O texto busca explorar a relação entre Da Gramatologia, de Jacques Derrida, e a ciência da sua época. Ele parte de três importantes obras lidas e citadas por Derrida como fontes da sua pesquisa em torno à escritura, Madeleine V-David, André Leroi-Gourhan e a compilação de um Colloque, para explicar o papel da escritura em si mesma no pensamento de Derrida enquanto um sinal do seu materialismo. Paratanto, em contraste com o uso ordinário do termo “escritura”, busca compreendê-la metonimicamente (...) como inscrição sulcada no real, buscando a partir do debate interdisciplinar de Derrida entender as múltiplas dimensões pelas quais o problema foi pensado. (shrink)

Una Introducción a Derrida ofrece una aproximación al pensamiento del filósofo franco-argelino a partir de la noción de deconstrucción, su relación con Heidegger y su filosofía de la escritura desarrollada en De la Gramatología.

Este artigo pretende apresentar a diferença entre a hermenêutica e a desconstrução e mostrar a implicação de cada uma destas formas de entender o fenômeno do sentido na relação da filosofia com as outras “disciplinas” do pensamento. Para isso colocaremos dois pensadores em embate direto, a saber, Jacques Derrida e Paul Ricoeur. Enquanto Paul Ricoeur, com seu projeto hermenêutico, tenta encontrar uma conciliação entre os diversos saberes das ciências humanas com a metafísica, em uma época em que o estruturalismo e (...) a psicanálise emergiam e questionavam conceitos como “consciência” e “sentido”, Jacques Derrida radicaliza esses movimentos de crítica que animavam as ciências humanas e tenta pensar para além dos conceitos tradicionais, propondo seus quaseconceitos e formulando sua gramatologia. (shrink)

This article shows and describes the most important discussions around the philosophy of Derrida. His philosophy could be characterized as broad and complex as far as concerned to the diversity of the issues he treated, the rigorous of his approximation to them and his particular stile. For all this the philosophical contexts that surround his ideas and the polemics derived from them are analyzed. The validity of framing the thinking of Derrida in what is today called “postmodernism” or “post structuralism” (...) is discussed, along with the equivocal readings, posterior corrected, of Derrida from Habermas. Is also discussed the disastrous interpretation of Derrida of the English analytic philosophy, represented by Searle; also are treated his deep confrontation with Foucault around the impact of cartesianism in modernity; his clash with Lacan on the new trends of psychoanalysis, rejected by Lacan and supported by Derrida; his elliptic relations with the distinct Marxist motives and the critic of Derrida to Heidegger about the metaphysic debris of the latter, especially around the modernity’s metaphysic dogma of the ontologic separation of the animal and the spiritual in the subject. Finally his contributions are evaluated, as a “rarity”, and because of that, “monstrous”. Monstrous because Derrida turns all that is classic in “aporethic”, disestablishing the tranquil world of philosophy and its essential distinctions, being “deconstruction” the main responsible of it. (shrink)