ABSTRACT In this article, we will discuss the Bakhtinian concepts of Grotesque realism and grotesque body from various perspectives. We will begin by exploring the synchronic approaches taken by contemporary linguists and semioticians. Additionally, we will delve into Bakhtin’s own treatment of these concepts, tracing their origins to his doctoral thesis during the early 20th century within the context of the Soviet Union. Subsequently, we will examine the significance of both concepts within the work Rabelais and His World, Finally, we (...) will scrutinize some instances of the Grotesque in literary and visual arts from Ancient Judaism and early in Medieval Christianity, which were either directly or indirectly referenced by Bakhtin. (shrink)

Na primeira parte deste trabalho -"Grotesco, literatura, leitor" - discutiu-se o conceito de grotesco, configurado em termos literários, nas suas articulações com a ficcionalidade e a recepção. Na segunda parte - "O leitor e o grotesco em A CAUSA SECRETA" - procedeu-se à leitura do conto machadiano na perspectiva de um texto onde o grotesco, resultado da estruturação do conto, encontra-se configurado em termos ficcionais.A la première partie de ce travail -"Grotesque, littérature, lecteur" - on a discuté le concept de (...) grotesque, configuré en termes littéraires, de pins ses articulations avec la fictionalité et la réception. A la seconde partie - "Le lecteur et le grotesque dans I' "A causa secreta" - on a fait la lecture du comte Machadien au point de une d'un texte ou le grotesque, moyen de la structuration du comte, se trouve configuré en termes fictionels. (shrink)

RESUMO Este artigo, um recorte de nossa dissertação de mestrado, tem como objetivo apresentar uma análise da peça A última gravação de Krapp, de Samuel Beckett, a partir de conceitos teóricos provenientes dos escritos do teórico da literatura russo Mikhail Bakhtin, tais como dialogismo, polifonia, cronotopo e grotesco. Com o intuito de problematizar a questão das vozes presentes na peça, de acordo com a estrutura dramatúrgica criada por Samuel Beckett, tais conceitos servirão de suporte para uma reflexão que busque compreender (...) a questão das relações existentes entre Krapp e suas alteridades; os jogos e conflitos desenvolvidos entre as diferentes consciências dos diferentes Krapps presentes no texto a partir da materialidade de suas gravações; a questão do espaço-tempo proposto por Beckett na peça; bem como a caracterização grotesca de Krapp e sua relação com a gênese do personagem, dentro do que denominamos, em nossa pesquisa, de poética do fracasso. Este trabalho foi originalmente apresentado como parte de nossa dissertação de mestrado1. ABSTRACT This article aims to present an analysis of Samuel Beckett’s Krapp’s Last Tape, based on theoretical concepts from the writings of Russian literature theorist Mikhail Bakhtin, such as dialogism, polyphony, chronotope and grotesque in order to investigate the voices present in the play, according to the dramaturgical structure created by Samuel Beckett. Such concepts will serve as a support for a reflection that seeks to understand the relations between Krapp and his alterities as well as the games and conflicts developed through the different selves of the different Krapps present in the text, sprung from the materiality of his recordings. It will focus on the space-time question proposed by Beckett in the play, as well as the grotesque characterization of Krapp and its relation to the genesis of the character, within what we call in our research of poetics of failure. This work was originally presented as part of our master’s thesis.1. (shrink)

Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise do riso no filme Coringa (Todd Phillips, 2019) enquanto paródia de elementos constituintes da sociedade atual, a qual incorpora uma sociedade humorística nos termos de Gilles Lipovetsky (2014) e onde os fenômenos do riso grotesco e dos Charivaris marcam presença sob formas reinventadas. Coringa apresenta diversos pontos de reflexão, dentre os quais, destacaremos o contexto social, onde a “leveza do humor” e o vínculo entre riso e violência prevalece. A atmosfera do humor (...) é a ambientação geral da atual sociedade, onde tudo precisa ter “graça” (os acontecimentos sérios, a vida política, as catástrofes etc.), uma sociedade humorística (LIPOVETSKY, 2014). Lipovetsky (2014) caracteriza essa sociedade por um clima de “leveza” geral. Mostraremos, porém, que o riso comumentemente assume sua face violenta, ou sob sua forma menos recorrente, o grotesco, apreendido sob o signo da inquietude, estranheza. Sua natureza é de denúncia, de apreensão do real (BAUDELAIRE, 1998); ou sob a outra mais comum, o riso de Charivari, que é de natureza grupal, segregadora e excludente, um riso inscrito na “lógica simbólica do ruído” que tem suas origens na Idade Média (GAUVARD, 1974; MINOIS, 2003). (shrink)

Nosso estudo explora a força crítica do grotesco, que teve na obra de Wolfgang Kayser abordagem pioneira, entre a literatura e a pintura. O fenômeno é anterior ao séc. XV, quando se tornou o estilo dominante de ornamentação, mas sob influência de elementos oníricos e da commedia dell’arte seria elevado à categoria estética. As observações pré-críticas de Kant sobre o belo e o sublime não equacionam grotesco e mau gosto. Victor Hugo, no prefácio de sua peça sobre Cromwel, defende o (...) grotesco, através de motivos modernos, ou seja, românticos e cristãos, ao passo que, para Jennings, “o grotesco é o demoníaco trivializado”. No Brasil colonial, Gregório de Matos Guerra inocou com suas sátiras, que bem representam o rebaixamento, traço fundamental do gênero que, de certa forma, sobrevive na atual comunicação de massas, misturado ao Kitsch. (shrink)

No poco se habrá meditado acerca del poema “Todtnauberg” de Paul Celan (1967), publicado en Lichtzwang (1970). Poco o casi nada, en cambio, acerca de su “respuesta poética” (si cabe la expresión) por parte de Martin Heidegger: “Vorwort” (1971). En lo que sigue nos limitamos a puntear algunas de las circunstancias tal vez más marcantes de esta suerte de “correspondencia” heideggeriana y eventual “familiar” (y tal vez inmortal) micro-bolero. Palabras clave: Todtnauberg - Paul Celan - Vorwort - Martin Heidegger - (...) grotesco. (shrink)

ABSTRACT This article aims to analyze, from a Bakhtinian perspective, the grotesque construction of Mexican artist Frida Kahlo’s body through a religious worldview. Therefore, we analyze two of her self-portraits, taking into account the dialogic relations constructed between the grotesque representations and Catholic symbology. The analyzed utterances, in which the specificities of the creative competence of the author-creator in her aesthetic activity are inferred, showed that a dialogue is established between the painting El venado herido and Catholic Saint Sebastian and (...) between the painting Las dos fridas and the image of the Sacred Heart of Jesus. (shrink)

ÁNGEL GONZÁLEZ GARCÍA: Arte y Terror, Barcelona, Mudito & Co, 2008, 196 pp.

El artículo intenta establecer un paralelo entre el concepto de la máscara carnavalesca concebida por Mijaíl Bajtín en Rabelais y su mundo, y también en otros escritos, y la máscara del teatro Grotesco criollo en Buenos Aires, en las primeras décadas del siglo XX. El artículo comienza por definir semejanzas y diferencias en el uso de estas dos máscaras. En el caso medieval, la máscara es utilizada como herramienta de ecualización y de catarsis social y en el caso del grotesco (...) criollo, la máscara es articulada como una herramienta de conformación y adaptación social. Es así como las funciones prácticas y estéticas de ambas máscaras, aunque son complementarias en términos de sus ingredientes, son opuestas en cuanto a su implementación y valencia comunitaria. La máscara del carnaval es una máscara que intenta romper de forma momentánea el orden establecido para poder mantenerlo en el largo plazo. En cambio, la máscara grotesca es una máscara que opera desde adentro del individuo y la familia, obligándolo a estabilizar costumbres, valores o expectativas nacionales, en la comunidad inmigrante -extranjera y campesina avecindada en la periferia de Buenos Aires-, con el objeto de autoasegurar su subsistencia física, a contramano de la sanidad emocional y social creada por esta acción en estos sujetos marginales desplazados. This article attempts to establish a parallel between Mikhail Bakhtin’s concept of carnival’s mask in Rabelais and His World and other writings, and the mask in Grotesco Criollo Theater in Buenos Aires, during the first decades of the twentieth century. The article begins by defining similarities and differences in the use of these two masks. In the medieval case, the mask is used as a tool of equalization and social catharsis, and in the Grotesco Criollo, the mask is articulated as a shaping tool for conformity and social adaptation. Thus, the practical and aesthetic functions of both masks, though complementary in terms of their ingredients, are opposites in their implementation and community values. The carnival mask is a mask trying to break the established order momentarily, simply to keep it in the end. Instead, the grotesque mask is a mask that operates from within the individual and the family forcing him/ her to stabilize national customs, values, expectations for the suburban immigrant community displaced to Buenos Aires’ periphery to self-ensure their physical survival. However, such insurance often comes at the cost of emotional and social wellbeing of these displaced marginal subjects. (shrink)

Paired masks described as beautiful and grotesque express complementary values in several southern Nigerian art traditions. Beautiful masks represent humans, often women, and serve as metaphors for things associated with civilization and culture. Grotesque masks represent animals or men, and tend to be linked with notions of masculinity and nature. Analysis of masks falling into these categories provides us with a set of formal criteria for this imagery. Mask types that fall into this continuum are used by the Okpella, a (...) northern Edo people living north of Benin City in southern Nigeria: a female character commemorating specific women of status and described as beautiful, a more ambiguous character that serves as the festival herald and messenger of the Dead Fathers described as grotesque, and a third masquerade that combines elements of both the beautiful and grotesque is described as fascinating. Why and how these forms communicate to their Okpella audience is the focus of this paper. It is based on qualitative research on the history and meaning of these masks carried out among the Okpella, survey research on aesthetic preference in which 400 individuals were interviewed, and with a panel study in which 100 participants from the original sample were re-interviewed. Key words: beautiful, grotesque, Africa, okpella, masquerade, aesthetics. Resumen Las máscaras emparejadas descritas como ‘bellas’ y ‘grotescas’ expresan valores complementarios en varias tradiciones artísticas del sur de Nigeria. Las máscaras bellas representan a los humanos, frecuentemente mujeres, y se emplean como metáforas de aspectos asociados con la civilización y la cultura. Las máscaras grotescas representan animales u hombres, y suelen vincularse con nociones de masculinidad y de naturaleza. El análisis de las máscaras que entran en estas dos categorías proporciona un conjunto de criterios formales para comprender este imaginario. El grupo étnico Edo del norte que vive al norte de Ciudad de Benín en el sur de Nigeria, los okpella, usan máscaras de este tipo. Existe un personaje femenino descrito como bello, un personaje más ambiguo descrito como grotesco y un tercero que combina elementos del bello y del grotesco y que se describe como fascinante. En este artículo nos interesamos en qué y cómo comunican estas formas con los okpella. Nuestro trabajo se apoya sobre una investigación cualitativa realizada entre los okpella, una encuesta sobre preferencia estética en la cual se entrevistó a 400 personas y un estudio en el cual se volvió a entrevistar a 100 personas de la muestra anterior. Palabras clave: belleza, grotesco, África, okpella, mascarada, estética. (shrink)

RESUMO O pensamento de Bakhtin, dos primeiros e dos últimos textos, se concentrou nas imagens do corpo humano. Entende-se o corpo ao contemplá-lo: ver é saber. Esse “contemplar” não tem nenhuma das qualidades objetivantes do que hoje é conhecido como “olhar”. A filosofia inicial de Bakhtin é baseada em um compromisso compassivo pelo qual uma pessoa ajuda a outra a ver e a se conhecer como um todo e, além disso, como um todo amado. Por mais limitante que seja, argumentarei (...) que sua concepção inicial de corpo ainda tem muito valor. O argumento então se volta para as imagens posteriores e muito mais familiares de Bakhtin sobre o corpo grotesco. Enquanto, inicialmente, suas ideias voltam-se para um corpo estático, agora vemos o corpo envolvido em uma interação tumultuada e interminável com seu ambiente social e natural. Seria essa uma alegoria antissoviética ou uma visão alternativa do corpo humano que remonta à pré-história? Ofereço duas ilustrações em defesa da ideia de que esta era, na verdade, uma filosofia do corpo. ABSTRACT Bakhtin's thinking, early and late focused upon images of the human body. A body is a thing understood by looking at it: to see is to know. This 'looking' has nothing of the objectivising qualities of what is known today as the 'gaze'. Bakhtin's early philosophy is based on a compassionate engagement whereby one person helps another see and know themselves as a whole, and moreover, as a loved whole. As limiting as it is, I shall argue his early conception of the body still has much value. The argument then turns to Bakhtin's later and much more familiar images of the grotesque body. While his early body is static, now we see the body engaged in a tumultuous and unending interaction with its social and natural environment. Was this an anti-Soviet allegory, or an alternative vision of the human body that reaches back into pre-history? I offer two illustrations in defence of the idea that this was indeed a philosophy of the body. (shrink)

This article analyzes five stories from the volume Las cosas que perdimos en el fuego, by Mariana Enríquez: The Dirty Boy, Adela's House, Pablito nailed a little nail: an evocation of Big-Eared Petiso, My neighbor's yard and Under the black water, where the author rewrites the theme of childhood. This rewriting is far from an idyllic vision, since it deals with the problematization of modern childhood; the main characters of these stories are children who violate or are violated and who, (...) symbolically, propose the absence of future and hope. For the analysis of these stories, I use categories typical of the aesthetics of the grotesque, from the concepts proposed by Wolfgang Kayser in The Grotesque. Its configuration in painting and literature allows me to transcend the conventions of terror, a genre with which Enríquez's work is generally associated. More than the supernatural components typical of terror or the fantastic, I emphasize in this article the social criticism and the notion of emptiness that make up the poetics of the Argentine author, which is why she proposes the category of “social horror”. The world that Mariana Enríquez presents is a gloomy and disjointed one, with no foreign forces to blame, that forces us to look at the reality of our modern society. (shrink)

El ensayo intenta fijar la deriva de las imágenes modernas del mal, según los estereotipos que el arte y la educación han ido fijando en el imaginario colectivo burgués, y pretende mostrar una progresiva desustancialización de tales figuras, viradas hacia lo cómico y grotesco, a la vez que, precisamente por ello, crece el sentimiento de horror y de angustia ante una oscilación frente a la cual el ciudadano «normal» no sabe literalmente a qué atenerse. En este esbozo de una lógica (...) del exceso, se examinan las figuras decimonónicas de lo criminal, lo fantasmal y lo satánico, las cuales retornan ulteriormente en la llamada postmodernidad como terrorismo, drogadicción y travestismo. (shrink)

Este ensayo tiene como objetivo denunciar la persistencia del viejo estereotipo sobre los vagabundos. La historia y la literatura están en el origen de esa construcción social que caricaturiza a los mendigos. Mediante una investigación cualitativa de las noticias de prensa, se comprueba que en la actualidad esas etiquetas antiguas perduran. De este modo, el drama social de los sin techo nunca llega a conocerse en profundidad, y lo único que el público recibe son imágenes deformadas de un mundo grotesco (...) y violento que produce compasión y pasividad al mismo tiempo. El cuestionamiento de los estereotipos y una aproximación más humana al problema, pueden ser un primer avance para adoptar otra actitud por parte de todos. (shrink)

El fin de la filosofía. -- Sobre la situación presente del pensamiento. -- Hegel. -- Sobre Soren Kierkegaard. -- La estética de Georg Lukács. -- Georg Buchner. -- Tomás Mann. -- Ernst Junger. -- Lo grotesco literario. -- Borges, el hacedor.

Pouco, ou, se comparado com os períodos anterior e posterior, menos é sabido sobre a época francesa de Flusser. Uma de suas atividades, como comprovam documentos do Arquivo Flusser, foi a elaboração de pareceres sobre livros brasileiros, com a finalidade de julgar o mérito para tradução e publicação na França. Trata-se, pelo menos, de três livros analisados por Flusser: “A Comunicação do Grotesco”, de Muniz Sodré, “Sociedade de massa (Comunicação e Literatura)”, de Luiz Beltrão, e “Fundamentos Científicos da Comunicação”, de (...) vários autores cearenses. Os pareceres, com destaque ao último, e seus desdobramentos serão analisados em seguida. O artigo joga luz sobre um capítulo desconhecido da epistemologia e cientificidade da comunicação na década de 70. (shrink)

: The shepherd embodies a strange and disturbing society. Isolated, marginal, it forms a world apart and evolves in a wild space where mountains, valleys, meadows or forests make up the framework of its activity. In this non-domesticated nature the human presence is suspect. This confusing being is very often represented with an animalized, almost monstrous or deformed body which becomes a metaphor for social order. This grotesque body translates the prejudices of urbanites and elites. It fuels sexual fantasies and (...) symbolizes the disturbances of the natural and social order: freed from the laws of the city, it can try to seduce the young ladies and be insolent in front of the knights. It is a threat to the established order. But the shepherd also carries virtues. It is a model of Christian life: humility and holiness. It belongs to an original humanity, the form closest to divine creation. Two styles of representation of the shepherd therefore oppose the extremes. From texts from the end of the Middle Ages, we will see how the shepherd is an imaginary in opposition to an organized society but that his image has evolved positively until becoming the guardian of traditions and a being who lives in harmony with nature. Key words: stereotypes, shepherd, savagery, holiness, littérature, Middle Ages. Résumé: Le berger incarne une société étrange et inquiétante. Isolé, marginal, il forme un monde à part et évolue dans un espace sauvage où les montagnes, vallées, prés ou forêts composent le cadre de son activité. Dans cette nature non domestiquée la présence humaine est suspecte. Cet être déroutant est bien souvent représenté avec un corps animalisé, quasi monstrueux ou déformé qui devient une métaphore de l’ordre social. Ce corps grotesque traduit les préjugés des urbains et des élites. Il alimente les fantasmes sexuels et symbolise les dérèglements de l’ordre naturel et social : affranchi des lois de la cité, il peut tenter de séduire les demoiselles et se montrer insolent face aux chevaliers. C’est une menace contre l’ordre établi. Mais le berger est également porteur de vertus. C’est un modèle de vie chrétienne : humilité et sainteté. Il appartient à une humanité originelle, forme la plus proche de la création divine. Deux styles de représentation du berger opposent donc les extrêmes. A partir de textes de la fin du Moyen Age, nous verrons comment le berger est un imaginaire en opposition avec une société organisée mais que son image a évolué positivement jusqu’à devenir le gardien des traditions et un être qui vit en harmonie avec la nature. Mots clés : stéréotypes, berger, sauvagerie, sainteté, littérature, Moyen Age. Resumen. El pastor encarna una sociedad extraña y perturbadora. Aislado, marginal, forma un mundo aparte y evoluciona en un espacio salvaje donde montañas, valles, praderas o bosques conforman el marco de su actividad. En esta naturaleza no domesticada, la presencia humana es sospechosa. Este ser confuso a menudo se representa con un cuerpo animalizado, casi monstruoso o deformado que se convierte en una metáfora del orden social. Este cuerpo grotesco traduce los prejuicios de los urbanitas y las élites. Alimenta las fantasías sexuales y simboliza las perturbaciones del orden natural y social: liberado de las leyes de la ciudad, puede tratar de seducir a las jóvenes y ser insolente frente a los caballeros. Es una amenaza para el orden establecido. Pero el pastor también posee virtudes. Es un modelo de vida cristiana, de humildad y santidad. Pertenece a una humanidad original, la forma más cercana a la creación divina. Dos estilos de representación del pastor, por lo tanto, se oponen. A partir de los textos del final de la Edad Media, analizamos la imagen del pastor en oposición a toda sociedad organizada y la evolución positiva de su figura hasta convertirse en guardián de las tradiciones y en un ser que vive en armonía con la naturaleza. Palabras clave: estereotipos, pastor, salvajismo, santitad, literatura, Edad Media. (shrink)

Nas últimas décadas, a intervenção sobre a vida na rua tem vindo a assumir um caráter crescentemente medicalizado, formatando-a como uma questão de anormalidade neuro-psiquiátrica individual. Com base na observação direta de diversos tipos de interações da vida na rua são discutidos vários exemplos da medicalização de condutas de sujeitos sem-abrigo. Estes deixam claro que medicalizar a vida na rua é um procedimento intrinsecamente “grotesco”, no sentido que Foucault confere ao termo, referindo-se a uma maximização dos efeitos de poder que (...) parte da desqualificação fundamental de quem o exerce e dos seus enunciados. (shrink)

A matéria-prima do espetáculo de circo é o corpo do artista, ora sublime, ora grotesco. O corpo sublime, no chão ou nas alturas, desafia, em forma de espetáculo, as leis naturais. No momento seguinte, o espetáculo é “interrompido” e o público é acometido pela descontração e pelo grotesco dos palhaços. O espetáculo circense, assim, se desloca, com facilidade e maestria, entre o riso e a morte.

Los más diversos teóricos de la modernidad suelen presentar este período como un proceso continuo de desarrollo tecnológico y económico, progreso en las artes y las ciencias, expansión de la democracia y racionalización de las instituciones y las costumbres. Sin embargo, persisten las contradicciones del capitalismo, el colapso de la civilización es inminente y el Pueblo no vive ni ha vivido en la modernidad tal y como sus teóricos la describen. Esto es tanto más cierto en nuestro país, habitado por (...) una suerte de magdaleniense o pre-Tartessos lleno de cacharritos con iconos, llamadas, avisos, avatares, tamagotchies, móviles y juegos online integrados sin la menor discrepancia sobre una capa de rituales del año de la polka, fetiches, incienso, lágrimas, sangre, joyas, ofrendas, sacrificios, reliquias de miembros de santos y matriarcas fenicio-neolíticas devenidas madres de Cristo al tiempo que supporters del equipo de fútbol local. El ultrarracionalismo se presenta como un nuevo método y movimiento filosófico cuya voluntad es afrontar los desafíos del futuro sin dejar de hacer justicia a esta auténtica marejada de lo grotesco. (shrink)

"El cuerpo es siempre un inconveniente", sostiene Susan Sontag sobre la convicción de que es antes un espacio de sufrimiento que de placer. Los avatares de la enfermedad trazan una taxonomía en la cual la responsabilidad del sujeto parece seleccionar las fallas orgánicas. Sobre la conducta irresponsable y apasionada de los travestis chilenos, Pedro Lemebel establece en Loco afán un catálogo de degradación corporal articulado con un lenguaje barroco. El efecto del SIDA en los años 80 y 90 sobre los (...) cuerpos marginales es una "colonización por el contagio" que traslada a la crónica arrabalera las torturas impuestas desde los 70 por la dictadura militar chilena que Roberto Bolaño convierte en performances gore en el relato descarnado de Estrella distante. Allí los aspectos góticos de la corporeidad decadente encuentran una formulación futurista en que la crueldad resulta alentada. En la complementariedad y la tergiversación de las estéticas, el cuerpo se desintegra en un espectáculo que combina lo grotesco y lo fúnebre. "Body is always an inconvenient", writes Susan Sontag on the conviction that it is an space of suffer rather than pleasure. The alternatives of illness trace a taxonomy in which the responsibility of the individual seems choice the organic failures. On the Chilean transvestites' irresponsive and passionate behavior, Pedro Lemebel establishes in Loco afán a catalog of body degradation articulated with baroque language. AIDS' effect in the 80 and 90 on marginal bodies is a "colonization by the contagion" that moves the torture imposed by Chilean military dictatorship since the 70 to the suburban chronicles that Roberto Bolaño makes performances gore in the discarnated narrative Estrella distante. There the gothic aspects of decadent corporality find a futurist formulation in which cruelty is encouraged. In complementarity and distortion of aesthetics, the body is disintegrated in a show combining the grotesque and the funeral. (shrink)

El ordenamiento jurídico de Santi Romano es, sin duda alguna, una obra fundamental. Y no es la circunstancia concreta de presentar ahora la obra al lector español la que dicta estas palabras, sino que las recojo conociendo plenamente el valor objetivo que ellas tienen; sobradamente tendremos ocasión de ver la consideración que la obra de Romano recibe por parte de la doctrina, como de un auténtico y verdadero hito en el desarrollo del pensamiento jurídico contemporáneo. De ahí precisamente que no (...) trate de llevar a cabo ni un análisis crítico de la misma, ni menos aún de la obra de Romano en general; tal pretensión de enjuiciamiento limitaría casi con lo grotesco, por carecer de toda autoridad en el campo de la dogmática general del Derecho, que es en el que, en concreto, se mueve Santi Romano en la obra que presentamos. Estas páginas, por el contrario, pretenden tener una finalidad mucho más modesta: simplemente presentar la obra al lector español, formulando al mismo tiempo algunas aplicaciones concretas de la tesis ordinamental en el campo específico del Derecho administrativo. Sebastián Martín Retortillo. (shrink)

El presente texto es una investigación cualitativa de carácter exploratorio con método analítico-sintético y enfoque narratológico para indagar en las representaciones sobre la maternidad y el cuerpo gestante en el contexto de la cultura cómica popular a través de las dos primeras temporadas de la serie de Netflix, Emily en París. Los principales hallazgos son que la maternidad se inscribe en los márgenes tanto geográficos como discursivos del relato romántico amoroso dado en el paradigma representacional dominante de Francia y que (...) el cuerpo gestante es representado a través de los rasgos del cuerpo grotesco presente en la cultura cómica popular. (shrink)

En este ensayo se propone una lectura de la novela Sopa de caracol (2002) del escritor guatemalteco Arturo Arias, centrada en el tema de la función de la sexualidad como elemento desubjetivante del protagonista. Se examina también cómo la estética del grotesco y el modelo carnavalesco son puestos en movimiento para desestabilizar la identidad de género y así mostrar la imposibilidad de reconstruirse después de la catástrofe de la guerra.