Mysticism and Sprachkritik: Martin Buber's Rendering of the Mystical Metaphor 'ahizat' enayim

Revista Portuguesa de Filosofia 62 (2/4):535 - 552 (2006)
  Copy   BIBTEX

Abstract

In his early interpretation and representation of the oral teachings of the Hasidic masters, Martin Buber engaged in issues pertinent to the critique of language (Sprachkritik,) of the fin-de-siècle. Associated pre-eminently with Fritz Mauthner and his circle, the critique of language (Sprachkritik) questioned the epistemological status of language, wedded as it is to the divisive Erfahrungswelt. By drawing attention to ecstatic speech, which paradoxically gives expression to the experience (Erlebnis) of the ineffable unity of existence, Buber adumbrates a solution to the cognitive limitations of language. Refracted through Lebensphilosophie, he distinguishes between language as bound to Erfahrung and speech as nurtured by Erlebnis. Whereas language is propelled by conceptual and propositional forms of cognition, speech, principally sustained by metaphors evoked by an experience of the noumenal. Through an examination of his interpretive translation of a well-known Hasidic parable, this article explores how he amplifies this distinction by means of a semantic transformation of the key mystical metaphor of 'ahizat ' enayim (lit. seizing the eyes). Discerning the hermeneutical layers of Buber's rendition of the parable, we argue that his own ambiguous propositional casting of the metaphor entraps him into the very problem he sought to overcome. /// O presente artigo tem como ponto de partida o facto de que na interpretação e representação que dos mestres do Hasidismo fez logo na primeira fase da sua actividade como intelectual, Martin Buber assumiu como próprias questões especialmente pertinentes para uma crítica da linguagem (Sprachkritik) típica da época fin-de-siècle. Associada de modo particular a Fritz Mauthner e ao seu círculo, a Sprachkritik interrogava-se sobretudo acerca do estatuto epistemológico da linguagem, conectada como ela estava com uma Erfahrungswelt que era, desde logo, fonte de divisão. Nesse sentido, a autora do artigo defende que ao chamar a atenção para o discurso ecstático, o qual de modo paradoxal dá expressão à experiência (Erlebnis,) da unidade inefável da existência, Martin Buber pretende fazer vir ao de cima uma solução para o problema das limitações cognitivas da linguagem. Com efeito, mediante recurso à Lebensphilosophie, Buber distingue entre linguagem enquanto ligada à Erfahrung e discurso enquanto que propriamente alimentado pela Erlebnis. Ou seja, Buber reconhece que a linguagem esta animada por formas conceptuais e proposicionais de cognição, ao passo que o discurso aparece sobretudo sustentado por metáforas evocadas por uma experiência do noumenal Em suma, ao focar a sua atenção numa análise da tradução interpretativa que Buber faz de uma bem conhecida parábola Hasídica, o presente artigo explora de que modo o pensador judeu amplifica esta distinção mediante uma transformação semântica da principal metáfora mística do 'ahizaí 'enayim, ou seja, literalmente, da confiscação dos olhos. Tudo isso de modo a discernir os estratos hermenêuticos da interpretação buberiana da parábola, acabando a autora por mostrar de que modo Martin Buber ao dar uma forma propo-sicional ambígua à metáfora acabou por se encerrar no exacto problema que, desde logo, tinha procurado ultrapassar.

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 93,745

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Analytics

Added to PP
2011-05-29

Downloads
5 (#847,061)

6 months
1 (#1,912,481)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references