Abstract
Além dos cinco sentidos externos tradicionais, Tomás de Aquino cataloga como potências sensíveis uma variedade de sentidos internos. Dentre os sentidos internos, o sentido comum apresenta um interesse especial, na medida em que sua operação parece ser indissociável do sentir em geral. As operações típicas do sentido comum são perceber que se sente e discriminar objetos sensíveis de sentidos externos diferentes. Em virtude dessas duas operações, ele é fonte de consciência sensível e integra numa mesma unidade as informações advindas de sentidos externos irredutivelmente distintos. Ao longo deste artigo, justificaremos a introdução do sentido comum como potência sensível distinta dos sentidos externos, explicando porque o primeiro é uma condição de possibilidade dos últimos.