Abstract

O presente artigo faz uma breve apreciação do texto La réalité et son ombre, de E. Levinas, especificamente acerca de sua consideração em torno do valor da arte como possibilidade de transcendência. Se, em obras posteriores, Levinas ainda permanece de certo modo econômico, e às vezes ambíguo, sobre a questão, neste texto sua crítica permanece dura e direta. Aqui se discute a relação entre imagem, exterioridade e o real. A obra de arte fala? Exigiria uma resposta e seria ética? Neste texto de 1948, encontramos uma série de argumentos, no seu diálogo com a arte, que já pre-param, ou anunciam, o que posteriormente virá como a transcedência do Rosto “que vai além da forma que o delimita”. Palavras-chave: Arte, transcendência, exterioridade, imagem, realidade.