Abstract
O artigo procura reexaminar o seguinte problema clássico: qual é, no atributo pensamento, o modo infinito mediato? Contrariamente à posição de Gueroult segundo a qual “nada na Ética nos informa a esse respeito e é preciso decidir-se a interpretar”, o artigo procura mostrar que é possível encontrar em Ética V, 36 e seu corolário, ou seja, no amor infinito que Deus possui para consigo mesmo, a resposta buscada. Uma vez que este amor preenche todas as condições requeridas para ocupar o lugar deste suposto “membro ausente”, não é necessário formular uma hipótese interpretativa forte, isto é, “fabricar uma prótese” para substitui-lo.