O percurso acadêmico da Profa. Dra. Maria das Graças de Souza é aqui apresentado sob duas formulações que se entrelaçam: uma discussão sobre seus textos teóricos e a apresentação de suas atividades, no decorrer da carreira acadêmica. A primeira parte, intitulada: “O percurso intelectual: a articulação entre História, Política e ação política”, escrita por Jacira de Freitas, discute as ideias essenciais da produção teórica da filósofa, e defende a hipótese de que nela se reflete um pensamento que articula a História, (...) a Política e a ação política, evidenciando a preocupação em conciliar a teoria e a prática, algo que reaparece em sua atuação como professora, mas se exprime sobretudo no âmbito de seus estudos. A segunda parte do texto, intitulada “A trajetória de uma professora”, escrita por Patrícia Aranovich, debruça-se sobre as atividades desenvolvidas como professora do Departamento de Filosofia da USP, e em suas interações com os Grupos de Estudo e Grupos de Pesquisa em todo o país, assim como com seus orientandos, alunos, amigos e colegas. (shrink)

A discussão desenvolvida no presente texto diz respeito à função conceitual adquirida pela Antiguidade na elaboração do ideal de cidade (cité), no pensamento político de Rousseau. A hipótese a ser demonstrada é que o mito da Antiguidade se transmuta num mecanismo de geração de conceitos que dão sustentação à formulação do seu ideal de corpo político, cristalizado no conceito de cité. Procura-se delinear de que maneira a noção mítica da Antiguidade grega se insere na visão de mundo do jovem Rousseau (...) e, posteriormente, no âmbito de seu pensamento político para elucidar os mecanismos pelos quais interfere na elaboração conceitual do ideal político rousseauniano.sentes no seu pensamento. (shrink)

O texto aqui apresentado se constrói na intersecção de duas vertentes de interpretação da filosofia de Rousseau: por um lado, aquelas que privilegiam o aspecto moral do pensamento do genebrino; e, por outro lado, as leituras concentradas nos aspectos autobiográficos de sua obra.

As análises de Rousseau indicam que o ingresso no universo simbólico traz consigo a possibilidade da perda da unidade do indivíduo e com ela a possibilidade de ruptura do vínculo social. Partindo da demonstração que a mediação dos signos representativos dá-se em três instâncias distintas, procurou-se detectar se a mesma lógica que comanda o sistema como um todo subjaz às suas teorias musicais. A idéia de que uma seqüência hierarquizada de valores, que vão do mínimo ao máximo de inserção de (...) signos representativos, também se exprime nas concepções musicais de Rousseau é aqui demonstrada, de modo que estas se integram perfeitamente ao conjunto da obra do autor por estarem em conformidade com os princípios que fundamentam suas doutrinas. (shrink)