Abstract
Este artigo propõe uma crítica à epistemologia anti-sorte, tal como defendida por Duncan Pritchard. A teoria de Pritchard é uma das mais bem desenvolvidas explorações do conceito de sorte, e da sua significação epistêmica. Ele julga possível derivar uma condição que exclua a sorte epistêmica a partir de uma análise modal do conceito de sorte. A cláusula epistêmica resultante é uma condição denominada princípio de segurança. Após apresentar a teoria e algumas de suas motivações, argumento que ela não consegue responder a uma objeção apresentada por Mark McEvoy, e que consiste em uma variação do exemplo da loteria. Por fim, alego que o princípio de segurança, tal como defendido por Pritchard, não captura corretamente nossas intuições sobre quando sorte está ausente ou presente.