A partir da fenomenologia de Merleau-Ponty podemos perceber que o ponto de vista da corporeidade se relaciona diretamente com o desafio da educação, o corpo não é tomado como um objeto no espaço e no tempo, ou então em movimento, definido exclusivamente como um conjunto de partes. A relação entre filosofia e arte se faz fundamental para pensar a formação humana e a educação nos termos que estamos pesquisando aqui, pois trata-se da própria fundamentação do conhecimento, a partir (...) de uma atitude de experiência perceptiva com o mundo no qual estamos inseridos. Com isso, neste artigo demonstraremos que a arte se aproxima da filosofia e da educação, pois é impossível filosofar renegando a condição humana, posto que essa ação pretende desvelar o sentido original do ser. Portanto, ao invés de negá-la, é necessário assumi-la. Ao final, debruçados nas pesquisas de Merleau-Ponty, poderemos compreender a árdua tarefa que é defrontar o mistério da sensibilidade na esfera da educação, admitir a arte enquanto tarefa infinita e a filosofia como uma reflexão inacabada, além de identificar as ambiguidades e contradições que permeiam nossas vidas. (shrink)

O presente artigo explora a filosofia de Merleau-Ponty, particularmente a ontologia do sensível e da percepção em busca de novos caminhos para a educação. Apresentando uma problemática geral sobre a questão da infância, o texto procura alternativas para pensar um processo educacional que seja mais adequado à natureza, tanto da infância quanto da própria educação no sentido que ela adquire para os filósofos. Partindo da dicotomia tradicional do ocidente, entre corpo e espírito, matéria e forma, existência e essência, (...) e considerando as teorias contemporâneas e a fenomenologia, não unicamente a de Merleau-Ponty, o texto percorre diversas veredas teóricas, propícias a uma compreensão mais aguçada da relação entre nossa presença ao mundo e as nossas capacidades intelectuais. Como mostra a ontologia merleau-pontiana, não há separação que possa servir de base a teorias pedagógicas que busquem atingir a autonomia do pensamento e a capacidade de compreensão do outro. Assim, as questões levantadas são de ordem ética ao mesmo tempo que ontológica. As crianças, pela vivencia na escola, adquirem mais que conhecimentos objetivos sobre o mundo. Elas aprendem também a viver juntas, e a maneira como compreendemos o mundo influencia a maneira como elas vão compreender suas relações sociais, pessoais, profissionais. Uma teoria que abranja de forma mais completa a existência e a essência, por suposto, poderia nos ajudar a encontrar apoios mais sólidos para as nossas práticas educacionais. (shrink)

Este ensaio estabelece uma comparação estética e fenomenológica entre os pensamentos de Yves-Klein e Merleau-Ponty. Se o pintor materializou as suas reflexões e concepções em obra pictórica, o fenomenólogo francês dissertou na escrita filosófica o resultado da sua reflexão. Da análise conjunta entre um e outro resulta esta fenomenologia e estética comparativa que apresenta alguns conceitos fundamentais que alimentaram essas reflexões, tais como a visibilidade, o corpo, o mundo. Assim, para além dessa comparação, este ensaio viabiliza o diálogo (...) entre ambos.Palavras-chave: Corpo. Mundo. Visibilidade. Merleau-Ponty. Yves Klein Abstract:This essay establishes an aesthetic and phenomenological comparison between the thoughts of Yves-Klein and Merleau-Ponty. If the painter materialized his reflections and concepts in pictorial work, the French phenomenologist disserted in the philosophical writing the result of his reflection. From the joint analysis between one and the other, this phenomenology and comparative aesthetics results, which presents some fundamental concepts that fed these reflections such as visibility, the body, the world. Thus, in addition to this comparison, this essay enables the dialogue between both.Keywords: Body. World. Visibility. Merleau-Ponty. Yves Klein. (shrink)

O ponto de partida do presente ensaio é o entendimento de que a arte constitui um dos motivos catalisadores, se não mesmo um dos temas maiores da reflexão de Maurice Merleau-Ponty. Na interpretação do autor, o filósofo da percepção, aquele que, de todos os pensadores contemporâneos, conferiu ao corpo po um estatuto que a reflexão do século XX ainda não lhe concedera, chegou à arte por necessidade intrínseca do seu próprio caminho especulativo, vindo a reflexão sobre a expressão (...) artística a dar um contributo essencial para a constituição do seu próprio pensamento, contributo esse que se vai adensando, desde a Fenomenologia da Percepção até O Visível e o Invisível e O Olho e o Espírito, a ponto de poder dizer-se que na arte, particularmente na arte moderna, encontrou Merleau-Ponty uma filosofia à l'oeuvre, apesar da ausência do conceito, a que é, de facto, alheia a expressão artística. José Bettencourt da Câmara é professor no Departamento de Artes da Universidade de Évora.. In Editorial. (shrink)

“Flesh” and “Figure” in Merleau-Ponty and DeleuzeGilles Deleuze points out, in his work on Francis Bacon, that “the phenomenological hypothesis is perhaps insufficient because it invokes only the lived body. But the lived body is still very little in relation to a more profound and almost unlivable Power.” The present study fi rst seeks to specify what is this intensive Power of a life carried out at the limit of the unlivable. This leads to an analysis of Deleuze’s (...) notion of Figure. Thus, we come back to the explicitly anti-phenomenological position of Deleuze, in other words, to his will, which he constantly reaffirms, to liberate philosophy – by following the path opened by Bergson – from the ruinous presupposition of a merely human measure of appearing, which would still be the presupposition of phenomenology. In particular, we are asking ourselves if Merleau-Ponty’s notions of “being in depth” and of “pregnancy” do not escape from Deleuze’s critique, and if it is also substantiated that Deleuze was able to assert that phenomenology “erects as a norm ‘natural perception’ and its conditions.” It is the confrontation of Deleuze and Merleau-Ponty’s theses on art and the world, which finally allows us to put forward an answer.“Carne” e “Figura” in Merleau-Ponty e DeleuzeGilles Deleuze fa notare, nella sua opera su Francis Bacon, che «l’ipotesi fenomenologica è forse insufficiente, in quanto si rifà solamente al corpo vissuto.Ma il corpo vissuto è ancora poca cosa rispetto ad una Potenza più profonda e quasi invivibile». Il saggio presente cerca innanzitutto di precisare che cosa sia questa Potenza intensiva di una vita portata al limite dell’invivibile. Questo condurrà in un secondo momento ad un’analisi della nozione deleuziana di Figura.Il saggio ritorna quindi sulla posizione esplicitamente anti-fenomenologica di Deleuze, in altri termini sulla sua volontà, incessantemente riaffermata, di liberarela fi losofi a, nel solco di Bergson, dal pericolo di una misura semplicemente umana dell’apparire, premessa che a suo giudizio starebbe ancora al fondo del progetto della fenomenologia. Ci chiederemo, in particolare, se le nozioni merleau-pontiane di “essere della profondità” e di “pregnanza” non sfuggano alla critica di Deleuze, al di là del fatto quest’ultimo abbia affermato che la fenomenologia “erige a norma la ‘percezione naturale’ e le sue condizioni”. È il confronto tra le tesi di Deleuze e di Merleau-Ponty sull’arte ed il mondo che permetterà, in ultima analisi, di avanzare una risposta a questo insieme di interrogativi. (shrink)

“Flesh” and “Figure” in Merleau-Ponty and DeleuzeGilles Deleuze points out, in his work on Francis Bacon, that “the phenomenological hypothesis is perhaps insufficient because it invokes only the lived body. But the lived body is still very little in relation to a more profound and almost unlivable Power.” The present study fi rst seeks to specify what is this intensive Power of a life carried out at the limit of the unlivable. This leads to an analysis of Deleuze’s (...) notion of Figure. Thus, we come back to the explicitly anti-phenomenological position of Deleuze, in other words, to his will, which he constantly reaffirms, to liberate philosophy – by following the path opened by Bergson – from the ruinous presupposition of a merely human measure of appearing, which would still be the presupposition of phenomenology. In particular, we are asking ourselves if Merleau-Ponty’s notions of “being in depth” and of “pregnancy” do not escape from Deleuze’s critique, and if it is also substantiated that Deleuze was able to assert that phenomenology “erects as a norm ‘natural perception’ and its conditions.” It is the confrontation of Deleuze and Merleau-Ponty’s theses on art and the world, which finally allows us to put forward an answer.“Carne” e “Figura” in Merleau-Ponty e DeleuzeGilles Deleuze fa notare, nella sua opera su Francis Bacon, che «l’ipotesi fenomenologica è forse insufficiente, in quanto si rifà solamente al corpo vissuto.Ma il corpo vissuto è ancora poca cosa rispetto ad una Potenza più profonda e quasi invivibile». Il saggio presente cerca innanzitutto di precisare che cosa sia questa Potenza intensiva di una vita portata al limite dell’invivibile. Questo condurrà in un secondo momento ad un’analisi della nozione deleuziana di Figura.Il saggio ritorna quindi sulla posizione esplicitamente anti-fenomenologica di Deleuze, in altri termini sulla sua volontà, incessantemente riaffermata, di liberarela fi losofi a, nel solco di Bergson, dal pericolo di una misura semplicemente umana dell’apparire, premessa che a suo giudizio starebbe ancora al fondo del progetto della fenomenologia. Ci chiederemo, in particolare, se le nozioni merleau-pontiane di “essere della profondità” e di “pregnanza” non sfuggano alla critica di Deleuze, al di là del fatto quest’ultimo abbia affermato che la fenomenologia “erige a norma la ‘percezione naturale’ e le sue condizioni”. È il confronto tra le tesi di Deleuze e di Merleau-Ponty sull’arte ed il mondo che permetterà, in ultima analisi, di avanzare una risposta a questo insieme di interrogativi. (shrink)

Dos estudos que Maurice Merleau-Ponty dedica à noção de corpo, este artigo versa sobre os modos como a questão da sexualidade pode ser compreendida. Com efeito, dentro desta perspectiva, o corpo não se confunde com aquilo que se pode pensar dela a partir de uma perspectiva tanto objetivista quanto subjetivista, mas diz respeito à nossa forma ampla de inserção no mundo da vida. Na junção entre natureza e liberdade, o corpo não é da ordem do “eu penso”, mas (...) do “eu posso” – é potência exploratória. Assim, ser corpo é estar amarrado a certo mundo; é só por ele que o ser vai ao mundo. Todavia, se assim o for, o mesmo só pode ser compreendido a partir da relação que mantem com outras realidades sensíveis, para além de uma experiência para mim. Deste modo, será, pois, preciso passar a considerar a afetividade e a sexualidade como partes constituintes do nosso trato com o mundo. Enquanto modo de ser que evidencia nossa relação com as coisas, sem apresentar-se, contudo, independente da infraestrutura existencial humana, revisitaremos, portanto, O Corpo como Ser Sexuado presente na Fenomenologia da Percepção e veremos como este a) nos abre para o outro, b) revela o nosso estilo de ser e c) nos mostra a promiscuidade entre existência e vida sexual. (shrink)

Dans ce travail, nous tentons de démontrer que l’interrogation merleau-pontienne sur l’art s’ordonne selon trois mouvements spéculatifs distincts et successifs. Dans les années quarante, l’élaboration d’une phénoménologie de la perception conduit Merleau-Ponty à aborder l’art à partir de l’oeuvre d’art et du sujet percevant qui la reçoit, c’est-à-dire du spectateur. Au début des années cinquante, cette phénoménologie de l’oeuvre d’art et de la perception esthétique fait place à une philosophie de l’expression. Le point de départ du questionnement (...) artistique change : il est, non plus le sens exprimé, mais l’acte expressif ou créateur. La signification de l’oeuvre d’art se voit dès lors ressaisie à partir du sens d’être de l’artiste : l’oeuvre est une réponse aux manques perceptifs de l’artiste. À la fin des années cinquante, le cheminement merleau-pontien connaît un tournant ontologique. Merleau-Ponty en vient à régresser en-deçà de l’artiste, vers l’Être même, lequel s’impose finalement comme le créateur véritable. La dernière philosophie de l’art merleau-pontienne prend dès lors les allures d’une traditionnelle philosophie de l’inspiration.In this work, we undertake to demonstrate that the merleau-pontian inquiry into art orders itself according to three distinct and successive speculative movements. In the 1940s, the elaboration of a phenomenology of perception led Merleau-Ponty to approach art starting from the work of art and the perceiving subject who receives it, the spectator. From the beginning of the 1950s, this phenomenology of the work of art and aesthetic perception gave way to a philosophy of expression. The point of departure for artistic questioning changes: it is no longer the meaning expressed, but the expressive or creative act. The signification of the work of art sees itself from this moment understood starting from the meaning of being for the artist: the work is a response to perceptive omissions of the artist. At the end of the 1950s, the merleau-pontian progress of thought experiences an ontological turning. Merleau-Ponty wants to regress below the artist, toward Being itself, which imposes itself finally as the true creator. The last merleau-pontian philosophy of art takes from this moment the aspects of a traditional philosophy of inspiration.In questo lavoro cerchiamo di mostrare come l’interrogazione merleau-pontiana attorno all’arte si dispieghi secondo tre movimenti speculativi distinti e successivi. Negli anni Quaranta l’elaborazione di una fenomenologia della percezione porta Merleau-Ponty a esaminare l’arte a partire dall’opera e dal soggetto percipiente che la fruisce, ossia dallo spettatore. All’inizio degli anni Cinquanta, tale fenomenologia dell’opera d’arte e della percezione estetica cede il passo a una filosofia dell’espressione. Il punto di partenza dell’interrogazione artistica cambia: non è più il senso espresso, ma l’atto espressivo o creativo. Il significato dell’opera d’arte è quindi ricompreso a partire dal senso d’essere dell’artista: l’opera è una risposta alle lacune percettive dell’artista. Alla fine degli anni Cinquanta assistiamo a una svolta ontologica nell’itinerario merleau-pontiano. La ricerca di Merleau-Ponty ci conduce al di qua dell’artista, verso l’Essere stesso, che s’impone infine come l’autentico creatore. L’ultima filosofia dell’arte merleau-pontiana assume i contorni di una tradizionale filosofia dell’ispirazione. (shrink)

Dos estudos que Merleau-Ponty dedica à noção de corpo, este projeto versará sobre os modos como a relação entre sexualidade e existência pode ser compreendida à luz de uma reinterpretação ontológica e fenomenológica da psicanálise freudiana. Com efeito, a partir de Três Ensaios sobre e Teoria da Sexualidade, veremos, num primeiro instante, como os atos humanos não são determinados apenas por um inconsciente falho e involuntário; dado que as produções do inconsciente do outro influem sobre as fontes do (...) inconsciente subjetivo (e vice-versa), em Freud o teor destes atos possuiriam antes uma significação pulsional de ordem sexual e conflitiva que se estenderia da infância (onde é predominantemente polimorfa, perversa e autoerótica) à vida adulta (onde coloca-se à serviço da função reprodutora, sob o primado da zona genital) e que, objetiva e causal, deveria ser medida e direcionada para mantermos, em termos de economia libidinal, o controle de nossa vida sexual frente a ordem social. No entanto, haveria, aí, algo censurável, pois, se o analista – ao refletir sobre sua pratica – serve-se de uma teoria formulada em terceira pessoa e se distancia do discurso produzido em primeira pessoa pelo consulente, a sexualidade seria antes uma força biológica que, distante, determinaria as ações humanas. Assim, se desejamos devolver a vida mental ao mundo da vida sem, contudo, perder o aspecto essencialmente sexual de nossos desejos e paixões, será em Maurice Merleau-Ponty onde estes atos não serão mais objetos de contemplação, e sim vivências que, em carne e osso, expressam a maneira pela qual co-pertencemos a um mundo inter-humano. Para este, o corpo – nem puramente objetivista, nem puramente subjetivista – remete à nossa forma ampla de inserção no mundo da vida: na junção entre natureza e liberdade, é potência exploratória e é por ele que o ser vai ao mundo. E se assim o for, a partir de obras como A Estrututra do Comportamento, Fenomenologia da Percepção, O Visível e o Invisível, etc., o mesmo só pode ser compreendido a partir da relação que mantem com outras realidades sensíveis, para além de uma experiência para mim. Será preciso, portanto, considerar a afetividade e a sexualidade como modos de ser que evidenciam nossa relação com as coisas (partes constituintes do nosso trato com o mundo), sem apresentar-se independente da infraestrutura existencial humana. Partindo da própria estrutura psicanalítica, a obra de Merleau-Ponty revelará, na sexualidade, uma atmosfera que não é nem transcendência da vida humana, nem imagem de representações conscientes ou inconscientes, mas coextensiva à vida. Evitando certos pressupostos segundo os quais a sexualidade – seguindo uma causalidade própria – determinaria as demais esferas da vida, veremos que grande parte dos problemas descritos pela psicanalise não remetem necessariamente à uma estrutura sexual, mas estão antes ligados à atitude geral de ser no mundo, que envolve sempre o campo sexual. Posta de bases fenomenológicas, veremos, portanto, que a reinterpretação de Merleau-Ponty acerca da sexualidade não apenas devolve o ser a sua vivência de mundo, como dissolve a ideia de uma identidade estática e objetiva, pois esta, sendo corpo no mundo em relação com a alteridade, será sempre implícita e misteriosa. (shrink)

O artigo investiga a noção de corporeidade apresentada por Merleau-Ponty em O olho e o espírito. Na crítica aos modelos filosóficos constituídos pela filosofia reflexivas e seu modo de compreensão do corpo, Merleau-Ponty evidencia, ao longo de O olho e o espírito, a reflexividade corporal a partir da noção de estesiologia e suas consequências filosóficas. Enfatiza, no contexto de sua nova ontologia, o enigma do corpo e o delírio da visão, a partir da duplicidade do sentir. (...) Aproximando-se da arte e do gesto do pintor, o filósofo compreende o corpo no quiasma sensível e senciente e a visão como interrogação das coisas sensíveis do mundo. (shrink)

El artículo comienza con una breve referencia a la introducción de la fenomenología de Merleau-Ponty en la Argentina. Se consideran primero las contribuciones de Luis M. Ravagnan y Carlos L. Ceriotto para pasar luego a un examen de las referencias efectuadas por Luis Juan Guerrero en su _Estética_. En relación con la estética de las manifestaciones artísticas se pone énfasis en la noción merleau-pontyana de lenguaje indirecto y en la significación de las voces del silencio. En lo (...) que concierne a la estética de las potencias artísticas se pone el acento en la experiencia no-objetiva de convivencia en la comprensión mutua, a fin de dar cuenta de la respuesta del artista al llamado de la tradición cultural y de la respuesta del espectador al llamado de la obra de arte. Finalmente, respecto del problema de las tareas artísticas, la atención se focaliza en el análisis que Guerrero, nuevamente siguiendo a Merleau-Ponty, ofrece sobre las fiestas cuyo rasgo distintivo es ser el gran juego de pueblos históricos y el lugar originario de reunión de todas sus tareas artísticas. (shrink)

Merleau-Ponty characterizes the poetic or literary use of language as bringing forth of sense as if it is a being that is an interlocutor with its readers. Sense will be explored as interwoven with a deeper imagination that works within the temporality of institution to become more fully manifest. Throughout the essay will be seen the overlap with Claudel’s ontology as expressed in L’Art poetique and Claudel’s approach to language. Why Merleau-Ponty’s articulation of embodiment and perception (...) must culminate in the poetic expression of the flesh ontology will be seen in: 1) how the phenomenology of sense leads to the flesh ontology as closely tied to the literary dimension of language, 2) that the analysis of sense leads to the vital importance of the physiognomic or vertical imagination as opening the latent depths of perception by its expression within poetic language, and also tracing the link between metaphor and the flesh ontology, and that 3) the expression of the latent sense of perception as the interplay of lateral relations as access to Being is the reversibility of the flesh, also articulated by Claudel as co-naissance, and calls for an “interrogative knowing,” a “question-savior.” The articulation of the texture of Being is an overlapping endeavor with Claudel as the poetic articulation of a stream of sense below our reflective life.Merleau-Ponty caractérise l’usage poétique ou littéraire du langage, en tant que producteur de sens, comme s’il s’agissait d’un être qui est un interlocuteur pour ses lecteurs. Le sens sera exploré comme entrelacé à une imagination plus profonde qui opère dans la temporalité de l’institution pour devenir pleinement manifeste. Dans cet article nous étudierons l’empiètement avec l’ontologie de Claudel telle qu’elle est exprimée dans l’Art poétique et avec l’approche de Claudel au langage. Les raisons pour lesquelles l’articulation merleau-pontienne de l’incorporation et de la perception doit aboutir à l’expression poétique de l’ontologie de la chair seront alors recherchées : 1) dans la manière dont la phénoménologie du sens conduit à une ontologie de la chair si étroitement liée à la dimension littéraire du langage ; 2) dans le fait que l’analyse du sens conduit à l’importance vitale d’une imagination physionomique ou verticale qui ouvrirait les profondeurs latentes de la perception par son expression dans le langage poétique, et aussi en traçant le lien entre la métaphore et l’ontologie de la chair, et 3) dans le fait que l’expression du sens latent de la perception, tout comme l’interaction des relations latérales et comme l’accès à l’Être, consiste dans la réversibilité de la chair, aussi décrite par Claudel comme co-naissance, et qui invite à une « connaissance interrogative », à une « question-savoir ». Ainsi, la tentative d’articuler la texture de l’Être s’entrecroise avec les réflexions de Claudel, comme l’articulation poétique d’un flux de sens au-dessous de nos vies réflexives.Merleau-Ponty caratterizza la poetica o l’uso letterario del linguaggio come portatore di senso, come se si trattasse di un essere che interloquisce con i suoi lettori. Il senso verrà esplorato come intrecciato con un’immaginazione più profonda che opera nella temporalità dell’istituzione per diventare pienamente manifesta. In questo articolo si esaminerà la sovrapposizione tra l’ontologia di Claudel, espressa nell’Arte poetica, e il suo approccio al linguaggio. Al fine di evidenziare i motivi che portano l’articolazione merleau-pontiana dell’essere incarnato e della percezione a culminare nell’espressione poetica dell’ontologia della carne si vedrà: 1) come la fenomenologia del senso conduca all’ontologia della carne in quanto strettamente legata alla dimensione letteraria del linguaggio ; 2) che le analisi del senso conducono all’importanza vitale della fisiognomica o dell’immaginazione verticale in quanto schiudenti le profondità nascoste della percezione, attraverso la sua espressione all’interno del linguaggio poetico e rintracciando, altresì, il legame tra la metafora e l’ontologia della carne; 3) che l’espressione del senso latente della percezione, sia come intreccio di relazioni laterali sia come accesso all’Essere, è la reversibilità della carne, che Claudel articola attraverso la nozione di co-naissance, ed esige un “sapere interrogativo”, un “sapere domandante”. Così il tentativo di articolare la trama dell’Essere si sovrappone all’articolazione poetica in Claudel di un flusso di senso che sottende la nostra vita riflessiva. (shrink)

Este artigo examina algumas aproximações e distanciamentos de Merleau-Ponty em relação à filosofia de Bergson, tendo em vista que Merleau-Ponty parece dividido quanto ao seu parecer sobre a concepção bergsoniana do tempo. Essa oscilação entre crítica e elogio é certamente visível na Fenomenologia da percepção, na qual Merleau-Ponty reconhece que Bergson teria dissolvido a questão do dualismo ao afirmar que “o corpo e o espírito se comunicam pela mediação do tempo”. Entretanto, Merleau-Ponty (...) vai denunciar outra espécie de dualismo bergsoniano, que pretende reencontrar a unidade na multiplicidade por meio do conceito de “multiplicidade de fusão”. Nesse sentido, a metáfora bergsoniana da “bola de neve” procura caracterizar a essência do tempo enquanto duração. (shrink)

Este ensaio analisa as objeções elaboradas por Merleau-Ponty ao que ele chama de “paradigma cartesiano de pensamento”, ou seja, a separação entre alma e corpo. Concentrando-nos nos dois primeiros capítulos da primeira parte da Fenomenologia da Percepção, trata-se de identificar, nas críticas dirigidas à fisiologia mecanicista e à psicologia subjetiva, como o filósofo delega ao corpo sensível um novo estatuto filosófico, colocando-o como principal veículo da existência, ao mesmo tempo em que redescobre a experiência pré-objetiva.

Hans-Georg GADAMER, Hermeneutische Entwürfe. Vorträge und Aufsätze ; Pascal MICHON, Poétique d’une anti-anthropologie: l’herméneutique deGadamer ; Robert J. DOSTAL, The Cambridge Companion to Gadamer ; Denis SERON, Le problème de la métaphysique. Recherches sur l’interprétation heideggerienne de Platon et d’Aristote ; Henry MALDINEY, Ouvrir le rien. L’art nu ; Dominique JANICAUD, Heidegger en France, I. Récit; II. Entretiens ; Maurice MERLEAU-PONTY, Fenomenologia percepţiei ; Trish GLAZEBROOK, Heidegger’s Philosophy of Science ; Richard WOLIN, Heidegger’s Children. Hannah Arendt, Karl Löwith, (...) Hans Jonas and Herbert Marcuse ; Ivo DEGENNARO, Logos – Heidegger liest Heraklit ; O. K. WIEGAND, R. J. DOSTAL, L. EMBREE, J. KOCKELMANS and J. N. MOHANTY, Phenomenology on Kant, German Idealism, Hermeneutics and Logic ; James FAULCONER and Mark WRATHALL, Appropriating Heidegger. (shrink)

Em O olho e o espírito, Maurice Merleau-Ponty dialoga com o Grande Racionalismo, principalmente, com Descartes, critica as pretensões ingênuas da ciência do começo do século XX, de reproduzir fenômenos em laboratório, e rende tributo à pintura, essa forma de expressar que mostra à filosofia seu próprio ponto de partida: o vivente no mundo, que conjuga os verbos “eu vejo” com o “eu posso”. Somos, ao mesmo tempo, vidente e visível e nos deslocamos, mesmo que com o olhar; (...) outrossim tocamos e somos tocados num entrelaçamento que forma o quiasma do sensível. E para construir sua ontologia, Merleau-Ponty discorda de todo ponto de vista de sobrevôo, que transforma as coisas em objetos a serem analisados por sujeitos, e valoriza a atividade do pintor que se funde com a pintura ao usar seu corpo para pintar, pois que fornece elementos para sua filosofia em que o vidente não se diferencia do visível, o sujeito do objeto, o eu do mundo. E nesse uso da pintura para expressar sua filosofia, Merleau-Ponty ganha como adepto Gilles Deleuze, crítico da fenomenologia, mas não desse mundo em fusão promovido por suas filosofias e pela pintura. (shrink)

Dans Folioplus philosophie, le texte philosophique, associé une oeuvre d'art qui l'éclaire et le questionne, est suivi d'un dossier organisé en six points :Les mots du texte : Corps, entrelacs (chiasme), chair ; L'œuvre dans l'histoire des idées ; La figure du philosophe ; Trois questions posées au texte : Y a-t-il une chair de l'image? L'accès à l'être implique-t-il la neutralisation du sensible? Y a-t-il une chair de l'histoire? ; Groupement de textes : L'écriture et l'image: l'existence, la mort (...) ; Prolongements. (shrink)

Merleau-Ponty, já ligado, em A fenomenologia da percepção, ao Lebenswelt do último Husserl e ao ser-no-mundo de Heidegger, procurará manter com a ontologia deste, em sua última e inacabada obra O visível e o invisível, mais estreita ligação, mormente em trono da questão da linguagem. Não obstante com a generalidade da noção de carne, aplicada à Natureza, e também ao corpo humano, enquanto fundante de novo Cogito, uma categoria que repele a antecedência do Dasein, sem o qual não (...) haverá mundo atual.Merleau-Ponty, already connected in The Phenomenology of Perception, to the Lebenswelt of the late Husserl and the Being - in - the - World of Heidegger, seeks to closely maintain his ontology in his final and unfinished work The Visible and the Invisible, principally in terms of the question of language. Nonetheless, there is the generality of the notion of flesh, applied to Nature, as well as to the human body, as the basis for the new Cogito, a category that repels the precedence of Dasein, without which there would be no world. (shrink)

O artigo investiga o modo pelo qual Merleau-Ponty compreende a experiência do imaginário ao longo de sua obra. Buscamos analisar dois momentos decisivos. No primeiro, enfatizamos a proximidade com a filosofia de Sartre – a despeito das diferenças que os separam, por conta da centralidade do corpo próprio na Fenomenologia da Percepção –, a qual nos convida a pensar a imaginação enquanto exercício da liberdade da consciência. Num segundo momento, Merleau-Ponty se dá conta do idealismo inerente (...) à proposta sartreana e abre campo a uma nova abordagem do imaginário: o filósofo analisa o caráter corpóreo e passivo das produções imaginárias, tendo por referência a psicanálise freudiana e a abordagem do simbólico empreendida por esta. (shrink)

Merleau-Ponty was a pivotal figure in twentieth century French philosophy. He was responsible for bringing the phenomenological methods of the German philosophers, Husserl and Heidegger, to France and instigated a new wave of interest in this approach. His influence extended well beyond the boundaries of philosophy and can be seen in theories of politics, art and language. This is the first volume to bring together a comprehensive selection of Merleau-Ponty's writing and presents a cross-section of his (...) work which shows the historical progression of his ideas and influence. (shrink)

: The author seeks an explanation for Merleau-Ponty's expression "the body understands", to which a real value is applied: the objects of the world have a signification that the body grasps by way of perception. The analysis focuses on Merleau-Ponty's Phenomenology of perception and on notes from two of his courses, Le monde sensible et le monde de l'expression and La nature. In these works, there is a constant allusion to the I can as an underlying (...) and grounding mode with regard to the I think. The French philosopher thus grants a central role to movement that demonstrates the interweaving of the body with the world. Resumo: O autor busca uma explicação para a expressão "o corpo conhece", de Merleau-Ponty, à qual atribui um valor real: os objetos do mundo têm uma significação que o corpo apreende por meio da percepção. A análise se concentra na Fenomenologia da percepção e nas notas de dois cursos: O mundo sensível e o mundo da expressão e A natureza. Há uma constante alusão ao eu posso como um modo subjacente e fundamental em relação ao eu penso. Daí, o filósofo francês conferir um papel central ao movimento que demonstra o entrelaçamento do corpo com o mundo. (shrink)

resumo O texto aborda algumas noções centrais nos estudos que Merleau-Ponty realizava através de seus cursos nos Collège de Fra nce ent re os anos de 1954 e 1960. Trata da passagem da anima l idade ao corpo hu mano, e tão importante quanto marcar sua diferença, procura mostrar seu Ineinander, um no outro ou pertença comum. A seguir, dá destaque às noções de instituição e de inc o ns c ie nte: com a prime i ra, o (...) filósofo pretende superar os limites da noção de cons c i ê ncia, com a segunda, marca distânc ia da noção em Lévi-Strauss e intensifica o debate com o freudismo. palavras-chaves Fenomenologia; Merleau-Ponty; natureza; corporeidade; inconsciente. (shrink)

Arte e "pre-mondo" : l'opera di Cézanne e la fenomenologia secondo Merleau-Ponty -- Tempo e parola : motivi proustiani in Phénoménologie de la perception -- Dicibilità del mondo e storicità di vita : espressione, verità, storia nel periodo intermedio del pensiero di Merleau-Ponty -- Alle radici stesse dell'essere : visibilità, natura e pittura nell'ultimo Merleau-Ponty -- Nessuno più di Proust : Le visible et l'invisible nello specchio della Recherche.

This book consists of Northwestern University Studies in Phenomenology and Existential Philosophy.

Orientation affective, différence et « écrasante proximité » dans l’analyse merleau-pontyenne de la profondeur pureJe montre ici que la théorie de Merleau-Ponty sur l’expérience particulière d’une « profondeur pure » peut être comprise comme une orientation affective précédant l’orientation perceptive, et explique son rôle dans la proposition d’une « nouvelle conception de l’intentionnalité ». Le corps-monde comme relation de différenciation est repensé comme la différenciation intime et pré-objective de cette dimension affective. Je pense, contrairement à Toadvine (2009), (...) que la position de Merleau-Ponty dans la Phénoménologie de la perception, peut être distinguée de la conception sartrienne de l’intentionnalité comme annihilation. La dimension provocatrice de ma lecture sur la profondeur pure vis-à-vis des discours érudits sur Merleau-Ponty est discutée en conclusion, et je pose en particulier la question de savoir s’il peut être utile de lire Merleau-Ponty comme un penseur de la différence.Orientamento affettivo, differenza e “schiacciante prossimità” nell’analisi merleau-pontyana della pura profonditàNel mio saggio, illustro la descrizione che Merleau-Ponty propone della particolare esperienza della “pura profondità” come un’orientazione affettiva che precede l’orientamento percettivo e ipotizzo il suo ruolo nel quadro del progetto merleau-pontiano di costruire una “nuova concezione dell’intenzionalità”. La relazione differenziante tra corpo e mondo è riformulata come quella differenziazione intima e pre-oggettiva che caratterizza tale dimensione affettiva; ciò supporta la mia ipotesi, in opposizione a Toadevine (2009), che la posizione sostenuta da Merleau-Ponty in Fenomenologia della Percezione può essere distinta dalla proposta sartriana d’intendere l’intenzionalità in termini di annichilamento. Concludo il saggio con una discussione delle possibili provocazioni che la mia lettura della teoria della pura profondità potrebbe sollevare nella comunità scientifica merlau-pontiana, soffermandomi in particolare sull’interrogativoriguardo alla possibilità di leggere produttivamente Merleau-Ponty come un pensatore della differenza. (shrink)

Orientation affective, différence et « écrasante proximité » dans l’analyse merleau-pontyenne de la profondeur pureJe montre ici que la théorie de Merleau-Ponty sur l’expérience particulière d’une « profondeur pure » peut être comprise comme une orientation affective précédant l’orientation perceptive, et explique son rôle dans la proposition d’une « nouvelle conception de l’intentionnalité ». Le corps-monde comme relation de différenciation est repensé comme la différenciation intime et pré-objective de cette dimension affective. Je pense, contrairement à Toadvine (2009), (...) que la position de Merleau-Ponty dans la Phénoménologie de la perception, peut être distinguée de la conception sartrienne de l’intentionnalité comme annihilation. La dimension provocatrice de ma lecture sur la profondeur pure vis-à-vis des discours érudits sur Merleau-Ponty est discutée en conclusion, et je pose en particulier la question de savoir s’il peut être utile de lire Merleau-Ponty comme un penseur de la différence.Orientamento affettivo, differenza e “schiacciante prossimità” nell’analisi merleau-pontyana della pura profonditàNel mio saggio, illustro la descrizione che Merleau-Ponty propone della particolare esperienza della “pura profondità” come un’orientazione affettiva che precede l’orientamento percettivo e ipotizzo il suo ruolo nel quadro del progetto merleau-pontiano di costruire una “nuova concezione dell’intenzionalità”. La relazione differenziante tra corpo e mondo è riformulata come quella differenziazione intima e pre-oggettiva che caratterizza tale dimensione affettiva; ciò supporta la mia ipotesi, in opposizione a Toadevine (2009), che la posizione sostenuta da Merleau-Ponty in Fenomenologia della Percezione può essere distinta dalla proposta sartriana d’intendere l’intenzionalità in termini di annichilamento. Concludo il saggio con una discussione delle possibili provocazioni che la mia lettura della teoria della pura profondità potrebbe sollevare nella comunità scientifica merlau-pontiana, soffermandomi in particolare sull’interrogativoriguardo alla possibilità di leggere produttivamente Merleau-Ponty come un pensatore della differenza. (shrink)

Emotional MagicSketch of a phenomenology of emotions in Merleau-PontyHaving more phenomenological and anthropological contours than ontological, this article tries to draw the guidelines of a phenomenology of emotions based on Merleau-Ponty’s Phenomenology of Perception. In a perspective sometimes very close to Sartre, we wish to stress, in the emotional experience, the conditions of facticity and transcendence in Merleau-Ponty’s thought. If the subject lets itself be seduced by the affective category of the environment, it is only (...) the subject as a phenomenal body that possesses the conditions through which it is able to retrieve itself.La magia emozionaleAbbozzo di una fenomenologia delle emozioni in Merleau-PontyCon contorni più fenomenologici e antropologici che propriamente ontologici, questo articolo intende tracciare le linee principali di una fenomenologia delle emozioni nell’ambito della Fenomenologia della percezione di Merleau-Ponty. Seguendo una linea di riflessione a tratti molto prossima al Sartre di Idee per una teoria delle emozioni, è nostra intenzione porre in rilievo, a partire dall’analisi dell’esperienza emozionale, il pensiero merleau-pontiano riguardo alle condizioni di fatticità e trascendenza. Se, da un lato, il soggetto si lascia affascinare dalle categorie affettive dell’ambiente circostante, dall’altro, soltanto il soggetto stesso, in quanto corpo fenomenico, è in grado di recuperare se stesso. (shrink)

Dans une lettre, Merleau-Ponty décrit ainsi l'intention qu'il a développée dans cet ouvrage, écrit pour l'essentiel en 1952 et resté depuis en chantier : «Toute grande prose est aussi une recréation de l'instrument signifiant, désormais manié selon une syntaxe neuve. Le prosaïque se borne à toucher par des signes convenus des significations déjà installées dans la culture. La grande prose est l'art de capter un sens qui n'avait jamais été objectivé jusque-là et de le rendre accessible à tous (...) ceux qui parlent la même langue. Un écrivain se survit lorsqu'il n'est plus capable de fonder ainsi une universalité nouvelle, et de communiquer dans le risque.»Le philosophe nous livre ici ses réflexions sur le langage en général, mais aussi une théorie de l'expression qui l'engage autant vers les thèmes du dialogue et du rapport à autrui, vers la problématique anthropologique de la communication, que vers l'expressivité dans l'art et dans ses premières manifestations chez l'enfant. (shrink)

Position and Criticism of the Symbolic Functionin the First Works of Merleau-PontyIn this article, we propose to address the question of the symbolic function in Merleau-Ponty’s first works. More specifically, we shall be interested in the place thathe grants to this question in The Structure of Behavior, and to the way he critically takes it up in the Phenomenology of Perception. Although Merleau-Ponty hardly clarifies this himself, Merleau-Ponty’s commentators also have rarely made this (...) problematic an object of debate. In his first work, by appropriating the semantics of the symbolic emerging from neuropsychology, Merleau-Ponty characterizes the level of organization of human corporality by means of its capacity to overcome the immediate character of lived situations. In this work, the categorical attitude appears as a new signification of organic structuration that, among the different forms of behavior, characterizes human activity. Moreover, in the chapters of the Phenomenology of Perception where Merleau-Ponty evokes the spatiality, the motility, and the expressivity of one’s own body, he abandons causal explanations of pathological phenomena which are used as if they are arguments, just as he gives up explanations copied off the symbolic function which are then associated with intellectualist analyses. These analyses delimit the notion of intentionality that Merleau-Ponty aims at developing. The notion is established on the foundation of the synergetic unity of one’s own body. Whence the importance that another theoretico-anthropological device acquires throughout the Phenomenology of Perception: the notion of the “corporeal schema”.Posizione e critica della funzione simbolicanei primi lavori di Merleau-PontyIn questo articolo ci proponiamo di affrontare la questione della funzione simbolica nei primi lavori di Merleau-Ponty. Ci interesseremo più specificamente al posto che è accordato a tale questione ne La struttura del comportamento e alla sua ripresa critica nella Fenomenologia della percezione. Poco esplicitata dal filosofo, questa problematica è altresì poco dibattuta presso i commentatori. Nel suo primo lavoro, Merleau-Ponty, appropriandosi della semantica del simbolo sorta dalla neuropsichiatria, caratterizza il livello d’organizzazione della corporeità umana mediante la sua capacità di superare il carattere immediato delle situazioni vissute. In quest’opera, l’attitudine categoriale appare come un nuovo signifi cato della ristrutturazione organica che, fra le differenti forme di comportamento, caratterizza l’attività umana. D’altronde, nei capitoli della Fenomenologia della percezione in cui Merleau-Ponty evoca la spazialità, la motricitàe l’espressività del corpo proprio, l’autore rinuncia alle spiegazioni causali dei fenomeni patologici utilizzati alla stregua di argomentazioni, così come rinuncia alla spiegazioni ricavate dalla funzione simbolica, ormai ricondotte a delle analisi di ordine intellettualistico. Tali analisi delimitano la nozione d’intenzionalità che il filosofo mira a sviluppare, e che si stabilisce in base al fondamento dell’unità simbolica del corpo proprio. Da qui l’importanza che acquista un altro dispositivo teorico-antropologico lungo tutta la Fenomenologia della percezione: la nozione di “schema corporeo”. (shrink)

Position and Criticism of the Symbolic Functionin the First Works of Merleau-PontyIn this article, we propose to address the question of the symbolic function in Merleau-Ponty’s first works. More specifically, we shall be interested in the place thathe grants to this question in The Structure of Behavior, and to the way he critically takes it up in the Phenomenology of Perception. Although Merleau-Ponty hardly clarifies this himself, Merleau-Ponty’s commentators also have rarely made this (...) problematic an object of debate. In his first work, by appropriating the semantics of the symbolic emerging from neuropsychology, Merleau-Ponty characterizes the level of organization of human corporality by means of its capacity to overcome the immediate character of lived situations. In this work, the categorical attitude appears as a new signification of organic structuration that, among the different forms of behavior, characterizes human activity. Moreover, in the chapters of the Phenomenology of Perception where Merleau-Ponty evokes the spatiality, the motility, and the expressivity of one’s own body, he abandons causal explanations of pathological phenomena which are used as if they are arguments, just as he gives up explanations copied off the symbolic function which are then associated with intellectualist analyses. These analyses delimit the notion of intentionality that Merleau-Ponty aims at developing. The notion is established on the foundation of the synergetic unity of one’s own body. Whence the importance that another theoretico-anthropological device acquires throughout the Phenomenology of Perception: the notion of the “corporeal schema”.Posizione e critica della funzione simbolicanei primi lavori di Merleau-PontyIn questo articolo ci proponiamo di affrontare la questione della funzione simbolica nei primi lavori di Merleau-Ponty. Ci interesseremo più specificamente al posto che è accordato a tale questione ne La struttura del comportamento e alla sua ripresa critica nella Fenomenologia della percezione. Poco esplicitata dal filosofo, questa problematica è altresì poco dibattuta presso i commentatori. Nel suo primo lavoro, Merleau-Ponty, appropriandosi della semantica del simbolo sorta dalla neuropsichiatria, caratterizza il livello d’organizzazione della corporeità umana mediante la sua capacità di superare il carattere immediato delle situazioni vissute. In quest’opera, l’attitudine categoriale appare come un nuovo signifi cato della ristrutturazione organica che, fra le differenti forme di comportamento, caratterizza l’attività umana. D’altronde, nei capitoli della Fenomenologia della percezione in cui Merleau-Ponty evoca la spazialità, la motricitàe l’espressività del corpo proprio, l’autore rinuncia alle spiegazioni causali dei fenomeni patologici utilizzati alla stregua di argomentazioni, così come rinuncia alla spiegazioni ricavate dalla funzione simbolica, ormai ricondotte a delle analisi di ordine intellettualistico. Tali analisi delimitano la nozione d’intenzionalità che il filosofo mira a sviluppare, e che si stabilisce in base al fondamento dell’unità simbolica del corpo proprio. Da qui l’importanza che acquista un altro dispositivo teorico-antropologico lungo tutta la Fenomenologia della percezione: la nozione di “schema corporeo”. (shrink)

Resumo: O presente artigo discute a questão do percurso plástico do pintor Paul Cézanne e a influência direta vivida por Merleau-Ponty nas fases da fenomenologia e da ontologia selvagem. Para tanto, o referido percurso é sustentado pelo tema da organização estruturante das obras de arte que “lançam” os sujeitos da percepção ao mundo vivido. Na fase fenomenológica mostramos o problema da percepção das imagens a partir das criações romântica e impressionista de Cézanne, pintor moderno, que critica a produção (...) clássica pelo poder de representação da natureza em suas formas “nítidas” e delimitadas, por exemplo, pelas linhas e pelos desenhos, estabelecendo-se, a partir dessa questão, a ultrapassagem do mundo determinado. Em seguida, pretendemos mostrar como a pintura do último Cézanne encontra-se aberta, enquanto pintura “selvagem”, ao sujeito e ao mundo, na condição de envolvimento carnal. Desse modo, passamos a compreender questões fundamentais como: o olhar e a experiência perceptiva; o processo de criação pictórica; a constância e os instantes do mundo; a profundidade, a visão radical e a ontologia selvagem. (shrink)

La révolution par d’autres moyensLa politique féministe en tant que réinstitution dans la pensée de Merleau-PontyCet essai est une tentative pour surmonter l’impasse qui a été relevée par de nombreuses critiques féministes de Merleau-Ponty, à savoir que sa dernière ontologie bloque certaines perspectives de changement politique. De fait, comme le soutenait Luce Irigaray, l’ontologie de la chair semble être un discours normalisant et totalisant dépourvu de toute différence. « Il n’y a pas d’Autre, écrit-elle, pour garder le (...) monde ouvert ». Étant donné que Merleau-Ponty développe une ontologie qui opère en amont du niveau des personnes et des choses proprement dites, on a souvent supposé prima facie que les projets féqministes, qui cherchent à fournir des fondements pour éliminer l’oppression basée sur le genre, n’y ont rien à faire.Malgré la longue tradition de débat féministe avec la centralisation du corps dans des textes tels que la Phénoménologie de la perception, je cherche ici à rediriger les philosophes féministes vers la dernière ontologie de Merleau-Ponty. Je le fais en lisant son ouvrage politique trop souvent négligé, Les aventures de la dialectique, ainsi que les notes de cours, récemment traduites en anglais, de l’année 1954-1955 sur L’institution et la Passivité. Non seulement, ces textes émergent à un moment critique dans le corpus merleau-pontien, mais encore, ils contiennent des possibilités politiques qui résultent de ce moment particulier. Dans ces textes et à travers eux, je propose une réexamen de l’engagement féministe dans l’oeuvre de Merleau-Ponty, libéré du discours sur le corps et dirigé, en revanche, vers un désir de changement politique enraciné dans le cadre institutionnel que l’on pourrait appeler aussi l’« intermonde ». Pour ce faire, lepremier pas, comme je le montre dans cet essai, est de prendre au sérieux le concept de “revolution” et ses développements dans l’ensemble du corpus merleau-pontien.La rivoluzione con altri mezziLa politica femminista come reistituzione nel pensiero di Merleau-PontyQuesto saggio è un tentativo di chiarire come molte critiche rivolte a Merleau-Ponty da parte del femminismo rischino di condurre in un vicolo cieco. Il problemafondamentale è il seguente: se la tarda ontologia di Merleau-Ponty precluda, o meno, le strade del cambiamento politico. Effettivamente, come Luce Irigaray ha argomentato, l'ontologia della carne sembra essere un discorso tristemente normalizzatore e totalizzatore della differenza. “Non [c'è] nessun Altro,” scrive Irigaray, “capace di tenere il aperto mondo.” Dato che Merleau-Ponty sviluppa un'ontologia che opera al di sotto del livello delle persone e delle cose, molti hanno presunto prima facie che i progetti femministi, che si mettono in cerca di una fondazione in grado di cancellare l’oppressione basata sull’identità di genere, non possano in alcun modo appartenerle.Nonostante l’ormai lunga serie di critiche che il femminismo ha mosso all’accentramento del corpo che Merleau-Ponty opererebbe in testi come Fenomenologia della Percezione, cercheremo in questa sede di reindirizzare il pensiero femminista verso la tarda ontologia di Merleau-Ponty a partire da un suo testo politico largamente trascurato, Avventure della dialettica, e dalle notes de cours del 1954-1955, recentemente tradotte col titolo Istituzione e Passività. Questi testi non solo emergono ad una svolta critica nel corpus di Merleau-Ponty, nel corso della quale egli muove dal primato della percezione alla dimensione dell’istituzione, ma contengono possibilità politiche direttamente derivanti da questo slittamento teorico. È in questi testi e attraverso questi testi che proponiamo di riavviare il dibattito femminista su Merleau-Ponty, mostrando come il pensatore francese risulti, in questa fase della sua opera, libero dai vincoli del discorso sul corpo e incamminato in direzione di un pensiero del cambiamento politico radicato nella struttura istituzionale di quello che potremmo chiamare l’“intermondo.” Il primo passo per fare questo, come mostreremo in questo saggio, consiste nel prendere sul serio il concetto di rivoluzione ed i suoi sviluppiall’interno dell’intero corpus merleau-pontyano. (shrink)

Institution in personal and public history. Introduction -- Institution and life -- Institution of a feeling -- The institution of a work of art -- Institution of a domain of knowledge -- The field of culture -- Historical institution: particularity and universality -- Summary for Thursday's course: Institution in personal and public history -- The problem of passivity: sleep, the unconscious, memory. The philosophy and the phenomenon of passivity -- For an ontology of the perceived world -- Sleep -- Perceptual (...) consciousness and imagining consciousness -- Symbolism -- Dreams -- The Freudian unconscious -- Delusions: gradiva -- The case of Dora -- The problem of memory -- Appendix: three notes on the Freudian unconscious -- Summary for Monday's course: the problem of passivity: sleep, the unconscious, memory. (shrink)

"Dans l'œuvre d'art ou dans la théorie comme dans la chose sensible, le sens est inséparable du signe. L'expression, donc, n'est jamais achevée. La plus haute raison voisine avec la déraison. "Cette tension essentielle ainsi formulée par l'auteur sous-tend l'ensemble des essais réunis ici sous trois grandes perspectives : celle de l'art, celle de la philosophie et celle de la politique. L'étude consacrée à Cézanne comme celle qui analyse le cinéma du point de vue de la psychologie moderne s'attachent l'une (...) et l'autre à montrer la démarche créatrice cherchant sans cesse, face à "l'énigme du monde", quelles réponses nouvelles apporter à l'interrogation humaine. L'examen de l'existentialisme permet de clarifier les positions adoptées, dès la fin de la Seconde Guerre, par rapport à Hegel et à Marx, ainsi que de maintenir une réflexion politique et critique, en dépit de la débâcle prévue du communisme, sans retomber dans les séductions d'une "fin de l'histoire". C'est pourquoi, très courageusement, l'auteur entreprend, sous le titre "La guerre a eu lieu", un bilan général des années de guerre et d'immédiate après-guerre qui fait aujourd'hui écho à la conférence de Camus, "La crise de l'homme". Outre sa valeur historique, qui permet d'établir une sorte d'état des lieux des années 1944-1948 en France, ce recueil confirme toute l'ampleur et la richesse des intérêts et des problématiques qui caractérisent la pensée d'un auteur qu'on peut ainsi redécouvrir. -- Back cover. (shrink)

O presente artigo constitui, antes de mais, uma exposição da tentativa feita por Maurice Merleau-Ponty de sistematização de um método psicológico convergente com algumas das principais metas estabelecidas pela Fenomenologia de inspiração husserliana. Constatando de que modo o autor da Fenomenologia da Percepção considera os diversos âmbitos da cultura, a começar pela arte e pela psicanálise, como indicadores da decadência do cartesianismo, o artigo analisa o estatuto da ciência justamente como uma das esferas culturais das quais é possível (...) extrair categorias que exprimam de forma mais precisa e rigorosa o real, mostrando-se de que modo as investigações científicas são indispensáveis para uma identificação dos temas a serem filosoficamente tratados, pois os dados obtidos por tais pesquisas são imprescindíveis para o trabalho filosófico enquanto tal Neste sentido, o autor propõe uma relação entre Filosofia e Ciência que não é mais uma relação de hierarquização, tal como defendia Husserl, mas sim uma de complementaridade, tal como defendia Bergson. Com efeito, postulando-se a não necessidade de fragmentar o real para que se legitime um tal acordo, ou seja, dado que a cisão entre o espiritual e o material não pode mais ser mantida, o artigo sublinha a absoluta necessidade de que Filosofia e Ciência se encontrem. Por outras palavras, a integração entre ambas não depende de que uma e outra se refiram à mesma, e justa, metade da realidade, mas tão-somente que cada uma delas remeta para a mesma camada fenomenal, seja para descrever cientificamente os organismos em seu contacto com o meio seja para expor filosoficamente a nova ontologia ali contida. Em suma, o artigo mostra até que ponto, apesar de realizar a intenção bergsoniana de integrar explicação quantitativa e descrição qualitativa e assimilar a crítica de Husserl ao objectivismo, o método fenomenoló-gico não esgota a tarefa ontológica da filosofia. /// The present article analyzes de attempt made by Maurice Merleau-Ponty in order to systematize a psychological method convergent with some of the main goals established by the phenomenological movement issued from HusserL Taking into account the way in which the author of the Phenomenology of Perception considers the different realms of the cultural sphere, beginning with art and psychoanalysis, as special indicators of cartesianisms decadence, the article analyses the statute of science inasmuch as it is one of the cultural spheres from which it is possible to extract the categories that express in a more precise and rigorous way the real, whereby it is shown in what way scientific research is indispensable for an identification of the themes to be treated philosophically. In this sense, the author proposes a relation between Philosophy and Science that is no more one of hierarchysation, as defended by Husserl, but one of complementarity, such as defended by Bergson. By postulating that there is no longer a necessity for a fragmentation of the real so that such an accord between Philosophy and Science could be reached, and this precisely since there is no longer a way of maintaining a division between the spiritual and the material, the article underlines the necessity that Philosophy and Science must come together. In other words, the integration between the Wo no longer depends of the fact that one and the other refer to the same portion of the real, but only of the capacity that each one of them has of referring to the same set of phenomena, being that in order to achieve a scientific description of organisms in contact with the environment or being that in order to advance a philosophical exploration of the new ontology in it contained. Above all, the article shows the measure in which, regardless of the fact that the methodological approach of phenomenology realizes the bergsonian intention of an integration of quantitative explanation and qualitative description, it. cannot properly be said that such method exhausts the ontological task of Philosophy. (shrink)

A travers cette série d'entretiens et d'articles qui courent de la fin de la guerre au milieu des Trente Glorieuses, on retrouve le Merleau-Ponty d'Humanisme et Terreur et des Aventures de la dialectique, un philosophe engagé dans les questions politiques et sociales de son temps. Après la Libération, dans une France qui entre de plain-pied dans la modernité, prise dans la tourmente de la Guerre froide qui voit s'affronter modèle américain et modèle soviétique, comment trouver une voie nouvelle (...) pour la démocratie sans renoncer aux espoirs d'avant-guerre? Comment penser la question de l'engagement et le rôle du philosophe dans une société en pleine mutation? A la notion d'adversaire, qui suppose un conflit, Merleau-Ponty substitue celle d'adversité, inspirée de l'expérience de l'artiste qui, face à la résistance du matériau, ne saurait cependant renoncer à l'élaboration de l'oeuvre. Ainsi, le philosophe engagé s'exerce-t-il en toute chose, en tout événement, à rechercher la voie d'un " progrès de conscience ". Au fil des conversations, il témoigne de l'expérience des Temps modernes et de son compagnonnage avec Sartre, de la genèse de la phénoménologie, de sa passion pour la littérature et les arts, mais aussi de ses réflexions sur la psychanalyse ou de son regard sur l'Afrique et Madagascar à la veille de l'indépendance. (shrink)

Neste texto, tenta-se avaliar a dimensão do tema da passividade em algumas obras de Merleau-Ponty. Parte-se da análise de Husserl e acompanha-se a reflexão merleau-pontyana sobre a organização espontânea do sentido na vida do corpo e no exercício da fala.

The moral presentation: an essay on Merleau-Ponty's notion of time in the Phenomenology of Perception: The purpose of this essay is to investigate the notion of memory in Merleau-Ponty, suggesting a possible interpretation of the time and memory within Merleau-Ponty’s genetic phenomenological analysis. Ultimately, our hypothesis is that Merleau-Ponty’s understanding of the problem of representation and perception - particularly the problem of retention - places an ethical ground in perception. We will suggest (...) that the phenomenological approach to memory might pave a different undertaking of morals as constructed in the living-present. Our objective is then to point a moral dimension to the process of presentation-representation that happens in consciousness, and establish that our way into the comprehension of values has both a passive and active dimension that is often underdeveloped in studies of how we establish moral and political convictions. Keywords: Time, Memory, Representation, Perception, Ethics A presentação moral: um ensaio sobre a noção de tempo de Merleau-Ponty na Fenomenologia da Percepção Resumo: O propósito desse ensaio é instigar a ideia de memória em Merleau-Ponty, sugerindo uma possível interpretação de tempo e memória dentro da análise genética-fenomenológica de Merleau-Ponty. Em última medida, nossa hipótese é que o entendimento de Merleau-Ponty sobre o problema da representação e da percepção - particularmente o problema da retenção - coloca um fundamento ético para a percepção. Nós iremos sugerir que a abordagem fenomenológica para a memória pode nos dar um diferente modo de análise da moral enquanto construída no presente-vivido. Nosso objetivo é então apontar para uma dimensão moral para o processo de apresentação-representação que acontece na consciência e estabelecê-lo como um caminho para nossa representação consciente, entendendo que nosso modo de compreensão tem tanto uma dimensão intencionalmente ativa quanto passiva que é frequentemente pouco desenvolvida em estudos sobre nossos estabelecimento de convicções morais e políticas. Palavras chaves: Tempo, Memória, Representação, Percepção, Ética La presentación moral: un ensayo sobre la noción de tiempo de Merleau-Ponty en la Fenomenología de la Percepción Resumen: El propósito de este ensayo es instigar la idea de memoria en Merleau-Ponty, sugiriendo una posible interpretación del tiempo y la memoria dentro del análisis genético-fenomenológico de Merleau-Ponty. En última instancia, nuestra hipótesis es que la comprensión de Merleau-Ponty del problema de la representación y la percepción, particularmente el problema de la retención, sienta una base ética para la percepción. Sugeriremos que el enfoque fenomenológico de la memoria puede darnos un modo diferente de análisis moral a medida que se integra en el presente. Nuestro objetivo es, entonces, señalar una dimensión moral al proceso de presentación-representación que tiene lugar en la conciencia y establecerlo como un camino hacia nuestra representación consciente, entendiendo que nuestro modo de comprensión tiene una dimensión intencionalmente activa y pasiva que a menudo se entiende mal. desarrollado en estudios de nuestro establecimiento de creencias morales y políticas. Palavras clave: Tiempo, Memoria, Representación, Percepción, Ética Data de registro: 03/09/2019 Data de aceite: 22/07/2020. (shrink)

"The world of perception, that is to say that which is revealed to us by our senses and by the use of life, seems at first sight the best known to us, since there is no need for instruments or calculations to access it, and it suffices, apparently, to open our eyes and let ourselves live to enter it. Yet this is only a false appearance. I would like to show in these talks that it is largely ignored by us (...) as long as we remain in the practical or utilitarian attitude, that it has taken a great deal of time, effort and culture to bring it to fruition, naked, and that it is one of the merits of modern art and thought (by that I mean art and thought for 50 or 70 years) to make us rediscover this world where we live but which we are always tempted to forget. ” Maurice Merleau-Ponty. (shrink)

La préparation du premier cours de Merleau-Ponty au Collège de France, "Le monde sensible et le monde de l'expression", est un document remarquable dont la publication était attendue depuis longtemps. A mi-chemin de son oeuvre, le philosophe entame une critique de ses premiers travaux ainsi qu'une réélaboration qui engage plusieurs directions fondamentales de sa recherche à venir. Que ce soit dans l'analyse de la vision en profondeur, de la perception du mouvement, ou encore de l'éveil du schéma corporel (...) dans l'action et la relation avec autrui, Merleau-Ponty revisite sa phénoménologie pour dégager les dimensions expressives de la vie perceptive, dans une réforme radicale de la notion de conscience. La publication de ce cours inédit ouvre donc des perspectives d'interprétation nouvelles sur l'évolution d'une pensée dont l'actualité n'est plus à démontrer. Elle offre aussi une illustration majeure des relations si fécondes que cette philosophie a su entretenir avec la neurologie, la psychologie de la forme, la psychanalyse, ou encore les arts visuels. (shrink)

Esse trabalho discute a noção de desejo a partir da obra de Merleau-Ponty. Sustenta a ideia de que para a fenomenologia merleau-pontyana o desejo remonta a três pontos fundamentais: a sua expressão inicial se dá na forma da intencionalidade operante, vivida na experiência do corpo próprio, como está descrita no prefácio da Fenomenologia da Percepção; o desejo, nesse caso, não pode ser compreendido como falta, ou carência de mundo, mas como transbordamento; finalmente, o desejo tem uma significação (...) ontológica na medida em que remonta à condição intramundana, intercorpórea. (shrink)