Abstract
A Mesoamérica, área cultural onde surgiu uma das poucas civilizações prístinas, tem como um dos elementos mais idiossincráticos a forma particular como lê o tempo. A face mais visível dessa realidade é a existência de um calendário de 260 dias e o modo como este se articula com os demais calendários. Esse processo contribui para conformar a sociedade enquanto tal e articulá-la com a visão que esta tem de si própria e do papel que desempenha num cosmos que a transcende. Neste texto pretendemos dar a conhecer alguns dos factos mais característicos dos ciclos de tempo mesoamericanos, mostrar o seu funcionamento e tentar motivar o interesse por um conhecimento mais profundo de uma estrutura mental colectiva singular, como a que encontramos no México Antigo.