Within New Testament writings, but in a special way in Paul’s letters, we can observe a significant presence of the greek term parresía, or frank language. This term was not only a rhetorical-linguistic instrument, on Paul’s contemporary time, but an attitude made by the speaker, or by the epistolar author before his recipients. On Eph 6,19, we see this term and its relation with the evangelizing mission of the author. Moreover, this concept was not only a linguistic function for (...) Paul’s writings and time actions, but it can have an effectiveness in present time. (shrink)

Questo articolo cerca di esplorare il rapporto tra parrēsia ed exemplum negli ultimi Corsi al Collège de France di Michel Foucault. A partire da L’ermeneutica del soggetto , viene analizzato il campo semantico e pratico relativo alla direzione di coscienza stoica ed epicurea, in cui Foucault oppone la parrēsia all’adulazione e alla retorica per collocarla invece all’interno di un’importante serie di concetti: la paradosis (la trasmissione dei discorsi di verità), il kairos (il momento giusto, la circostanza opportuna) e l’exemplum definito (...) come «il cuore della parrēsia » poiché esso assicura l’ adæquatio tra il soggetto di enunciazione e il soggetto di comportamento che si conforma alla verità espressa dal primo. Successivamente, viene posta l’attenzione sul legame tra parrēsia ed exemplum nell’ultimo Corso, Il coraggio della verità , per mettere in evidenza un’importante riconfigurazione all’interno della parrēsia cinica, in cui l’esempio appare come una categoria etica basata sulla permanenza e sull’identità a sé. Pertanto, esso si rivela inadeguato per questo regime aleturgico della parrēsia cinica, che invece consiste in un atteggiamento etico sperimentale, una mise à l’épreuve cui sottomettere la vita per arrivare a una trasformazione politica del mondo attraverso una continua e scandalosa provocazione degli altri, in grado di mettere in discussione la percezione di norme culturali e di abitudini consolidate. (shrink)

Considero, para entender a parresía de Orestes, a noção de leitura diagnóstica, numa perspectiva foucaultiana do discurso, neste caso, uma leitura da política no presente. Então, toda vez que se lê, se está de certa forma também pensando no presente e estabelecendo relações com esse tempo atual, acerca de várias questões que afetam a nossa constituição, enquanto sujeitos no mundo. As perguntas feitas acerca de que parresía fala Foucault, pressupõem que há outras possiblidades de pensá-la, para mostrar como (...) essa parresía insurge hoje no campo da grande polis brasileira. Então, defendo que cabe a nós não pensarmos que estamos fazendo uma leitura apenas desse mito Orestes e de uma discussão de um conceito que é feito por Foucault, mas que estamos trazendo essa discussão para o presente com o objetivo de ampliar a discussão e reflexão de nossa atualidade. Faz-se pertinente perguntar que relação existe entre parresía e democracia? Que sentidos produzo toda vez que eu digo a verdade? Pressuponho que o mesmo se possa perguntar com relação à democracia e vice versa, é exatamente assim que acontece ou existem nuances? Se toda parresía é garantia de um Estado democrático, de que parresía trata, então, a tragédia de Orestes? É possível falar de uma má parresía? Este conjunto de questões são exatamente o que fundamenta as discussões que Foucault vai trazer a partir de Orestes. Temos, a partir desta leitura de Orestes, o Michael Foucault em seu anúncio de uma genealogia da política, o que é muito relevante para um diagnóstico da política na atualidade. PALAVRAS-CHAVE: Parresía; Estado Democrático; Orestes. (shrink)

In this article, we will study the constitution of the subject as described by Foucault in L’Herméneutique du Sujet and we will try to establish the relation between this constitution and the political gesture that irrupts in the every day life, which sets the subjectivity in opposition with the actual culture or society — called Parrêsia in Le courage de la Vérité. The parrêsiastic act, which disrupts the social order by its subjectivity affirmation, is a risky act, which puts the (...) subject in the limit situation of a self-affirmation that goes against what we may understand as a social or political act. It means the subject gets free of the local and cultural conditions to seek for a realization of the highest freedom of expression and action. The subject of such act, so, takes position as its own reference, and then acquires a character that reveals the issues of a civilisation and at the same time becomes the representative of an emancipated an free humanity. The democracy, understood in its most rigorous sense, in this perspective, depends on the possibility of the parrêsia, which effect is to open a dialogue between the society and the political subject. The importance of such phenomenon is really huge when we try to think about education and its social and political effects. The relation between education and democracy is the condition for us to have a true democracy, in which the citizen is included in the community in total freedom and aware of its participation to the common work. But, as suggests Foucault’s analysis, this political and social insertion, which is also a cultural insertion, that depends on education, doesn’t happens as a natural and linear process that would follow the simple fact of going to school or being present in the socially formed groups. On the contrary, it’s in rupture, in opposition, in the violent and irrevocable subjectivity’s affirmation, against what is generally admitted, that the subject erects itself upon the immediate situation to defend what it estimates as outside the range of established social rules and historical conditions. It’s this paradox, of a subject that realises itself against a society it belongs, but that, acting like this, opens the possibility to free its members from the weight of institutions that could be denatured or corrupted, in such way that can be constituted, founded upon this opening, a new social structure, more democratic and which respects more the nature of the humanity, that we want to indicate here and if possible understand better. If the parrêsia really has this character needed to the constitution of the democracy, how can we think about it in the domain of education? How can we conciliate the knowledge transmission, the learning of social rules and usages, whit the possibility of a free action, independent from the same rules? These questions will be raised, to open a discussion upon the relation between subjectivity, society and education. (shrink)

This article highlights that ancient philosophy regenerated the practice of parrêsia following the crisis into which it had fallen in the polis. Through this, it established a strong relationship between freedom , truth , and politics , constantly eluding the risk of using “true speech” as a tool of rationalizing the exercise of power. The primary outset for the argument will be the course held by Foucault in 1982-1983 ( Le gouvernement de soi et des autres ). The paper holds (...) that philosophical parrêsia asserted itself as a practice that could not be anything but “transpolitical,” while remaining similar to the ideal of freedom as active participation in public life – at least in the case of Socrates and the Cynics. According to Foucault, after a long period of disuse due to the predominance of theology and pastoral power, philosophical parrêsia was able to flourish in modernity. This occurred above all with Kant through the critical ontology of the present. On my part, I try to show how philosophical parrêsia in liberal society runs the risk of being neutralized by the predominance of economic “true speech” and by the prevalence of the idea of freedom as the pursuit of private interests. This is done by re-reading certain indications provided by Foucault himself in his course of 1978-1979 ( Naissance de la biopolitique ). Moreover, in the last sections of this paper I suggest lines of research that could grasp the difficulties that philosophical parrêsia encounters in the age of neoliberal hegemony and global media coverage. (shrink)

Este artigo trata de dois eixos epistêmicos, a saber, a questão da parresía em Foucault e a questão da relação mestre-discípulo no estoicismo. Para tanto, propomos a problematização das dimensões históricofilosóficas que circundam a relação entre mestre e discípulo sustentada pelos conceitos gregos: conhecimento de si (gnôthhi seauton) e cuidado de si (epimeleisthai seauton). Mostramos como a coragem da verdade emerge dessa injunção, atravessando o governo do outro. Essa articulação nos lança a uma hermenêutica de si, o que nos (...) permite refletir sobre modos parresiásticos de nosso tempo. PALAVRAS-CHAVE: Parresía; Mestre-Discípulo; Conhecimento de Si; Cuidado de Si; Governo do Outro; Hermenêutica de Si, Verdade. (shrink)

El presente trabajo consta de tres partes esenciales que tienen como objetivo identificar y describir una parrhesia auténtica en Jesús, a la luz de los cursos dictados por Michel Foucault en el Collège de France. La primera y segunda parte se centran una caracterización,contrastación e indagación de las nociones elementales que constituyen los discursos de verdad en el ministerio de Jesús. En la tercera y última parte presento un acercamiento de Jesús con Diógenes y Sócrates,y cómo ciertos elementos de la (...) presencia de la parrhesia cínica presentes en Jesús posibilitan la idea de Jesús como un "héroe filosófico". (shrink)

Em seus últimos anos de vida, Foucault empreendeu uma genealogia da parresia (do dizer-verdadeiro) no campo da política e na história da filosofia. Alicerçando suas análises nas fontes clássicas, gregas e romanas, Foucault descortinou um cenário no qual a coragem da verdade tem um lugar maior na experiência política desde sempre. O que pretendemos nesse trabalho é discutir alguns pontos que nos parecem problemáticos nessa genealogia foucaultiana, em especial, a referência à verdade na parresia democrática e a relação entre filosofia (...) e política. Palavras-Chave: Foucault. Parresia. Democracia. Filosofia. (shrink)

A partire dal corso al Collège de France L’ermeneutica del soggetto , l'analisi del complesso rapporto fra retorica e filosofia permette a Foucault di riformulare la questione della verità dal punto di vista delle pratiche di veridizione. Rispetto alla filosofia, la retorica è il modo d’essere altro del discorso attraverso il quale la parr ē sia può definirsi nella sua differenza costitutiva: la messa alla prova di una parola che sia “performance” creativa, una drammatica del vero come potenza di alterazione.

This volume collects a series of lectures given by the renowned French thinker Michel Foucault late in his career. The book is composed of two parts: a talk, Parrēsia, delivered at the University of Grenoble in 1982, and a series of lectures entitled “Discourse and Truth,” given at the University of California, Berkeley in 1983, which appears here for the first time in its full and correct form. Together, they provide an unprecedented account of Foucault’s reading of the Greek concept (...) of parrēsia, often translated as “truth-telling” or “frank speech.” The lectures trace the transformation of this concept across Greek, Roman, and early Christian thought, from its origins in pre-Socratic Greece to its role as a central element of the relationship between teacher and student. In mapping the concept’s history, Foucault’s concern is not to advocate for free speech; rather, his aim is to explore the moral and political position one must occupy in order to take the risk to speak truthfully. These lectures—carefully edited and including notes and introductory material to fully illuminate Foucault’s insights—are a major addition to Foucault’s English language corpus. (shrink)

En este artículo se analiza la lectura de la democracia ateniense realizada por Foucault: en concreto, el comentario de la obra Ión de Eurípides. Posteriormente se discuten las conclusiones del autor mediante la presentación de otras posibilidades de lectura. La argumentación se centra en dos puntos: en primer lugar la relación entre constitución del cuerpo político y legitimidad y, en segundo lugar, la relación entre derechos formales a la participación política y participación efectiva. El artículo resalta el interés de la (...) perspectiva del filósofo francés fundada en la diferencia entre capacidad para hablar y posibilidad de hacerlo con franqueza. (shrink)

Este artigo propõe a discussão sobre os estudos da parresía propostos por Michel Foucault em O Governo de Si e dos Outros (2010) e nas Conferências de Berkeley (2013), a partir das tragédias de Eurípedes, sobretudo em Íon. Compreendo o corpus de análise a partir da própria tragédia eurípediana e também para reportagens do Brasil da atualidade que servem como materialização dos discursos no que diz respeito a parresía e a anti-parresía. Metodologicamente, proponho um estudo comparativo com (...) base no proposto por Foucault sobre a parresía para pensar no que constitui a anti-parresía, de Atenas e do Brasil contemporâneo. As análises realizadas apontam para a questão da cidadania como intrínseca ao exercício da parresía, como também ao exercício da anti-parresía; essas duas formações discursivas do ato do dizer, verdadeiro e não verdadeiro respectivamente, apresentam-se como ramificações para o princípio que é a cidadania como direito. PALAVRAS-CHAVE: Parresía; Anti-Parresía; Cidadania; Brasil; Atualidade. (shrink)

En general, el populismo es entendido como una forma de la política caracterizada por la aparición de grupos que hasta ese momento no parecían tener una participación decisiva en el sistema político y que son incorporados a la política partiendo a la vida comunitaria en dos polos antagónicos: el pueblo y las elites poderosas. Este artículo plantea la necesidad de dar algún tipo de especificidad a esta definición general ya que termina operando como una categoría que es utilizada para catalogar (...) a experiencias políticas muy dispares entre sí. Para eso, se analiza en primer lugar el problema de la irrupción de nuevos grupos y de su inscripción política tomando como ejemplo el peronismo en la Argentina. Luego, se detiene en la categoría de parrhesía y el análisis que de ella realiza Foucault en sus últimos seminarios. Por último, las reflexiones finales señalarán que la diferencia entre buena y mala parrhesía puede ser importante para distinguir particularidades al interior del conjunto de experiencias llamadas populistas. (shrink)

O presente texto busca problematizar a noção de parresía no âmbito da tragédia de Eurípides, As Fenícias, à luz do filósofo francês Michel Foucault. Para tanto, faremos um paralelo tomando a parresía como prática de liberdade. Trata-se de problematizar a produção de uma história dos diferentes processos de composição da subjetividade humana e da efetivação da prática de liberdade, ou seja, do sujeito moderno, que nos apresenta possibilidades para uma filosofia crítica – o momento em que o sujeito (...) se dá o direito de interrogar os efeitos dos discursos de verdade pelo exercício do poder. Nessas condições, as técnicas de si se apresentam no formato de uma experiência de si que permite a construção de uma relação consigo a partir de exercícios regulares no governo de si e dos outros. PALAVRAS-CHAVE: Parresía; Falar livremente; Foucault; Prática; Liberdade; Resistência; Poder; bell hooks. (shrink)

A principios de los años ochenta, Michel Foucault impartió unas lecciones sobre la «παρρησία» en el Collège de France. Las lecciones de Foucault se convirtieron en una importante nueva interpretación de la noción de parresía. Básicamente, Foucault distingue entre una _parresía_ política de naturaleza democrática y una _parresía_ filosófica cuyo origen podría ser trazado hasta Platón. En este artículo concentro mi análisis en la _parresía _política, e intento demostrar que la definición de Foucault de este concepto no se corresponde (...) con el pensamiento democrático de la antigua Atenas. Según Foucault, la parresía es «une parole d’au-dessus», una palabra de arriba. Sin embargo, una interpretación alternativa de las fuentes antiguas puede demostrar que en realidad la _parresía _es una palabra de _abajo_. Al contrario de lo que sostiene Foucault, las obras de Eurípides, Demóstenes, Isócrates y otros autores contribuyen a encontrar una raíz popular en la _parresía_, que debería ser definida como la dignidad de la palabra del pueblo. (shrink)

Dans le passé, l’intellectuel était situé à l’avant-garde de la société civile à propos de l’établissement de l’opinion publique, d’après un model « transcendant » qui faisait de lui une sorte de directeur spirituel du peuple. Le présent travail a par objectif approfondir dans la caractérisation de l’intellectuel spécifique qui donne Foucault dans des textes brefs et entretiens de la décade des 70, à partir des études de base historiographique à propos des concepts du gouvernement de soi et des autres, (...) alèthurgie et parrêsia qui l’ont occupé dans des années 80, et aussi de la distinction kantienne parmi les usages public et privé de la raison. En plus, on veut élucider la transition du model de l’intellectuel « universel » à celui de l’intellectuel « spécifique » dans la deuxième moitié du XX e siècle et finalement on veut clarifier la catégorie politique la plus adéquate à l’action parrêsiastique de l’intellectuel spécifique, que plutôt que l’objection de conscience c’est la désobéissance civile. (shrink)

In lieu of an abstract, here is a brief excerpt of the content:From Politics to Philosophy and Theology:Some Remarks about Foucault's Interpretation of Parrêsia in Two Recently Published SeminarsCarlos LévyAt the beginning of his seminar entitled Le courage de la vérité, Foucault gives a first definition of parrêsia (2009, 10–12), which I take as my point of departure.Parrêsia is a fundamental political concept; it denotes outspokenness, and Foucault distinguishes between two versions of it, one negative, the other positive. The first (...) meaning implies the articulation of everything, "n'importe quoi" (whatever), an expression that in French is indeed derogatory. For Foucault this meaning finds an illustration in a passage from Plato's Republic in which the philosopher describes the appalling state of the democratic city, where everyone tries to impose their own desires on others.1 The positive meaning implies that truth will be stated "without dissimulation, reservation, set clause, or rhetorical ornament that could encode or hide it" (2009, 11). But Foucault says that to effectuate this positive meaning it is not enough to merely state everything and state it truthfully. It is also necessary for the speaker of parrêsia, the parrêsiastês, to personally involve himself in what he says and to take a risk. As Foucault says himself, this is to speak "truth while taking the risk of violence" (2009, 12). [End Page 313] This risk is nonetheless attenuated by what Foucault calls "the parrêsiastic play," that is, the capacity of the interlocutor (assembly, tyrant) to tolerate outspokenness.Even though Foucault never sets the problem out in these terms, one may construe parrêsia as both a passion, since it entails an emotional investment, and a virtue, insofar as it is still linked to courage. It is common to say that somebody has "a passion for the truth" or that he has "the courage of his convictions." However, Foucault uses the term "passion" very sparingly. An analysis of word frequency in his seminars for the period 1982 to 1984 reveals that the term "virtue" occurs often, while "passion" is almost entirely absent, except about tragedy (2008, 105–35). By refraining from speaking of the "passion of truth," Foucault rejects the possibility of analyzing the concept of parrêsia in a more unitary way. For him, there is a good and a bad parrêsia, a situation that emphasizes the difficulties usually inherent in dualism: how can two opposite realities coexist, especially within the same concept? These difficulties are carefully analyzed in the seminars, but there is also a methodological difficulty: do historical sources force us to accept the dualistic interpretation or, better, the reconstruction proposed by Foucault in such a persuasive way? Or do they prompt us to introduce the notion of passion, somehow or other, as being present even in the "good" parrêsia?In my view, one does not compromise Foucault's position by saying that, for him, the dualism inherent in political parrêsia has a functional nature. It is linked to what he calls the right functioning and the worsening functioning of democracy, as they are articulated in his seminar of 2 February 1983 (2008, 157–69). In his exposé some postulates are expounded using the metaphor of the rectangle: the existence of parrêsia requires democracy, and thus democracy forms the first vertex of this rectangle. But one of the most interesting elements in Foucault's subsequent seminars is his effort to demonstrate that parrêsia can nevertheless exist under tyranny without its most essential features being undermined.Democracy, in Foucault's opinion, can't be lively and dynamic without the second vertex, which he calls "le pôle de l'ascendant"—the pole of ascending leadership; that is, in his own words, "the problem of those who, speaking before others and above them, are heard by them, persuade them, lead them, and have control over them" (2008, 157). Foucault's use of the term "problem" is itself somewhat... problematic. It is not clear why the existence of this ascendancy is a problem to the extent that it can be seen as the condition of a democratic and parrêsiastic functioning. In Foucault's [End Page 314] own words, the... (shrink)

RESUMO Esboça-se neste artigo uma possível via de interpretação ao problema ético-estético, ou ainda ético-poiêtico da criação de si, a partir de uma reavaliação da noção de hipocrisia, enquanto arte do engano e arte do ator, reaproximando-a da hypókrisis [ὑπόκρισις] grega. Para tanto, procura-se estabelecer um diálogo, ou mesmo um contraponto, com aqueles pensadores que, nas preleções de Foucault, conformaram na antiguidade clássica e helenística os elementos para se pensar, por meio do discurso parrêsiástico e da prática da áskêsis, a (...) criação de si enquanto estética da existência. O lastro para essa compreensão vem de uma reavaliação das formas de inteligência estocástica e astuciosa que comandam a lida com a inconstância, a multiplicidade e os acasos - formas às quais os gregos atribuíram o nome da deusa Mêtis [Μήτις]. Mais afeitas a estas inconstâncias, práticas tais como: a simulação, a dissimulação e a ênfase - próprias da arte do engano - ganham sob essa ótica uma feição de virtuosidade que o pensamento filosófico hegemônico, afeito à retidão e ao enfrentamento heroico diante do real, dificilmente se disporia a reconhecer. ABSTRACT This paper outlines a possible way of interpreting the ethical-aesthetic or ethical-poiêthical problem of the creation of self, from a re-evaluation of the concept of hypocrisy, while art of deception and the art of the actor, reconnecting it with the greek hypókrisis [ὑπόκρισις]. For it aims to establish a dialogue, or even a counterpoint, with those thinkers who, in Foucault's lectures, conformed in classical and Hellenistic antiquity elements to think, through the parhêsiástic discourse and the practice of áskêsis, the creation of self while an aesthetics of existence. The ballast for this understanding comes from a re-evaluation of forms of stochastic and astute intelligence who command the dealings with the fickleness, the multiplicity and the accidents - which forms the Greeks attributed the name of the goddess Mêtis [Μήτις]. More related to these uncertainties, practices such as: the simulation, dissimulation and the emphasis - related to some art of deception - win under this optics a feature of virtuosity that the hegemonic philosophical thought, wont to the righteousness and the heroic confrontation facing the real, would hardly accept. (shrink)

Starting from existing interpretations of Cavell’s account of moral perfectionism, this article seeks to elaborate an account of democratic responsiveness that foregrounds notions of ‘turning’ and ‘manifesting for another’. In contrast to readings of Cavell that privilege reason-giving, the article draws on the writings of Cavell as well as on Foucault’s work on parreēsia to elaborate a grammar of responsiveness that is attentive to a wider range of practices, forms of embodiment and modes of subjectivity. The article suggests that a (...) focus on the notions of ‘turning’ and ‘manifesting for another’ is crucial if we are to account for the processes through which political imagination is opened up so as to bring about novel ways of being and acting. The arguments are illustrated with reference to recent events in the Arab Spring as well as to the politics of redress in a posttransitional social movement, Khulumani. Keywords: democracy; responsiveness; Cavell; Foucault; parrēsia; frank-speaking; moral perfectionism; reason-giving; ‘turning’; ‘manifesting for another’; political imagination (Published: 23 December 2011) Citation: Ethics & Global Politics, Vol. 4, No. 4 , 2011, pp. 207-229. DOI: 10.3402/egp.v4i4.14448. (shrink)

This essay argues that the engagement with Greece and Rome after The Will to Knowledge allowed Foucault to bring clarity to his conception of limited freedom in complex societies. The Classical fulfilled this function paradoxically by being jarringly different from and integral to the discourses of modern sexuality. Foucault’s engagement with the Classical in The Use of Pleasure and The Care of the Selfcontinued his established method of uncovering the development of a discourse, or set of discourses, over time. He (...) thereby demonstrated the historical specificity of understandings of sexuality and the self. It follows that if the ancient self was a historical construct, then the modern self must also be such. But Foucault’s Classical engagement leads him to an innovative position in which the disciplinary dynamics of ancient self-knowledge offer a practical philosophy. Foucault’s Greek philosophy could have effects through two related mechanisms: the care of the self through askesis and the speaking of truth to power through parresia. Through the rigors of askesis, the self can be rendered an object of analysis and hence a critical position external to the self can be achieved. Externality allows the philosopher to exercise parresia since the constraints of society have been surpassed and consequently offers a prospect of agency and a measure of freedom. The second part of the essay questions the extent of that freedom by reading Foucault against Tacitus, particularly the Agricola and the mutinies episode in the Annales. These episodes show the limitations of parresia and how parresia is bound into the workings of imperial power. In the Tacitean model, externality is a viable political stance, but is problematic ethically. The essay concludes by contrasting Foucauldian and Tacitean models of historical change. (shrink)

O presente artigo tem por objetivo analisar o último curso ministrado por Michel Foucault no Còllege de France, em 1984, extraindo dele uma espécie de testamento filosófico. Início buscando fazer emergir dessa escrita de si foucaultiana uma prestação de contas parresiástica, em que Foucault fala de forma franca sobre as dimensões de seu trabalho e de seu horizonte de preocupação com o entrelaçamento de três grandes temas: a verdade, o poder e o sujeito. Posteriormente, analiso como esses três temas são (...) amarrados por Foucault em torno da questão central de seu último curso: a parresía. Exponho o desenvolvimento do conceito de parresía em conexão com o tema da vida verdadeira na tradição socrático-platônica, no cinismo e no cristianismo primitivo para, então, concluir que Foucault nos deixou vasta herança, inclusive o legado-missão de, a partir da tradição aberta pelo cinismo, promover uma releitura da história da filosofia não mais como metafísica da alma, mas como estética da existência. (shrink)

En este artículo, someteré al criterio de veridicción la correspondencia que debería predominar entre los enunciados performativos de Literatura que desarrolla Mario Vargas Llosa en sus libros teóricos con su novela La ciudad y los perros (1963). Esta epistemología extrapolada pretende hallar qué elementos son verdaderos o falsos. En los términos de Michel Foucault, a esos resultados obtenidos se los denomina como parresía (cuando prevalece la similitud) y disidencia (al existir una incongruencia o una incompletitud). El objetivo de esta (...) investigación es comprobar la ineficiencia al equiparar el rubro conceptual del escritor peruano con su discurso de creación ficcional. (shrink)

El objetivo de este artículo es compartir con la comunidad académica el resultado de investigación de la tesis doctoral de filosofía intitulada La parresía como heterotopía en el último Foucault: otro modo crítico y específico de ser, pensar, decir y vivir. En efecto, intento esbozar el itinerario de la obra del úlltimo Foucault como una genealogía de la parresía, que recoge las conclusiones más relevantes de cuatro años de indagación. Finalmente, resalto la retrospectiva y la prospectiva de la (...) parresía foucaultiana como un arte integral de vivir a partir del cuidado de sí, desarrollado por sus autores más estudiosos y otras corrientes contemporáneas afines a este tópico. Todo converge en la “heterotopía” como ese tetraédrico otro modo crítico y específico o línea de fuga: ser, pensar, decir y vivir, que culmina con una relectura desde el ámbito latinoamericano como una propuesta pertinente altermundialista focalizada en una “cuidadanía” —más que ciudadanía— ética en todos los ámbitos humanos, sobre todo el que más nos compete: el educativo. (shrink)

The purpose of this paper is to outline the connection between literature, madness and language in Foucault’s philosophy. In the first part of the paper, these three discursive bases are situated in the “cosmos of madness” in the sense of what Serres calls “the archaeology of psychology” and Caputo “the deconstruction of psychology”. This part marks the language of literature as a decomposing space of the “tribunal of the cogito” (Derrida). The second part explicates the impetus of “literature language”, trying (...) to promote lunatic manifestations that are the works of three authors, Dostoevsky, De Sade and Artaud, and how their work has a symbiotic connection with the work of Foucault. The paper ends with the connection of the unreasonable and parrēsia as an opportunity that could be manifested only in literature as a habitus to exist in. Finally, as Foucault notes, the “language of literature” is the “language of madness” or the possibility of freedom of the expression of our Being. -/- . (shrink)

Este artículo tiene como objetivo determinar cuál es el valor filosófico de la anaideia -ἀναίδεια- (desvergüenza) y su relación con la parresia -παρρησία- (franqueza, libertad de palabra) en Diógenes de Sinope. Se lleva a cabo una lectura, análisis e interpretación de fuentes clásicas sobre la escuela cínica, y particularmente del libro VI de Diógenes Laercio “Vidas y sentencias de los filósofos más ilustres”, texto clave en los estudios sobre el cinismo. El resultado de este análisis es que en esos textos, (...) se representa a un Diógenes de Sinope asumiendo gestos y réplicas de palabra en las que el aidós y la moderación no resultan propios de su actitud filosófica, razón por lo cual la anaideia es considerada como una afirmación de la libertad frente a la crítica que establece el filósofo respecto a la vida civilizada y artificial. Se concluye que para valorar de manera positiva el cinismo de Diógenes y vincularlo a toda la tradición griega que privilegia la razón y la virtud, es necesario valorar el estatuto ético y filosófico de la parresía: libertad de palabra, franqueza. (shrink)

El autor examina la relación entre virtudes epistémicas y políticas. Se argumenta sobre la contribución esencial de los procesos democráticos al carácter intelectual asociado en la busca de la verdad: intelectual coraje (parresia), apertura de miras, equidad… Además, se defiende la centralidad de estos valores para la profundización en la democracia.

La parrêsia (le « dire vrai » dans l’Antiquité), que Foucault étudie dans son dernier cours au Collège de France ( Le Courage de la vérité ), pourrait bien apparaître, rétrospectivement, comme la formule même des « problématisations » foucaldiennes : une pratique critique grâce à laquelle nous ne sommes plus tant objectivés que subjectivés par notre rapport à la vérité. La radicalisation cynique de la parrêsia rapporte l’éthique du souci de soi du dernier Foucault à l’exigence politique d’une émancipation (...) lucide et rageuse : le rapport à soi est l’élément qui permet au dire vrai d’articuler ses effets dans le champ politique et d’instaurer, à même la matérialité d’une forme de vie singulière, une vérité autre que celle du pouvoir. (shrink)

Recently, William H. Dutton has argued that a new form of public space is emerging in what he calling the Fifth Estate. For his, Internet could be as important – if not more so – to the 21st century as the Fourth Estate has been since the 18th. Well, according to Dutton, this paper analyzes and critically reviews Habermas’s conception of the emergency and modern transformation of the public sphere. Finally, it proposes the institutionalization of the Virtual Parliamentary Group.

Presentación editorial: "Le terme parreŝia signifie en grec ancien "franc-parler, liberte ́de parole, courage de dire la veŕite"́. Il met en ev́idence le lien qui peut unir le langage, le courage et la veŕite.́ Il insiste sur la dimension et́hique dans l'acte de parler et de penser, autrement dit l'implication de celui qui parle dans un eńonce ́qui pret́end a ̀la coin̈cidence du discours et de la veŕite.́ La parreŝia est une manier̀e de dire la veŕite ́qui fait fi des (...) conventions et de la retenue que requier̀ent les bienseánces.0Elle inflige a ̀l'autre ou a ̀l'institution le constat parfois amer d'une veŕite ́qui n'est jamais bonne a ̀dire. Elle peut causer une souffrance et plonger dans la honte. Les et́udes reúnies dans ce volume explorent plusieurs aspects de la parreŝia telle qu'on a pu la consideŕer et la vivre dans l'Antiquite,́ a ̀la Renaissance ou au siec̀le des Lumier̀es.". (shrink)

En 1984, Michel Foucault met toutes ses recherches sous le signe de l’histoire de la vérité qui, à l’époque de ses premiers cours, avait pour cible la volonté de vérité « comme formidable machinerie destinée à exclure ». Il nous invite ainsi à comparer les deux versants, critique et positif, de cette histoire. Sont-ils seulement complémentaires? De la critique de la volonté de vérité à la parrêsia, y a-t-il continuité ou rupture?

En este trabajo nos proponemos elucidar el concepto de bíos desarrollado por Foucault en su curso recientemente publicado, Subjectivité et vérité,estableciendo su desarrollo luego con la noción de "vida bella" presentada en su Historia de la sexualidad, para finalmente analizar un tipo específico de bíos, el de los cínicos, que transita entre la crudeza de la parresía y la animalidad.

Este artigo possui a finalidade de apresentar as correlações entre a filosofia como forma de vida e as insurreições dos governados a partir de uma leitura foucualtiana em torno da ontologia histórica de nós mesmos. Num primeiro momento, procura-se estabelecer uma leitura acerca da problematização empreendida por Foucault em torno da biopolítica compreendida como governo da vida na nossa modernidade a partir da formação de certos dispositivos de controle e de assujeitamentos através da articulação entre as estratégias de saber, das (...) práticas de poder e dos processos de subjetivação. Já o segundo momento é dedicado a pensar os traços fundamentais da parresía como prática aletúrgica de uma manifestação cínica do escândalo da verdade. As considerações finais são dedicadas a pensar, a partir de Foucault, as experiências éticas a partir de uma dimensão ontológica cuja atitude é a sublevação de forças necessárias para a produção de novas práticas de liberdade. (shrink)

Na tragédia de Eurípides, Electra, ganha relevo um embate discursivo entre Electra e sua mãe Clitemnestra, no qual ocorre uma subversão do contrato parresiástico, segundo Foucault (2007). Focalizando precisamente essa subversão, propomo-nos retornar a uma história das mulheres na Grécia Antiga, a fim de compreendermos os atravessamentos que essas mulheres têm em suas relações com as verdades, rituais, preceitos e condutas que, por sua vez, são indicativos de suas construções enquanto sujeitos. PALAVRAS-CHAVE: Discurso, História das Mulheres, Parresía.

Este artículo investiga el análisis que Foucault lleva a cabo de la vida filosófica de los cínicos y de la parrêsia en El coraje de la verdad desde la perspectiva de la siguiente pregunta nietzscheana: ¿Cómo puede ser incorporada la verdad? Para considerar a la filosofía como una forma de vida y no meramente como una ciencia o una doctrina, la pregunta de cómo puede vivirse o materializarse la verdad en el cuerpo físico es, evidentemente, crucial. Mientras que tanto Foucault (...) como Arendt pueden ser leídos como defensores de la vida filosófica por sus efectos ético-políticos, Arendt sostiene que la vida filosófica socrática es una vida que habilita una distancia con el cuerpo, en contraste, en el análisis de Foucault sobre los cínicos encontramos una idea de la vida filosófica en la que la verdad se revela o manifiesta en el cuerpo material de la vida. Este artículo recoge la lógica inmunitaria de la biopolítica de Esposito con el fin de sostener que la vida filosófica de los cínicos y su hablar franco utilizan los recursos comunitarios de la encarnación para unificar la vida y la filosofía en una forma de vida cosmopolita. (shrink)

Michel Foucault, de la fin des années 1970 au début des années 1980, au moment où le primat de la production cède le pas au primat de la consommation, sublime les problèmes politiques actuels en menant une vaste enquête sur les dilemmes propres à l'éthique classique (grecque, romaine, chrétienne). Emergent ainsi des notions qui nous fournissent des indications historiques et conceptuelles pour mettre en place des résistances inédites - résistances fondées sur le caractère exemplaire de formes de vie minoritaires - (...) face à un gouvernement de la vie qui n'admet dans son principe aucune opposition à sa diffusion capillaire. Il s'agit de mettre à jour des existences, des textes, des documents fragmentaires, oubliés et refoulés, situés sur le bord du temps, dans le sous-sol de l'histoire. L'hypothèse qui guide la composition de cet ouvrage est que, dans les dernières années de son travail, Foucault met à l'épreuve des formes de subjectivation capables de se soustraire à une condition telle que celle que nous vivons où la liberté elle-même est devenue un dispositif de contrôle subtile et puissant. Parrêsia, cynisme antique, esthétique de l'existence, désir, souci de soi, plaisirs, ascèse, Aristote, Deleuze, Hadot, Heidegger, Kant, Nietzsche, Platon sont les thématiques et les notions convoquées ici pour documenter comment s'organise chez Foucault un vocabulaire éthico-politique insoupçonné pour nous orienter dans la catastrophe du présent. (shrink)

Michel Foucault, one of the most cited scholars in the social sciences, devoted his last three lectures to a study of leader development. Going back to pagan sources, Foucault found a persistent theme in Hellenistic antiquity that, in order to qualify for leadership, a person must undergo processes of subjectivation, which is simply the way that a person becomes a Subject. From this perspective, an aspiring leader first becomes a Subject who happens to lead. These processes depend on a condition (...) of _parresia_, which is truth-telling at great risk that is for the edification of the other person. A leader requires a mentor and advisors in order to lead successfully, while also developing the capacity in one’s own mind to heed the truth. In other words, a leader must learn how to guide oneself. A valuable contribution to the field of leadership studies, this book summarizes these last lectures as they pertain to the study and practice of leadership, emphasizing the role of ethics and truth-telling as a check on power. It then presents several other contexts where these same lessons can be seen in practice, including in the life of Alexander Solzhenitsyn, whose career as a writer epitomized speaking truth to power, and somewhat surprisingly in the United States military, in response to its twenty-first century mission of counterinsurgency. (shrink)

Dans cet article, en commençant par une analyse inédite de l’ Œdipe Roi de Sophocle, nous abordons le problème du statut du témoin oculaire et de sa prise de parole, ou mieux, de son « dire-vrai » en tant qu’acte de langage spécifique, notamment au sein de la littérature de témoignage. Nous soutenons que la question cruciale à poser à ce propos est celle de l’engagement du locuteur dans son discours, et que l’acte de témoigner va donc bien au-delà de (...) la simple transmission d’une série de contenus ou d’informations. Cet acte se situe en effet sur deux plans : celui du lien éthique entre le locuteur et ce qu’il dit et celui du lien social entre le locuteur et ses interlocuteurs ou auditeurs. En nous inspirant des analyses de Michel Foucault sur la parrêsia et de J. L. Austin sur la dimension perlocutoire du langage, nous concluons alors que les récits de témoignage relèvent d’une « dramatique du discours » qui joue le plus souvent le rôle d’un véritable acte de résistance. (shrink)

A dinâmica do artigo se pauta em um exercício teórico e em uma atividade prática para sala de aula derivada da teoria desenvolvida. A principal questão teórica é desenvolvida com um foco na construção de um entendimento do caráter epistemológico do cinedocumentário. Dentro dessa discussão epistemológica estão presentes vários aspectos que são expostos no texto: a questão do olhar, da imagem, parresía e, por fim, da pós-verdade e as dinâmicas da Internet. Após esse movimento teórico é proposta uma atividade (...) que trabalha junto aos alunos a questão do meme, sua funcionalidade estética de imagem e sua potencialidade enquanto discurso, relacionando a teoria com uma prática condizente e concreta da vida usual dos estudantes. Palavras-chave: Cinedocumentário. Pós-Verdade. Teoria do Conhecimento. Meme. (shrink)

La méconnaissance du virus SARS-CoV-2 et une communication publique déficiente ont contribué à alimenter l’incertitude radicale depuis le début de la pandémie. Cette conjoncture est propice au déferlement de contre-discours dits complotistes dans les arènes numériques et autres « forums hybrides ». Les institutions publiques et médiatiques, en privilégiant une approche épistémologique basée sur le debunking, échouent à comprendre la préférence d’une frange de la population pour les vérités « alternatives » au détriment des preuves scientifiques. En analysant les formes (...) médiatiques et alèthurgiques d’un tel contre-discours, nous montrons comment il se nourrit de l’incertitude pour asseoir son pouvoir et son autorité, témoignant du retour d’une (mauvaise) parrêsia. (shrink)

Cet ouvrage propose une lecture originale du projet foucaldien d'une histoire de la vérité qui vise à en mettre clairement en lumière les enjeux éthiques et politiques, grâce à l'établissement d'une confrontation entre les analyses de Foucault sur la parrêsia antique, les travaux de J.L. Austin sur l'énoncé performatif et l'étude de l'énoncé passionné par Stanley Cavell. Le problème qui est ainsi posé, en lien mais également en décalage avec les réflexions traditionnelles sur le pouvoir des mots, est celui de (...) la force du vrai : est-il possible ou légitime d'affirmer que la vérité est une force qui s'inscrit, de manière toujours " stratégique ", à l'intérieur d'un champ de bataille? En répondant par l'affirmative, cet ouvrage entreprend d'interroger sous un angle inédit les rapports entre vérité, critique et vie au sein d'une éthique et d'une politique du dire-vrai. (shrink)