Abstract
O objetivo deste trabalho é a analisar a utilização e impacto das fake news nos últimos anos da vida política brasileira enquanto propulsão ao esvaziamento do pensamento e uma zona de anomia entre democracia e totalitarismo que captura e sacraliza a vida biológica humana ao mesmo tempo que a abandona, reconhecida como estado de exceção permanente. Para tanto, abordamos as obras de Hannah Arendt e Giorgio Agamben, bem como analisamos fenomenologicamente algumas das fake news mais divulgadas entre a população brasileira no período das eleições presidenciais de 2018. Por fim, entendemos que a verdade factual, resguardada pelas humanidades e transmitida pela mídia é capaz de levar a população novamente à percepção da realidade e ao resgate do sentido da política pela ação.