O nome, no Tractatus Logico-Philosophicus, é sempre uma função proposicional. Wittgenstein modifica radicalmente a oposição fregiana entre entidades saturadas e insaturadas. Toda parte sentencial que não seja ela própria uma sentença é insaturada. A proposição é, portanto, uma síntese de funções proposicionais. O nome é o caso-limite de função proposicional. Como qualquer função proposicional, ele pode perfeitamente ser negado.

Wittgenstein objective is to show that Russell’s Theory of Types is condemned to self dissolution. It can only be presented through statements which violate the very rules the theory intends to impinge on the whole of language. On the other hand, if one takes it to be merely a system of rules regarding the usage of signs, it becomes completely arbitrary. The theory of Types presents as an invention something which, from the Tractatus’ point of view, could only be a (...) discovery: the essential structure of reality which is supposed to be presented by language. And then we arrive in the Tractatus at the intermediary solution of an “ineffable essence”. The problem gets even more tangled when the Tractatus comes out unworkable and the idea of reality’s essential structure is jeopardized. Towards the end of the paper I try to offer a Wittgenstein type of inquiry on what is left of the concept of necessity once we abandon the idea that reality is endowed with an essential structure which is supposed to be presented by language. (shrink)

A negação, no Tractatus, não pode ser tratada como um conceito, tal como acontecia em Frege e em Russell. Se isto acontecesse, p e ~~p deveriam ter sentidos composicionalmente diferentes. A negação não pode se resumir a uma relação lógica entre dois enunciados, pois ~p deve ser construída a partir de p, e não o contrário. A negação é algo que devemos fazer para obter uma proposição a partir de outra (5.23). Ela é produto de uma ação, mas esta ação (...) não pode ser natural (ou meramente humana). Ela deve ser atemporal.AbstractNegation, in the Tractatus, cannot be treated as a concept, as in Frege and Russell. If this were to happen, p and ~~p should have compositionally different meanings. Negation cannot be taken as a logical relationship between two propositions, since ~p must be constructed from p, not the other way round. Negation is something we must do to get one proposition from another (5.23). It is the product of anaction, but this action cannot be natural (or merely human). It must be atemporal. (shrink)

Der gegenseitige Ausschluß der Farben ist nicht das Problem, worin die Aufgabe des logischen Atomismus Wittgensteins Tractatus Logico-Philosophicus wurzelt. Die im Tractatus durchgeführte Analyse der Arithmetik, führte zur Unanwendbarkeit der Zahlen auf die Messungszusammenhänge. Diese Analyse basierte auf einer Lösung, die in den Grundlagen der Arithmetik von Frege abgelehnt worden war. In seinem „Vortrag über die logische Form" zeigt Wittgenstein,daß die Zahlen nicht im Sinne der wiederholten Quantifizierungen definiert werden können. Die bereits in der Grundlage der Sprache eingeführten Zahlen zwingen (...) zur Aufgabe der logischen Unabhängigkeit der Elementarsätze. (shrink)

Wittgenstein procura mostrar que a teoria dos tipos de Russell está condenada auma autodissolução. Ela só pode ser exposta na medida em que a exposição incorre emviolações sistemáticas das regras que a teoria tenta impor a toda a linguagem. Por outrolado, se for encarada enquanto mero sistema de regras para o uso de sinais, ela se tornacompletamente arbitrária. A teoria dos tipos apresenta na forma de uma invenção aquiloque, do ponto de vista do Tractatus, só poderia ser o resultado de (...) uma descoberta: a estruturaessencial da realidade que a linguagem deve decalcar. É daí que surge, no Tractatus, asolução intermediária de uma "essência inefável". O problema se complica quando o Tractatusse revela uma alternativa inviável, e a idéia de uma estrutura essencial da realidade ficacomprometida. Tento fazer, no final do artigo, uma reflexão de tipo wittgensteiniano natentativa de determinar o que resta da noção de necessidade quando abandonamos a idéiade que a realidade possua uma estrutura essencial que a linguagem limita-se a decalcar. (shrink)

A relação nome–objeto, no Tractatus, exige a atuação de uma vontade. Um sujeito deve “escolher” qual objeto associar a um nome dado. Essa escolha não pode ser descrita – não pode ser um fato no interior do mundo. Do mesmo modo, o sujeito não pode ser um objeto, nem um estado de coisas. Ele deve permanecer fora do mundo, em seus limites lógicos. Ele está conectado ao “quê”, mas não ao “como” – aos objetos, e não aos fatos. É por (...) isso que o sujeito lógico é o portador do ”elemento ético”, e contempla o mundo sub specie aeterni. (shrink)

Formal series are associated with ascriptions of numbers. They are ordered by formal operations that, unlike negation and disjunction, are not truth-operations. In spite of this, they are required to build propositions involving generic reference to numbers, and are essential to the Tractarian version of the logicist project.

O objetivo desta publicação é incentivar a produção filosófica de excelência por parte de pesquisadores notadamente influenciados pela filosofia de Wittgenstein e cujos temas possam suscitar um debate aprofundado. Além de desafiar o empreendimento filosófico contemporâneo, os temas aqui apresentados abordam questões que muitas vezes estão além daquelas consideradas por Wittgenstein em seu tempo. O leitor encontrará neste volume questões relacionadas ao ceticismo semântico e epistêmico, ao relativismo ético, às leituras literárias de Wittgenstein, ao problema das outras mentes e percepção (...) de aspectos, a intersubjetividade e o caráter contrassensual do Tractatus Logico-Philosophicus, e, também, relacionadas ao Paradoxo de Moore. (shrink)

No quiero dar la impresión de que intentaré una aproximación entre el primero y el segundo Wittgenstein que borre diferencias tan fundamentales cuanto esa. Sin embargo, debo luego aclarar que sí será mi intención hablar de la existencia de "límites" del lenguaje en un sentido que sea asimilable por quien acepta las líneas básicas de argumentación de las Investigaciones Filosóficas. Más exactamente, trataré de redefinir esos límites en términos que sean completamente compatibles con la filosofía madura de Wittgenstein. Asociada a (...) esta nueva definición de la noción de límite, creo que emergirá una nueva concepción de lo Místico, y una suerte muy particular de "teología negativa", que trataré de definir con más exactitud en la parte final mi ponencia. [Fragmento]. (shrink)

This book symposium comprises a précis of Nuno Venturinha’s Description of Situations: An Essay in Contextualist Epistemology together with four critical commentaries on different aspects of the book by Marcelo Carvalho, João Vergílio Gallerani Cuter, Marcos Silva and Darlei Dall’Agnol, and the author’s replies.

Les Remarques philosophiques sont la première tentative de mettre en oeuvre le programme qui découle de l’échec du projet du Tractatus Logico-Philosophicus. Le noyau de ce programme est donné par l’abandon de l’analyse des nombres avancée dans le Tractatus. Wittgenstein se rend compte que les nombres doivent se trouver à la base même du langage, dans la structure des propositions élémentaires. En même temps, il se rend compte qu’il est impossible de fournir la logique sousjacente au langage avant d’avoir procédé (...) à l’analyse. Le projet d’une investigation logique des phénomènes s’imposait, donc, même après l’abandon de l’idée d’un langage phénoménologique. The Philosophical Remarks is a first attempt at pursuing the philosophical agenda determined by the failure of the Tractarian project. The central point of this agenda is the abandonment of the analysis of number that had been given in the Tractatus. Wittgenstein realizes that numbers should be brought back to the basis of language, as part of the structure of the elementary propositions themselves. At the same time, he realizes that it is impossible to give the logic underlying our language before the process of logical analysis is carried out. He undertakes the project of a logical investigation of phenomena even after giving up the idea of a phenomenological language. (shrink)

After the works of Jaako Hintikka, David Stern and, more recently, Denis Perrin, the idea that there is a wittgensteinian reflection upon the time and that it is at the origin of the abandonment of the project of a phenomenological language is nothing surprising, but we cannot consider it established yet. It seems to me that an important element in this debate is in chapter VII of the Philosophical Remarks : indeed, we find there the very first sustained discussion on (...) the possibility of a phenomenological language —a discussion obviously centred on the question of time. Without aiming to propose an “alternative” reading of Wittgenstein’ reflections on time and the phenomenological language, I would like to bring to light the importance of this chapter for this problem and also try to show that the interpretation key must be looked for in a reductio ad absurdum whose base is the impossibility to measure time. (shrink)

Les Remarques philosophiques sont la première tentative de mettre en oeuvre le programme qui découle de l’échec du projet du Tractatus Logico-Philosophicus. Le noyau de ce programme est donné par l’abandon de l’analyse des nombres avancée dans le Tractatus. Wittgenstein se rend compte que les nombres doivent se trouver à la base même du langage, dans la structure des propositions élémentaires. En même temps, il se rend compte qu’il est impossible de fournir la logique sousjacente au langage avant d’avoir procédé (...) à l’analyse. Le projet d’une investigation logique des phénomènes s’imposait, donc, même après l’abandon de l’idée d’un langage phénoménologique. The Philosophical Remarks is a first attempt at pursuing the philosophical agenda determined by the failure of the Tractarian project. The central point of this agenda is the abandonment of the analysis of number that had been given in the Tractatus. Wittgenstein realizes that numbers should be brought back to the basis of language, as part of the structure of the elementary propositions themselves. At the same time, he realizes that it is impossible to give the logic underlying our language before the process of logical analysis is carried out. He undertakes the project of a logical investigation of phenomena even after giving up the idea of a phenomenological language. (shrink)

resumo Há razões de ordem estritamente lógica para que Wittgenstein tenha postulado no Tractatus a existência de um sujeito transcendental. Sem esse sujeito, o Tractatus não teria como lidar com a constituição do sentido proposicional. É ele o responsável pela associação entre nomes e objetos e pela efetuação de operações lógicas como a negação, a quantificação e a atribuição numérica. palavras-chave Wittgenstein – lógica – sujeito transcendental – linguagem – sentido – proposição.

Há pelo menos três concepções diferentes de verdade no Tractatus Logico-Philosophicus. A primeira delas é dada pela tautologia, essa proposição única que pode ser diferentemente obtida aplicando-se operações de verdade às proposições elementares de tal modo que todas as possibilidades de desacordo com a realidade sejam finalmente canceladas. A segunda é dada pelas propriedades internas que podem ser previstas antes que a análise efetiva de nossa linguagem esteja completamente feita. A terceira é dada pelas propriedades internas que apenas a análise (...) lógica pode revelar. Se aceitarmos a interpretação do ?sujeito metafísico? que o autor vem propondo numa série de artigos, então, poderíamos admitir um quarto tipo de necessidade, que tem surpreendentes pontos de contacto com o que poderíamos chamar de ?verdade por convenção? (shrink)

Tenta-se especificar uma noção de “limite da linguagem” compatível com a filosofia madura de Wittgenstein. Essa noção é relacionada ao caráter necessariamente público dos critérios. Várias questões são feitas, então, quanto à possível existência de um objeto ou fato cuja identificação dependesse essencialmente de critérios privados. Essas questões revelam-se patentes contrassensos, e esse resultado mostra-se ontologicamente neutro. Assim, as questões filosóficas desaparecem, ao passo que o horizonte místico se mantém.

Inhaltsverzeichnis/Table of Contents:IntroductionAntónio ZILHÃO: Folk-Psychology, Rationality and Human ActionJoão BRANQUINHO: The Problem of Cognitive DynamicsJ.P. MONTEIRO: Hume, Induction and Single ExperimentsMarco RUFFINO: The Primacy of Concepts and the Priority of Judgments in Frege's LogicJoão Vergílio Gallerani CUTER: Die unanwendbare Arithmetik des TractatusSílvio PINTO: Wittgenstein's Anti-PlatonismFernando FERREIRA: A Substitutional Framework for Arithmetical ValidityJ.R. CROCA & R.N. MOREIRA: Indeterminism Versus CausalismLuíz MONIZ PEREIRA: The Logical Impingement of Artifical Intelligence.

Parece haver quase um consenso, entre os comentadores, em torno da tese segundo a qual o “primeiro Wittgenstein” nada veria de problemático na ideia de um infinito atual, ao contrário do que claramente ocorre com o “segundo Wittgenstein”. O que eu gostaria de fazer aqui não é tentar reverter esse veredicto, mas sugerir que o exame das provas que o sustentam merece ser refeito. Para tanto, começarei por tentar mostrar como a letra dos aforismos 5.526 e 5.5262 parece levantar uma (...) dificuldade para a tese consensual. Em seguida, procurarei encontrar, sob a letra, o espírito dessa dificuldade, isto é, buscarei nos princípios mais básicos do Tractatus as razões que subjazem às afirmações desses aforismos. Para finalizar, após fazer um balanço desse exame no que diz respeito à tese consensual, procurarei mostrar como ele aponta para a relevância da notação para o infinito, que João Vergílio Cuter prescreve para o Tractatus. (shrink)

Resenha do livro de: P. M. S. Hacker, Wittgenstein: Sobre a Natureza Humana. Traducao de Joao Virgilio Gallenari Cuter. Sao Paulo: Editora de UNESP, 2000. 64 paginas.

We propose that whatever quantity controls the Heisenberg uncertainty relations it should be identified with an effective Planck parameter. With this definition it is not difficult to find examples where the Planck parameter depends on the region under study, varies in time, and even depends on which pair of observables one focuses on. In quantum cosmology the effective Planck parameter depends on the size of the comoving region under study, and so depends on that chosen region and on time. With (...) this criterion, the classical limit is expected, not for regions larger than the Planck length, \, but for those larger than \^{1/3}\), where H is the Hubble parameter. In theories where the cosmological constant is dynamical, it is possible for the latter to remain quantum even in contexts where everything else is deemed classical. These results are derived from standard quantization methods, but we also include more speculative cases where ad hoc Planck parameters scale differently with the length scale under observation. Even more speculatively, we examine the possibility that similar complementary concepts affect thermodynamical variables, such as the temperature and the entropy of a black hole. (shrink)

Buscamos, primeiramente, abordar o conceito de desenvolvimento na colonialidade, com ênfase nas diversas formas de colonialidade direcionadas à destruição da natureza e de modos de vida não dualistas. A partir disso, resgatamos a noção de desenho em Arturo Escobar que compara ontologia relacional e dualista, relacionando esses conceitos ao desenvolvimento na colonialidade, à destruição da natureza e ao racismo ambiental institucional. Através da revisão bibliográfica, ressaltamos a importância dos estudos e práticas decoloniais e do desenho autônomo para a descolonização da (...) natureza e, de modo mais geral, dos espaços subalternizados pela colonialidade, em suas mais diversas formas. (shrink)

The evolution and biodiversity of ageing have long fascinated scientists and the public alike. While mammals, including long‐lived species such as humans, show a marked ageing process, some species of reptiles and amphibians exhibit very slow and even the absence of ageing phenotypes. How can reptiles and other vertebrates age slower than mammals? Herein, I propose that evolving during the rule of the dinosaurs left a lasting legacy in mammals. For over 100 million years when dinosaurs were the dominant predators, (...) mammals were generally small, nocturnal, and short‐lived. My hypothesis is that such a long evolutionary pressure on early mammals for rapid reproduction led to the loss or inactivation of genes and pathways associated with long life. I call this the ‘longevity bottleneck hypothesis’, which is further supported by the absence in mammals of regenerative traits. Although mammals, such as humans, can evolve long lifespans, they do so under constraints dating to the dinosaur era. (shrink)

Normative systems have been advocated as an effective tool to regulate interaction in multi-agent systems. The use of deontic operators and the ability to represent defeasible information are known to be two fundamental ingredients to represent and reason about normative systems. In this paper, after introducing a framework that combines standard deontic logic and non-monotonic logic programming, deontic logic programs (DLP), we tackle the fundamental problem of equivalence between normative systems using a deontic extension of David Pearce’s Equilibrium Logic and (...) its monotonic basis, the logic of Here-and-There. We also show how deontic logic programs can be used to represent and reason about normative systems, and establish a strong connection with input-output logic. (shrink)

Warming up prior to competition is a widely accepted strategy to increase players’ readiness and achieve high performances. However, pre-match routines are commonly based on empirical knowledge and strongly influenced by models emerging from elite team practices. The aim of the present study was to identify and analyze current pre-match warm-up practices in elite futsal. Forty-three elite players were analyzed during their pre-match warm-up routines during the Portuguese Futsal Cup Final 8. Warm-up tasks were classified according to duration, type of (...) activity, sequence, and structure. External load variables included the total distance covered, total distance covered per minute, running distance per minute, sprinting distance per minute, number of accelerations per minute, and number of decelerations per minute. Results highlighted that warm-up routines lasted for 27.5 ± 9.2 min and included nine major different tasks. Open-skill activities were prioritized by coaches; competitive and non-competitive futsal-specific tasks were included in 90% of the total warm-up routines, with higher focus on non-competitive tasks. The intensity progressively increased during warm-ups, mainly because of the higher number of accelerations and decelerations per minute. Pre-match warm-up routines strongly endorse futsal-specific and representative tasks in order to establish pre-match settings able to prepare players for the upcoming game. When designing pre-match warm-up routines, coaches should be aware that duration, sequence, and type of tasks may affect players’ acute performance and readiness. (shrink)

This book highlights some of the most pressing safety, ethical, legal and societal issues related to the diverse contexts in which robotic technologies apply. Focusing on the essential concept of well-being, it addresses topics that are fundamental not only for research, but also for industry and end-users, discussing the challenges in a wide variety of applications, including domestic robots, autonomous manufacturing, personal care robots and drones.

Introduction Due to the constant scientific and technological development, health professionals are regularly confronted with situations in which there are always therapeutic options, regardless of the severity of the patient’s condition. However, regarding these therapeutic options as feasible in all situations can be harmful, since it is universally accepted that, despite all advances in health, there are inevitable limits and the promotion of some interventions may be useless or futile. Objective To characterize the use of the concept of futility in (...) the health literature. Method Review of the literature following the Scoping Review protocol of the Joanna Briggs Institute. The research was performed in CINAHL, Cochrane, Pubmed, Scopus e Web of Science to identify studies published prior to 2020. Nineteen studies were selected. Results There is no universally accepted definition for the concept of futility. In the literature there are different conceptions for the concept of futility that point to qualitative and quantitative roots and that are associated with ethical dilemmas that make it difficult to conceptualize this concept and make it operational in clinical practice. Conclusion The central elements of the concept of futility include: the diagnosis of futility is closely related to clinical judgment; futility has both quantitative and qualitative roots; futility is always appreciated posteriori; futility is related to the lack of benefit. It is essential to promote a discussion that enables the definition of the concept and that makes it possible to promote ethical principles in care, especially when the inevitable limits of treatments are reached. (shrink)

Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir a sugestão de Fred Dretske para analisar o problema dos qualia. Tal problema, caro à Filosofia da Mente, ficou conhecido pela discussão desenvolvida por Thomas Nagel em seu clássico artigo What is it like to be a bat. Nesse artigo, Nagel postulou a impossibilidade de se conhecer, em perspectiva de terceira-pessoa, os aspectos da experiência humana. Ele considera que, mesmo após as descrições objetivas da experiência de um sujeito, escapariam ainda aspectos qualitativos, (...) fundamentais para se caracterizar os qualia. A partir de sua Tese Representacionista da mente, Dretske argumenta que seria possível dissolver esse problema se admitirmos que a mente é a face representacional do cérebro, a natureza dos qualia seria, assim, representacional. Nesse contexto, os fatos mentais relacionados às experiências seriam fatos representacionais: se conhecermos a natureza desses fatos representacionais conheceremos também a experiência do sistema que a representa. Diante de tal entendimento, discutimos em que medida a proposta dretskeana constitui uma alternativa ao problema dos qualia. (shrink)

SENA, Luzia (Org.). Ensino religioso e formação docente . (Religious teaching and teacher qualification) Amauri Carlos Ferreira SANGENIS, Luiz Fernando Conde. Gênese do pensamento único em educação: franciscanismo e jesuitismo na história da educação brasileira. (Genesis of an only thought in education: franciscanism and Jesuitism in the history of Brazilian education) Antônio Francisco da Silva TREVISAN, A. Santo Tomás de Aquino – O Credo: tradução, prefácio, introdução e notas. (Saint Thomas of Aquinas – The Creed: translation, preface, introduction and notes) (...) Ivonei Antônio de Oliveira BENELLI, Sílvio José. Pescadores de homens. Estudo psicossocial de um seminário católico. (Fishers of men. A psycho-social study of a Catholic seminary) João Batista Libanio ESTRADA, Juan Antonio. A impossível teodicéia: a crise de fé em Deus e o problema do mal. (The impossible theodicy: the crisis of faith in God and the problem of evil) Lindomar Rocha Mota USARSKI, Frank. Constituintes da Ciência da Religião: cinco ensaios em prol de uma disciplina. (Constituents of the science of religion: five essays on behalf of a discipline) Roberlei Panasiewicz CONGAR, Yves. Ele é o Senhor e dá a vida. (He is the Lord and bestows life) Roberlei Panasiewicz. (shrink)

Este artigo tem por objetivo trazer a dança sagrada na memória Bergosoniana através das comunidades de terreiros, compreendida como expressões corporais representadas através da materialiação dos corpos e memória no que diz respeito ao movimento, na dança e toque da Orixá Oxum. Embalados pela problemática de como a dança sagrada nos terreiros de candomblé da nação Ketu/Nagô reflete a memória em movimento trazida por Bergson? Com isso propomos um recorte da memória com base em Bergson que nos ajudam á situar (...) a memória em movimentos ancestrais através dos acontecimentos que resultam nas relações sociais de grupos que contribuem através de depoimentos, contatos, lembranças, expressões e recordações construídas sobre um fundamento da dança. Como metodologia de pesquisa, fizemos uma busca no acervo utilizando o referencial teórico de Bergson em as suas publicações correntes na qual, concluímos que a memória exerce papel fundamental para preservação e também para estudos e pesquisas deste universo sagrado. (shrink)

Nesta investigação, propomo-nos demonstrar que Jesus foi um verdadeiro contador de histórias. A narrativa lucana conhecida tradicionalmente por parábola do Filho pródigo não é propriamente uma parábola, pois assume os contornos formais de um conto, podendo-se nela encontrar as caraterística centrais do género literário “o conto”. Nela encontramos propriedades configuradoras da sua individualização como género: a conclusão moralizante de uma história fechada, com princípio, meio e fim; a concentração de espaço, tempo e reduzido número de personagens; a curta extensão sintagmática, (...) mas sempre extensa comparada com a das parábolas. Em suma, concluímos que estamos perante um verdadeiro e extraordinário conto. Há, no entanto, outras narrativas evangélicas que pelas suas características se assemelham à do Filho pródigo. Podemos assim identificar a do Administrador infiel, a narrativa dos Vinhateiros homicidas, a das Moedas de ouro e respetivos paralelos de Mt, que se revestem de característica muito semelhantes às do Filho pródigo, apesar de muito menos desenvolvidas e que, no fundo, as consideramos como sendo embriões de contos. (shrink)

Zones of social abandonment are emerging everywhere in Brazil’s big cities—places like Vita, where the unwanted, the mentally ill, the sick, and the homeless are left to die. This haunting, unforgettable story centers on a young woman named Catarina, increasingly paralyzed and said to be mad, living out her time at Vita. Anthropologist João Biehl leads a detective-like journey to know Catarina; to unravel the cryptic, poetic words that are part of the “dictionary” she is compiling; and to trace (...) the complex network of family, medicine, state, and economy in which her abandonment and pathology took form. An instant classic, _Vita_ has been widely acclaimed for its bold fieldwork, theoretical innovation, and literary force. Reflecting on how Catarina’s life story continues, this updated edition offers the reader a powerful new afterword and gripping new photographs following Biehl and Eskerod’s return to Vita. Anthropology at its finest, _Vita_ is essential reading for anyone who is grappling with how to understand the conditions of life, thought, and ethics in the contemporary world. (shrink)