Este texto tem como finalidade abordar questões voltadas à construção da identidade étnico/racial da criança negra, levantando discussões sobre os contos de fadas, notadamente Branca de Neve e Bela Adormecida, e sua influência no processo de construção identitária, enquanto oferta de um único tipo de obra literária para as crianças. Partindo desse pressuposto, traçamos o seguinte objetivo: analisar a contribuição dos contos de fadas para a formação da identidade étnico/racial da criança negra, investigando dois contos de fadas mais populares e (...) que fortalecem uma concepção de estética que contribui para o fortalecimento do racismo e disseminação de práticas racista na sociedade e consequente baixa autoestima da criança negra. Sendo assim, a metodologia foi análise documental, com revisão das obras: Branca De Neve e a Bela Adormecida. Esta pesquisa visa fornecer instrumentos para aumentar as formas de discussões e debates sobre o assunto, que sirva como um suporte para professores desenvolverem novas concepções sobre ampliação das escolhas literárias e roda de conversas no meio de estudantes para que só aumentem as possibilidades de aprendizagem. Foram trazidos ao debate teóricos como: Gomes, Brandão, Freire Coelho, Munanga, dentre outros, a fim de embasar esta pesquisa. (shrink)

O presente trabalho é uma tradução do espanhol para o português de três contos do livro "Cuentos de Amor de Locura y de Muerte" do escritor uruguaio Horacio Quiroga. Os contos selecionados são: "La Gallina Degollada", "El Almohadón de Plumas" e "A la Deriva". Os textos traduzidos ficaram com os seguintes nomes: "A Galinha Degolada" "O Travesseiro de Penas" e "À Deriva".

Hoje vou comentar de um livro que é antigo, de 2009, da Comboio de Corda. Eu tenho este livro desde 2017, mas reli nestes tempos de quarentena. Gosto muito de contos porque, como diz Julio Cortázar, ele nos ganha por nocaute (enquanto o romance nos ganha por pontos).Mas, ainda não falei do título do livro: “Leituras de Escritor”. Neste caso, uma organização de Moacyr Scliar, um escritor que tive a honra de conhecer pessoalmente (que falta ele faz). Ou seja, são (...) contos escolhidos a dedo pelo Scliar. Os contistas? Desde os muito conhecidos como Tchekhov, Machado, Poe, Lima Barreto. (shrink)

Putting into question the usefulness and the adequacy of the Wave metaphor as a key to understand the complexity of the feminist movement and its history, the author critically recounts the salient nodes around which the feminist movement has discussed on the transnational level the issue of wage for housework and the nexus production/reproduction in the long 1968, critically rethinking the differences between women and the different experiences of oppression in capitalist society. In particular, the essay analyzes the way in (...) which the dichotomy redistribution/recognition has constituted an inseparable nexus in feminist reflections and has redefined the relationship between gender, class and ethnicity/race, showing the centrality of the intersections between them for the movement and feminist theory. (shrink)

A pesquisa “Formação do leitor: o processo de mediação do docente” enfoca práticas mediadoras de leitura do texto literário, em ambiente escolar, nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Inicialmente buscou-se investigar as práticas de leitura literária desenvolvidas em turmas de 3ª série e na biblioteca escolar de escolas localizadas em Caxias do Sul. As ações desenvolvidas são restritas e ante o quadro, o projeto organiza propostas de leitura literária a partir de diversos gêneros literários. O subprojeto “Leitura e mediação do (...) conto popular” focaliza o conto popular como gênero presente na formação do leitor literário, uma vez que a análise do corpus coletado aponta que há falhas na abordagem dessa narrativa. Provavelmente isso ocorre pela falta de clareza sobre as qualidades que conferem a uma obra o estatuto de literatura. Também se nota a predominância de concepções estruturalistas de leitura na prática docente, produzindo leituras autoritárias, que prevalecem sobre práticas mediadoras. Para estudar a natureza do conto popular, buscas e apoio em Jolles (1976), Jesualdo (1982), Cascudo (1998, 2002) e Azevedo (2008a, 2008b). A partir da análise do conto e dos dados coletados, constroem-se princípios e estratégias para a mediação de leitura do texto literário infantil, utilizando estudos de Saraiva (2001) e Saraiva e Mügge (2006). Esse referencial embasa a elaboração de roteiros de leitura para obras literárias infantis, entre elas A lenda do guaraná: mito dos índios sateré-maué, de Fittipaldi, objeto de estudo dessa proposta de trabalho. Acredita-se que a apresentação de propostas de leitura literária contribua para a formação continuada do docente, para qualificar a interação entre objeto de leitura e leitor iniciante. (shrink)

Nesta investigação, propomo-nos demonstrar que Jesus foi um verdadeiro contador de histórias. A narrativa lucana conhecida tradicionalmente por parábola do Filho pródigo não é propriamente uma parábola, pois assume os contornos formais de um conto, podendo-se nela encontrar as caraterística centrais do género literário “o conto”. Nela encontramos propriedades configuradoras da sua individualização como género: a conclusão moralizante de uma história fechada, com princípio, meio e fim; a concentração de espaço, tempo e reduzido número de personagens; a curta (...) extensão sintagmática, mas sempre extensa comparada com a das parábolas. Em suma, concluímos que estamos perante um verdadeiro e extraordinário conto. Há, no entanto, outras narrativas evangélicas que pelas suas características se assemelham à do Filho pródigo. Podemos assim identificar a do Administrador infiel, a narrativa dos Vinhateiros homicidas, a das Moedas de ouro e respetivos paralelos de Mt, que se revestem de característica muito semelhantes às do Filho pródigo, apesar de muito menos desenvolvidas e que, no fundo, as consideramos como sendo embriões de contos. (shrink)

Trata-se neste artigo de mostrar como se dá a recepção de alguns elementos da filosofia schopenhaueriana, como a oposição entre intelecto e vontade, na literatura de Machado de Assis. Com efeito, examinado o conto “Noite de almirante”, pode-se dizer que a personagem Genoveva faz as vezes da vontade, ao passo que Deolindo é guiado pelo intelecto.

ABSTRACT Bakhtin's early works point to the origins of his theory. The novelty of this article consists in presenting Bakhtin's early works, more precisely the essay “The Author and the Hero in Aesthetic Activity,” written in the 1920s, and comparing it with Chekhov's views on the Author-Character-Reader relationship since we consider Chekhov a writer and a theorist of verbal creation, which we will evidence with excerpts from his letters. The article presents an analysis of Anton Chekhov's short story “The Lady (...) with the Dog,” and the thesis that Chekhov had, right from the title, about the intention of relating his story to Alexandre Dumas' novel The Lady of the Camellias. (shrink)

O presente artigo apresenta uma análise filosófica do conto _Um discurso sobre o método _escrito por Sérgio Sant’Anna. O objetivo da análise é demonstrar que o conto é construído como um esforço de mímesis da filosofia cartesiana. Parte-se do pressuposto que o texto artístico comporta múltiplas interpretações, principalmente quando construído em diálogo com a filosofia. Do tema em destaque, o cartesianismo defende a ideia de que a subjetividade é um dado radical sem ligação com o entorno material, social (...) e cultural. Todavia, o contista contemporâneo discorda deste isolamento e constrói uma narrativa na qual o ‘eu’ é descoberto através de vários métodos. Com isto amplia-se a compreensão hodierna de que o sujeito não está fechado sobre parâmetros científicos estritos, e sim se abre a inúmeras manifestações fenomênicas. Esta análise literária e filosófica vai amparada nos conceitos analíticos de Gerard Genette em _O discurso da narrativa, _assim como em concepções literárias de Edgar Allan Poe, Júlio Cortázar e Ricardo Piglia além, é claro, de algumas obras de René Descartes. O resultado alcançado é um exercício especulativo que, à primeira vista, parece uma crítica ao puro cartesianismo, mas que, ao contrário, se posiciona como um complemento que reconhece e amplia os caminhos da modernidade para o estudo do ‘eu’. Em acréscimo indicam-se semelhanças entre o conto e a obra de Descartes, o que reforça nossa tese de mímesis e complementariedade entre a obra literária e a filosófica. (shrink)

The social world is populated by many entities, such as promises, contracts, presidents, money, debts, and financial crises. Many philosophers regard collective behaviour and attitudes as the ground of social reality. According to this standard view, social ontology is at bottom composed of collective intentions and cooperative behaviours, and that holds both for simple cases concerning small groups and complex institutional structures. In this paper, this view is challenged and an alternative approach is proposed in which the role of collective (...) intentions and cooperative behaviour is very different in (a) small group cases, where it can be seen as the ground of social roles and obligations, and (b) cases concerning complex institutions, in which documents and records of social acts in general are the ground that determines rights, duties, and all other complex status functions. (shrink)

No início dos anos 40, Gilda de Mello e Souza publicou contos, dando início a uma experiência na ficção brasileira posteriormente interompida. Este ensio procura mostrar as razões da incompreensão com que foram recebidos esses contos e lamenta a perda que significou a desistência da criação literária por parte da autora.

Neste artigo propomos uma leitura do conto “La exportación de cérebros” (Movimiento perpetuo, 1972), do guatemalteco Augusto Monterroso à luz do conceito de cosmopolitismo do pobre, do ensaísta brasileiro Silviano Santiago. Para isso, é feita uma análise crítica e abrangente do texto, relacionando-o com a realidade dos nossos dias.

O conto “Meu tio, o Iauretê” (1962), de Guimarães Rosa, problematiza a fronteira entre o homem e o animal, através de uma escrita intensiva, que busca desvelar o animal no humano. Dessa forma, pensar a animalidade em Guima-rães Rosa, significa pensar aquilo que o filósofo francês Gilles Deleuze denominaria “Devir-animal”, conceito presente no texto 1730-Devir- intenso, Devir-animal, Devir-imperceptível..., e que seria da ordem de uma conjugação de um homem com um animal, sendo que nenhum deles se assemelharia ou até (...) mesmo imitaria o outro, ou seja, não seria uma questão de metamorfose, mas de devires, atravessamentos e curto-circuito entre reinos. Nesse sentido, a filosofia de Gilles Deleuze, Jaques Derrida e Georges Bataille servirão como escopo básico para que se reflita sobre a questão do eu e do outro, do homem e do animal, da identidade e da diferença. A problematização dessa questão, através da literatura, visa demonstrar como se dá, na narrativa literária, na linguagem, o questionamento do antropocentrismo, nas palavras de Derrida os “próprios do homem”, o que acarretaria na subsunção da potência da vida, pura, imanente. (shrink)

Este é um conto sobre visão, pensamento e contradição, bem como sobre o papel que desempenham na primeira metade da Ciência da Lógica de Hegel. A Lógica começa com uma descida, nesse caso, uma queda do Ser ao Nada. Posteriormente, aproximadamente na metade de cada texto, há um certo paradoxo em que tudo está em jogo, a categoria da contradição. Nesse exato momento, o pensamento ao mesmo tempo falha e é renovado em um viés especulativo. Nessa seção, nos debruçamos (...) sobre algumas das interpretações influentes do uso hegeliano da contradição. Para isso, voltamo-nos a uma curiosa obra de arte, Pleiades, de James Turrell, como um exemplo estético dessa primeira queda. Progrediremos, então, através do texto com pensamento e visão como nosso duplo norteador em um passo relativamente rápido, sem desacelerar até encontrarmos a história de Hegel da contradição, onde mostro a natureza explosiva da contradição. Isso nos permitirá ver como Hegel invoca o poder da contradição para gerar a segunda metade da história da Ciência da Lógica. Eu começo com a descida do Ser ao Nada, o momento em que a escuridão emerge. (shrink)

Machado de Assis, no conto _A Sereníssima República_, aponta, por meio da alegoria, problemas de fundo do sistema político brasileiro. Uma espécie de cultura da fraude estaria presente nos comportamentos das aranhas, o que impossibilitaria a implantação reta e precisa da lei, bem como a instituição da paz e da _securitas_. Sérgio Buarque de Holanda, ao analisar, a partir de fontes primárias, o período em que se passa o conto, constata os mesmos problemas que Machado de Assis apontara. (...) Os conceitos políticos espinosanos são movimentados, ao final, para mostrar que em um _imperium_ no qual as leis são constantemente violadas, não se está distante do estado de natureza, com grande perigo de vida para os súditos-cidadãos. Seria este o caso da república do conto e do Brasil atual? (shrink)

È possibile rendere compiutamente conto di ciò che gli artefatti e le tecnologie fanno, senza per questo sminuire il ruolo dell’agentività umana, ossia la capacità dell’essere umano di essere all’origine dell’azione e del senso?Per quanto determinismo tecnologico e sociocostruzionismo siano ormai approcci sufficientemente integrati, sembra quasi impossibile poter riconoscere l’uno senza pagare nulla di più che un piccolo contributo all’altro.Gli autori sottolineano quanto questa cesura che apparentemente riguarda un fenomeno circoscritto e settoriale come il ruolo degli artefatti nella costruzione (...) del mondo sociale, rispecchia in qualche modo l’antica distinzione proposta da Dilthey tra scienze della natura e scienze dello spirito. Il fatto é che tale divisione del lavoro scientifico sembra il risultato più che il punto di partenza di un lavoro deliberato di purificazione dei due domini . Per quanto utile da un punto di vista epistemologico, essa corre costantemente il rischio di proclamare a priori l’incapacità di alcune metodologie di indagare oggetti che si situerebbero al di là della loro giurisdizione . Inoltre, gli autori ritengono che questa distinzione sia alquanto problematica quando si tratta di questioni ontologiche. In linea con il pensiero di filosofi come Whithead , Delueze e Guatatri e Tarde , sostengono che tanto l’approccio sociocostruzionista quanto l’approccio tecno-determinista soffrano di un simile riduzionismo ontologico: ridurre l’oggetto di indagine a quanto la prospettiva inscritta in ciascuna metodologia consente di vedere e di analizzare.Prendendo le distanze da tale riduzionismo, questo articolo intende dimostrare che la materialità, la tecnologia e persino la natura intrudono costantemente nel mondo del significato, della comunicazione, del discorso. Allo stesso tempo, cultura e significato conferiscono senso e persino forma al mondo naturale . A fronte della propensione diffusa a pensare l’interazione come qualcosa che riguarda soltanto gli essere umani, gli autori mostrano che altre cose si autoconvocano costantemente nelle nostre conversazioni e che é legittimo ipotizzare che tali cose facciano «cose con le parole», per usare la famosa espressione che John Langshaw Austin coniò per indicare ciò che le persone fanno attraverso i loro atti linguistici.Attraverso un esempio tratto dalle osservazioni sul campo in un presidio medico d’urgenza operato da Medici senza Frontiere, gli autori mostrano che il sottolineare quanto e come le cose siano partecipanti attivi in una conversazione non significa evacuare il contributo umano all’attività di parola. Se le cose fanno cose con le parole é perché portano prospettivamente le persone a dire quel che dicono e, retrospettivamente, a far dire loro quel che hanno detto. Piuttosto che postulare che i soli partecipanti umani siano all’origine di quanto vien detto durante una conversazione, diventa possibile ritracciare altre origini o elementi che influenzano e condizionano ciò che le persone fanno mentre parlano tra loro.Il fatto che gli oggetti siano spesso trasformati dalla loro stessa incursione sulla scena interattiva viene vista come una prova della « realtà » del loro contributo alla conversazione. Utilizzando la metafora del ventriloquismo, gli autori mostrano che se i partecipanti umani fanno sì che le cose facciano cose con le parole, ciò é anche dovuto al fatto che le cose stesse fanno far loro cose con le parole, in quella sorta di oscillazione ventriloqua già sottolineata da David Goldbaltt . Individuare le tracce sia dell’agentività umana sia dell’agentività tecnologica, porta a riconoscere il grado di passività o passione inerente a qualunque attività o azione. Tale riconoscimento é cruciale dal momento che tale passività fa parte dei modi con cui le persone rendono razionale/giustificabile/legittimabile/ sanzionabile ciò che esse fanno e dicono nel corso di una interazione.Invece di ridurre l’interazione ad un fenomeno che riguarda esseri umani tra loro, appare più costruttivo riconoscere tutte le figure che popolano la scena interattiva, siano esse tecnologie, regolamenti, principi, emozioni o artefatti. La proposta avanzata dagli autori può dunque essere vista come un tentativo di riabilitare metaforicamente l’analisi del parlare prendendo seriamente in considerazione ciò che le figure letteralmente hanno da dire su come noi, gli umani, comunichiamo e lavoriamo.Se poiesis significa fabbricazione, allora forse poesia può diventare un modo innovativo di comprendere come funzionano le tecnologie e come noi interagiamo con esse.While we tend to think of interaction as involving human beings only, this paper proposes to show that other things – technologies, in particular – are continuously inviting themselves in our conversations and that these things can even be said to “do things with words.” Using the metaphor of ventriloquism, we show that if human participants make things do things with words, it is also because things animate them, a form of ventriloqual vacillation or oscillation already noticed by David Goldblatt . Acknowledging both human and technological agencies therefore leads us to recognize the degree of passivity or passion that is inherent in any activity or action, a recognition that is especially important given that its marks the accountable / reasonable / intelligible / justifiable / sanctionable character of what people do and say in interaction. (shrink)

Tradução do conto "Na sala de sessão" (In the Séance Room), de Lettice Galbraith, de 1893.

Partindo do conto «O alienista » de Machado de Assis, procuro tecer algumas consideraçāes sobre o 'normal' e o 'patológico' com refêrncia a Georges Canguilhem e à sua obra O normal e o patológico: ao procurar compreender o modo como a medicina estabelece o conceito de 'normal' e, em oposiçãāo, o de 'patológico', o seu pensamento foi influenciando um leque alargado de saberes que vāo desde a compreensāo da individualidade e a valonzaçāo da normatividade até ao conjunto das questōes (...) relativas ao trìnómio ética-política-psicologia. Neste artigo, reflicto, a partir da minha prática de patologista, sobre o sentido do diagnóstico morfológico e interrogo-me acerca de como um maior conhecimento das alterações morfológicas se relaciona com uma melhor compreensão das situaçōes patológicas. Sublinho a tensāo entre as dimensōes subjectiva e objectiva ao decidir, na incerteza, como é próprío do processo que leva ao diagnóstico. Defendo ainda a necessidade do raciocínio clínico para a razoabilidade de todo o diagnóstico. Starting from the novel "O alienista" by Machado de Assis, I aim at discussing on the "normal" and the "pathological", referring to Georges Canguilhem and his work The normal and the pathological. Trying to understand how medicine states the concept of "normal" and, as opposed to it, the concept of pathological, Canguilhems thought was influencing a wide range of knowledges, going from the understanding of the individuals and the valorisation of the normativity to the whole of questions concerning the trinomial ethics-politics-psychology. In this paper, I reflect, from my practice as pathologist, on the sense of the morphological diagnosis and I question myself how a dipper knowledge of morphological mutations relates to a better understanding of pathological situations. I highlight the tension between the subjective and objective dimension deciding with uncertainty, as it is peculiar of the process that leads to diagnosis. Also, I support the necessity of the clinical reasoning to the reasonability of every diagnosis. (shrink)

Coletânea de resenhas e artigos organizada pelo poeta e editor Wilbett Oliveira: SUMÀRIOPARTE UM — RESENHAS 11 Sobre as paixões por Clarice LispectorWilbett Oliveira 19 Sobre o romance “Canibalismo de Outono”, de Arturo GouveiaCícero Émerson do Nascimento Cardoso 27 Sobre “A poesia na precariedade do existir”Joel Cardoso 33 De norte ao sul do Brasil: pontos de convergênciaEster Abreu V. de Oliveira 43 Desvelando méritos ocultos Luiz Eduardo de Carvalho 49 Inventário para a poesia experimental portuguesaRodrigo da Costa Araujo 55 “Vaca (...) Profana”: um mundo lírico e divertidoAdelto Gonçalves 63 Sobre o “Soneto 155”, de Norma Doront StrafArturo Gouveia 71 “Viúvas de Sal”, herdeiras do malLuiz Eduardo de Carvalho PARTE DOIS — ARTIGOS 79 Apatia sem pátriaFlávio R. Kothe 95 Alguns equívocos dos gramáticosJosé Augusto Carvalho PARTE TRÊS — Sobre os coautores 111 Adelto Gonçalves112 Arturo Gouveia113 Cícero Émerson do Nascimento Cardoso114 Ester Abreu Vieira de Oliveira115 Flávio R. Kothe116 Joel Cardoso117 José Augusto Carvalho118 Luiz Eduardo de Carvalho119 Rodrigo da Costa Araujo120 Wilbett Oliveira 121 Crédito das imagens. (shrink)

L'A. sottolinea come la posizione di Scoto sugli universali, sebbene mal compresa e incomprensibile, è davvero un tentativo interessante di dire cosa sia possibile e necessario circa la struttura della realtà senza far confusione fra la realtà stessa e il nostro modo di conoscerla. Non è possibile dire che cosa gli oggetti siano nel mondo e se siano individui o universali sulla base di una semantica o una considerazione epistemologica. Non è possibile formulare la struttura del mondo sulla base dei (...) nostri concetti o delle parole che si si usano per descriverlo. L'A. è conscio del fatto che questa posizione che rileva all'interno della filosofia scotista è inedita rispetto alla sua linea interpretativa, che si allineava con quanti intendevano leggere la filosofia del Doctor subtilis sugli universali nell'ambito di una linea realista, non tenendo conto della palese reticenza del filosofo in merito alla questione degli universali. I nodi testuali esaminati sono quelli delle Quaestiones super libros Metaphysicorum, della Lectura, dell'Ordinatio e del Quodlibet. (shrink)

Convenções e costumes estabelecem que a denominação galinheiro prevaleça em espaços destinados abrigar bichos de pena de variadas extrações. Este o caso do galinheiro em questão, cujo domínio, em que pese a absoluta maioria galinácea, é ostensivamente exercido por casal de perus. Caminhos se abrem quando todo enfunado, rabo imponentemente aberto em leque, o senhor peru desanda grugrulejante e majestoso a desfilar.Fato de subidíssima relevância motiva-o no momento a incorporar com frequência essa postura de maneira menos casual: madame perua está (...) chocando. (shrink)

Eu estava no campinho de futebol da casa dos meus pais, os quero-queros tinham feito ninho e seus três filhotes pequenos estavam aprendendo a comer bicando lá sei eu o quê numa parte mais úmida, onde nas chuvas corria uma fonte. Quando os quero-queros faziam ninho, cessavam todas as peladas. Não havia nem discussão, afinal eles moravam aí antes de chegarem os humanos, o terreno era deles, nós éramos os invasores. Um gato espreitava os filhotes, pronto para dar o bote. (...) Em vez de dar de ombros e dizer “é a lei da natureza”, espantei o gato. (shrink)

Eu tinha uma sombra em mim, tão obscura que não a conhecia nem reconhecia. Nas sombras de mim mesmo ela se perdia. Só quando senti a sombra que em ti havia e me impedia de me aconchegar em ti, passei a suspeitar da extensa sombra que se estendia, assombrando a mente que eu tão lúcida pretendia.

Quando alguém está se comportando de maneira inadequada, usando drogas, cometendo crimes, a família explica o fato, garantindo não ser defeito de caráter, mas o resultado da convivência com más companhias, estas sim, causadoras do mal. Muitos defenderão o lado bom do transgressor. E não será apenas sua mãe. Claro que a boa influência existe forte e algumas pessoas dirão que se decidiram estudar ou seguir determinada profissão por incentivo de alguém. Muitos começaram a fumar para copiar personagens de filmes (...) ou de novelas, sem contar que a televisão tinha pelo menos um comercial de cigarro em cada intervalo. (shrink)

L’articolo esamina le qualità della democrazia deliberativa a partire dal ri­ferimento a espressioni storiche di questa: nelle istituzioni ateniesi del quin­to-quarto secolo a. C., nella Convenzione Federale statunitense del 1788, negli Stati Generali della Rivoluzione francese, in varie esperienze lo­cali odierne. Stabiliti tre modelli di democrazia e tre criteri per la deliberazione , la questione da affrontare è se la forma deliberativa di democrazia sia un buon sistema politico. La risposta è sì, purché si verifichino tre con­dizioni: intensità della motivazione (...) nei partecipanti, orientamento al bene pubblico della motivazione stessa, corretta informazione dei partecipanti. Ma si tratta di una conclusione ipotetica, che tiene conto della complessità e molteplicità dei fattori in gioco, e dunque del fatto che nessuna proprietà dei processi decisionali collettivi è desiderabile incondizionatamente.The article reflects upon strengths of deliberative democracy from an historical point of view: beginning with Athens’ institutions , pas­sing through States-General during French Revolution and U. S. Federal Con­vention , finally reaching today’s experience. Having established three different models of democracy and three criteria for the deliberative process , the issue is whether deliberative democracy works well as a po­litical system. We can surely say it does, although under some con­ditions: level of participants’ motivation, actions directed towards well-being and good information. Nevertheless, this is only a hypothetical con­clu­sion: there’s no perfect deliberative process, because of the complexity and plurality of the factors at play. (shrink)

What resources does Merleau-Ponty’s account of the body schema offer to the Fanonian one? First I show that Merleau-Ponty’s theory of the body schema is already a theory of affect: one that does not oppose affects to intentionality, positioning them not only as sense but as force, cultivating affective agencies rather than constituting static sense content. Then I argue that by foregrounding the role of affect in both thinkers, we can understand the way in which the historical-racial schema innovates, anticipating (...) and influencing feminist theories of the affective turn – especially Sara Ahmed’s theory of affective economies. The historical-racial schema posits the constitution of affective agencies on a sociogenic scale, and these affective economies in turn account for the possibility of the collapse of the body schema into a racial epidermal schema, a disjunction of affective intentionality Fanon calls “affective tetanization.” Quelles ressources l’analyse du schéma corporel faite par Merleau-Ponty fournit-elle au schéma historico-racial proposé par Fanon? En premier lieu, je vise à montrer que la théorie du schéma corporel de Merleau-Ponty est déjà une théorie de l’affect : une théorie qui n’oppose pas les affects à l’intentionnalité, qui ne les considère pas seulement comme un sens, mais comme une force, en cultivant des agentivités affectives plutôt qu’en constituant des contenus de sens statiques. Ensuite, j’affirmerai qu’en mettant en premier plan le rôle de l’affect chez ces deux penseurs, nous pouvons comprendre les innovations qu’apporte le schéma historico-racial, en anticipant et en influençant les théories féministes du tournant affectif – surtout la théorie de Sara Ahmed au sujet des économies affectives. Le schéma historico-racial établit la constitution d’agentivités affectives sur une échelle sociogénique, et ces économies affectives expliquent à leur tour la possibilité d’une dégradation du schéma corporel en schéma épidermique racial, une disjonction de l’intentionnalité affective que Fanon appelle « tétanisation affective ».Quali risorse può offrire la nozione merleau-pontiana di schema corporeo a quella di Fanon? In primo luogo, mi propongo di mostrare che la teoria dello schema corporeo elaborata da Merleau-Ponty è allo stesso tempo una teoria dell’affetto: una teoria che non oppone la dimensione degli affetti all’intenzionalità, poiché li considera non solo come senso ma come forze, in quanto implicano delle agentività affettive piuttosto che costituire meri contenuti statici di senso. Intendo quindi sostenere che mettendo in evidenza il ruolo dell’affetto in questi due autori sia possibile comprendere il portato innovativo dello schema storico-razziale, che anticipa e influenza le teorie femministe legate all’affective turn – e in particolare la teoria delle economie affettive elaborata da Sara Ahmed. Lo schema storico-razziale afferma la costituzione di agentività affettive a un livello sociogenetico, mentre le economie affettive rendono conto della possibilità del collasso dello schema corporeo in uno schema razziale epidermico, una disgiunzione dell’intenzionalità affettiva che Fanon definisce “tetanizzazione affettiva”. (shrink)

Volta e meia eu faço um texto baseado em alguma foto de um amigo. Hoje não é diferente.Meu amigo Faisal postou uma foto que me inspirou e solicitei a permissão de usar a imagem para fazer a escrita.

- L'articolo esamina le qualitÀ della democrazia deliberativa a partire dal riferimento a espressioni storiche di questa: nelle istituzioni ateniesi del quinto-quarto secolo a. C., nella Convenzione Federale statunitense del 1788, negli Stati Generali della Rivoluzione francese, in varie esperienze locali odierne. Stabiliti tre modelli di democrazia e tre criteri per la deliberazione, la questione da affrontare č se la forma deliberativa di democrazia sia un buon sistema politico. La risposta č sě, purché si verifichino tre condizioni: intensitÀ della motivazione (...) nei partecipanti, orientamento al bene pubblico della motivazione stessa, corretta informazione dei partecipanti. Ma si tratta di una conclusione ipotetica, che tiene conto della complessitÀ e molteplicitÀ dei fattori in gioco, e dunque del fatto che nessuna proprietÀ dei processi decisionali collettivi č desiderabile incondizionatamente. (shrink)

O presente ensaio apresenta como ponto de partida o conto "Cadeira", do escritor português José Saramago, para ilustrar a contínua atualidade do estudo "Amizade, recusa do servir" da professora e filósofa Marilena Chaui, publicado em 1982 pela editora Brasiliense como posfácio da obra "Discurso da servidão voluntária", de Étienne de La Boétie. Nossa intenção é partir da alegoria saramaguiana da queda da ditadura salazarista em Portugal para mostrar como o pensamento de La Boétie, especialmente quando analisado por Chaui, trespassa (...) incólume séculos inteiros chegando até a contemporaneidade europeia e brasileira e que possíveis caminhos alternativos a este sistema podem se apresentar. (shrink)

Tras el Descubrimiento de América por Cristóbal Colón, para cuya empresa contó con la decisiva ayuda del dominico fray Diego de Deza, fueron los miembros de la Orden de Santo Domingo los primeros que lucharon por la justicia en la defensa de la dignidad del indígena en la conquista de América durante las primeras décadas del asentamiento español en el Nuevo Mundo y los que, con el debate teológico y filosófico, pusieron en cuestión los Justos Títulos de ocupación por parte (...) de España de las lejanas tierras ultramarinas. También fueron los pioneros que intentaron poner en práctica la tesis evangelizadora aislacionista, seguida después por otras órdenes religiosas. Los nombres de Antonio Montesinos, Pedro de Córdoba, Bartolomé de las Casas, Francisco de Vitoria, Tomás de Berlanga, Domingo de Soto, Melchor Cano y tantos otros forman un grupo destacado de precursores que se adelantaron en el tiempo a la hora de proclamarse defensores de los Derechos Humanos. (shrink)

Come osserva Mario Ricciardi, chi si avvicina per la prima volta ai temi dell’ontologia sociale avendo compiuto studi di filosofia del diritto ha spesso un’impressione di familiarità. Tale impressione è spiegabile, senza dubbio, tenendo conto della circostanza per cui postulare l’esistenza di entità giuridiche come “la dote” o “l’eredità” non è mai un’operazione intellettualmente innocente, non significa cioè limitarsi a riconoscere realtà preesistenti, ma possiede sempre, in una certa misura...

CADERNOS DE FILOSOFIA EXTRAVAGANTE - ANTÓNIO TELMO Vários Autores Um dos sinais do Quinto Império é que ainda há andorinhas O provérbio diz que uma andorinha não faz a Primavera Mas eu acho que faz Enquanto houver um homem onde resida a espiritualidade há sempre um princípio do Quinto Império António Telmo Este terceiro volume dos Cadernos de Filosofia Extravagante é o primeiro que se publica após a partida de António Telmo, que os imaginou, concebeu e fundou Constitui por isso, (...) na íntegra, um preito de homenagem ao autor da História Secreta de Portugal, nele se inserindo, bem a propósito, as actas do Colóquio A Obra e o Pensamento de António Telmo, realizado em 14 e 15 de Fevereiro de 2011, no Palácio da Independência, em Lisboa, por iniciativa do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, documento a que acrescem alguns testemunhos de amigos que, por uma ou outra razão, não puderam participar naquela comemoração, e duas entrevistas, uma das quais se encontrava por publicar, pelo filósofo concedidas na última década Por outro lado, nestas páginas o leitor poderá ainda encontrar dois escritos do autor de O Bateleur – um poema e um conto – nunca antes dados ao papel em letra de forma E, o que talvez seja mais, uma série significativa de correspondência epistolar até agora mantida inédita, tendo o filósofo por destinatário São missivas de Álvaro Ribeiro, José Marinho, Agostinho da Silva, Dalila Pereira da Costa e António Quadros, definindo um arco temporal que vai da publicação de Arte Poética, em 1963, à de Filosofia e Kabbalah, em 1990 Quase trinta anos de uma vida filosófica singular em que, a cada passo, são bem notórias a admiração e a amizade que mestres e condiscípulos lhe dedicam Autores- António Telmo, Pedro Martins, Renato Epifânio, Américo Rodrigues, Helena Estriga, António Braz Teixeira, Joaquim Domingues, Abel de Lacerda Botelho, Roque N Brás de Oliveira, M N Vieira, Luís Paixão, António Carlos Carvalho, Cynthia Guimarães Taveira, Rui Lopo, António Quadros Ferro, Carlos Aurélio, António Cândido Franco, Rodrigo Sobral Cunha, Carlos Vargas, Manuel Ferreira Patrício, Pedro Sinde, Paulo Santos, Pedro Paquim Ribeiro, Maurícia Teles da Silva, J Pinharanda Gomes, António Quadros, Avelino de Sousa, Elísio Gala, José Paulo Ribeiro Albuquerque, Helder Cortes, Eduardo Aroso, Isabel Xavier, Jesus Carlos, Álvaro Ribeiro, José Marinho, Agostinho da Silva, Dalila Pereira da Costa. (shrink)