Abstract
Literatura e arte, por um lado, e discurso argumentativo, por outro, soem situar-se em campos opostos, de tal maneira que maximizar um é minimizar o outro. Mais ainda se restringimos os conceitos a poesia e lógica. Quando ensaiamos contrastar esses campos do discurso, listas de atributos distintivos necessários e suficientes, ou mesmo a noção de função, parecem recursos pobres para dar conta do papel que esses conceitos desempenham. Pensamos, com isso, no que Wittgenstein gostava de chamar de rituais de uma forma de vida – os quais haveria que descrever com mais perspicuidade para fazer justiça ao contraste sugerido, se quisermos ser mais prudentes com tal oposição. O texto é um chamado a essa prudência.