Abstract
O presente artigo tem por objetivo tomar partido diante do texto de GuéroultFichte et Schopenhauer, abordando as diferenças entre ambos ao enfrentarem a questão doeu. Partimos do problema da coisa-em-si kantiana, considerada como causa do fenômeno,e as respectivas soluções propostas por Fichte e Schopenhauer, para nos posicionarmos emrelação às críticas de Guéroult a Schopenhauer, que evidenciam sobretudo as incoerênciasdo idealismo desse último. O nosso propósito é afinal, não deixando de dar razão aGuéroult, realçar a especificidade da filosofia schopenhaueriana no que se refere ao “eu”,mostrando que a força e originalidade de seu pensamento estaria justamente na falha quecomete ao abandonar o rigor do idealismo de Fichte, salientado e louvado por Guéroult.