Abstract
O texto tem por objetivo analisar e desenvolver uma crítica filosófica sobre o sistema capitalista globalizado, que atinge a vida de muitos no mundo todo influenciando não apenas o campo econômico, mas a vida concreta das pessoas, tendo como base teórica pensadores da Escola do DEI, Costa Rica. Trata-se de um processo injusto apadrinhado pelas teorias econômicas e pela realidade da escassez dos bens econômicos, que articula dois polos opostos: um que ao mesmo tempo domina, explora e exige sacrifícios, provoca a adesão e fascínio das pessoas através do consumo de mercadorias; e outro cuja fundamentação mítica impõe como legítimo a exigência de sacrifícios humanos. Ao mesmo tempo que fascina e seduz, envolve a sociedade num caráter sacrifical, sedutor e de injustiça social. Assim, é possível destacar que nem o Estado, nem o mercado se apresentam capazes de evoluir para uma sociedade mais humana, justa e democrática. Atualmente a democracia e a justiça econômica amparam, sobretudo, os favorecidos e satisfeitos, cujo modelo prioriza a política do imediatismo da acomodação do pensamento econômico e político, levando a sociedade à regressão social e antropológica.