Abstract
O presente artigo discute as semelhanças e as diferenças entre a abordagem das capabilities, de Amartya Sen, e a teoria da justiça como paridade participativa, de Nancy Fraser. Para tanto, reconstrói, em suas linhas gerais, as teorias dos dois autores e examina as críticas de Fraser a Sen, mostrando que estas são equívocas, assim como são equívocas as supostas vantagens que Robeyns aponta na teoria de Sen. Este artigo conclui ressaltando que as duas teorias têm consequências práticas bastante similares, não obstante o fato de uma ser, principalmente, uma teoria do desenvolvimento e a outra ser uma teoria da justiça.