Abstract
Com base no Teeteto de Platão, busca-se compreender a dimensão do termo ánthropos na famosa sentença de Protágoras. Segundo a crítica platônica, Protágoras parece entender corpo e alma como diferentes tipos de percipientes: os órgãos sensoriais corporais percebem a aparência imediata de algo que provoca a sensibilidade; a alma, por sua vez, ‘percebe’ por ter julgamentos admitidos pela aprendizagem e experiência. O homem-medida protagórico, do tema da realidade sensível, conduz-nos à formulação do problema em termos de julgamento e opinião, e a medida, que inicialmente é atribuída a cada indivíduo, para além de cada ser humano, é reputada a cada cidade.