Abstract
O presente artigo apresenta os primeiros resultados de uma pesquisa de Iniciação Científica Júnior realizada no IFPR – Campus Curitiba, buscando não apenas a compreensão do conceito de revolução (a partir da visão científica da história), mas também aspectos semânticos e hermenêuticos relacionados ao conceito. Para tanto, fez-se uso de uma pesquisa exploratória e uma revisão conceitual a partir de artigos acadêmicos e dicionários filosóficos. Entre as principais referências pesquisadas estão: Martins (1989); Bobbio (1998) e Krishna (1973). Entre os objetivos, buscou-se diferenciar revolução de rebelião e de golpe de Estado; analisar as especificidades do conceito de revolução; bem como elementos relacionados a sua historicidade. Com relação à hermenêutica, foram consideradas as correntes epistemológicas atinentes às visões marxista e conservadora expressas em autores como Karl Marx; Antonio Gramsci e Roger Scruton quanto às interpretações valorativas do legado que elas trouxeram à história. Assim, foi possível notar que, com o advento da Revolução Francesa, o conceito se transformou da noção de retorno a uma ordem antecedente para a transmutação de fato dessa ordem. Ademais, percebeu-se que as visões marxistas estão para uma ponderação positiva das revoluções de “baixo para cima” com a Revolução Russa como principal exemplo, enquanto as conservadoras estão para as revoluções de “cima para baixo”, com a Americana e a Inglesa tidas como ideais.