Abstract
Quando lemos as Meditações Metafísicas de Descartes percebemos que o filósofo parece não confiar na imaginação, porque ela obtém suas informações pelos sentidos do corpo e os sentidos por vezes sãoenganadores, produzindo percepções obscuras e confusas. Esse posicionamento de Descartes sobre a imaginação é compartilhado por vários filósofos modernos. A influência cartesiana na formação do pensamento espinosano é incontestável, por isso somos quase de imediato induzidos a procurar semelhanças e pontos em comum entre ambos. Todavia, é preciso ter cautela para identificar que apesar de estarem sob os mesmos limites conceituais, esses filósofos divergem em alguns pontos e às vezesaté se opõem. O objetivo do nosso trabalho é apresentar o que Espinosa pensava sobre os limites da imaginação e, principalmente, sobre sua potência.