Discurso 46 (2):201-216 (
2016)
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Abstract
A relação entre filosofia e cinema está cada vez mais presente nas reflexões dos filósofos contemporâneos. Muitos deles escreveram livros que unem pensamentos filosóficos e análises fílmicas. Em geral, esta interdiscursividade lhes permitiu pôr na berlinda a concepção de imagem pressuposta tanto na filosofia como no cinema. Trata-se de examinar as teorias e a análise que Gilles Deleuze e Jacques Rancière fizeram de Vertigo, de Alfred Hitchcock, para entender a relação que ambos estabeleceram entre filosofia e prática fílmica analítica. O objetivo final é problematizar as conexões entre imagem e narrativa, que se revelam nessa junção e que fazem parte da tradição filosófica e cinematográfica. Ao mesmo tempo, propomos uma análise que considere o texto e a linguagem cinematográfica a partir da imagem, subvertendo desta forma a abordagem tradicional.