Abstract
No quadro genérico da proposta "Tempo e Temporalidades", aqui num horizonte islâmico, parte-se de um ponto de vista assumidamente fragmentário e regional, intentando alcançar uma posição de observação no interior da concepção do tempo histórico e da memória. Observa-se, assim, a obra e a vida de Ibn Ṣāḥib al-Salāt, proveniente de uma família de notáveis de Beja, procurando seguir os acidentes na formulação de uma memória regional no contexto de uma construção política de modelo imperial como a almôada. No limiar entre as práticas heurísticas e hermenêuticas, regista-se uma rejeição de facto do taqlīd e uma opção pelas memórias pessoais e pelas fontes primárias, consentâneas com o registo de uma história contemporânea que passa ao lado de uma concepção universal islâmica da história.