundo momento, acreditamos ser importante analisar a mutação sofrida pelo capitalismo. Com esse objetivo, recorreremos às considerações do filósofo Gilles Deleuze quando este marca a passagem das sociedades disciplinares diagnosticadas por Foucault para as “sociedades de controle” que cada vez mais estariam se consolidando. Nesse novo momento, constituinte de nossa atualidade, o capitalismo se apresentaria, escrevem Deleuze e Guattari em Mil platôs, como uma espécie de “empresa mundial de subjetivação” que estabelece dois regimes coexistentes de funcionamento na relação entre capitalismo e processos de subjetivação: “servidão maquínica” e “sujeição social”. São estas questões que gostaríamos de apresentar, desenvolver e discutir neste trabalho. (shrink)

Neste capítulo, analisa-se a documentação visual dos protestos de 2013, contrastando a cobertura da grande mídia em São Paulo e Rio de Janeiro com a de ativistas usando as tecnologias de nova mídia. Os temas centrais são a forma como o exercício do poder político é mediado através de novas tecnologias de mídia e a racionalidade política que anima os ativistas. Dito de outro modo, pergunta-se: por que os atores criaram imagens da forma que o fizeram e (...) que objetivos políticos estavam em jogo? No que se segue, consideram-se principalmente as utilizações de filmagens feitas à mão com telefone celular, a difusão de tais imagens pelas redes sociais (mídia social) e a interação entre os ativistas e os governos municipais. Sugere-se que as novas tecnologias de mídia, através da qual a linguagem visual dos ativistas foi criada, eram postas a serviço de um tipo de política radical, no sentido de almejar algo diferente na raiz. Em vez de um modo de ação política com objetivos governamentais definitivos, os ativistas re-mediaram novas tecnologias de mídia como um tipo de equipamento que poderia gerar novas relações e subjetividades e, assim, acesso a um futuro intencionalmente indeterminado. (shrink)

Resumo: neste artigo pretendo estender a evidenciação do encobrimento do mundo da vida formulada por Husserl ao uso das tecnologias disruptivas da 4ª Revolução Industrial, mais precisamente o uso da inteligência artificial (IA) nas plataformas sociais. Primeiro, apresento o conceito de mundo da vida que se mantém consistente ao longo das obras de Husserl; em seguida, apresento seu encobrimento derivado da matematização da natureza e do rompimento com o telos, o que originou a crise da humanidade europeia. Segundo, mais (...) camadas de encobrimento do mundo da vida vão se sobrepondo com a 3ª e 4ª RIs. Em mais detalhe, o encobrimento e o afastamento do mundo da vida provocado pelo uso da IA e seus efeitos negativos, individual e coletivamente. Terceiro, a proposta Husserliana de retorno ao mundo da vida através de uma epoché radical. Concluo que a solução proposta por Husserl para a crise ainda é atual e urgente. Abstract: in this paper I intend to extend the disclosure of the cover-up of the lifeworld formulated by Husserl to the use of disruptive technologies of the 4th Industrial Revolution, more precisely the use of artificial intelligence on social platforms. First, I present the concept of lifeworld that remains consistent throughout Husserl's works; then, I present its cover-up derived from the mathematization of nature and the break with the telos, which originated the crisis of european humanity. Second, more layers of cover-up of the lifeworld overlap with the 3rd and 4th IRs. In more detail, the cover-up and detachment from the lifeworld caused by the use of AI and its negative effects, individually and collectively. Third, the Husserlian proposal of return to the lifeworld through a radical epoché. I conclude that the solution proposed by Husserl to the crisis is still actual and urgent. (shrink)

O autor da coletânea de ensaios, Andrew Feenberg, nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, em 1943. Filho de um proeminente físico teórico esteve desde muito cedo em contato com a ciência, com cientistas e com os aparatos técnicos por eles utilizados. Os seus interesses nas áreas de humanidades levaram-no a trilhar a formação em filosofia. Graduou-se na Universidade de John Hopkins em 1965, obteve o título de mestre em 1967 na Universidade da Califórnia em San Diego. Mudou-se para a (...) França nos anos seguintes, que, segundo ele mesmo, foi um período que marcou para sempre sua vida e a sua compreensão do fenômeno técnico e da ligação entre tecnologia e sociedade. Feenberg volta aos Estados Unidos e obtém o título de doutor em 1973, sob orientação de Herbert Marcuse, um dos grandes nomes da nova esquerda até então e um dos grandes pensadores do Século XX. Feenberg trabalhou como professor na Universidade Estadual de San Diego de 1969 a 2003. Em seguida mudouse para Vancouver, Canadá, assumindo a posição de professor na Universidade Simon Fraser e a cátedra em filosofia da tecnologia, posição que ocupa até hoje. A interação de Feenberg com o público de língua portuguesa tem se dado por meio da participação dele, dentre outras coisas, em eventos realizados no Brasil, como no “Fórum Social Mundial”, a “Conferência Internacional da Rede de Tecnologia Social” e o “Colóquio sobre a filosofia da tecnologia de Andrew Feenberg: democracia, racionalidade e invenção”. (shrink)

A Inteligência Artificial (AI) é a mais nova hype tecnológica. Embora envolva grande diversidade de tecnologias, uma imagem genérica, superpoderosa, fortemente negativa e, no limite, distópica da IA tem sido disseminada, especialmente por obras de ficção científica. Recentemente, sobretudo após o lançamento do ChatGPT, houve uma explosão de publicações jornalísticas e acadêmicas, que, em parte, reforçam esse imaginário. Nas abordagens acadêmicas, os riscos seguem em destaque e, inclusive, cenários apocalípticos relacionados à AI são levados em consideração. A preocupação ética, (...) então, assume um sentido eminentemente negativo e os possíveis benefícios das AIs, muito mais realistas, são subfocalizados. Neste artigo, destacamos a importância de ir além da hype, desenvolvendo abordagens multi/interdisciplinares, delimitadas, realistas e ponderadas. Recorrendo à inteligência coletiva expressa na interação entre pesquisadores de três áreas (ciência da computação, linguística e filosofia), abordamos uma ferramenta de tradução automática (Machine Translation) gratuita: Google Translate. Nosso objetivo é mostrar que abordagens bem delimitadas, multidisciplinares, tecnicamente respaldadas e que não adotem o discurso sensacionalista nos conduzem a reflexões epistemicamente mais consistentes e crítico-normativas mais ponderadas, o que seria fundamental para o avanço do debate sobre AI. (shrink)

Este artigo é resultado da pesquisa que teve como objetivo estudar as percepções dos professores de física na cidade de Vilhena-RO sobre suas necessidades de formação contínua em tecnologias digitais no ensino. O problema de pesquisa consiste em saber quais as percepções dos professores de física, da rede estadual de Rondônia, que atuam na cidade de Vilhena-RO, sobre as necessidades de formação contínua em relação ao uso de recursos de tecnologias digitais salas de aula? Tratou-se de um levantamento (...) com aplicação de questionário a amostra de 13 professores via Survey Monkey e para a análise de dados foi utilizado análise estatística básica: análise da frequência. Os resultados evidencias necessidades formativas percebidas pelos docentes que apontam para formação contínua em RTD. Os professores percebem suas limitações para uso desses recursos em sala de aula e necessidade de suprir tais carências formativas advindas, também, da formação inicial. Ao mesmo tempo que reconhecem a urgência de buscar novas qualificações focadas na melhoria do ensino e aprendizagem de Física. (shrink)

La propuesta de Jullien se caracteriza por poner de relieve análisis sobre la existencia cotidiana que la tradición filosófica había tomado por demasiado contingentes y, por lo mismo, había dejado al tratamiento del arte, la poesía y la literatura. En este sentido, el filósofo ha tenido como una de sus líneas de trabajo la temática del encuentro y la intimidad entre sujetos. El objetivo de esta investigación es buscar si la noción de "encuentro" tiene consecuencias metafísicas y no sólo antropológicas (...) en su doctrina. Y, viceversa, indagaremos si, según Jullien, la disposición o no al encuentro y el ingreso del otro a la existencia depende de determinadas posiciones metafísicas previas. (shrink)

This comprehensive account of the concept and practices of deduction is the first to bring together perspectives from philosophy, history, psychology and cognitive science, and mathematical practice. Catarina Dutilh Novaes draws on all of these perspectives to argue for an overarching conceptualization of deduction as a dialogical practice: deduction has dialogical roots, and these dialogical roots are still largely present both in theories and in practices of deduction. Dutilh Novaes' account also highlights the deeply human and in fact social nature (...) of deduction, as embedded in actual human practices; as such, it presents a highly innovative account of deduction. The book will be of interest to a wide range of readers, from advanced students to senior scholars, and from philosophers to mathematicians and cognitive scientists. (shrink)

Formal languages are widely regarded as being above all mathematical objects and as producing a greater level of precision and technical complexity in logical investigations because of this. Yet defining formal languages exclusively in this way offers only a partial and limited explanation of the impact which their use actually has. In this book, Catarina Dutilh Novaes adopts a much wider conception of formal languages so as to investigate more broadly what exactly is going on when theorists put these tools (...) to use. She looks at the history and philosophy of formal languages and focuses on the cognitive impact of formal languages on human reasoning, drawing on their historical development, psychology, cognitive science and philosophy. Her wide-ranging study will be valuable for both students and researchers in philosophy, logic, psychology and cognitive and computer science. (shrink)

In [Dutilh Novaes, Medieval-obligations as logical Games of Consistency maintenance, synthese, (2004)], I proposed a reconstruction of Walter Burley’s theory of obligationes, based on the idea that Burley’s theory of obligationes could be seen as a logical game of consistency maintenance. In the present paper, I intend to test the game hypothesis on another important theory of obligationes, namely Roger Swyneshed’s theory. In his treatise on obligationes [edited by P.V. Spade, cf. Spade History and philosophy of Logic 3(1982) 1-32], Swyneshed (...) introduced significant modifications to the general framework of obligationes. To compare the two theories, I apply the same formal apparatus used in the previous paper. It will become patent that Swyneshed’s theory is considerably different from Burley’s, among other reasons because the dynamic aspects that play a major role in the latter are simply not present in the former. My conclusion is that Swyneshed’s version of obligationes is not directed towards consistency maintenance, but rather towards inference recognition, and that it is, from a game-theoretical perspective, less interesting a theory than Burley’s. (shrink)

This book presents novel formalizations of three of the most important medieval logical theories: supposition, consequence and obligations. In an additional fourth part, an in-depth analysis of the concept of formalization is presented - a crucial concept in the current logical panorama, which as such receives surprisingly little attention.Although formalizations of medieval logical theories have been proposed earlier in the literature, the formalizations presented here are all based on innovative vantage points: supposition theories as algorithmic hermeneutics, theories of consequence analyzed (...) with tools borrowed from model-theory and two-dimensional semantics, and obligations as logical games. For this reason, this is perhaps the first time that these medieval logical theories are made fully accessible to the modern philosopher and logician who wishes to obtain a better grasp of them, but who has always been held back by the lack of appropriate ‘translations' into modern terms.Moreover, the book offers a reflection on the very nature of logic, a reflection that is prompted by the comparisons between medieval and modern logic, their similarities and dissimilarities. It is thus a contribution not only to the history of logic, but also to the philosophy of logic, the philosophy of language and semantics.The analysis of medieval logic is also relevant for the modern philosopher and logician in that, being the unifying methodology used across all disciplines at that time, logic really provided unity to science. It thus presents a unified model of scientific investigation, where logic plays the aggregating role. (shrink)

In [Dutilh Novaes, Medieval-obligations as logical Games of Consistency maintenance, synthese, (2004)], I proposed a reconstruction of Walter Burley’s theory of obligationes, based on the idea that Burley’s theory of obligationes could be seen as a logical game of consistency maintenance. In the present paper, I intend to test the game hypothesis on another important theory of obligationes, namely Roger Swyneshed’s theory. In his treatise on obligationes [edited by P.V. Spade, cf. Spade History and philosophy of Logic 3(1982) 1-32], Swyneshed (...) introduced significant modifications to the general framework of obligationes. To compare the two theories, I apply the same formal apparatus used in the previous paper. It will become patent that Swyneshed’s theory is considerably different from Burley’s, among other reasons because the dynamic aspects that play a major role in the latter are simply not present in the former. My conclusion is that Swyneshed’s version of obligationes is not directed towards consistency maintenance, but rather towards inference recognition, and that it is, from a game-theoretical perspective, less interesting a theory than Burley’s. (shrink)

A escola de ensino de tempo integral tem assumido paulatinamente o lugar de referência para um novo modelo de educação pública nacional. Ancorada no desenvolvimento de competências, habilidades, conhecimentos específicos, atitudes e qualidades pessoais, elementos constitutivos do capital humano, ela tem fornecido aos estudantes uma formação cuja centralidade está no Projeto de Vida e na empresa si mesmo, a fim de responder as demandas de economias virtualizadas, que por sua vez, estão baseadas na competitividade e concorrência, condicionadas pelo forte processo (...) de financeirização do neoliberalismo. Partindo da análise de leis e documentos oficiais este artigo buscou conhecer e problematizar a operacionalização de novos dispositivos pela racionalidade neoliberal na formação de subjetividades no modelo de política pública educacional implantado em Pernambuco através Programa de Educação Integral (PEI) nas Escolas de Referência em ensino médio (EREMs), avaliando sua contribuição para formação de capital humano instrumentalizado pela lógica concorrencial e mão de obra precarizada. Utilizando-se dos conceitos da racionalidade neoliberal de Pierre Dardot e Christian Laval e de biopolítica de Michel Foucault, constatou-se que a implementação e execução do PEI operou uma ressignificação do Ensino Médio com o objetivo de formação de uma subjetividade específica, adaptada a flexibilidade produtiva da economia do conhecimento. Compreendeu-se que o Programa de Educação Integral produz uma escola utilitarista por essência, moldada conforme as diretrizes de padronização de sistemas de ensinos para países emergentes, determinadas por organizações internacionais como OCDE e Banco Mundial, atendendo a ordem global que diferencia países ricos e pobres. Conclui-se que apesar do discurso de inovação e modernidade o novo modelo de escola pública de ensino médio de tempo integral é um dispositivo biopolítico para forjar subjetividades dóceis. Ela é uma tecnologia de controle da governamentalidade neoliberal para formação de um capital humano precarizado e cidadanias fragilizadas. (shrink)

A distinction often drawn is one between conservative versus revisionary conceptions of philosophical analysis with respect to commonsensical beliefs and intuitions. This paper offers a comparative investigation of two revisionary methods: Carnapian explication and ameliorative analysis as developed by S. Haslanger. It is argued that they have a number of common features, and in particular that they share a crucial political dimension: they both have the potential to serve as instrument for social reform. Indeed, they may produce improved versions of (...) key concepts of everyday life, for example those pertaining to social categories such as gender and race, which in turn may lead to social change. The systematic comparison of these two frameworks offered here, where similarities as well as differences are discussed, is likely to provide useful guidance to practitioners of both approaches, as it will highlight important aspects of each of them that tend to remain implicit and under-theorized in existing applications of these methodologies to specific questions. (shrink)

This article is part of an initial exploration of concepts as part of my plan for post-doctoral research. Aims to contribute to a better understanding of phenomena of the technologies of communication and perception, focusing particularly on the screens in situations of social-networking. More precisely, to know these new processes that have the support the new media in their additive effects related to perception. A work that relies on the collaboration of an informal network of researchers around the concept of (...) screen-image, which includes members of the Center for Research of Communication and Society from University of Minho and the University of Lusophone (Lisbon). (shrink)

Explication is the conceptual cornerstone of Carnap’s approach to the methodology of scientific analysis. From a philosophical point of view, it gives rise to a number of questions that need to be addressed, but which do not seem to have been fully addressed by Carnap himself. This paper reconsiders Carnapian explication by comparing it to a different approach: the ‘formalisms as cognitive tools’ conception. The comparison allows us to discuss a number of aspects of the Carnapian methodology, as well as (...) issues pertaining to formalization in general. We start by introducing Carnap’s conception of explication, arguing that there is a tension between his proposed criteria of fruitfulness and similarity; we also argue that his further desideratum of exactness is less crucial than might appear at first. We then bring in the general idea of formalisms as cognitive tools, mainly by discussing the reliability of so-called statistical prediction rules, i.e. simple algorithms used to make predictions across a range of areas. SPRs allow for a concrete instantiation of Carnap’s fruitfulness desideratum, which is arguably the most important desideratum for him. Finally, we elaborate on what we call the ‘paradox of adequate formalization’, which for the Carnapian corresponds to the tension between similarity and fruitfulness. We conclude by noting that formalization is an inherently paradoxical enterprise in general, but one worth engaging in given the ‘cognitive boost’ it affords as a tool for discovery. (shrink)

What does it mean to say that logic is formal? The short answer is: it means (or can mean) several different things. In this paper, I argue that there are (at least) eight main variations of the notion of the formal that are relevant for current discussions in philosophy and logic, and that they are structured in two main clusters, namely the formal as pertaining to forms, and the formal as pertaining to rules. To the first cluster belong the formal (...) as schematic; the formal as indifference to particulars; the formal as topic-neutrality; the formal as abstraction from intentional content; the formal as de-semantification. To the second cluster belong the formal as computable; the formal as pertaining to regulative rules; the formal as pertaining to constitutive rules. I analyze each of these eight variations, providing their historical background and raising related philosophical questions. The significance of this work of ?conceptual archeology? is that it may enhance clarity in debates where the notion of the formal plays a prominent role (such as debates where it is expected to play a demarcating role), but where it is oftentimes used equivocally and/or imprecisely. (shrink)

This volume, the first dedicated and comprehensive companion to medieval logic, covers both the Latin and the Arabic traditions, and shows that they were in fact sister traditions, which both arose against the background of a Hellenistic heritage and which influenced one another over the centuries. A series of chapters by both established and younger scholars covers the whole period including early and late developments, and offers new insights into this extremely rich period in the history of logic. The volume (...) is divided into two parts, 'Periods and Traditions' and 'Themes', allowing readers to engage with the subject from both historical and more systematic perspectives. It will be a must-read for students and scholars of medieval philosophy, the history of logic, and the history of ideas. (shrink)

Este artigo discute as transformações na indústria fonográfica desde os anos 90 provocadas pelo formato mp3, que, em uma primeira abordagem, é apontado como responsável pelo encolhimento da venda de discos e por promover a pirataria fonográfica em escala mundial. Neste recorte, conceitos como autoria, direito autoral e outros tem de ser repensados à luz desta tecnologia ao mesmo tempo em que se discute seu potencial criativo e sua capacidade de democratizar a produção sonora.

Argumentation is important for sharing knowledge and information. Given that the receiver of an argument purportedly engages first and foremost with its content, one might expect trust to play a negligible epistemic role, as opposed to its crucial role in testimony. I argue on the contrary that trust plays a fundamental role in argumentative engagement. I present a realistic social epistemological account of argumentation inspired by social exchange theory. Here, argumentation is a form of epistemic exchange. I illustrate my argument (...) with two real-life examples: vaccination hesitancy, and the undermining of the credibility of traditional sources of information by authoritarian politicians. (shrink)

Can arguments change minds? Philosophers like to think that they can. However, a wealth of empirical evidence suggests that arguments are not very efficient tools to change minds. What to make of the different assessments of the mind-changing potential of arguments? To address this issue, we must take into account the broader contexts in which arguments occur, in particular the propagation of messages across networks of attention, and the choices that epistemic agents must make between alternative potential sources of content (...) and information, which are very much influenced by perceptions of reliability and trustworthiness. Arguments can change minds, but only under conducive, favourable socio-epistemic conditions. (shrink)

The paper investigates the propriety of applying the form versus matter distinction to arguments and to logic in general. Its main point is that many of the currently pervasive views on form and matter with respect to logic rest on several substantive and even contentious assumptions which are nevertheless uncritically accepted. Indeed, many of the issues raised by the application of this distinction to arguments seem to be related to a questionable combination of different presuppositions and expectations; this holds in (...) particular of the vexed issue of demarcating the class of logical constants. I begin with a characterization of currently widespread views on form and matter in logic, which I refer to as 'logical hylomorphism as we know it'—LHAWKI, for short—and argue that the hylomorphism underlying LHAWKI is mereological. Next, I sketch an overview of the historical developments leading from Aristotelian, non-mereological metaphysical hylomorphism to mereological logical hylomorphism (LHAWKI). I conclude with a reassessment of the prospects for the combination of hylomorphism and logic, arguing in particular that LHAWKI is not the only and certainly not the most suitable version of logical hylomorphism. In particular, this implies that the project of demarcating the class of logical constants as a means to define the scope and nature of logic rests on highly problematic assumptions. (shrink)