Inicialmente restrita aos muros escolares, a violência entre alunos passou a se manifestar também de forma online, por meio de redes sociais, estabelecendo a expressão cyberbullying. Sob esta perspectiva, há um consenso na literatura da área, de que cabe à escola se posicionar e assumir o compromisso de inibir estas práticas e estimular o convívio pacífico entre os alunos, dentro e fora da escola. Apesar da relevância da questão, a temática do cyberbullying ainda é pouco estudada de forma empírica. Observa-se (...) uma lacuna de informações no que se refere aos atores que podem atuar como agentes de prevenção e controle a este tipo de violência, os professores. Este estudo tem como objetivo analisar a influência da preocupação dos professores no envolvimento da escola frente às práticas de cyberbullying. Para isso, foi realizada uma pesquisa junto a 112 professores de ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas do município de Blumenau/SC. Os dados foram analisados por meio de análise fatorial exploratória e equações estruturais. Os resultados indicaram que os professores demonstram maior preocupação quando percebem que o problema do cyberbullying é real e afeta os alunos. Quanto ao envolvimento da escola, verificou-se a necessidade de se estabelecer parcerias entre as instituições de ensino e a comunidade, promover assembleias alusivas ao tema nas escolas e fornecer aconselhamento aos jovens no próprio ambiente escolar. Por fim, observou-se que a preocupação dos professores com as práticas de cyberbullying influencia a sua crença de que o envolvimento da escola é importante, despertando a necessidade de posturas mais proativas para o combate a este malefício. Palavras-chave: Cyberbullying. Escola. Professores. (shrink)