Abstract
Trata-se no presente texto de tomar o cérebro e alguns modelos da neurociência como pontos privilegiadosde análise para refletirmos sobre as conexões entre subjetivação e redes cognitivas e informacionais. Para tanto,realizamos uma neurologia crítica, a partir da filosofia simondoniana, de dois dos modelos hegemônicos decompreensão do cérebro, por um lado, o da substancialização do cérebro e das redes neurais como individualidadesjá constituídas, por outro, do cérebro como um sistema homólogo a uma máquina digital. Na sequência, propomos,a partir da filosofia da informação de Simondon, um modelo alternativo de compreensão do cérebro como umarede de redes em individuação. Por fim, propomos que tal compreensão alternativa nos permite reposicionar-nosem relação a algumas problemáticas epistemológicas e ético-políticas de nosso presente.