Abstract
Nossa proposta neste artigo é expor a maneira como Descartes desenvolve, na Meditação Segunda, uma investigação sobre o conceito “corpo” sem haver provado que haja um corpo existente. Ocorre, segundo entendemos, um movimento interessante de aproximação e oposição entre a verdade do ego cogitans como puro pensamento em relação à contínua intromissão das ideias sensíveis, as quais são fundamentais na inspeção do espírito. A estratégia investigativa proposta se pauta na abordagem da aparição do sensível, com complementos explicativos, para então tratarmos o exame do pedaço de cera, o qual remete em questionar sobre o critério da percepção de uma coisa como coisa.