Dès ses premiers écrits, Lonergan a été attentif à la dimension d'amitié qui caractérise les ordres trinitaire et créé. L'homme est par essence ouvert au delà de lui-même; ne pouvant pas coïncider à soi, il est appelé à quelque conversion. La pensée moderne, qui par contre l'a prétendu capable de présence à soi; soutint l'individualisme òu le rapport à l'autre devenait instrumental. La réaction post-moderne, qui accentue l'idée d"autre', réveille la conscience à ses traits plus humains, en favorisant en même (...) temps un retour à la tradition philosophique et théologique sur l'amitié, òu d'ailleurs son idée d''autre' se voit elle-même enrichie. La réflexion thomiste sur la charité comme amitié divine est ici décisive. Lonergan la reprend en explicitant l'essence du corps mystique. L'attention à l'expérience concrète invite enfin à conduire la réflexion jusqu'au plan de l'éducation, d'òu on ne peut pas abstraire l'exigence du don de soi, à l'exemple du Christ qu'y s'est abaissé jusqu'à nous. (shrink)

Socrates et Platon sont à l'origine de ce qu'on entend traditionnellement par raison - les philosophes qui cherchent la façon juste de vivre qui dépasse la sagesse conventionnelle. 'Jérusalem' fait référence à la foi dont l'origine est l'appel de Dieu à Abraham, le père commun des religions juive, chrétienne et musulmane, et qui se rapporte à la transformation que Dieu offre à l'humanité qu'il sanctifie. Il a fallu attendre le XIIe siècle et l'entrée des oeuvres philosophiques d'Aristote dans l'Occident latin (...) pour que Thomas d'Aquin initie une réconciliation entre la foi et la raison. Le présent article examine la pensée thomiste à ce sujet et son évolution jusqu'à nos jours. (shrink)

What capitalist economics call business or trade cycles with their recessions and depressions, and Marxists, in terms of surplus value and exploitation, call crises are fundamental misunderstandings of what Bernard Lonergan conceives as the true intelligibility of the rhythms of production and monetary circulation of the advanced exchange economy. In his circulation analysis he expresses the intelligibility of macroeconomic dynamics in terms of a pure cycle that involves the anti-egalitarian flows proper to new surplus or productive goods expansion and the (...) egalitarian flows proper to basic or consumer goods expansion, which Marxists correctly complain are not fully carried out. Crucial to the smooth expansion are (1) the crossover payments between surplus and basic monetary circuits in harmony with the phases of economic development, (2) the re-understanding of profit not as a criterion of economic activity but as involving a group interest that does not strictly 'belong' to capitalist entrepreneurs, and yet cannot be negotiated by a socialist bureaucracy. The issue is not greed on the part of either capitalists or workers but ignorance, which this analysis tries to correct. /// O presente artigo mostra de que modo aquilo que na economia capitalista é considerado como um ciclo de negócio ou de comércio com as suas respectivas reces-sões e depressões, e os Marxistas, interpretando o fenómeno em termos de mais-valia e de exploração, chamam de crises, é concebido por Bernard Lonergan nos termos de uma verdadeira inteligibilidade dos ritmos de produção e da circulação monetária próprios à economia de mercado avançada. Lonergan exprime na sua análise da circulação económica a inteligibilidade da dinâmica macroeconómica em termos de um puro ciclo que envolve as cadências anti-igualitárias próprias a novos excedentes comerciais ou expansão dos bens produtivos e as cadências igualitárias próprias à expansão dos bens básicos ou de consumo, o qual os Marxistas, com justiça, consideram que no capitalismo não são completamente cumpridas. Lonergan mostra, assim, que crucial para uma expansão equilibrada é necessário (1) o cruzamento de pagamentos entre excedentes e circuitos monetários básicos em harmonia com as fases do desenvolvimento económico, (2) uma nova compreensão do lucro não como critério da actividade económica, mas como envolvente do interesse grupal que não pertence estritamente a empresários capitalistas, e contudo não pode ser negociada por uma burocracia socialista. Deste modo, mostra-se que o problema fundamental da economia não é o egoísmo da parte dos capitalistas ou dos trabalhadores, mas sim a ignorância, problema este que Lonergan, mediante a sua análise, tenta corrigir. (shrink)