Abstract
Marcuse busca lançar luz ao esclarecimento da sociedade administrada a qual vivemos e a qual ninguém é capaz de se inserir sem afetação. Apesar de ser um grande defensor da Arte e, naturalmente, do Teatro, Marcuse nos aponta os vestígios da industrialização daquela, vestígios estes dos quais o Teatro não está imune e pelos quais também é modificado, instrumentalizado e administrado, uma vez que em seu processo de produção atende à mencionada sociedade administrada. A partir de uma rápida revisão bibliográfica dos textos de Marcuse e de autoras e autores como Chaves, Teodoro e Esteves, pode-se perceber a constante busca pela emancipação do Teatro desta sociedade unidimensional, ao mesmo tempo que a Arte é levada a se subjugar aos comandos da industrialização da cultura. Para isso é necessário, entender o conceito de administração e de pensamento unidimensional proposto por Marcuse para enfim compreender como o frankfurtiano percebe tais lapsos nas produções artísticas.