This paper tries to show that despite the problems surrounding the defence of an objective morality, this is a better alternative than a subjective one. For this I take the moral philosophy of Kant as an example of an objective moral philosophy. I start by spelling out briefly his moral philosophy, then I show the problems he has to face, and finally I defend his standpoint against a subjective one that aims at depriving us from our moral responsibilities as moral (...) agents and human beings. (shrink)

The paper offers some arguments in favour of the view that there are aesthetic properties of performances of works of Western classical music that always count as good-making features of such performances.

Discordamos sobre todo o tipo de coisas: o que existe, como as coisas funcionam, o que fazer, de que gostamos, etc. Entre os vários tipos de desacordo discutidos em debates filosóficos contemporâneos encontram-se os desacordos irrepreensíveis, os desacordos meramente verbais, e os desacordos entre pares. Os diferentes tipos de desacordo dão lugar a diversos problemas filosóficos. Há filósofos defendem que se o desacordo sobre uma questão é irrepreensível, então talvez não haja verdades objectivas sobre essa questão, e que se um (...) desacordo é meramente verbal, então não existe nenhum problema real em discussão. Algumas consequências destes tipos de desacordo concernem a objectividade dos problemas em causa. Outras consequèncias concernem a racionalidade das nossas crenças, como quando aprendemos que um par epistémico não concorda connosco. Este artigo resume a discussão filosófica contemporânea sobre o desacordo meramente verbal, o desacordo irrepreensível, e o desacordo entre pares. (shrink)

Autor de vasta e rigorosa obra de investigação histórico-filosófica, Domingos Maurício participou no corpo incial dos redactores da. Revista Portuguesa de Filosofia, cabendo-lhe a autoria do texto programático de abertura da publicação, em 1945. Como investigador, as directrizes de trabalho que Domingos Maurício prosseguia ligavam--se, em parcela significativa, àquelas que viriam a ser definidas e executadas pela própria Revista, daí resultando o interesse de uma análise em termos de recíproca aproximação, para efeitos deste estudo. A recuperação do prestígio intelectual dos (...) Inacianos, e a revisão crítica do processo que engendrara a lenda denegridora da Companhia de Jesus no nosso País; a valorização da Metafísica cristá e da Teologia de inspiração tomista; a demonstração da grande densidade filosófica do Curso Conimbricense, e da valia do labor especulativo de luminares do Pensamento moderno, como Pedro da Fonseca, Franciso Suárez e Luís de Molina; o mérito e projecção cultural da Universidade de Éevora e do Colégio das Artes de Coimbra, durante a administração jesuíta, tais eram as metas e os temas de um vasto programa que Domingos Maurício empreendera. A única via possível para realizar esse vasto programa foi a da objectividade da investigação histórica, da erudição verdadeiramente rigorosa, da crítica exigente. A realização destes objectivos constitui, a nosso ver, o grande merito historiográfico de Domingos Maurício, e isso lhe conquistou um lugar ímpar na História da Filosofia e na História das Ideias em Portugal. /// Auteur d'une vaste et rigoureux travail de recherche histoire-philosophique, Domingos Maurício étail menibre du groupe initial des redacteurs de la Revista Portuguesa de Filosofia, et fut l'auteur du texle-programme lors de l'apparilion de la publication en 1945. Coirune chcrchcur, les lignes directrices du travail de Domingos Maurício croisent de façon significative celles qui en viendraient à l'être définies et mises en pratique par la Revue même: il en résulte un net intérét pour une analyse en tennes d'approchc réciproque en vue de cette étude. La récuperation du prestige intellecluel des disciples de S. Ignacc et la révision critique du procès qu'avait provoqué la légende dénigranl la Compagnie de Jésus dans noire pays: la valorisation de la Métaphysique chrétienne el de la théologie d'inspiralion thomiste; la démonstration de la grande densite philosophique du "Cursus Conimbricensis", et la qualité du travail spéculatif des flambeaux de la pensée moderne, comme Pedro da Fonseca, Francisco Suárez et Luis de Molina; le mérite de la projection culturelle de l'Université d'Évora et du College des Arts de Coimbra durant radministration jésuite, tels étaient les buls el les thèmes d'un vaste programme que Domingos Maurício avait entrepris. L'unique voie possible pour réaliser ce vaste programme ful celle de l'objectivité de la recherche historique, de l'érudition vraiment rigoureuse, de la critique exigente; la réalisation de ces objectifs consume, à notre avis, le grand mérite historiographique de Domingos Maurício, ce qui lui valut une place sans égal dans la Philosophic et l'Histoire des Idées au Portugal. /// Author of many works in the history of philosophy, Domingos Maurício belong the original editorial team responsable for the publication of the Revista Portuguesa de Filosofia; in fact, the opening text of the first issue of the review (1945) was witten by him. The direction taken in his research can be seen in the issues of the Revista: the recuperation of the intelectual prestige of the Inacians and a critical account of the process by which a negative history of the Society of Jesus was produced in our country; the valorization of Christian Metaphysics and Thomistic theology; the demonstration of the philosophical worth of the "Curso Conimbricense", and the value of authors such as Pedro da Fonseca, Francisco Suárez, and Luis de Molina; the cultural importance of the Universidade de Évora and the Colégio das Artes in Coimbra under the administration of the Jesuits. (shrink)

Ao trazer a público o 8.o volume da obra 'Teoria do Conhecimento Científico', o Instituto Piaget presta homenagem a um investigador de prestígio reconhecido e a um colaborador de vários dos seus colóquios culturais e científicos. Armando Castro continua aqui o ambicioso projecto, iniciado em 1975, de elaboração de uma 'ciência do conhecimento científico', com o qual procurava - numa intenção que permanece oportuna - clarificar a especificidade das abordagens científicas face a outras modalidades cognitivas e não cognitivas. Escrito em (...) 1993, este texto é, na sequência dos anteriores, uma consideração de diferentes aspectos epistémicos como a previsibilidade em ciência, a objectividade/subjectividade das suas representações teóricas e uma análise de outras categorias epistemológicas essenciais. O tema fulcral é, no entanto, uma apreciação da especificidade da racionalidade científica e uma valorização do seu significado diante de uma certa tentação contemporânea pelo irracionalismo. Jean-Michel Besnier, professor agregado e doutorado em Filosofia, é actualmente investigador no Laboratório de Comunicação e Política do CNRS. (shrink)

O artigo parte do consenso sobre a facto de que a arte tem valor para a exploração dos vários problemas sobre esse valor cujas soluções dividem os filósofos da arte. O enfoque é especialmente sobre a dimensão mais actual do debate em torno do tema, que se debruça não tanto sobre questões como o realismo quanto aos valores estéticos e a objectividade e justificação dos juízos de valor estético, mas acima de tudo sobre a natureza do valor artístico – que (...) tipo de valor é e em que propriedades da arte (se nalguma) reside. (shrink)

Resumo Os sentidos para Frege são reais e objectivos, mas não são nem objectos nem funções. Eles são reais por causa da sua objectividade e por serem referências em contextos oblíquos. E, mesmo assim, eles não são objectos: eles não têm o modo de ser dos objectos – entidades identificáveis auto-subsistentes independentes – nem são funções. Assim, a ontologia de Frege inclui ainda uma outra categoria ontológica, a do sentido, que tem o seu próprio modo especial de ser. Entre as (...) suas características encontra-se: a sua intencionalidade, a sua sobreveniência na referência, a compreensibilidade pela mente humana e a limitação pela linguagem. Assim, os sentidos cruzam as distinções ontológicas simples, como a mental / material. Palavras-chave : Frege, funções, objectividade, objectos, platonismo, referência, sentidoFregean senses are real and objective, but neither objects nor functions. They are real because of their objectivity and their being references in oblique contexts. And yet they are not objects: they don’t have the mode of being of objects − independent self-subsistent identifiable entities − neither are they functions. Thus, Frege’s ontology includes another ontological category, that of sense, having its own special mode of being. Among its further characteristics are its intentionality, its supervenience on reference, its being graspable by the human mind and constrained by language. Thus, it crosses simple ontological distinctions like the mental / material one. Keywords : Frege, sense, reference, objects, function, objectivity, platonism. (shrink)

In the first half of this article, the author argues that the notion of criticizability plays a central role in the communicative rationality that Jiirgen Habermas proposes. He also identifies the incurable errors that Habermas recognizes in the philosophy of consciousness, and explains how Habermas thinks the concept of communicative rationality overcomes these errors. At the end of this discussion, he shows how the theory of communicative action suffers from vague and unsatisfying treatments of the key philosophical issues of cognition (...) and objectivity, and suggests that these deficiencies in the theory result from Habermas's desire to avoid all things subject-centered and metaphysical. In the latter half of the article, the author discusses the cognitional theory of Bernard Lonergan and shows how it (1) avoids the legitimate criticisms Habermas raises against the philosophy of consciousness and (2) supplements and complements the theory of communicative action. /// Na primeira parte do presente artigo, o autor defende que a noção de critica-bilidade desempenha um papel central na racionalidade comunicativa proposta por Jürgen Habermas. Aí são também identificados os erros insanáveis que Habermas reconhece na filosofia da consciência, e se explica de que modo Habermas pensa que o conceito de racionalidade comunicativa supera esses erros. No final da discussão, porém, o autor do artigo mostra até que ponto a teoria da acção comunicativa padece de tratamentos vagos e insatisfatórios de questões filosóficas chave relativas à cognição e à objectividade, sugerindo que estas deficiências na teoria resultam do desejo de Habermas de evitar tudo o que seja centrado no sujeito e de natureza metafísica. Na segunda grande porção do artigo, o autor discute a teoria cognitiva de Bernard Lonergan procurando demonstrar de que modo ela (1) evita as críticas legítimas de Habermas relativamente à filosofia da consciência e (2) suplementa e complementa a teoria da acção comunicativa. (shrink)

While the contemporary philosophy of history is under severe attack from many quarters (from linguistic historicism to deconstructionism), Lonergan offers a reconstruction of the philosophy of history by grounding it in his "foundational anti-foundationalism," which breaks with the pervasive assumption of a radical bifurcation of subjectivity and objectivity. Shorn of any Cartesian subjectivism, conceptualist system building, or positivist objectivism, his viewpoint is comprehensive. It embraces an ontological philosophy of history that explores the complex and dynamic structures of interaction in historical (...) life that constitute human being (and historicity) as the dialectic of relative horizons and basic horizon. It establishes an epistemological philosophy of history that affirms perspectivism and real historical knowledge, objectivity and evaluation. It clarifies the complex, complementary relations of historical disciplines, the fields in the history of thought, and the prospects of a speculative philosophy of history that focuses on watershed, differentiations of consciousness without succumbing to any priori universal history. /// Ao mesmo tempo que a Filosofia contemporânea da História se encontrava sob ataques severos vindos de vários quadrantes (desde o historicismo linguístico à desconstrução), Lonergan trabalhava no sentido de uma reconstrução da Filosofia da História fundamentando-a no seu "anti-fundacionalismo fundacional", o qual rompe com a pervasiva assumpção acerca da existência de uma bifurcação entre subjectividade e objectividade. Resistindo ao subjectivismo cartesiano, à construção sistemática conceptualista, ou ao objectivismo positivista, o ponto de vista de Lonergan é claramente compreensivo. Ele abraça uma filosofia ontológica da história devotada a uma exploração das estruturas complexas e dinâmicas de interacção na vida histórica constitutivas do ser humano (e da historicidade), tais como as que se dão mediante a dialéctica dos horizontes relativos e do horizonte básico. Mostra-se, assim, de quemodo honergan estabelece uma filosofia da história de cariz epistemológico capaz de afirmar em simultâneo o carácter perspectivista e real do conhecimento histórico, a objectividade e a avaliação. Desse modo, Lonergan clarifica as relações complexas e de complementaridade existentes entre as diversas disciplinas históricas, os diversos campos na história do pensamento, bem como as possibilidades de uma filosofia especulativa da história centrada em precisas diferenciações da consciência sem cair no carácter a priori de uma qualquer história universal. (shrink)

Os sistemas de cômputo do tempo na Índia são extremamente complexos, devido a dois factores: em primeiro lugar a coexistência não só de diversas teorias e tabelas astronómicas mas também de diferentes calendários, que em parte resulta de a Índia raramente ao longo da sua história ter constituído uma unidade política; em segundo lugar uma grande preocupação, quiçá de origem mágica, com a objectividade astronómica dos dados utilizados no cômputo do tempo. Do primeiro factor indicado resultam, por exemplo, a coexistência (...) de calendários solares, predominantes em certas regiões, com calendários luni-solares nas restantes, a contagem dos meses a partir da lua-nova ou da lua-cheia, consoante as zonas, etc. Do segundo resultam por exemplo: a adopção de estranhas unidades de tempo, como o tithi (que se pode definir como a trigésima parte de uma lunação, ou, em outros termos, o tempo que, após uma conjunção com o Sol ou seja uma lua-nova, a Lua demora a afastar-se deste 12° sobre o zodíaco); a entrada em conta da precessão dos equinócios para efeitos de determinação do início dos signos do zodíaco; etc. O presente artigo procura resumir e explicar essa diversidade de uma perspectiva histórica, pondo-a em relação com a evolução da astronomia indiana. (shrink)

Rorty should be read as a reformer, rather than a revolutionary transformer. While the reformer aims to improve what is already good, the revolutionary transformer seeks to dispense with the merely good in a quest for the absolutely best. For Rorty this choice was a bad choice. In order to make the ..