O contraste entre o espaço das razões e o reino da lei ao qual Sellars implicitamente apela não estava disponível antes dos tempos modernos. Os filósofos modernos não sentiram uma tensão entre a ideia de que o conhecimento tem um status normativo e a ideia de um exercício de poderes naturais. Porém, a ascensão da ciência moderna tornou disponível uma concepção de natureza que faz a advertência de uma falácia naturalista na epistemologia inteligível. Por isso o contraste que Sellars traça (...) pode estabelecer uma agenda para a filosofia hoje. Eu quero distinguir duas maneiras de empreender tal projeto. A ideia é a de que a organização do espaço das razões não é, como Sellars sugere, estranha ao tipo de estrutura que a ciência natural descobre no mundo. Pensar e conhecer são parte de nossa maneira de ser animais. Para mostrar isso, vou distinguir entre dois tipos de naturalismo: um naturalismo restritivo e um naturalismo liberal. Quero sugerir que o argumento de Millikan em favor de um naturalismo restritivo ao criticar a semântica fregiana está contaminado pela adesão a um cartesianismo residual. Esse é o resultado de uma troca familiar; o preço de descartar o imaterialismo cartesiano, enquanto se permanece no interior do naturalismo restritivo, é o de que a parte que se escolheu da natureza não é mais especial o suficiente para ser creditada com poderes de pensamento. Vou argumentar que o lugar próprio à ideia de “apreender sentidos” está em descrever padrões em nossas vidas – nossas vidas mentais, nesse caso – que são inteligíveis somente em termos das relações que estruturam o espaço das razões. Essa padronização envolve racionalidade genuína, não apenas “racionalidade mecânica”. O naturalismo liberal não precisa nada mais, para fazer a ideia de “apreender sentidos” não-problemática, do que uma insistência perfeitamente razoável em que tais padrões realmente moldam as nossas vidas. (shrink)

Nesse artigo, procuramos mostrar que duas alternativas célebres aos fundacionalismos tradicionais - o falibilismo de Popper e o naturalismo de Quine - apresentam consequências indesejáveis a respeito do problema da base empírica. Propomos uma terceira alternativa - o ceticismo alético -, que pode lidar adequadamente com esse problema. Além disso, compreendemos o ceticismo alético como uma doutrina diferente do ceticismo pirrônico tradicional (e outras versões antigas e modernas de ceticismo), no que diz respeito ao objetivo da investigação, embora ele (...) coincida com o pirronismo em seu método. O ceticismo alético evita não apenas o naturalismo, mas também o falibilismo. (shrink)

El naturalismo normativo de Larry Laudan es una de las tesis más importantes en filosofía de la ciencia, entre otras razones, porque permite evaluar las diferentes teorías filosóficas acerca de la naturaleza de la metodología científica. Su rasgo central es que incorpora tanto un aspecto descriptivo..

O naturalismo sustenta que não há acesso mais elevado à verdade do que por meio de hipóteses empiricamente testáveis. No entanto, não repudia hipóteses intestáveis. Elas preenchem os interstícios de teorias e conduzem a novas hipóteses que são testáveis.Uma hipótese é testada deduzindo-se, dela e da base [background] de uma teoria aceita, algum categórico observacional que não se segue da base apenas. Esse categórico, um enunciado condicional generalizado composto de duas frases observacionais, admite, por sua vez, um teste experimental (...) primitivo.As frases observacionais elas mesmas, tais como gritos de símios e cantos de pássaros, estão em associação holofrástica com gamas de recepções neurais. A denotação de objetos determinados não figura nem nessa associação nem na dedução do categórico a partir de hipóteses científicas. Consequentemente, a indeterminação da referência; a ontologia é puramente auxiliar à estrutura da teoria. A verdade, no entanto, é vista ainda como transcendente ao menos no seguinte sentido: dizemos de uma teoria científica superada, não que deixou de ser verdadeira, mas que foi descoberta ter sido falsa. (shrink)

O contraste entre o espaço das razões e o reino da lei ao qual Sellars implicitamente apela não estava disponível antes dos tempos modernos. Os filósofos modernos não sentiram uma tensão entre a ideia de que o conhecimento tem um status normativo e a ideia de um exercício de poderes naturais. Porém, a ascensão da ciência moderna tornou disponível uma concepção de natureza que faz a advertência de uma falácia naturalista na epistemologia inteligível. Por isso o contraste que Sellars traça (...) pode estabelecer uma agenda para a filosofia hoje. Eu quero distinguir duas maneiras de empreender tal projeto. A ideia é a de que a organização do espaço das razões não é, como Sellars sugere, estranha ao tipo de estrutura que a ciência natural descobre no mundo. Pensar e conhecer são parte de nossa maneira de ser animais. Para mostrar isso, vou distinguir entre dois tipos de naturalismo: um naturalismo restritivo e um naturalismo liberal. Quero sugerir que o argumento de Millikan em favor de um naturalismo restritivo ao criticar a semântica fregiana está contaminado pela adesão a um cartesianismo residual. Esse é o resultado de uma troca familiar; o preço de descartar o imaterialismo cartesiano, enquanto se permanece no interior do naturalismo restritivo, é o de que a parte que se escolheu da natureza não é mais especial o suficiente para ser creditada com poderes de pensamento. Vou argumentar que o lugar próprio à ideia de “apreender sentidos” está em descrever padrões em nossas vidas – nossas vidas mentais, nesse caso – que são inteligíveis somente em termos das relações que estruturam o espaço das razões. Essa padronização envolve racionalidade genuína, não apenas “racionalidade mecânica”. O naturalismo liberal não precisa nada mais, para fazer a ideia de “apreender sentidos” não-problemática, do que uma insistência perfeitamente razoável em que tais padrões realmente moldam as nossas vidas. (shrink)

ResumenEn este artículo me propongo realizar una defensa del naturalismo como fundamento metafísico de la ciencia, mostrando para ello que el “nuevo realismo” de Markus Gabriel es otra versión contemporánea del relativismo y del idealismo y a pesar de que Gabriel acepta la distinción fregeana de sentido y referencia, sus implicaciones son explícitamente antinaturalistas. En concreto, la defensa al naturalismo que intento ofrecer aquí es una crítica abierta a las consecuencias antinaturalistas y pseudocientíficas del “nuevo realismo” de Gabriel. (...) Otra manera de comprender este trabajo es mostrar que el naturalismo puede ser una pieza clave para entender la discusión contemporánea entre la ciencia y la pseudociencia.Palabras clave: Gabriel; naturalismo; nuevo realismo; demarcación; ciencia. (shrink)

Influenzati entrambi in modo particolare da John Dewey, Sidney Hook e Morton White si caratterizzano per un impegno costante verso l'estensione dell'approccio naturalista da un ambito strettamente scientifico a uno piu' ampio, etico e sociale. Hook, coniugando l'ottica pragmatista con l'accentuazione dei caratteri conflittuali della realta', concepisce la democrazia stessa come un'applicazione dell'intelligenza sperimentale alla soluzione dei conflitti nella vita sociale e politica. White propone un pragmatismo olistico che mira a rimarginare non solo la dicotomia tra analitico e sintetico, ma (...) anche la divisione tra credenze scientifiche e credenze morali e, piu' ingenerale, tra il piano descrittivo e il piano normativo. Se l'ampliamento del naturalismo e l!'nteresse per i temi epistemologici caratterizzano entrambi i pensatori, si puo' dire che il percorso di Hook si intreccia costantemente con la dimensione politica, mentre quello di White si sviluppa nel dialogo con la dimensione storica. (shrink)

El Naturalismo Trascendental del Ultimo Wittgenstein The present article considers an internal tension in Wittgenstein's late philosophy. In what I call his 'naturalism', Wittgenstein circumscribes philosophical reflection to natural objects, to «making natural history». In his 'transcendentalism' he focuses on the «possibility of phenomena» and distinguishes philosophical method from the method of the natural sciences. I show that his 'transcendentalism' is present in his discussion of rules and prívate language, arguing for an interpretation in terms of a kantian type (...) of transcendental synthesis. But far from contradicting his 'naturalism', both tendencies are inseparable and essential to the main purpose of his Philosophical Investigations. (shrink)

Este artículo propone la necesidad de realizar una revisión teórica sobre la actual asunción epistemológica que establece a la dicotomía naturaleza-sociedad como piedra angular de una cosmovisión amplia para contextos occidentales. Se rebaten aquellas perspectivas antropológicas que dan por sentado que, en estos espacios, de manera genérica y sin matices, la práctica social y las ideas no se construyen de forma vinculada al medio, cayendo bajo la creencia de que la naturaleza existe ajena a la voluntad humana. Discutiremos el ingenuo (...) esencialismo etnológico que posiciona al naturalismo como modelo central de la cosmovisión socio-europea, el cual es caracterizado por patrones dualistas que han permitido configurar, al mismo tiempo y por contraposición a este, paradigmas monistas de relaciones socioecológicas en otras partes del mundo. (shrink)

La constatación de que nuestro universo está constituido de unos y los mismos elementos materiales en cualquier lugar en que podamos observarlo nos lleva directamente a la postulación de un único principio y causa del único proceso universal al que se debe cuanto existe. Y en ese trance parece inevitable preguntar: ¿cómo ha surgido Todo? Todo, aquí, significa cuanto hay; sin excepción alguna. Esta visión puramente física del Universo puede denominarse naturalismo universal, entendiendo el término naturalismo como traducción (...) del término aristotélico physis en su célebre definición. (shrink)

http://dx.doi.org/10.5007/1808-1711.2009v13n3p371 Este artigo defende a hipótese de que Ernst Mach (1838-1916) recorreu ao naturalismo (termo que ele não usou) — atitude derivada da sua aceitação da teoria da evolução de Darwin — como arma contra a metafísica (aqui compreendida como uma atitude em favor da busca por fundamentação última, fixa e definitiva), já que procuraria estabelecer critérios de avaliação, incluindo os relativos à escolha de teorias científicas, efetivamente capazes de serem usados pelos seres humanos.

As competências cognitivas pressupostas pelas atualizações sociais (relações, discursos,interpretações) significam a atribuição aos seres humanos de uma certa racionalidade. Essa racionalidade pode ser concebida seja na perspectiva de uma filosofia da história de tipo evolucionista (Habermas),seja numa perspectiva da filosofia da mente (Pettit). Nas duas perspectivas, o tipo de questionamento é quase transcendental, no sentido de que se trata de revelar as condições de possibilidade das operações cognitivas reais efetuadas pelos agentes. Em última instância, as condições de possibilidade devem ser (...) entendidas como "natureza". A questão é a de saber se, metodologicamente, um monismo naturalista é possível, ou se um dualismo de perspectivas não seria imprescindível. (shrink)

The aim of this article is to investigate the sensualist naturalism in the Logic of the priest and French philosopher Étienne Bonnot de Condillac. This author has been very little studied in our language; being almost non-existent in philosophy journals published in the Hispanic world. This paper is divided into four parts. A first part, where whoever reads us will find the most general naturalism as the humus of the logic written by Mureaux’s priest. In the second part, we will (...) study the reasons for the sensualist qualifier that underlies this original logic and, finally, in the third part, we will show how to articulate the images, genres, classes in the simplified language of a logic that is in accordance with the sensitive organic system of the human being, along with the other important sciences. We will finish this work with our conclusions on how Condillac, moved by his naturalistic and sensualistic background, admonished the essentialist and synthesist logic of his time, rehearsing a renewal through an unusual critical sagacity. (shrink)

The paper focuses on the Humean origins of contemporary philosophical naturalism and attempts to address fundamental issues like the following: to what extent is the naturalistic interpretation of Humean philosophy influenced by contemporary interpretations of naturalism itself? Can we really make Humean naturalism consistent with contemporary naturalism? Is the former really relevant to the latter, and in what sense? The above analysis is not meant simply to be an exercise in Humean scholarship, but also a contribution to the understanding of (...) the philosophical foundations of naturalism, involving two general main claims. First, the image of science that shapes Humean naturalism is different from the corresponding contemporary one, so as to make far from obvious the claim according to which contemporary naturalism is inspired by the Humean one. Second, science itself presupposes a sort of intrinsic explanatory normativity, that makes the naturalistic claim on the non-normative character of scientific explanations highly controversial. (shrink)

The first part of the paper offers an historical reconstruction of the relationship between philosophy and neuroscience. The goal of this part is to show that such relationship has been generated on the basis of a theoretical common ground; that this common story was essentially tied to the American philosophical naturalism; that naturalism entails a metaphilosophical constraint, such that between philosophy and the natural sciences subsists a strong cognitive asymmetry. In the second part of the paper, it has been taken (...) into consideration the proposal of a “naturalized epistemology”. On the one hand, it has been examined the historical and theoretical consequences of it. But on the other hand, it is possible to show that in the very same quinean text there are conceptual resources that exceed the cages of reductionisms by restoring a broader and less hierarchical idea of philosophy. The fundamental claim of the work is that only assuming an idea of philosophy not already-naturalized it is possible to match the challenge for a new semantics of concepts brought forward by neurosciences. (shrink)

El texto que proponemos tratará de destacar el papel que desempeña la religión en la obra más naturalista de Zola, esto es en Les Rougon-Macquart. Pero, ¿por qué elegir esta obra y no sus novelas posteriores donde el elemento religioso es mucho más evidente? Nuestra intención es desmentir el tradicional calificativo de anticlerical y de enemigo de la religión que soportó Zola hasta bien entrado el siglo XX. En efecto, sus libros esconden todo un universo religioso demasiado complejo, sutil y (...) recurrente como para ser considerado simplemente como anticlerical. Muy al contrario, atribuimos a la religión una importancia decisiva en el universo poético zoliano, en su arquitectura narrativa y en la ontología subyacente. Queremos, pues, contribuir al descubrimiento del verdadero alcance del tema religioso en Zola, fuera ya de las perspectivas sociológicas o ideológicas desde las que más comúnmente se ha tratado. (shrink)

Recent developments in the neuroscience offer an increasing amount of “brain-based” explanations of decision-making in ethics . Are those explanations more basic than the psychological, “social” or philosophical ones? In my paper I address this question analyzing the meaning of “because” in sentences like “when someone is willing to act on a moral belief, it is because the emotional part of his or her brain has become active when considering the moral question at hand” . My answer is a pluralistic (...) one. I reject brain-fundamentalism and I argue that neuroscientific developments support a moderate form of naturalism, according to which empirical results may indirectly influence moral reflection, but offer no direct evidence to radical reductive naturalism. (shrink)

En reacción al platonismo de Quine acerca de los objetos matemáticos han surgido las posiciones ficcionalistas, tanto las revisionistas como las hermenéuticas. En mi parecer las tres posiciones son defendibles. Cuál elige uno (si es que decidimos elegir una de ellas), depende de convicciones filosóf..

Este artigo tem como objetivo situar a pesquisa contemporânea sobre a dor e delimitar as diferentes metodologias aplicadas na análise deste tema. O objetivo deste estudo é argumentar contra a posição que defende que o naturalismo e o construtivismo social são os únicos possíveis pontos de partida no campo da pesquisa da dor. Pretende-‑se mostrar que essas duas correntes se baseiam em pressupostos cuja explicação filosófica requer uma fenomenologia da dor. Dado que esses pressupostos dizem respeito ao conceito de (...) dor, tentarei oferecer uma visão crítica de algumas conceções estabelecidas, além de apresentar o que chamarei de definição fenomenológica de dor. (shrink)

Se discute el proyecto de la "naturalización de la filosofía de la ciencia", a través de las teorías de Ronald Giere y Philip Kitcher. Ambas tienen en común la atención preferente que prestan a los procesos de decisión de los científicos individuales y la defensa de una concepción realista y racionalista de la ciencia. La comparación se lleva a cabo desde una triple perspectiva: su consideración como teorías darwinianas del desarrollo científico, su referencia a los modelos de la psicología cognitiva, (...) y su posible coherencia con la "tesis de la simetría" defendida por los sociólogos de la escuela de Edimburgo. (shrink)

This paper argues against the naturalistic interpretation of Kant's epistemology and shows the transcendental character of the critical theory, focusing on the transcendental deduction of categories. The author emphasizes the difficult balance between the transcendental and the naturalistic approach to Kantian epistemology.

Se discute el proyecto de la naturalización de la filosofía de la ciencia, a través de las teorías de Ronald Giere y Philip Kitcher. Ambas tienen en común la atención preferente que prestan a los procesos de decisión de los científicos individuales y la defensa de una concepción realista y racionalista de la ciencia. La comparación se lleva a cabo desde una triple perspectiva: su consideración como teorías darwinianas del desarrollo científico, su referencia a los modelos de la psicología cogni (...) tiva, y su posible coherencia con la tesis de la simetría defendida por los sociólogos de la escuela de Edimburgo. (shrink)

An analysis of Anton Marty’s usage of nativism and empiricism as opposed terms in the controversy on the genetic theory of language (the so-called Nativismusstreit).

En el presente artículo se analizan los tres ejes del debate en la polémica que hace unos años han mantenido Antonio Diéguez Lucena y Francisco José Soler Gil: i) la causación mental y su posible explicación en clave naturalista, ii) los méritos y límites explicativos de una posible alternativa teísta y iii) la conveniencia o no de una metodología naturalista en filosofía.

This article defends the hypothesis that Ernst Mach employed naturalism — an attitude which has its origin in Mach’s acceptance of Darwinism — as a weapon against metaphysics, since the former would try to establish evalutions criteria, including those necessary to choose scientific theories, capable of being used by human beings.

http://dx.doi.org/10.5007/1808-1711.2012v16n2p255 O artigo investiga se o naturalismo biológico (a solução de John Searle para o problema mente-corpo) pode ser considerado uma concepção fisicalista acerca da mente. Apesar de defender um fisicalismo a respeito dos particulares (seção 2), Searle adere ao argumento básico dos dualistas para a irredutibilidade das propriedades mentais (seção 3), e não consegue fundamentar sua alegação de que tal irredutibilidade é compatível com o fisicalismo (seção 4). Desse modo, sua teoria da mente se revela como um dualismo (...) de propriedades. (shrink)

Or present article salient to the theme of consciousness, as a crucial fator we are mindful, based on a historical retake, encompassing the principalities that justify and conceive this phenomenon. Initially, discussed in the "mind-brain" problem, a conscience is given to the leading role of Philosophy of Mind, alicerçada em duas great corntes: monista and dualista. Both, theoretically, from the ramifications of Cartesian thought, which divides the mind and mind into these dichotomous substances or as reduced to pure materialism, discarding (...) subjectivities. Searle, based on his Biological Naturalism, stands out as an innovative thinker, who unleashes the current theories, proposed to analyze two states as a result of epistemic objectivity together with no ontological subjectivity. (shrink)

Biological naturalism’s mental ontology decisively depends on the notion of causality. However, Searle does not embed this notion in his ontology in dialogue with the relevant scientific and philosophical literature, but rather guided by a certain sort of intuitive verisimilitude. Taking Bunge’s general ontology as a background, we discuss two important problems rooted in this shallow treatment of causality: the first one has to do with the fact that Searlean emergentism builds upon a categorical error between properties and processes; the (...) second one with the fact that Searle’s only argument for anti-reductionism contradicts the rest of his ontology of the mental. La ontología de lo mental del naturalismo biológico depende decisivamente de la noción de causalidad. No obstante, Searle no incardina dicha noción en su ontología en diálogo con la literatura científica y filosófica relevante, sino antes bien orientado por cierta suerte de verosimilitud intuitiva. Sobre el trasfondo de la ontología general de Mario Bunge, discutimos dos importantes problemas derivados de este somero tratamiento de la causalidad: por una parte, que el emergentismo searleano se alza sobre la base de un error categorial entre propiedades y procesos; por otra, que el único argumento de Searle en favor del antirreduccionismo se encuentra en contradicción con el resto de su ontología de lo mental. (shrink)