Prazer e virtude segundo Aristóteles

Dois Pontos 10 (2) (2013)
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Abstract

O presente texto pretende examinar a relação estabelecida por Aristóteles entre prazer e virtude de modo a compreender a seguinte tese aristotélica: o virtuoso não age devido ao prazer, mas necessariamente com prazer. Esta tese será mais bem compreendida com a exposição que faremos da concepção aristotélica de prazer, tal qual elaborada pelo filósofo no segundo tratado do prazer de sua Ética Nicomaqueia. Como veremos, a definição do prazer como um fenômeno cuja existência e natureza dependem inteiramente da existência e natureza da atividade a qual pertence nos permite inferir que o juízo de valor que incide sobre a atividade é o critério de valoração moral do prazer, e não o contrário. Isso significa que o virtuoso julga qual seria a melhor atividade a ser realizada e não qual atividade lhe dará prazer. Com efeito, veremos que o virtuoso deseja realizar certa atividade por ela ser boa e não por ela ser prazerosa, ou seja, embora o prazer não seja a razão da ação, ele será a sua consequência inevitável.

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Juliana Ortegosa Aggio
Universidade Federal da Bahia

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Essays on Aristotle’s Ethics.Amélie Rorty (ed.) - 1980 - University of California Press.
The Greeks on pleasure.Justin Cyril Bertrand Gosling & Christopher Charles Whiston Taylor - 1982 - New York: Oxford University Press. Edited by C. C. W. Taylor.
The Cambridge Companion to Aristotle.Jonathan Barnes (ed.) - 1994 - New York: Cambridge University Press.
Aristotle on pleasure and goodness.Julia Annas - 1980 - In Amélie Rorty (ed.), Essays on Aristotle’s Ethics. University of California Press. pp. 285--99.

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