Abstract
O objetivo deste artigo consiste em responder à questão de saber se, na filosofia de Hume, o padrão para determinar o valor de verdade dos proferimentos sobre valores morais e estéticos pode ser considerado genuinamente objetivo. Para tal, começo por esclareço três posições que se pode adotar sobre a questão de saber se este padrão é ou não genuinamente objetivo, a saber, subjetivismo, intersubjetivismo e objetivismo. Em seguida, explico a pertinência da interpretação cognitivista e por que razão a interpretação realista de David Norton falha. Por fim, e à luz de uma distinção entre objetividade no sentido forte e fraco, concluo que na filosofia de Hume, o padrão para os proferimentos sobre valores é quasi-objetivo.