O Riso Grotesco e o Riso de Charivari Na Sociedade Humorística: A Paródia Social No Filme “Coringa”

REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA 1 (2):57 (2019)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise do riso no filme Coringa (Todd Phillips, 2019) enquanto paródia de elementos constituintes da sociedade atual, a qual incorpora uma sociedade humorística nos termos de Gilles Lipovetsky (2014) e onde os fenômenos do riso grotesco e dos Charivaris marcam presença sob formas reinventadas. Coringa apresenta diversos pontos de reflexão, dentre os quais, destacaremos o contexto social, onde a “leveza do humor” e o vínculo entre riso e violência prevalece. A atmosfera do humor é a ambientação geral da atual sociedade, onde tudo precisa ter “graça” (os acontecimentos sérios, a vida política, as catástrofes etc.), uma sociedade humorística (LIPOVETSKY, 2014). Lipovetsky (2014) caracteriza essa sociedade por um clima de “leveza” geral. Mostraremos, porém, que o riso comumentemente assume sua face violenta, ou sob sua forma menos recorrente, o grotesco, apreendido sob o signo da inquietude, estranheza. Sua natureza é de denúncia, de apreensão do real (BAUDELAIRE, 1998); ou sob a outra mais comum, o riso de Charivari, que é de natureza grupal, segregadora e excludente, um riso inscrito na “lógica simbólica do ruído” que tem suas origens na Idade Média (GAUVARD, 1974; MINOIS, 2003).

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 91,435

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

O corpo como princípio.Mário Fernando Bolognesi - 2001 - Trans/Form/Ação 24 (1):101-112.
Christus agelastus: O riso E o pensamento cristão na idade média.José Rivair Macedo - 1997 - Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 42 (3):549-567.
Riso sardanio e riso sardonio da Omero a Nonno. Una storia di destini incrociati.Giuseppe Broccia - 2001 - Annali Della Facoltà di Lettere E Filosofia. Università di Macerata 34:9-54.
Dionisíaca Ilha: Nietzsche, o Riso e o Risível.Jarlee Salviano - 2022 - Cadernos Nietzsche 43 (1):135-148.
O riso como parte do método filosófico.Jens Soentgen - 1999 - Philósophos - Revista de Filosofia 4 (1):39-66.
Riso estético.Renan Pavini - 2021 - Philósophos - Revista de Filosofia 25 (2).
Il riso degli umanisti E le chimere Dei medievali.Francesco Bottin - 2003 - Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 48 (3):461-473.
Satyricon E memórias póstUmas de brás cubas : Uma leitura burlesca E cômica acerca dos vícios da sociedade.Ana Paula Vasconcelos - 2011 - Principia: Revista do Departamento de Letras Clássicas e Orientais do Instituto de Letras 1 (22):69-80.
The body as principle.Mário Fernando Bolognesi - 2001 - Trans/Form/Ação 24 (1):101-112.
Imaginarios del grotesco: teorías y crítica.Angélica Tornero & Lydia Elizalde (eds.) - 2011 - México: Universidad Iberoamericana.
Riso amaro.Renzo Renzi - 1949 - Cinema 24 (15):318.
Riso No Gakko.Kuniyoshi Obara - 1971 - Tamagawa Daigaku Shuppanbu.
O riso amargo da tragèdia.Jorge Deserto - 1996 - Humanitas 48:95-104.

Analytics

Added to PP
2023-01-17

Downloads
0

6 months
0

Historical graph of downloads

Sorry, there are not enough data points to plot this chart.
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references