Abstract
Resumo: A partir de uma análise sobre a utilização das biotecnologias médicas, este artigo pretende compreender como a disseminação de uma lógica e um discurso "informacional", na área de saúde, mascaram as intervenções médicas efetuadas no corpo humano. Argumenta-se que frequentemente as práticas biotecnológicas são tratadas como meras relações linguísticas, como se não fossem operações de carne e sangue realizadas nos corpos. Para abordar a forma como essa lógica se processa, será feita, neste texto, uma breve discussão sobre como as disputas em torno do que são, e como operam os genes, acabam por reforçar um paradigma informacional, ainda que tal resolução não seja amparada pelas evidências empíricas, mas em metáforas bem-sucedidas.: Starting with an analysis of the use of medical biotechnology, this article aims to understand how medical interventions in the human body are masked by a certain logic and by an "informational" discourse on health care. We argue that biotechnological practices are often treated as linguistic relations, as if they were not flesh and blood operations on bodies. To address how this logic is processed, we discuss how disputes over the nature and functioning of genes end up strengthening an informational paradigm that is not based on empirical evidence, but rather on successful metaphors.