O artigo procura mostrar, com base no parágrafo 17 do Tratado da Emenda do Intelecto, a centralidade do conceito de vulgo para a interpretação da obra de Espinosa. Para tanto, discute-se a relação entre imagens e conceitos na teoria do conhecimento em Espinosa, bem como a relação entre linguagem e filosofia.

In this paper we will propose an empirical analysis of spatial and temporal boundaries. Unlike other proposals, which deal mainly with the commonsense level of the subject, we will ground our explication on well-established scientific practice and language. In this way we show how to reconsider in an innovative way questions such as the distinction between the bona fide boundaries and the fiat boundaries, the thickness and the ownership of the boundaries. At the same time we propose a division between (...) ex mensura boundaries and qui vulgo dicuntur boundaries. What is it, therefore,that divides the atmosphere from the water?[Leonardo da Vinci, Notebooks]. (shrink)

Não obstante as críticas de Giambattista Vico ao pensamento de Espinosa, é possível estabelecer uma relação de proximidade entre os dois. Se as críticas distanciam, o interesse histórico-filológico aproxima. Com efeito, para o estabelecimento de certa convergência entre os propósitos filosóficos dos dois autores, elencam-se os seguintes pressupostos: _i)_ tanto na _Ciência Nova_, quanto no _Tratado Teológico-Político_, a _filologia_ não é apenas conhecimento textual das línguas, porém via de acesso à história de um povo, pois guarda as mutações temporais da (...) vida civil e a memória do mundo de sentido no qual se gesta; _ii)_ a língua não é uma criação do rigor do entendimento, isto é, não é criação dos filósofos, mas da imaginação, portanto do _vulgo_. Desse modo, toda via de acesso ao conhecimento do passado passa inevitavelmente pela potência da _imaginação-fantasia_: questão que interpela Espinosa na _história dos hebreus_ e Vico na _natureza comum das nações_. (shrink)

Resumo Palavras-chave: Espinosa. Prudência. Regra prática. Sabedoria teórica. Vulgo. Este artigo propõe-se a analisar o sentido de prudência na Ética de Espinosa. Será examinado o modo como o filósofo apresenta sua noção de prudência ao comunicar suas ideias tanto ao não filósofo como a um leitor mais apto à compreensão da “verdadeira filosofia”. Espinosa escreve, no Tratado Teológico Político, que, para que seja entendido e ensinar qualquer doutrina ao gênero humano, terá de adaptar seus argumentos à compreensão de todos. (...) Assim, sua noção de prudência é uma arte de adaptar sua comunicação ao vulgo e menciona a necessidade de demonstrar essa regra prática através da experiência. Contudo, existe um caminho almejado pelo filósofo que busca a conciliação de uma sabedoria teórica que pretende alcançar uma “prudência mais alta”. Este artigo buscará indicar alguns conceitos e considerações presentes na obra de Espinosa em que sua noção de prudência opera e tem suas bases firmadas no campo do conhecimento e da razão, assim como no campo dos afetos e das relações afetivas. A Parte V da Ética considera em seu primeiro axioma o lugar de mudanças que ocorrem em um mesmo sujeito como uma prática inseparável daquilo que Espinosa designa como prudência. Sem a intenção de esgotar a apresentação desse tema no pensamento do filósofo, essa compreensão será o ponto de partida deste trabalho ainda em andamento, para a análise e reflexão da noção e do sentido de prudência espinosana. (shrink)

O presente texto tem como objetivo apontar algumas das razões pelas quais Spinoza foi considerado um herege. Acreditamos que as três principais razões que colaboraram para essa interpretação do seu pensamento estão contidas mais explicitamente no _Tratado Teológico Político_ do que em sua principal obra filosófica, a _Ética_. Ademais, o _Tratado Teológico Político_ teve maior alcance entre o vulgo, pois era o objetivo de Spinoza que a obra tivesse a maior repercussão possível e influenciasse no conflituoso cenário político e (...) religioso de sua época, ao mesmo tempo em que a _Ética_ permanecia confinada entre as mãos dos seus amigos e leitores mais próximos. (shrink)

Today, experimental philosophers challenge traditional appeals to intuition; they empirically collect folk intuitions and then use their findings to attack philosophers' intuitions. However this movement is not uniform. Radical experimentalists criticize the use of intuitions in philosophy altogether and they have been mostly attacked. Contrariwise, moderate experimentalists imply that laypersons' intuitions are somehow relevant to philosophical problems. Sometimes they even use folk intuitions in order to advance theoretical theses. In this paper I will try to challenge the so-called moderate experimental (...) attempts to rely on intuition in order to promote philosophical theses. Hoy en día, los filósofos experimentales ponen en duda la tradición de apelar a la intuición; coleccionan intuiciones empíricas populares y después utilizan sus descubrimientos para atacar las intuiciones de los filósofos. Sin embargo, esta estrategia no es uniforme. Los experimentalistas radicales critican cualquier uso de intuiciones en filosofía y han sido objeto de los mayores ataques. A diferencia de ellos, los experimentalistas moderados sugieren que las intuiciones del vulgo son de alguna manera pertinentes en los problemas filosóficos. Algunas veces incluso usan intuiciones populares para defender tesis teóricas. En este trabajo pretendo poner en duda los intentos de los llamados experimentalistas moderados de apelar a intuiciones para promover tesis filosóficas. (shrink)

Negar el libre albedrío implica que el ser humano no es libre por naturaleza, sino que puede llegar a serlo mediante un uso adecuado de su inteligencia; libertad que solo la consiguen los “sabios”. Por eso, cuando Spinoza entiende la democracia como la forma de gobierno que mejor defiende la libertad, esto vale para los “sabios”, pero no para el vulgo, que solo mediante el miedo y la esperanza es conducido a obrar según los dictados de la razón. ¿No (...) será esta indeseable consecuencia la que le impidió terminar su Tratado Político, precisamente cuando se aprestaba a estudiar la democracia? (shrink)

Los dos textos que forman la base de esta obra son obras cortas sobre la piedad práctica cristiana, destinadas al vulgo.

Desde su adolescencia Maimónides se propone aplicar la racionalidad utilizando la lógica aristotélica. Aplica la interpretación alegórica del texto bíblico cuando está en conflicto con la razón; sistematiza la caótica casuística jurídico-religiosa del conjunto de la Ley Oral o tradicional y establece trece dogmas para la religión judía. Separa netamente la creencia del vulgo de la especulación del intelectual. Hay una dualidad entre el juez religioso y el pensador racionalista, quizás por problemas de su niñez.

Not only was Gellius' preface received in the fifteenth century at the end of his work instead of the beginning, but it arrived almost or wholly without the Greek, which had to be patched up by guesswork; between siluarum and quidam early editors read ‘ille κηρον, alius κρας μαλӨεας’, the first two names in the similar passage, Plin. N.H. pr. 24. Salmasius, in the preface to his Plinianae exercitationes, printed a text ‘ex vestigiis antiquae scripturae optimi exemplaris [sc. MS P (...) = Paris, BN lat. 5765] partim etiam coniecturis nostris correctiorem’; following κρας he gave, in the right place but with the wrong accent, ‘alius Κρια’. But when eleven years later he came to annotate Simplicius' commentary on Epictetus' γχειρδιον, alerted by Simplicius' statement συνταξεν ρριανς, τ καιριτατα κα ναγκαιτατα ν øιλοσοø κα κινητικτατα τν ψυχν πιλεξμενος κ τν πικττου λγων, he remarked: ‘Quidam et inscripsere libros suos olim τ καρια, quod maxime ad rem quam tractabant pertinentia eo opere persequebantur’, citing Gellius with ‘alius καρια and commenting ‘Ita enim ex veteri codice ibi scribendum est, non ut vulgo editur, κριον [sic]'. Nevertheless, editors preferred his first thoughts to his second; Hertz, in his separate edition of Gellius' preface and in his editio maior , gives three parallels: Plin. N.H. pr. 24, ‘Κηρον inscripsere quod uolebant intellegi fauom’, where the Latin translation guarantees the reading; Clem. Alex. 6.1.2.1 ν μν ον τ λειμνι τ νӨη ποικλως νӨοȗντα κν τ παραδεσ [‘orchard’] τν κροδρων øυτεα ο κατ εδος καστον κεχρισται τν λλογενν , where again the sense requires the honeycomb; Philost. VS 565 πιστολα δ πλεȋσται ρδου κα διαλξει κα øημερδες γχειρδι τε κα καίρια τν ρχααν πολυμӨειαν ν βραχεȋ πηνӨισμνα, where hertz emends καρια to κηρα. (shrink)

Fernando de Córdoba es uno de los grandes pensadores españoles del siglo XV. lamentablemente su figura no ha alcanzado la atención debida entre los estudiosos dedicados al pensamiento español, lo que ha hecho que tan sólo se disponga de una edición moderna de uno de sus escritos y ninguna traducción al castellano. los méritos de su pensamiento –ya sólo la participación en la polémica entre Platón y Aristóteles a favor del primero con su Laudibus Platonis– exigen que este vacío de (...) bibliografía primaria sea remediado. Como paso preliminar, se presenta este artículo en el que se repasan todas las aportaciones que, a lo largo de ya casi ciento cincuenta años, se han hecho sobre este autor. A pesar de su más bien escasa influencia, este examen bibliográfico muestra cómo la misma obra de Fernando de Córdoba ha sido interpretada de acuerdo a criterios externos y a debates más amplios, en los que la postura de Córdoba aparecía prejuzgada sin tener en cuenta lo transmitido en sus textos. Precisamente, el objetivo de este artículo como propedéutica para un estudio más pormenorizado de sus obras –especialmente de De iure medios exigendi fructus quos vulgo annatos dicunt et romani pontificis in temporalibus potestate– consistirá en diferenciar las aportaciones sólidas de aquellas que utilizan a Córdoba de modo interesado. (shrink)

O nosso objetivo é apresentar e discutir o método de interpretar as Escrituras desenvolvido e aplicado por Spinoza. Com efeito, já se encontrando na maturidade de seu pensamento, e envolvido na política a favor de seu pensionista Jan de Witt, chefe do partido liberal, Spinoza interrompe a sua obra suma, a Ética, para escrever o Tractatus thelogico-politicus, no qual irá defender a libertas philosofandi a partir da distinção entre os campos da razão e da fé, de maneira a associar esta (...) à função de mera instrutora do vulgo incapaz de ascender à virtude pela via da luz natural: caminho próprio do sábio que não age pelo medo de coação ou pela recompensa da ação, mas unicamente pelo amor intelectual ao summum bonum. É por isso que realizará uma interpretação da Sacra Scriptura e a proposta de um método capaz de explicá-la por ela mesma, de maneira imanente à semelhança de como as ciências estudam a natureza. (shrink)

http://dx.doi.org/10.5007/1808-1711.2012v16n2p229 Tanto no Tratado da Natureza Humana como na Investigação sobre o Entendimento Humano , Hume mostra-se convencido de que “não há acaso no mundo”, e que “aquilo que o vulgo chama de acaso não passa de uma causa secreta e escondida”. Essa tese desempenha papel crucial em sua análise do livre-arbítrio e, conseguintemente, da responsabilidade moral; é também um elemento importante em sua discussão sobre os milagres. No entanto, o próprio Hume ofereceu, no Tratado , um argumento convincente (...) para mostrar que o princípio de causalidade, segundo o qual tudo o que começa a existir tem uma causa, não pode ser conhecido a priori , por intuição ou demonstração. Logo, essa “opinião tem necessariamente de provir da observação e experiência”. O presente trabalho examina essa tese, mostrando, inicialmente, qual era a proposta de Hume para fundar na experiência o princípio de causalidade, e depois qual, de fato, teria sido o mais robusto fundamento para esse princípio: a mecânica newtoniana. Explica-se, por fim, como esse fundamento empírico indireto e o próprio argumento de Hume foram solapados pela física quântica, no século XX. (shrink)

This article is proposed to broaden the historiographic horizons of the participation of underling groups in the historical processes of New Granada. This paper makes part of a research project intended to report the actions carried out by the plebs of Santa Fe de Bogota at the dawn of independence. This project is aimed at revealing the cotidianity of those subjects invisibilized by official history, like the indigenous, mestizo, mulatto, African-American and poor people; the mass or the plebs, as they (...) have been labeled. This submission reconstructs the actions, interests and daily life of slave women in the context of independence. (shrink)