The epidemic of misconduct in science: the collapse of the moralizer treatment

Scientiae Studia 13 (4):867-897 (2015)
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Abstract

RESUMO O tema do artigo é a proliferação de más condutas na ciência que vem ocorrendo nas últimas décadas, designada ao longo do texto pelo termo "a epidemia". As más condutas são violações de normas éticas da ciência, sendo os tipos mais importantes as várias modalidades de fraude, e de falsidades autorais. O artigo divide-se em seis seções. Na primeira, apresenta-se o tema e alguns esclarecimentos terminológicos. Na segunda, são expostas as evidências que corroboram a existência da epidemia. A terceira versa sobre a reação à epidemia, caracterizando sua dinâmica, marcada pelo conflito entre duas posições: a moralizadora, que aplica o tratamento moralizador no combate à epidemia; e a negacionista, que tende a negar a existência da epidemia e que resiste às medidas moralizadoras. A quarta seção versa sobre as causas da epidemia, introduz uma distinção entre produtivismo e producionismo e propõe uma análise das formas como o produtivismo fomenta as más condutas. A quinta consiste em uma crítica ao tratamento moralizador, fundamentada em suas inadequações, principalmente sua ineficácia. Na conclusão, procura-se dar uma ideia de qual seria uma alternativa satisfatória ao tratamento moralizador. ABSTRACT The article deals with the proliferation of violations of ethical norms of science, that started to develop a few decades ago. It will be referred to as "the epidemic". The most important types of these violations are varieties of fraud, and such forms of author misconduct as plagiarism, self-plagiarism, etc. The article is divided into six sections. In the first, the topic is introduced and some terminology clarified. In the second, evidence is presented which corroborates the existence of the epidemic. The third deals with the reaction to the epidemic, by characterizing its dynamics in terms of being dominated by conflict between two positions: the moralizing one - which promotes the application of the moralizing treatment to combat the epidemic; and the negationist one - which tends to deny the existence of the epidemic, and resists the moralizing measures. The fourth explores the causes of the epidemic. A distinction is introduced between productivism and productionism, and an analysis is proposed of the ways productivism fosters violations of ethical norms of science. The fifth consists of a critique of the moralizing treatment, based on its inadequacies, mainly its inefficacy. The conclusion points to an alternative to the moralizing treatment.

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