Abstract
Mais próxima do corpo e da imaginação, a linguagem que pode ser deduzida da ontologia espinosana nos coloca frente ao problema das relações entre mente e corpo. Como pode uma palavra, modo da extensão, comunicar uma ideia, modo do pensamento, se nosso espírito não é uma replicação do corpo e não há expressão entre os atributos? Ao mesmo tempo Espinosa nos mostra como o desenvolvimento e permanência da língua de um povo ao longo dos tempos depende do uso da linguagem em sociedade. Desenvolvendo estes elementos, o presente artigo visa então construir uma proposta de solução para o problema da linguagem em Espinosa pelo estudo de seus textos políticos.